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Simpósio Internacional do Adolescente
Abstract
GARCIA, Vânia Ghirello and MORENO, Diva Maria Faleiros Camargo. Caminhos de ação em saúde mental na Unidade Básica de Saúde/SMS-PMSP. In Proceedings of the 1th Simpósio Internacional do Adolescente, 2005, São Paulo (SP) [online]. 2005 [cited 04 December 2024]. Available from: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000082005000200031&lng=en&nrm=iso> .
INTRODUÇÃO: A adolescência é aqui entendida, conforme Ferrari, como área com características e dinâmicas próprias, um "desafio" no qual a vida futura do indivíduo é decidida e a integração física e mental está em pauta. São consideradas três modalidades de atividades grupais com adolescentes nas faixas etárias: 1) 12 a 14 anos, jovens de 6ª do Ensino Fundamental em avaliação psicológica, com dificuldade de aprendizagem, ainda não alfabetizados completamente, 2) 16 a 21 anos, em psicoterapia, e 3) 17 a 22 anos, em promoção de saúde na escola, envolvendo conteúdos de sexualidade e prevenção de DST e Aids. OBJETIVO: Possibilitar a troca de informações e experiências a respeito das relações afetivas e sociais entre adolescentes, seus pais e professores, visando a construção de conhecimento conjunto e a diminuição da vulnerabilidade diante de situações geradoras de risco. DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO: O trabalho em grupo foi escolhido para a otimização do recurso profissional, por abarcar um maior número de pessoas, e por ser o estado preferencial da faixa etária envolvida. Permite também enriquecer a "circulação da palavra". Como recursos técnicos, foram utilizados desde a comunicação verbal, materiais expressivos e desenho, material lúdico (jogos), técnicas de dinâmica de grupo e dramatização, até insumos de prevenção (preservativos e outros). RESULTADOS: O que se observou é que há na UBS a possibilidade e a relevância de propiciar aos adolescentes, espaços de expressão e uso da palavra significativa, de relações mais humanizadas, onde a angústia seja veiculada e os conflitos e afetos manifestos mesmo que não elaborados totalmente, pelo menos trabalhados. Essas atividades operaram como um espaço de expressão de afetos, comparação de experiências vividas e socialização de "dicas" sócio-culturais. LIÇÕES APRENDIDAS: O trabalho em saúde mental muitas vezes padece de um excesso de demanda direcionada à psicoterapia que os serviços de assistência não têm condição de absorver totalmente, e nem sempre é o mais recomendado. Assim, pensar em novos caminhos de atenção à saúde, como, por exemplo, fornecer subsídios e suporte a educadores, coordenadores e pais pode ser uma importante medida. Há cuidados de várias ordens que podem ser desenvolvidos pelas várias instâncias envolvidas: a escola, a família e o serviço de saúde. Trata-se de uma coalizão de forças, cada uma a seu modo, com a finalidade da (re)instauração da saúde mental.