4, v.2Social movements in the plots of social networkingA formação de trabalhadores na modalidade e-learning através das associações empresariais na espanha índice de autoresíndice de materiabúsqueda de trabajos
Home Pagelista alfabética de eventos  

Congresso Internacional de Pedagogia Social



Resumen

CHAVES, Priscila Monteiro y GHIGGI, Gomercindo. A formação do leitor mediada pela participação social. In Anales del 4o. Congresso Internacional de Pedagogia Social Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2012, São Paulo (SP, Brasil) [online]. 2012 [citado 26 Abril 2024]. Disponible en: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000092012000200018&lng=es&nrm=iso> .

Em tempos contemporâneos, a gênese da exclusão escolar pode ser mapeada somente sob a ótica de questões superficiais e isoladas do tipo: por que Joãozinho não sabe ler? Como as reflexões acerca do conceito de Pedagogia Social e dos fundamentos teóricos da Educação Popular podem ser contributivas na superação da rigidez e do formalismo excludentes presentes na formação do leitor? Sabe-se que o acesso ao mundo da escrita vem significando, às camadas populares, ou a aquisição de uma habilidade quase mecânica de decodificação/codificação ou o acesso a universos fechados, arbitrariamente impostos pelo sistema dominante (SOARES, 2000), isto é, ao povo é permitido que aprenda a ler, não que se torne leitor. Percebe-se com isso uma carência de distinção entre acúmulo de conhecimento ou habilidades (neste caso, a habilidade da lectoescrita) e compreensão do mundo, responsável pela superação das problemáticas emergentes dos indivíduos em formação visando seu desenvolvimento (MOLLENHAUER, 1993), o que é antagônico à modernização. Fator que denuncia uma necessidade imediata de alargamento da maneira de conceber a educação e impulsiona uma preocupação com o protagonismo popular. Para Freire, a questão se apresenta claramente: trata-se de acomodar as classes populares emergentes e domesticá-las em algum esquema de poder ao gosto das classes dominantes, e quando a docilidade não é acessível, essa Invasão se dá de maneira mais perigosa, manipulando-as de modo que sirvam aos interesses dominantes e não passem dos limites. Uma das principais dimensões desses limites é a sua formação como leitor, competência capaz de emancipar o sujeito e fazer com que este se torne um questionador de seu mundo e crítico de sua cultura. Se tal máxima verossímil for, a formação do leitor depende estreitamente do resgate e do enfoque da sua função social e polí­tica, em sua história e sua cultura, bem como da compreensão de seu mundo imediato (FREIRE, 1978), o que o contexto escolar atual não propicia ao educando. Assim, o presente artigo centra-se no objetivo de analisar criticamente os impasses da realidade em que são formados leitores na contemporaneidade, apontando tentativas de soluções ancoradas na Pedagogia Social e na Educação Popular, uma vez que a leitura não deve ser tomada como técnica a ser adquirida e tampouco mercantilizada, e sim um meio de promoção da cidadania, compreendida em suas dimensões crítica e ativa (BRANDÃO, 1995), em outras palavras, um instrumento humanizante de emancipação do sujeito (ADORNO, 1995).

Palabras llave : leitura; exclusão; Educação Popular; emancipação.

        · resumen en inglés     · texto en portugués     · pdf en portugués