7A escolarização de alunos com acometimentos orgânicos e psíquicos: educação impossível ou interminável?Educação infantil: a educação e o cuidado enquanto espaços de subjetivação author indexsubject indexsearch form
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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


 ISBN 978-85-60944-12-5

Abstract

PINTO, Fernanda de Sousa e Castro Noya, LERNER, Rogério, TIUSSI, Carolina Cardoso et al. Grupo Mix: o convívio entre crianças "diferentes" e uma possível ampliação da circulação social. In Proceedings of the 7th Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito, 2008 () [online]. 2009 [cited 25 April 2024]. Available from: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032008000100033&lng=en&nrm=iso> .

O presente trabalho propõe uma discussão acerca de uma atividade em grupo realizada na Associação Lugar de Vida que é tema de uma pesquisa de mestrado: o Grupo Mix. Trata-se de um espaço que promove o encontro de crianças que estruturalmente ocupam lugares diferentes no discurso social. Atualmente, compõem o grupo crianças moradoras de um abrigo e crianças com diagnóstico de autismo e psicose infantil. A idéia que norteia o projeto é a de que o convívio entre crianças que, estruturalmente, ocupam lugares diferentes no discurso social pode propiciar mudanças importantes em seu arsenal simbólico, sua maneira de relacionar-se com o outro e com a cultura. O grupo propõe que se constitua ou se estenda o laço social por meio de atividades que contam com códigos culturalmente compartilhados. Propõe-se também que se responda às demandas das crianças a partir de lugares diferentes dos habituais, lugares que provocam estranhamento e possibilitam deslocamentos em suas posições discursivas. Neste grupo, crianças de abrigo, normalmente consideradas carentes e abandonadas, ocupam um lugar de saber, de quem tem algo a dizer. Orientadas pela instância simbólica das leis, agem a partir de sua maneira neurótica de lidar com as vicissitudes da infância. Crianças autistas e psicóticas, por sua vez, são convidadas a ocupar lugares de infância, a brincar e fazer laço com outras crianças, parecendo escutar o que os pequenos semelhantes têm a dizer de forma diferente da que escutam os adultos. Nesse sentido, seria possível que essas alterações de papéis favoreçam uma mudança da posição subjetiva dessas crianças?

Keywords : abrigo; autismo; psicanálise.

        · text in portuguese