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Simpósio Internacional do Adolescente



Resumen

SILVA, Carla R., FREITAS, Helen I. y LOPES, Roseli E. Adolescentes, vulnerabilidade, sexualidade e saúde mental. In Anales del 1º Simpósio Internacional do Adolescente, 2005, São Paulo (SP) [online]. 2005 [citado 24 Abril 2024]. Disponible en: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000082005000200077&lng=es&nrm=iso> .

Este estudo integra a experiência do projeto "Viva com Vida" pautado na prevenção de HIV/aids com adolescentes, baseado nos conceitos de desfiliação, exclusão e vulnerabilidade. O projeto aborda questões de adolescentes que se encontram à margem dos processos essenciais da sociedade, vítimas de exploração, de violência doméstica, urbana (física, sexual e/ou psicológica) ou mesmo formas mais ocultas como a negligência. Os conceitos são abordados não só por um aspecto estritamente econômico, de pobreza material, mas também caracterizam uma situação de pauperização subjetiva e sócio-familiar, com uma série de rupturas na constituição psíquica, de participação e de fracassos no estabelecimento de vínculo social. Resultando na perda de pertencimento, na experiência de abandono e incapacidade de reagir. E, propondo-se a realizar um debate com adolescentes, sobre carência e precariedade do exercício da cidadania, o projeto criou uma rede de apoio, considerando as particularidades formadas pelo conjunto dos aspectos sociais e individuais, que refletem muitas vezes na impossibilidade de enfrentar as problemáticas vividas pelos adolescentes. A falta de recursos para enfrentamento os suscetibilizam a outras problemáticas/vulnerabilidades como à infecção pelo vírus HIV, ocorrendo muitas vezes através de comportamento sexual de risco levado por uma impossibilidade/dificuldade do cuidado de si. E considerando uma complexa interação de aspectos biológicos, psicológicos e sociais nos processos relativos à saúde em geral e conseqüente comportamento sexual, influenciado diretamente pela saúde mental do indivíduo, foram criados espaços de diálogo buscando fazê-los reconhecerem-se enquanto atores sociais, valorizar experiências e transformações subjetivas, e instrumentalizá-los para a possibilidade de reversão da condição de existência vulnerável, visando à abertura de novas possibilidades e perspectivas de reflexão e ação. O projeto foi coordenado por duas terapeutas ocupacionais sob um olhar voltado à conscientização e reflexão sobre o cuidado de si, e a constituição do sujeito passando por sua subjetividade. Os procedimentos realizados foram grupos de orientação sobre sexualidade, assembléias, oficinas de atividades e acolhimento individual quando necessário, buscando que estas atividades fizessem sentido na realidade de cada um, com vistas à sensibilização, mudanças de consciência e comportamento. As diversas técnicas oferecidas contribuíam ludicamente para vivências em comunhão, visando aumento de repertório potencial autonomia para transformação. As principais conclusões focalizam a apreensão das informações pelos adolescentes, a viabilidade da transformação de atitude consciente e ainda, como resultado, a formação de um grupo de multiplicadores.

        · texto en portugués