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Simpósio Internacional do Adolescente
Abstract
GONINI, Fátima Ap. Coelho, PETRENAS, Rita de Cássia, MOKWA, Valéria Marta N. Fernandes et al. Representações sociais da violência entre alunos do Ciclo I do Ensino Fundamental em duas escolas públicas do interior de São Paulo. In Proceedings of the 1th Simpósio Internacional do Adolescente, 2005, São Paulo (SP) [online]. 2005 [cited 04 December 2024]. Available from: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000082005000200033&lng=en&nrm=iso> .
O trabalho objetivou analisar as representações que alunos do Ciclo I do Ensino Fundamental têm sobre o tema violência, com base na Teoria das Representações Sociais (TRS) de Serge Moscovici, proposta em 1961. Entre os princípios dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) está a educação voltada para a plena cidadania, fundamentada nos Temas Transversais, que devem ser integrados ao currículo na perspectiva da transversalidade. Este estudo destaca a Ética, que se apresenta como elemento articulador em todas as disciplinas curriculares, restituindo princípios referentes à relação entre ética e violência na escola. Os atores desta investigação são alunos de duas escolas públicas de cidades diferentes do interior paulista, que se encontram no final do I Ciclo do Ensino Fundamental. Nas respectivas escolas são desenvolvidos trabalhos de prevenção da violência e ambas encontram-se em bairros periféricos. Adotou-se procedimento qualitativo e a mesma atividade foi realizada nas duas escolas, denominadas de A e B. No total, houve 33 alunos de 10 a 13 anos, sendo 21 da escola A e 12 da escola B. Eles foram convidados a expressar em uma folha de papel em branco, por meio da escrita ou desenho, o que lhes vinha em mente quando pensavam em violência. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo temática. Identificaram-se dois temas-chave, articulados entre si: "agressão" e "ética". Mostram os resultados que as representações sociais que os alunos têm da violência se constroem em diversas esferas de interações: grupos de amigos, escola, família, mídia e a polícia. Apesar de haver poucas diferenças significativas entre as duas escolas, observa-se que na escola B, onde são desenvolvidos mais projetos envolvendo a temática da violência, as representações sociais expressam um conteúdo mais voltado para valores éticos. Percebe-se o papel da escola quanto a disponibilizar competências para tratar questões de prevenção/redução da violência e de valorização da vida, através de projetos coletivos e ações de parceria resgatando e legitimando valores éticos.