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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


ISBN 978-85-60944-12-5 versão

Resumo

Para Freud, cabe ao educador, em sua tarefa de transmitir um saber, fazer uso de uma quota eficaz de autoridade. Mas, a que autoridade o autor se refere? Seguindo seus passos, aprendemos que a autoridade possui uma estreita relação com o amor. Partindo dessa premissa, podemos supor que a prática do professor deveria ser permeada pela autoridade e pelo amor. Nos dias atuais, porém, há obstáculos à transmissão de saber. É o caso de crianças e jovens que apresentam dificuldades de aprendizagem de diversos tipos. Além dos problemas relativos à aprendizagem, esses alunos são, em sua grande maioria, considerados pela escola como "sem limites". Em alguns desses casos, pode-se entrever uma relação entre essa categorização e a falência da autoridade dos pais. Isso se evidencia na fala de pais que chegam ao consultório. Em busca de ajuda para seus filhos, relatam a dificuldade de exercerem a autoridade que lhes cabe. Perguntas como: "Posso proibir que meu filho faça algo?", "A minha atitude não vai traumatizá-lo?" denunciam a demanda de obter uma certa "autorização" do Outro. Como os pais, os professores enfrentam igualmente obstáculos para o exercício de uma autoridade, dificuldades para fazer valer uma autoridade que se conjuga com o amor. Nesse contexto, a clínica nos indica que a falência da autoridade pode ser considerada como obstáculo à transmissão de saber. Para discutir essa problemática, partimos da contribuição da psicanálise acerca da autoridade na transmissão de saber aliada à experiência na clínica com crianças e adolescentes com problemas relativos à escola.

Palavras-chave : Autoridade; Amor; Transmissão de saber.

        · texto em português