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On-line ISBN 85-86736-06-6

An. 3 Col. LEPSI IP/FE-USP 2002

 

A Maternidade, o Trabalho e a Mulher

 

Walkiria Helena Grant*

 

 

O tema que nos propomos analisar consiste em pensar possíveis desdobramentos na relação mãe-filho, quando é o trabalho, e não o filho, que ocupa o lugar de um operador lógico a dividir a mãe e a mulher. O trabalho dividindo, ali onde o filho, num primeiro tempo, saturou; o trabalho dividindo, ali, onde um homem-pai não foi capaz de exercer a função paterna, interpolando o falo entre a mãe e o corpo do filho. Esta interrogação surgiu a partir da escuta, em nossa clínica, apontando o "trabalho" como caminho imaginário da conquista, ou reconquista, de um bem-estar: "preciso (voltar a) trabalhar", seria o denominador comum de muitas mulheres-mães que optaram por dedicar-se integralmente à maternidade e, num giro, defrontarem-se com a vertente devastadora desta escolha de vida. Ser mãe, especialmente de uma criança com sérios problemas de desenvolvimento, pode implicar numa escolha por ser mãe em "período integral", até que esta posição, ocupada durante toda uma vida, possa ser questionada e, eventualmente mudada. Nossa interrogação recai sobre o fato de que, se tanto o homem-pai, como a esfera da vida profissional, podem operar como elemento terceiro a dividir a mãe da mulher, quais seriam as possíveis conseqüências deste deslocamento do operador lógico da castração – do homem para o trabalho -, na parceria mãe-filho?

 

A mulher e o trabalho

A sociedade contemporânea está inevitavelmente marcada por uma ascensão da mulher no mercado de trabalho e na vida intelectual. Uma das conseqüências fundamentais deste fato é a deste sujeito poder desenhar a direção de sua vida: casar, viver em concubinato ou mesmo optar por ser solitária, divorciar-se, ter ou não filhos... Esta abertura de possibilidades conquistadas neste ciclo histórico - a possibilidade delas poderem inventar suas próprias vidas - foi denominado por Lipovetsky1 (2000) "a terceira mulher", num contraponto há tempos remotos onde sua posição era prioritariamente depreciada - "primeira mulher" -, e, a partir do século 12, ser o protótipo da mulher enaltecida – "segunda mulher".

Depreciada, enaltecida, autorizada a inventar-se num mais além da tradição ditada pela linhagem das mulheres que a antecederam na ordem familiar – três tempos que marcam giros na relação da mulher com as configurações fálicas disponíveis em cada tempo, e em cada cultura. Retomemos estas marcas históricas que se apresentaram disponíveis para a formação da identidade feminina: Lipovetsky, ao falar da mulher depreciada, refere-se à desvalorização social dos papéis que, na distribuição das atividades em tempos remotos da história da humanidade, restavam às mulheres. Tendo como parâmetro atividades nobres da guerra, da política e mesmo culturais, sabemos que as mulheres, quando participavam delas, por exemplo no teatro grego, era sob a máscara de parecer um homem. Apenas uma função feminina escapava sistematicamente da desvalorização: a maternidade. O século 12 assistiu, como um desdobramento do código do amor cortês, um movimento marcado por colocar a mulher no trono, enaltecê-la, louvá-la, adorá-la. Vale ressaltar que tal idealização da mulher restringiu-se ao campo da vida doméstica: é a educadora dos filhos, é a rainha, mas uma rainha sem voz no campo da vida pública – a ela é negado a independência intelectual e econômica. Esta conquista, a de a mulher poder ocupar a esfera profissional em âmbito público, será definitivamente inscrita no discurso social, particularmente no ocidente, a partir dos anos 60.

Em decorrência do que trouxemos até aqui poderíamos pontuar a maternidade como a única função valorizada socialmente, desde os tempos remotos da humanidade e que se estendeu até meados do século 20, função esta que permitia à mulher ser reconhecida e valorizada. A mudança ocorrida com a entrada da mulher no mundo profissional, a conquista de poder decidir sobre o momento de ter, ou mesmo de não ter filhos em decorrência dos métodos anticoncepcionais, o divórcio e a possibilidade de estabelecer novas parcerias amorosas, pluralizaram os signos que permitem sua inscrição numa determinada rede social.

Apesar da atual abertura para o acolhimento da mulher como profissional, destacamos sua dificuldade na conjunção dos papéis exercidos na esfera pública e privada: "a dinâmica pós-moderna da emancipação feminina não significa homogeneização dos papéis dos dois gêneros, mas persistência do papel prioritário da mulher na esfera doméstica, combinado com as novas exigências de autonomia individual" (Lipovestsky, p.289). Trabalhar, ser uma profissional bem sucedida é somar responsabilidades, mais do que isto é, freqüentemente, suportar uma certa medida de conflitos e culpa. Como conjugar o ser mãe e profissional?

Sem dúvida, a produção do discurso psicanalítico, derivado da produção freudiana, muito contribuiu para fazer da mãe o personagem determinante da saúde ou da doença psíquica de uma criança - a mãe era a grande responsável pelo inconsciente do seu filho. Ocorre que esta "grande responsável" foi lida como "a mãe não apressada, atenta a todas necessidades do filho, aquela que dele se ocupa inteiramente... absolutamente devotada", como nos diz Winnicott2. Ou, com Hélène Deutsch3, e sua valorização do masoquismo feminino na definição da "mulher normal, ou mulher feminina", acabou tendo como desdobramento uma interrogação constante a cada mãe, se ela teria sido masoquista suficiente na relação com aquele filho, como uma "mulher normal" deveria ser para que correspondesse ao ideal de uma boa mãe. Ressaltamos que embora Freud nunca tenha negado a importância da potência paterna, capaz de "represar o poderio do sexo feminino"4, a literatura psicanalítica do século 20, e seus desdobramentos nos consultórios médicos, por exemplo, ficou marcada por associar a mãe "devotada e presente" como o modelo maternal por excelência. Foi a partir da obra lacaniana que pudemos pensar na mãe real e no desejo da mãe: afinal, é este desejo que dará um corpo ao seu fantasma, marcando, de alguma maneira, o destino de um filho. Um dos desdobramentos desta colocação é pensarmos o desejo da mãe – e do casal parental - na articulação ao sintoma do filho. Em outras palavras, mais do que a mãe real é seu desejo que determina a constituição possível de um sintoma infantil. A figura paterna, com Lacan, reassume sua importância no cenário da constituição psíquica do filho, especialmente enquanto aquele que ocupa o lugar da transmissão de um lugar na filiação nominal, enquanto aquele capaz de colocar um pedaço de pau/falo para que a boca do jacaré/mãe não se feche, engolindo o corpo do filho. Retomemos o momento atual e o fato de que nem sempre este falo simbólico que interdita o acoplamento mãe-filho é derivado do pai real; acreditamos mesmo que o trabalho e, eventualmente, o consumo dos objetos possibilitados por aquele, possam ocupar um lugar de operador lógico da divisão entre a mãe e a mulher.

 

A mãe, a criança e a mulher

Buscaremos pensar, neste momento, a função da criança como um elemento que pode se colocar entre a mãe e a mulher, com isto enfatizamos que ser mulher não é igual a ser mãe. Não é difícil encontrarmos mulheres que fazem equivaler esta equação: ser mulher = ser mãe, como por exemplo, na clínica, quando se nos apresentam "as mães de período integral" – elas colocam em suspensão os papéis de amante, de profissionais... Enfim, não se interrogam sobre um querer mais além do corpo do filho. Sem dúvida esta manobra nos permite pensar uma das possíveis saídas para que a castração seja driblada. Diante de questões clássicas como: "quem sou eu?", "o que quero?", "o que faço da minha vida?", estas mães sabem: sou mãe, quero meu filho, minha vida é cuidar para que este filho/eu continuemos cúmplices. Ser mãe permite transformar o não-sabido do feminino pelo saber da maternidade, responde ao sem sentido com um sentido, o que tem efeito de velar a angústia. Acontece que, junto a este "pacote", que visa eliminar o vazio existencial, levam também falta da falta que um vazio pode fazer: continuar desejando, poder querer o querer. Ou seja, quando permitimos que o predicado mãe sature o sujeito mulher, eliminamos o que caracteriza a sexuação feminina: o enigma, a não-resposta, o sem-sentido. Ser mãe se define do lado do ter o falo, e portanto do lado da sexuação masculina. Ser mãe é então uma posição sexual que permite a um sujeito feminino um recorte significante no campo do gozo; estamos falando da operação da castração e a possibilidade da constituição do fantasma.Todos conhecemos mães que, apesar de reclamarem da posição de serem "mães em período integral", nada fazem para mudar. Algo as sustenta nesta posição e com Lacan podemos dizer que este filho realiza a presença, no real, do objeto a do fantasma materno. Estamos falando de um modelo de relação dual, onde um sujeito – fixado na posição de ser mãe - encontra encarnado no corpo do filho tudo aquilo que seu fantasma impunha como condição de satisfação: é a substituição do falo pela criança. Este modelo de relação leva, no limite, à morte social, posto que não se inscreve a decepção com o objeto e a busca reiterada de outros, e outros. Estamos destacando a importância de que o ser mãe, não elimine a mulher; que mais além do corpo real do filho, ela possa desejar mais além: o corpo de um homem, a invenção de objetos simbólicos – é nesta vertente que pretenderemos pensar uma das funções do trabalho na vida das mulheres.

Miller5 fala da importância da mãe não ser "suficientemente boa", relendo a expressão cuja autoria é de Winnicott. O que isto poderia querer dizer? "Que a mãe só é suficientemente boa se não o é em demasia, se os cuidados que ela dispensa à criança não a desvia de desejar enquanto mulher." Assim, o filho só cumpriria sua função de objeto, enquanto marcado pela castração, e a mãe, não sendo suficientemente boa, poderia continuar buscando encontrar o significante do seu desejo num mais além: o corpo de um homem para umas, para outras, o trabalho; em casos mais felizes, amando e trabalhando.

O que queremos ressaltar desta construção é a importância do objeto criança não tamponar a falta constitutiva do desejo de uma mulher – do lado da criança fica uma abertura para elaborar perdas reais, inventar presenças simbólicas como o Fort/Da do exemplo freudiano. Do lado da mulher, responsabilizar-se pelo seu desejo, desejo que pode fazer um desvio do desejo de maternagem e optar pelo desenvolvimento de uma vida profissional.

 

Mamãe trabalha "fora"

Dificilmente ouvimos de uma criança que seu pai trabalha "fora", enquanto que, ao fazerem referência à mãe, o uso desta forma explicativa é mais freqüente. Fora é fora de casa, referência do lugar feminino por muitos séculos.

Ser uma profissional e, eventualmente, bem sucedida é freqüentemente vivido como um paradoxo: de um lado permite-se reconhecer como um sujeito com características valorizadas pelo Outro, encarnado, por exemplo, nas chefias; de outro lado, teme afastar os homens que não se apaixonariam por uma mulher poderosa - vive perseguida pelo fantasma de ter se masculinizado. Talvez daí possamos entender a diferença entre a concepção de sucesso profissional entre homens e mulheres – entre aqueles, o tempo de sua vida é literalmente doado aos afazeres profissionais; primeiro o trabalho, se houver tempo, podem ajudar nas tarefas domésticas e na atenção específica aos filhos. No caso das mulheres, sua concepção de êxito perpassa por uma distribuição de atenção entre a vida profissional, o marido, os filhos, o lazer, os cuidados estéticos... Em duas palavras: uma "supermulher". É isto, para sentir-se bem sucedida, a mulher tem que levar em conta, mais além do campo profissional, a vida afetiva e conjugal. Muitas mulheres fazem isto, e pagam pela independência conquistada com "um sem limite" daquilo que são capazes de fazer para aqueles que ama, muitas vezes vivenciando uma aproximação da loucura, da falta de limites, por não saberem como bem dizer um "basta". Lacan nos fala desta característica da mulher em Televisão6 "não há limites às concessões que cada uma faz por um homem: do seu corpo, da sua alma, dos seus bens." Embora Lacan tenha se referido à relação da mulher com o homem amado, acreditamos que os filhos também são destinatários privilegiados destes cuidados sem limites – muitas vezes cuidam tanto do outro, que se esquecem. Estamos pontuando um gozo masoquista, um gozo em ser escrava do Outro e que, muitas vezes, pode passar por um sentimento de estranhamento, num desses momentos que denominamos de tropeço com o real - momento privilegiado que nos confronta com uma verdade que até então teimávamos em recobrir – este poderia ser um caminho de mudança.

Uma outra vertente que vale a pena ser pensada é a relação necessária entre o trabalho e o saber, ou seja, como uma mulher lida com o saber no campo profissional? Sem dúvida esta é outra faceta da possibilidade do êxito profissional: saber lidar com o saber. Em um artigo clássico da história da psicanálise, Joan Rivière7 nos fala de uma mulher, cuja profissão implicava dar palestras e ela era brilhante, como o pai, que também era professor e brilhante. Entre outros sintomas, nosso sujeito percebeu que, ao chamar um eletricista, fazia de conta que nada sabia, encenava como se fosse uma idiota, de maneira que todo o saber fosse dele. Ocorre que ela fazia destas encenações algo sintomático e que acabou sendo interpretado no contexto de sua história de vida: ela sentia-se culpada por ter roubado o falo paterno e precisava mostrar-se castrada – sem saber nada – para não provocar a ira do homem – pai. O saber é sempre paterno, é ele que sabe – como fazer gozar a mãe. Se o saber é paterno, constatamos diferentes modos de nos apropriarmos dele: as histéricas, ou silenciam, ou se caracterizam por fazerem perguntas: (fingem que) não sabem. No caso da neurose obsessiva, a aposta é na construção de um saber total sobre determinado assunto, e neste sentido podemos perceber um importante motivo para que houvesse um aumento de casos de neurose obsessiva entre as mulheres na atualidade. O campo profissional espera que seja produzido um saber sobre determinado tema, mas o saber é do Pai Ideal, e muitas vezes a mulher, por não se autorizar como seu representante, boicota-se – erra, passa "o ouro" para que o outro brilhe... Estamos pontuando um saber como resultado de aquisições culturais, é deste saber que muitas vezes a mulher dele precisa fazer de conta que nada sabe.

 

A mulher, o amor e o trabalho

Uma questão que deixamos proposta mais acima, e agora gostaríamos de, pelo menos, problematizar, diz respeito ao fato do trabalho poder ocupar o lugar de falo para algumas mulheres. E quando elas são mães, como pensar os possíveis desdobramentos na constituição psíquica de um filho, quando o elemento organizador de seu desejo deslocou-se do homem para o trabalho? Temos como um dado inquestionável da modernidade a decadência da função paterna, ou seja, o pênis não mais representa o falo; como outro dado, temos o leque de oportunidades que se oferecem às mulheres no mercado de trabalho, espaço que se oferece com múltiplos elementos fálicos capazes de nomear uma mulher. Ali onde a função paterna rateia, outra insígnia fálica pode se inscrever, no caso, uma nomeação dada pela rede simbólica do mundo profissional.

Mas seria apenas a demanda de nomeação capaz de responder ao que quer uma mulher? Sabemos que não, mesmo porque, a mulher é da ordem do não-toda nomeável. Assim, nem um homem com seu patronímico, nem a esfera profissional com a outorgação de um título, são capazes de oferecer um lugar simbólico que permita a ela uma localização: ela muda do nome do pai para o do marido; e depois para o de outro marido; ela muda de emprego... Ela sabe que o nome não a nomeia, não-toda... Muitas vezes esta liberdade permite com que transite em várias esferas, em chefias crie vínculos horizontais, num estilo de laços fraternos. Até aqui falamos do gozo fálico, ou seja, aquele que pode advir através de um recorte, de uma nomeação, e neste sentido, o trabalho seria uma saída moderna para que a mulher encontre um caminho onde ela mesma possa traçar o trajeto. Mas se o trabalho não nomeia A mulher, pode funcionar como elemento terceiro a separar a mãe do filho, pode permitir, com suas leis, a inscrição de uma borda colocando a mãe como um elemento externo à mulher.

Pommier8 nos traz, de uma maneira exemplar, a importância da presença do homem como elemento capaz de suportar uma questão conflitante que é a do "que quer uma mulher", em "concordar em ser o lócus de uma devastação", uma vez que a divisão feminina ocorre entre a busca do falo e a perda do nome. Ou seja, o homem, com sua presença funciona como uma metáfora de sutura de pólos diametralmente opostos: se der o falo, no limite perde a vida; se nomear, no limite se transforma num pai espiritual. É suportando com sua presença este impossível do querer do sujeito feminino, que um homem permite unir minimamente o que é da ordem da incomensurabilidade do morto e do vivo; é através da sua presença que a mulher pode ser Outra para si mesma.

Se "mamãe trabalha fora", pode existir uma lei, mas à diferença de uma Lei encarnada no real de um corpo de homem-pai, pode oferecer o que é da ordem de uma nomeação. Se "mamãe trabalha fora", este terceiro, representado pelo trabalho, pode permitir ao filho uma leitura que a ela, mãe, falta algo, o que pode retornar a ele como sua própria castração. O trabalho pode nomear, pode dividir... Com Freud, mais uma vez diríamos que as mais felizes seriam aquelas capazes de amar e trabalhar.

Muitas de nossas avós não trabalhavam "fora", mas cantavam acalantos que apontavam para um trabalho no cafezá:

"Nana nenê
Que a cuca vem pegá
Papai foi pra roça
Mamãe pro cafezá"

Este material folclórico permite uma elaboração edipiana através de um canto, onde tanto o pai como a mãe estão fora, trabalhando - na roça ou no cafezá. A criança deve dormir sob a ameaça de ser pega pela cuca, um elemento terceiro algo persecutório, algo indefinido. É através da via da repetição desta cantiga pela mãe que ela mesma se desdobra, colocando-se ao mesmo tempo presente e ausente, carinhosa e persecutória, caminho profícuo para que a elaboração do corte simbólico possa ocorrer.

Será que as mães contemporâneas, ao trabalharem na realidade, criam condições para que a mulher seja desdobrável?

 

 

* Prof. ª Dr. ª do Instituto de Psicologia da USP. Psicanalista.
1 LIPOVETSKY, G. A terceira mulher: permanência e revolução do feminino. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
2 Cit em BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. p. 312.
3 DEUTSCH, H.. La psychologie des femmes. Paris: PUF.
4Cit. em ANDRÉ, S. O que quer uma mulher? Rio de Janeiro: JZE, p. 45.
5 MILLER, J-A. A criança entre a mãe e a mulher. Opção Lacaniana, 21, 1998, p.7.
6 LACAN, J. Télévision. Paris: Seuil, 1974, p.63.
7 RIVIÈRE, J. Womanliness as a masquerade. The International Journal of Psycholoanalysis, v.10, p.303-13, 1929.
8 POMMIER, G. A ordem sexual: perversão desejo e gozo. Rio de Janeiro: JZE, 1992. cap.2