1A prática do pedagogo orientador educacional no ensino público do Distrito Federal: em rede socialA iconografia como desdobramento da concepção de mundo da comunidade Maxakali author indexsubject indexsearch form
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I Congresso Internacional de Pedagogia Social



Abstract

RAUPP, Luciane Marques and COSTA, Juliana Martins. O eca e as práticas de atendimento à drogadição na adolescência. In Proceedings of the 1. I Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2006, São Paulo (SP) [online]. 2006 [cited 20 April 2024]. Available from: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000092006000100027&lng=en&nrm=iso> .

O ECA (1990) considera o adolescente uma "condição peculiar de pessoa em desenvolvimento". Essa condição inclui o direito à educação, à busca de identidade, crenças e valores, um lugar no social. Mais do que em outros momentos, a exposição e a convivência com as drogas constituem um duplo desafio: para o adolescente, o fácil acesso à transgressão pelo uso ou abuso, e para a sociedade: a necessidade de oferecer outras formas de visibilidade, assim como serviços e técnicos capacitados a atender essa demanda "peculiar". Contrariamente ao respeito às "peculiaridades", a sociedade tende a ignorar esse processo psíquico oferecendo uma cultura caracterizada pela "liquefação" (Balman, 2003), e pela descartabilidade, na qual valores antes intrínsecos ao ser humano são atrelados a objetos de consumo permanentemente substituídos, exacerbando a falta e o vazio. Nesse contexto, o uso e abuso de drogas tende a surgir como um meio de suprir faltas, fragilidades, traduzido como a satisfação pela via do consumo. O presente trabalho investigou instituições públicas de tratamento a adolescentes usuários de drogas buscando identificar nas práticas institucionais vigentes uma relação com o que é preconizado pelas políticas públicas e pelo ECA. A descrição etnográfica do contexto de cada instituição foi utilizada como método de imersão na realidade a partir de diálogos informais, consultas documentais e entrevistas realizadas com profissionais e com os adolescentes nesses locais (Milnitsky-Sapiro, 2001). Os resultados desse trabalho indicam a importância de intervenções que considerem de fato, "as peculiaridades" do processo adolescente incluindo seu contexto sócio-afetivo na capacitação e formação de técnicos e profissionais envolvidos com essas práticas. Analisando a defasagem entre o "dito" e o "feito" com relação à drogadição esperamos atentar para a importância do direito desses jovens de tornarem-se adultos incluídos e integrados na sociedade.

Keywords : adolescência; drogadição; capacitação; políticas públicas.

        · text in portuguese