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Psicanálise, Educação e Transmissão


ISBN 978-85-60944-08-8 versão on-line

Resumo

Além de uma teoria acerca do psiquismo, Freud instituiu uma estratégia de pensamento original a partir da qual a interrogação acerca do sofrimento mental passou a orientar-se ao campo decorrente da articulação dos termos inconsciente, psicopatologia e sexualidade em torno da noção de fantasia. Estes aspectos definem a materialidade discursiva da psicanálise. As considerações sobre etiologia, semiologia e terapêutica tecidas pela psicanálise só têm algum desdobramento possível dentro do contexto instituído pelo contorno metodológico em questão. A clínica é a ocasião de instituição da cenografia que sustenta o método da psicanálise, sempre orientado às perguntas e às categorias de respostas que sustentam sua materialidade discursiva. Assim, o relato de caso clínico é uma oportunidade de transmissão das condições discursivas de ocorrência da psicanálise. Perguntas oriundas da clínica psicanalítica podem se orientar a contextos distintos daquele que define a psicanálise, bem como perguntas oriundas destes terrenos "estrangeiros" podem ser endereçadas a ela, como, por exemplo, na pesquisa sobre articulação entre aspectos genéticos e psíquicos no autismo. Contextos distintos engendram métodos distintos, partindo de e orientando-se a materialidades discursivas específicas. A sustentação de uma materialidade discursiva não só não se presta a de outra, como a ameaça. Desejamos discutir algumas conseqüências que tal tensão tem para o relato de caso clínico em pesquisas.

Palavras-chave : Psicanálise; metodologia; epistemologia.

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