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Formação de Profissionais e a Criança-Sujeito


ISBN 978-85-60944-12-5 versão

Resumo

Este depoimento apóia-se no Projeto Brincante, que foi concebido a partir de uma demanda da equipe médica do Setor de Hematologia do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira - IPPMG-UFRJ. Esta instituição,vem constatando um enorme sofrimento psíquico nas crianças que se encontram em tratamento quimioterápico para doenças onco-hematológicas. Pelas especificidades da dinâmica hospitalar optou-se por utilizar, como local de trabalho, além da quimioteca, a sala de espera dos ambulatórios do referido hospital. Desta forma, estendeu-se a intervenção do projeto a um universo diversificado de crianças. Desde o ano de 2006, a equipe brincante vem trabalhando nos referidos espaços com os sujeitos-brincantes, nome dado às crianças que participam do projeto. Frente ao desafio imposto criou-se um dispositivo e uma metodologia de trabalho que busca transformar os ambientes de espera em lugares de apaziguamento das tensões geradas pelos procedimentos médicos. Foi assim que, apostando no ato de brincar, como uma das mais importantes formas de tratamento da dor psíquica na criança, que o presente artigo teve como principal objetivo trazer o testemunho de alguns recursos disponibilizados através de uma pesquisa-intervenção em andamento. Com essa explanação pretende-se indicar um especifico cenário, onde o brincar oferece uma forma de tratamento possível ao mal-estar imposto pelo ambiente hospitalar. Como dispositivo foram criadas oficinas temáticas, na sala de espera dos ambulatórios e a Bandeja brincante na sala de quimioterapia. Cabe ressaltar que o que se privilegia é uma escuta diferenciada ao que o brincar quer dizer, pois acredita-se que este ato da criança tem o estatuto de uma enunciação.

Palavras-chave : brincar; hospital; psicanálise e criança.

        · texto em português