7O conceito de sintoma: entre a psicanálise e a psicopedagogiaO discurso como posição subjetiva do professor de educação infantil author indexsubject indexsearch form
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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


 ISBN 978-85-60944-12-5

Abstract

LIMA, Maira Sampaio Alencar and TEIXEIRA, Leônia Cavalcante. Ariès, Heywood e o lugar da criança: interrogações psicanalíticas sobre a inclusão. In Proceedings of the 7th Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito, 2008 () [online]. 2009 [cited 23 April 2024]. Available from: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032008000100051&lng=en&nrm=iso> .

Os debates sobre a inclusão escolar refletem as transformações históricas que ocorreram nos últimos séculos com a delimitação do conceito de infância. O surgimento da infância datada no século XVII está fundamentado nos estudos de Ariès, feitos através de obras iconográficas e manuscritos. Já Heywood interroga a veracidade desta assertiva, afirmando que a preocupação e os rituais com a criança são encontrados em qualquer período histórico e as conclusões devem ser feitas a partir dos referenciais: diferenças regionais e socioeconômicas, gênero e etnicidade. Um ponto de intersecção entre eles é a influência das transformações sociais e culturais ocorridas no século XVIII com a interferência de especialistas na educação infantil e a mudança na organização familiar. Com isso, o cuidado com as crianças portadoras de deficiência tornou-se cada vez mais significativo. Segundo Plaisande, no século XVIII, ocorreram debates sobre a educabilidade de crianças deficientes sensoriais e, no século XIX, para as deficientes intelectuais. Entre os séculos XIX e XX, Freud revela a infância contida nos traços do inconsciente orientado pelo desejo. Posteriormente, as legislações buscaram garantir o reconhecimento da igualdade de direitos, a fim de propiciar a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Diante desta contextualização, o trabalho objetiva: investigar e analisar, através da psicanálise, as representações de infância que norteiam a noção de deficiência sugerida nas legislações para a inclusão. As categorias de análise são: infância, deficiência e inclusão. Assim, concluímos que os historiadores buscam demarcar, cada um ao seu modo, o inicio da infância. As legislações, por sua vez, visam apreender a especificidade da criança para aplicá-la á prática de ensino. A psicanálise questiona tais noções ao considerar que ambas visam aprisionar a infância dentro dos limites de tempo e necessidade não deixando espaço para a apreensão da experiencia de cada sujeito.

Keywords : infância; psicanálise; inclusão.

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