5, v.1Álcool combustível derivado da cana-de-açúcar e o desenvolvimento sustentávelAnálise comparativa da utilização da biomassa com tecnologias convencionais de geração aplicando a eficiência ecológica author indexsubject indexsearch form
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Encontro de Energia no Meio Rural



Abstract

MARCON, Rogério Olavo, ZUKOWSKI JUNIOR, Joel Carlos and CAVALCANTE, Italo Ricardo Lopes. Analiação de planta térmica com biomassa (briquete de casca de arroz): caso real "Fazenda Experimental do Centro Universitário Luterano de Palmas". In Procedings of the 5th Encontro de Energia no Meio Rural, 2004, Campinas (SP) [online]. 2004 [cited 14 October 2024]. Available from: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000022004000100008&lng=en&nrm=iso> .

O panorama estabelecido no cenário atual sinaliza que as fontes de energia renováveis devem assumir papel crescente na matriz energética mundial, forçada pela perspectiva de redução das reservas de combustíveis fósseis e, cada vez mais, por questões ambientais. Entre as inúmeras fontes renováveis de energia, a biomassa mostra-se como uma alternativa bastante promissora, entre a energia eólica e solar. Neste contexto a utilização de fontes alternativas de energia, em particular a biomassa (resíduos de cana de açúcar e de madeira, além da casca de arroz), aparecem como uma oportunidade de particular importância para colaborar na oferta de energia do sistema interligado do Brasil, na forma de geração descentralizada e próxima aos pontos de consumo, através de equipamentos e combustível nacionais (exemplo resíduos de processo); vantagens estas que, aliadas aos benefícios ambientais amplamente conhecidos, fazem com que a biomassa seja uma opção estratégica para o país, que só depende de políticas adequadas para a sua viabilização. Por outro lado, ainda existem áreas no Brasil, especificamente na região Norte, que não pertencem ao Sistema Interligado, com geração exclusivamente baseada em óleo diesel, o que corresponde a um gargalo importante na nossa matriz energética. O Brasil, além de importador de petróleo bruto para refinar, é obrigado a importar óleo diesel puro para garantir a oferta deste combustível. Nos últimos dez anos a importação de óleo diesel puro aumentou aproximadamente dez vezes,segundo dados da ANP (www.anp.gov.br). Além desta questão da importação do diesel e das emissões poluentes decorrentes do seu uso, tais como: óxidos de enxofre, material particulado e gases de efeito estufa, entre outros, a geração nos Sistemas Isolados com motores diesel (em grande parte antigos e ineficientes) é baseada nos subsídios da Conta Consumo de Combustível (CCC), que paga um adicional de US$ 100 por MWh gerado neste sistema alternativo. As opções convencionais para substituição destes motores a diesel dependem de investimentos elevados em sistemas de transporte e distribuição do gás natural um substituto de menor impacto ao óleo, e ainda os impactos ambientais causados pela construção de gasodutos através da floresta Amazônica. Neste contexto, a utilização de biomassa produzida localmente (ou geradas, como resíduos) nas comunidades para produção de energia aparece como uma possibilidade viável e sustentável para este modelo. Óleos vegetais em motores diesel adaptados e resíduos agrícolas como combustível em sistemas de geração de pequeno porte apresentam-se como alternativas tecnológicas possíveis e, agora, viáveis economicamente, em função da utilização da CCC para energias renováveis - o que passou a ser possível pela recente regulamentação da ANEEL. Vale ressaltar que os distintos cenários apresentados nas macrorregiões do país influenciam diretamente nos parâmetros de utilização da biomassa como energético. De maneira geral, a biomassa assim empregada enquadra-se perfeitamente no conceito do desenvolvimento sustentável, pois permite a criação de empregos na região, dinamiza as atividades econômicas, reduz os custos relativos à distribuição e transmissão da energia gerada e, quando utilizada de forma sustentável, apresenta nulas as emissões de carbono, não agredindo, desta forma, o meio ambiente. Entretanto, sabe-se que a viabilidade econômica de um projeto de geração depende, em primeiro lugar das características da própria unidade, da tarifa de energia elétrica e do custo do combustível para o consumidor. Especificamente, a viabilidade de cada instalação é determinada no projeto conceitual onde se realiza o estudo de fluxo de caixa e do custo da energia por modalidade de combustível. A avaliação econômica de um projeto consiste em ponderar os fatores que envolvem a tomada de decisão, com maior probabilidade de sucesso no desenvolvimento de um projeto de investimento. Após a decisão de execução de um projeto, definidas suas características, seu local de implementação, os equipamentos, a mão-de-obra e materiais necessários, é preciso calcular todos os custos envolvidos e qual será o investimento necessário. O sucesso de qualquer projeto passa por uma analise o mais exata possível de todo o investimento necessário à implementação, desde investimento em terrenos, edificações, equipamento, gastos com pessoal na produção e manutenção, à gestão do projeto, etc., bem como a determinação da sua rentabilidade ou o seu "lucro". Após estes cálculos, será necessário verificar se existem alternativas de investimento que se tornem mais vantajosas em termos de investimento e seu retorno, por isso é necessário fazer a comparação de alternativas.

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