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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


ISBN 978-85-60944-12-5 versão

Resumo

No presente trabalho, tomamos como objeto de análise os manuscritos escolares, compreendidos como os textos produzidos por alguém que escreve na condição de aluno, tendo a instituição escola como o cenário que contextualiza e situa o ato de escrever (CALIL, 2008: 25). Trata-se de um fruto das investigações realizadas no Grupo de Estudos e Pesquisa Produção Escrita e Psicanálise - GEPPEP, no qual temos desenvolvido coletivamente o projeto de pesquisa Movimentos do Escrito. Focalizamos um fenômeno bastante comum quando uma criança escreve de modo espontâneo: a troca de uma letra, no caso, a ocorrência de "U" no lugar de "A". A partir da leitura das principais teorias que versam a respeito de aspectos relacionados à aquisição da linguagem escrita, mostraremos como o manuscrito que tomamos como objeto de análise, produzido por uma criança de cinco anos e quatro meses, excede o âmbito daquelas nas quais a dimensão da singularidade não está considerada. Propomos, então, que a produção deliberada de uma forma lingüística desviante da norma ortográfica seja considerada como um "falso erro", um desvio criativo, uma expressão da subjetividade da criança que, se apoiando no equívoco como um fato estrutural da linguagem, gera uma criação, um rudimento de um estilo singular.

Palavras-chave : escrita; manuscrito escolar; singularidade.

        · texto em português