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3° Encontro Nacional ABRI 2001
ISBN 2236-7381 versión
impresa
ISBN 2236-7381 versión impresa
Resumen
HISAMOTO, Bruno Heilton Toledo. A "estatização" do trabalho humanitário no pós-guerra fria: o "novo humanitarismo" e o dilema da cooperação entre humanitários e estados. In Anales del 3° ENABRI 2011 3° Encontro Nacional ABRI 2001, 2011, São Paulo (SP, Brasil) [online]. 2011 [citado 15 Marzo 2025]. Disponible en: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000122011000100036&lng=es&nrm=iso> .
Um dos aspectos mais relevantes observados dentro da estrutura humanitária nas últimas décadas é a crescente presença governamental, através doações a organizações não-governamentais, pelo trabalho de agências intergovernamentais, ou pela atuação direta (política e/ou militar) em situações críticas. Ainda que remonte aos anos 1970, este processo se intensificou com o fim da Guerra Fria, a partir da associação neoliberal entre direitos humanos e política internacional, que influenciou a agenda de segurança coletiva e o humanitarismo. Entretanto, da mesma forma que a presença estatal fortaleceu a causa humanitária com mais recursos, resultou também na sua politização e militarização, submetida aos interesses de doadores e governos em detrimento das vítimas, e contradizendo fundamentos do humanitarismo, como independência, neutralidade e imparcialidade. Este trabalho observa esta gradual "estatização" do humanitarismo, enfatizando como este processo foi percebido dentro da reflexão sobre ação humanitária pós-Guerra Fria e suas consequências na discussão e na prática humanitária no mundo pós-2001.
Palabras llave : ação humanitária; direitos humanos; segurança coletiva; intervenção humanitária.