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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


ISBN 978-85-60944-12-5 versão

Resumo

A presente pesquisa propõe uma investigação acerca dos possíveis efeitos terapêuticos da educação, problematizando a função da escola em relação às crianças com transtornos graves de desenvolvimento. Com isso, questiona em que medida a escola pode produzir efeitos terapêuticos capazes de promover um deslocamento da posição subjetiva da criança autista, refletindo também sobre como a psicanálise pode fazer surgir um outro olhar na educação que implique uma mudança paradigmática da função educativa. Tendo em vista esse direcionamento, a pesquisa apresenta o caso de Ronaldo, um garoto de cinco anos, cuja relação transferencial que estabelece fundamentalmente comigo, orientadora educacional de sua escola, com sua professora e também com os demais membros da instituição, permitiu a construção de laços significativos que proporcionaram momentos de saída do seu fechamento autístico. Tomando como base a concepção de Alfredo Jerusalinsky (1993), aprofundada por Leda Bernardino (2000), sobre as psicoses não-decididas da infância, a aposta no poder subjetivante da circulação discursiva que permeia o espaço escolar, representou a possibilidade de se pensar num outro desfecho para a condição autista do garoto. Nessa perspectiva, a investigação realizou-se através do estudo do caso de Ronaldo, observação e escuta dos professores da instituição onde ele estudava, tendo em vista operadores da psicanálise.

Palavras-chave : Autismo; constituição psíquica; efeitos terapêuticos.

        · texto em português