2, v.2Perlas y aljófar: sobre o significado das oposições estruturais no Quixote IO esperpento em El adefesio, de Rafael Alberti author indexsubject indexsearch form
Home Pagealphabetic event listing  





An. 2. Congr. Bras. Hispanistas Oct. 2002

 

O curto verão da anarquia: uma obra libertária

 

 

Ivan Rodrigues Martin

Universidade São Judas Tadeu

 

 

O curto verão da anarquia, de Hans Magnus Enzensberger, publicado pela primeira vez em 1972, recupera, através de diversos relatos, a trajetória política de Buenaventura Durruti, combativo militante anarquista espanhol que atuou nas primeiras décadas do século XX.

A estruturação da obra, no entanto, a distancia de uma simples biografia que relata a história de um indivíduo. Alguns recursos utilizados pelo autor fazem com que o texto, além de divulgar as idéias anarquistas através dos inúmeros relatos que o compõem, reproduza, na sua estrutura literária, os ideais libertários defendidos por Durruti e pelos trabalhadores espanhóis ligados à Confederación Nacional del Trabajo.

Neste texto, buscaremos observar de que maneira o trabalho de estruturação da narrativa contribui para a criação de uma obra em que forma e conteúdo intimamente imbricados sejam capazes de dar à vida de um homem a dimensão de um fato criado coletivamente: o movimento anarquista espanhol.

As duas histórias de que trata a obra estão envolvidas numa aura de heroicidade que as aproxima do mito e, por isso mesmo, as notícias que se tem delas são, na maioria das vezes, contraditórias e rodeadas de paixão e subjetividade. A primeira, a do movimento anarquista na Espanha, figura como única experiência de coletivização das riquezas que o mundo conheceu, ainda que não tenha durado mais do que a vida de uma flor, como disse Federica Montseny em testemunho que inspirou o título da obra. A segunda, a da militância política de Buenaventura Durruti, confunde-se com a anterior e é sedimentada na ação revolucionária marcada pela ousadia e pela valentia de uma personagem que, ao gosto espanhol, conforma uma tradição lendária que tem antecessores como um Mio Cid e um Dom Quixote.

Embora não tenha deixado nenhuma teoria escrita sobre o pensamento anarquista, Durruti tornou-se um dos mais famosos combatentes libertários. Homem de ação, integrou o grupo Los Solidarios que esteve à frente de assaltos a bancos e quartéis e de vários atentados, inclusive o que assassinou o Arcebispo de Salamanca durante uma missa. Além da valentia que povoa os relatos sobre ele, a probidade de sua conduta e a generosidade de seus atos compõem o perfil de um herói que, paradoxalmente, também é um homem comum e que, por isso, tem o mesmo poder de ação do que nós. Tal poder está relacionado à consciência política de seu papel transformador das estruturas sociais. Essa pletora de predicativos pode ser percebida mais claramente numa entrevista que o próprio Durruti deu a Pierre Van Paasen, jornalista do periódico Toronto Press, em setembro de 1936. Após explicar ao entrevistador as intenções do movimento e de como pretendiam enfrentar o fascismo, Van Paasen o interrompeu dizendo que se vencessem estariam sentados sobre um monte de ruínas. Sua resposta ao jornalista canadense demonstra, além de consciência política e valentia para a luta, a pureza de sentimentos própria dos que apostam na utopia:

Mas nós sempre vivemos em cortiços e buracos nas paredes. Saberemos como arranjar-nos durante algum tempo. Pois não devem esquecer que também sabemos construir. Fomos nós que construímos os palácios e as cidades na Espanha, na América e em toda a parte. Nós, os operários, saberemos construir outros para tomar o lugar dos que forem destruídos. E ainda melhores. Não temos medo de ruínas. Nós herdaremos a terra. Quanto a isso não há a menor dúvida. Os burgueses podem fazer explodir e destruir o seu mundo antes de abandonarem o palco da história. Nós trazemos um novo mundo em nossos corações. E esse mundo está crescendo a cada minuto que passa.

Enzensberger denominou ''romance'' sua obra sobre Durruti e fez questão de estampar tal classificação de gênero na capa do livro. Dividiu o texto em capítulos organizados cronologicamente, à exceção do prólogo que antecipa a morte do biografado, ou seja, o final de sua trajetória, mas não a do movimento anarquista espanhol. Tais capítulos são constituídos de adaptações de diversos testemunhos de vários contemporâneos do biografado, além de citações de folhetos e jornais da época e de obras sobre a História da Espanha. Oito textos denominados ''comentários'', qualificados com números ordinais e oriundos da voz de um mesmo narrador, às vezes entrecortada por outras vozes, antecipam cada um dos capítulos forjados a partir dos diversos testemunhos que constituem a narrativa. Ao fim do romance, depois do epílogo, inusitadamente, há um apêndice denominado ''fontes'', cujo conteúdo não se atém à relação bibliográfica das fontes consultadas, mas que serve também como explicativo do papel de cada um dos que testemunham sobre a vida de Durruti e sobre a História do movimento anarquista na Espanha.

A subversão de que trata a obra é reproduzida na sua estruturação que comporta textos de naturezas distintas e conforma uma collage cujos fragmentos apresentam, isoladamente, uma visão multifacetada da História mas que, também, no seu conjunto, conformam um gênero híbrido, situando a narrativa num entrelugar emoldurado pela ficção e pela História. A subversão de dois gêneros, o do romance e o do ensaio, alinhavada por um terceiro, o do testemunho, confere ao texto um caráter deliciosamente anárquico que contempla, ao mesmo tempo, a história da trajetória de um indivíduo e a história coletiva, sem subordinar, hierarquicamente, uma à outra. Esse recurso utilizado por Enzensberger projeta no texto ficcional um tema caro à filosofia ácrata, que tem como pressuposto a manutenção da liberdade individual numa sociedade coletivizada.

O fato de Enzensberger criar uma obra que reproduz os temas que compuseram o pensamento anarquista numa estrutura literária também anárquica reflete sua própria trajetória intelectual que tem transitado pelos caminhos da ficção e da História e cuja obra, multifacetada, é composta por ensaios, poemas, romances, peças de teatro e inclusive por documentários cinematográficos.

Para exemplificar como a estrutura da obra contempla elementos ficcionais e ensaísticos, comentaremos mais especificamente três procedimentos utilizados pelo autor na elaboração do romance. O primeiro refere-se à antecipação do final da trajetória de Durruti para o começo da narrativa, num capítulo intitulado prólogo, em que é descrito o momento do velório da personagem. O segundo diz respeito aos capítulos intitulados comentários que são inseridos de modo esparso no texto a fim de elucidar metalingüisticamente a estrutura da obra e criticamente a História do século XX na Espanha. O terceiro procedimento de que nos ocuparemos trata do trabalho de construção da personagem biografada que recupera dados da ficção e da História.

 

O prólogo

O primeiro texto que compõe a collage de Enzensberger está assinado por H. E. Kaminski que é, segundo informação contida nas fontes, pseudônimo de E. Halpérine-Kaminsky. A palavra prólogo vem do grego - prólogos - e tem o mesmo significado de prefácio - do latim praefatis - que, segundo definição do Aurélio, é o que se diz a princípio, em forma de texto ou advertência, ordinariamente breve, que antecede uma obra ou que serve para apresentá-la ao leitor. Ao optar por apresentar ao leitor uma obra biográfica cujo início não trata do nascimento da personagem, mas de sua morte, Enzensberger subverte a estrutura linear da história de uma vida descrita comumente na ordem começo-meio-fim e subverte também o significado mesmo da morte, cujo sentido é determinado culturalmente.

Nos quatro parágrafos que compõem esse texto, o narrador, ao mesmo tempo em que trata de descrever com tintas goyescas o funeral do indivíduo Buenaventura Durruti, o que garante o caráter literário do texto, discute o significado dos funerais para a cultura espanhola, imprimindo à narrativa ares de ensaio. Transita pelo espaço da casa onde foi velado o defunto e percorre o espaço social, cuja ocupação se realiza circunstancialmente, de acordo com as transformações históricas:

En la casa de los anarquistas, que antes de la Revolución había sido sed de la Cámara de Industria y Comercio (...) el vestíbulo había sido transformado en capilla ardiente (p.9)

O movimento de vai e vem que marca a ocupação do edifício - casa de los anarquistas, Cámara de Industria y Comercio, capilla ardiente - conota a movimentação do curso da História cujo desenvolvimento é circunstancial e determinado pelas contingências dos valores que subjazem à estruturação das instâncias de poder. Reflete a idéia de que a História não é finita, que é própria do pensamento anarquista, cujas teorias apontam para a necessidade da eterna transformação. Se os marxistas, com sua visão teleológica, apostam na previsão dos caminhos da História e, em nome disso, impediram que a Revolução triunfasse na Espanha, os anarquistas, ao contrário, acreditam que o desenvolvimento da História se constrói dia-a-dia e que a liberdade do indivíduo não pode estar atrelada a quaisquer preceitos, sejam eles religiosos ou científicos.

Essa liberdade individual pode ser observada no comportamento das pessoas na cena que retrata o velório de Durruti, apontando para a pureza dos sentimentos de anarquistas que celebram, cada um a seu modo, a morte de um companheiro, independentemente das imposições religiosas:

Era una escena trágica y grotesca a la vez. Parecía un aguafuerte de Goya. La describo tal como la vi para que se pueda entrever lo que conmueve a los españoles. La muerte, en España, es como un amigo, un compañero (...) Nadie se alborota quando viene (...) Quizá sea el viejo fatalismo de los moros que reaparece aquí, después de encubrirse durante siglos bajo los rituales de la iglesia católica(...)
Los demás sentían su muerte como una pérdida atroz e irreparable, pero expresaban sus sentimientos con sencillez. Callarse, quitarse la gorra y apagar los cigarillos era para ellos tan extraordinario como santiguarse o echar agua bendita. (p.10)

A plasticidade da cena, própria do texto literário, é irmanada à discussão antropológica sobre o comportamento dos espanhóis diante da morte e à denúncia social do papel mutilador assumido pela Igreja. Esse modo de construir o texto, além de desmitificar a idéia de gênero puro e verdade universal, relativiza o peso da História e confere às vozes dos testemunhos o status de enunciadoras das muitas versões dos fatos e exige, democraticamente, a participação do leitor:

Todo lo que aquí está escrito ha pasado por muchas manos y denota los efectos del uso. En más de una ocasión esta novela ha sido escrita también por personas que no se mencionan al final del libro. El lector es una de ellas, la última que cuenta esta historia. (p.17)

 

Os comentários

Os oito comentários esparsos que entrecortam a narrativa tratam principalmente de duas questões inerentes ao objeto da narração. A primeira, claramente metalingüística, alude ao processo mesmo de construção da obra e está restrita ao capítulo intitulado Primeiro comentário. A segunda questão, discutida nos outros sete textos, percorre linearmente a História da Espanha, situando a evolução do movimento anarquista naquele país.

No primeiro comentário, intitulado La historia como ficción colectiva, o narrador-autor esclarece sua proposta e sua posição política. Informa-nos de que não toma para si a verdade histórica e de que tampouco reproduz ipsis litteris os testemunhos daqueles que a contam:

Hablan personajes anónimos y desconocidos: una voz colectiva. Las declaraciones anónimas y contradictorias se combinan y adquieren un nuevo carácter. De las narraciones surge la historia. Así ha sido transmitida la historia desde los tiempos más antiguos: como leyenda, epopeya o novela colectiva (p.14)

Ao instituir vários narradores, conhecidos ou não do público leitor, partidários ou não da causa anarquista, o autor reafirma sua opção pela collage, cujos fragmentos, se observados em separado, apresentam desencontros e contradições sem, no entanto, arranhar a coerência interna da obra. Não sabemos ao certo como Durruti fugiu da Espanha várias vezes, como retornou, como assaltou bancos, sequer quem o matou. Mas sabemos o que representou no imaginário coletivo espanhol não só a trajetória do biografado, mas também as dos outros anarquistas e, mais do que isso, o que significou na Espanha a Anarquia como filosofia e como ação revolucionária. Assim, o relato construído como ficção coletiva destrói a idéia de herói unívoco e amplia as possibilidades de compreensão da História.

O autor deixa claro que a verdadeira história é feita de versões, embora, tradicionalmente, seja oriunda de uma voz oficial, autorizada pelo Estado. Aproveita-se da sua condição de sujeito histórico e contribui, nos sete outros comentários seguintes, com sua versão dos fatos, organizada cronologicamente em textos que misturam narrativas em primeira pessoa, marcadas pela subjetividade, e descrições em terceira pessoa, de caráter mais referencial.

No segundo comentário - orígenes del anarquismo español - essa mistura imprime ao texto ares de ficção e história ao mesmo tempo. Nas duas primeiras, das dez páginas que compõem o texto, a imprecisão e a nostalgia remontam a estrutura do era uma vez, própria do conto de fadas:

Un día de octubre de 1868 llegó a Madrid Giuseppe Fanelli, un italiano. Tendría unos cuarenta años, era ingeniero de profesión, y tenía una espesa barba negra y ojos relampagueantes. Era alto, y manifestaba una serena determinación. En cuanto llegó, buscó una dirección que tenía anotada en su agenda: un café, donde se encontró con un pequeño grupo de obreros. (P.27)

O uso de indeterminações espaço-temporais (un día, una dirección, un café) e do pretérito imperfeito anunciam a falta de pretensão de comprovação dos dados da História. Busca autorização para o seu discurso no testemunho de um velho discípulo de G. Fanelli, Anselmo Lorenzo. Nas páginas seguintes, quando já se tem a impressão da subjetividade que caracterizará o texto, longos parágrafos em terceira pessoa apresentam as explicações sociológicas para que a Espanha constituísse solo fértil para a disseminação das idéias anarquistas. Antes disso, no entanto, o autor faz textualmente a ressalva que já estava dada pela estrutura da obra:

Estas circunstancias históricas excepcionales suscitaron una larga serie de cotados de interpretación. Ninguno de éstos, aisladamente, cumplió lo prometido, y hasta ahora no existe ninguna explicación coherente elaborada según los principios de la economia política. ( p.28)

O mesmo acontece no terceiro comentário denominado el dilema español (1917-1931). Ao passo que reproduz estatísticas e análises econômicas dos livros de História a fim de retratar a Espanha como um país anacrônico no contexto europeu, reproduz também vozes de testemunhos apaixonados que não escamoteiam a opção claramente ideológica que preside a construção da obra. Apenas a título de exemplo, citamos um fragmento de testemunho que traduz a perspectiva do indivíduo sobre os fatos históricos:

Finalmente, cuando ya nadie creía en ella, se produjo por fin la revolución. Lo inverosímil se convirtió en realidad. Leímos los telegramas de Rusia. Nos sentimos transfigurados (...) (p. 49)

Os outros cinco comentários - el dilema español (1931-1936), el enemigo, el diclinar de los anarquistas, el héroe e la revolución envejece - são menos extensos e as impressões individuais já não estão mais entre aspas, como nos anteriores. Fazem parte das versões que conformam a História:

La historia del anarquismo español puede conducir fácilmente a la desesperaciónal amante de la verdad. Quien busca hechos se topará con versiones. (p.235)

 

A construção da personagem

Em A personagem do romance, Antonio Candido (1976) diferencia o Homo fictus do Homo sapiens . Para o crítico, o primeiro é limitado e a apreensão da sua essência está restrita à estrutura da obra literária. Já o segundo, jamais pode ser apreendido em sua totalidade, pois constrói-se a cada dia e não a cada página. Ao optar por estruturar seu romance principalmente a partir de testemunhos, Enzensberger descaricaturiza o aspecto literário da personagem e cria a ilusão do ilimitado. A ambigüidade dos muitos discursos sobre o indivíduo histórico confere complexidade à personagem, cuja construção leva em consideração também o espaço e o tempo das enunciações dos testemunhos. Antes ainda dos primeiros relatos sobre a infância de Durruti, dois fragmentos, de fontes ideologicamente diversas, tratam de situar o espaço do qual a personagem é oriunda. O primeiro, compilado da Encyclopaedia britannica, generaliza pictoricamente o ambiente como convém à perspectiva burguesa:

León, obispado y capital de la provincia homónima, está situada sobre una colina de 851 metros sobre el nivel del mar, en la confluencia de los ríos Torío y Bernesga, de donde nace el río León. Población: 15.580 habitantes (1900). Por la ciudad pasa el tren rápido Madrid-Oviedo (...). (p.17)

A descrição calcada na precisão geográfica representada numericamente nada diz que contribua para a caracterização da dimensão humana de que são formados os seres, nem para a explicação sociológica dos movimentos emancipatórios. O segundo fragmento, no entanto, focaliza socialmente o espaço e, por isso, situa o indivíduo na coletividade de que faz parte:

El barrio de Santa Ana, donde nació Durruti, se compone de casas viejas y pequeñas. Es un barrio proletario. Su padre era ferroviario, y casi todos sus hermanos trabajaron para el ferrocarril, al igual que Durruti.
El ambiente social de la ciudad estaba poderosamente influido por la presencia del obispado. Éste sofocaba toda idea y acción que disgustaba al clero. (...) (pp. 17-18)

Diferentemente do primeiro fragmento, em que a cidade é vista de cima, no segundo, o narrador percorre o espaço da vida cotidiana e, em vez de descrever o tamanho das montanhas e os monumentos erigidos pelos detentores do capital, focaliza o microcosmos da sociedade onde podem ser observadas as injustiças das relações de trabalho no mundo capitalista.

A descrição do ambiente apresenta as primeiras marcas da construção da personagem cuja constituição não se dá individualmente, mas a partir das relações sociais que estabelece com seus companheiros também oprimidos que, coletivamente, construirão o movimento anarquista na Espanha.

Os diversos testemunhos sobre a vida de Durruti, marcados pelo caráter revolucionário de seu temperamento e pela pluralidade de opiniões a seu respeito, conformam um texto que reproduz, na sua estrutura, a essência do pensamento anarquista. Assim como Durruti e seus companheiros buscavam subverter a estrutura centralizada do movimento sindical na Espanha, Enzensberger constrói um romance em que também a voz do narrador é descentralizada. Dessa forma, de acordo com o conceito de dialogismo criado por Bakhtin, desloca-se a categoria de sujeito: o sujeito perde o papel de centro e é substituído por diferentes vozes sociais que fazem dele um sujeito histórico e ideológico (BARROS, 1994, p. 2-3). Assim, cada um dos que testemunham sobre a vida de Durruti testemunha também sobre seu papel social na construção da História, forjando um texto em que, ao sabor da filosofia anarquista, somos todos protagonistas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Diana Luz Pessoa. Dialogismo, polifonia, intertextualidade. São Paulo: Edusp, 1994.

BAKHTIN, Mikhail (VOLOCHINOV). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Ed. Hucitec, 7ed., 1995.

CANDIDO, Antonio et alii. A peronagem de ficção. São Paulo: Ed. Perspectiva, 5ed., 1976.

ENZENSBERGER, Hans Magnus. El corto verano de la anarquía - vida y muerte de Durruti. Trad. de Julio Forcat e Urike Hartmann. Barcelona: editorial Anagrama, 1998.

WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas. Trad. de Julia Tettamanzi e Betina Becker. Porto Alegre: LP&M editores, 1998.