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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


ISBN 978-85-60944-12-5 versão

Resumo

Entende-se que o sujeito constitui-se através da cultura, ou seja, pela linguagem e pelos discursos desta cultura. A organização social e a transmissão desta através da linguagem e do discurso trazem as marcas da constituição social, ou seja, a renúncia ao gozo. Compreende-se educação como a transmissão da impossibilidade de completude do sujeito. A busca pela completude e pelo gozo move os sujeitos em uma busca incessante, movendo a vida. Refletir sobre esta busca voltando-se para a educação, implica em compreender que professor e aluno se encontram em tal movimento. A criança com sua estrutura infantil, e o professor com sua possível estrutura adulta, mas com sua infância viva e dinâmica em seu inconsciente, ambos procuram ser completos, atingir o gozo. Através da análise entende-se que o lugar de "ser professora" é constituído por uma história sócio-cultural, onde exercer essa profissão é carregar marcas de um passado que se torna presente. A partir do referencial teórico da psicanálise como ponto central e orientador do trabalho questiona-se qual a posição subjetiva do professor de educação infantil no processo ensino-aprendizagem? A partir de um estudo de caso e das modalidades discursivas pode-se pensar que a professora escutada encontra-se na posição de Mestre, pois ela se põe como toda. O mestre mantêm a ilusão de que é autônomo, e só é possível esta ilusão pois existem os escravos (alunos) que possibilitam essa posição. Porém, o mestre não reconhece que só existe como tal, pois os escravos o colocam neste lugar.

Palavras-chave : posição subjetiva; professoras; educação infantil.

        · texto em português