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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


ISBN 978-85-60944-12-5 versão

Resumo

Se o discurso social incide sobre o sujeito para determiná-lo, o sintoma que se institui no tempo da infância, seja na ordem de um impedimento ou de uma ação radical, é tecido em relação ao lugar social da criança em seu tempo. Hoje temos, de um lado, a "criança maravilhosa" da qual cobramos a restituição narcísica de um gozo que deveríamos ter dado conta de perder e, de outro, a ciência dizendo que sim sabe tudo, e que se por acaso nossos rebentos falhem na hora de cuidar do nosso narcisismo, ela poderá nos vender a solução em forma de cápsulas ou de adestramento. Na hiância desse discurso, o sintoma aponta para verdade do sujeito, que aí tenta dizer-se. O tratamento que o discurso social dá aos fenômenos que assolam a escrita das crianças (as ditas dislexias) são exemplos importantes de um paradoxo de nossos tempos. Ao propor teorias e suas terapêuticas associadas de confronto direto e corretivo do acontecimento na escrita, tais tratamentos tem como efeito colateral o apagamento do sujeito.

Palavras-chave : sintoma; escrita; dislexia.

        · texto em português