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An. 2. Congr. Bras. Hispanistas Out. 2002

 

O intelectual latino-americano hoje - Caminhos e descaminhos -

 

 

Marildo José Nercolini

UFRJ

 

 

Como Gramsci, creio que o intelectual é fruto de seu tempo e das relações nele estabelecidas. Penso que não existe hoje uma definição universal do lugar do intelectual na sociedade. Qualquer definição é decorrente do contexto em que se vive. Nos anos 60 e 70, tínhamos a predominância do modelo francês, à Sartre, intelectual engajado, a voz universal que tomava partido. O ideal iluminista acrescido do ideário marxista-socialista. Esse intelectual, um dos filhos diletos da modernidade, assim como esta, entra em crise e não mais se sustenta.

Hoje vivemos um tempo em que as fronteiras tornaram-se porosas e os fluxos multidirecionais, mas podemos nos perguntar se as fronteiras de fato se esfacelaram e se os fluxos não permanecem tendo uma geografia de poder. Um fato, no entanto, parece inconteste: os limites hoje estão em constante deslocamento, tornam-se mais flexíveis, e a negociação/articulação parece ser o caminho para o local ocupar espaço e marcar posição. Necessário então afirmar o local enquanto elemento diferenciador, evitando que o global absorva tudo, num gelatinoso processo homogeneizador/equalizador.

Quem seria o intelectual hoje? No atual contexto não se tem mais a pretensão de abarcar o todo, com respostas universais, fechadas e cabais aos problemas que se apresentam; cabe pensar criticamente como os fenômenos da globalização, da violência, da criação cultural, da política, da música... concretizam-se na realidade específica. O intelectual parece ser aquele que pensa criticamente a partir de um olhar local, abarcando suas especificidades, sem perder de vista o global.

O pensamento latino-americano, inserido nesse novo contexto, está buscando ocupar uma posição de destaque no cenário do pensamento contemporâneo, criando uma massa crítica, fomentando o fortalecimento de um pensamento feito a partir e sobre a América Latina.

No momento é estrategicamente producente e importante que os pensadores localizados abaixo do Rio Bravo abarquem a América Latina como pedra de toque para refletir o momento atual, pois as transformações trazidas com a globalização atingem os países subalternos de forma bastante distinta das que ocorrem em países centrais, como Estados Unidos ou Comunidade Européia. O fomento dessa rede imaginária poderá fortalecer a presença da produção intelectual desse lado do mundo e dar-lhe maior poder de negociação/articulação no mercado acadêmico cada vez mais globalizado e competitivo, além de possibilitar que tal reflexão tenha eco nas populações que fazem parte da América Latina, levantando questões que lhes interesse.

São pessoas como Nestor García Canclini, Carlos Monsivais, Jesús Martín-Barbero, Beatriz Sarlo, Silviano Santiago, que tentam pensar o que se passa com os fenômenos mais globais, mas partir de um olhar bem local, bem específico. Não é mera cópia de modelos europeus, norte-americanos ou indianos. Têm um olhar próprio. Qualquer um deles poderia ser exaustivamente analisado, mas nesse ensaio me atenho a Beatriz Sarlo.

O intelectual a partir da reflexão de Beatriz Sarlo. Em artigo publicado em 93, Sarlo se propunha a analisar a situação dos intelectuais no fim do século XX. O título já aponta a linha de sua reflexão: "Arcaicos ou marginais?"(SARLO, 1993). Nas transformações pelas quais a sociedade foi passando, os velhos sujeitos políticos, entre eles os intelectuais, saem de cena e os conflitos que marcavam a sociedade até então, modificam-se substancialmente. Na arena social os sujeitos se multiplicam, e a diversidade dos sentidos dada às práticas impede uma unidade em torno de lutas políticas. Não existe mais a crença na "Razão", que se pretendia universal e unificadora, e as utopias se transformam em espectros. Sarlo aponta que o fim do século XX veio marcado pelo abandono dos três núcleos ideológicos e míticos que o marcaram: a revolução - que ela prefere chamar da "idéia de uma mudança total'' -, as vanguardas estéticas e os intelectuais. Da crise destes três núcleos, umbilicalmente unidos e que davam a forma para a modernidade, vamos nos ater ao último: o intelectual.

Por um lado o intelectual entra em crise porque não mais se vê como portador de valores universais, nos moldes sartreanos, pois a relativização valorativa passa a ser a pedra de toque, e por outro, porque não mais pode falar "em nome de", o que poder-se-ía chamar de crise da representação, pois "cada grupo fala por si e de si''. Nesse momento que caminhos tomaram os intelectuais? Muitos se afastaram do espaço público, virando especialistas em territórios do saber bem delimitados, e com uma moral particularista e uma postura muito próxima ao realismo político que, como afirma Sarlo, tinha duas faces: de um lado, a aceitação do existente como limite do possível, em que a "transgressão (...) é vista como assumir um risco desnecessário ou como um resto de pensamento utópico que persiste apesar de seu arcaísmo"(SARLO, 1993, p.5); e por outro, uma postura particularista, satisfeita com intervenções "estritamente zonificadas", cujos limites não mais são valores gerais de natureza social e cultural, mas os dados pelas disciplinas das quais são especialistas.

O discurso intelectual se vê marcado não mais pela crítica, mas pela descrição do real e, sob a aparência de humildade e aceitação democrática, "chega na verdade a ser mais concessivo com o poder e, ao mesmo tempo, praticar o seguidismo da opinião pública" (Idem, p.5). Vive-se numa cultura celebratória, marcada por um neopopulismo intelectual1, sem povo e sem nação, ideologia construída sobre o individualismo e aceitação das tendências de privatização do espaço público, numa postura de resignação frente "à dinâmica do mercado de bens simbólicos" que acaba por produzir um "indiferentismo ético e estético, oportunismo frente às maiorias de opinião construídas nos meios e em relação ao sentido comum como se este valesse mais que as idéias que o contradizem"(Idem). Sarlo faz, enfim, uma crítica mordaz ao tipo de intelectual que parecia estar se firmando fortemente nos anos 90: o especialista. Questiona se de fato o especialista pode ser chamada de intelectual, sobretudo quando ele se afasta da esfera pública, trancafiando-se em seu conhecimento disciplinar, não se arriscando a ir além da mera descrição do que vê e se conformando com a opinião pública, abandonando o discurso crítico por completo.

Se, por um lado, podemos ler nesse tipo de análise uma nostalgia de um intelectual moderno, como muitos fizeram, taxando o discurso de "arcaico" e/ou "marginal" dentro do pensamento que então se produzia no final dos anos 90, e como ela mesma ironiza no título do ensaio; de outro, podemos ler nessa análise - e me parece que seja esse o modo mais construtivo - um alerta para que junto com a água do banho não se jogue a criança, pois, se o intelectual profeta, com sua utopia e respostas generalizadoras, não mais se sustenta, vamos repensar o tipo de intelectual e o local que ele pode ocupar no contexto que hoje se apresenta. Sarlo tem a coragem de colocar em pauta a necessidade do intelectual - quando muitos o davam como morto -, do seu discurso crítico, e não simplesmente festejar o seu fim como um ganho liberatório.

Sarlo retoma a reflexão sobre o intelectual em textos e publicações posteriores. Em seu mais recente livro - "Tiempo presente" (SARLO, 2001), o discurso de terra arrasada dá lugar a uma tentativa de apontar caminhos para o intelectual hoje, com um sentido, portanto, mais propositivo.

No primeiro texto, "Las formas del honor", traz em pauta o compromisso ético do intelectual com a estância pública, mas utiliza um linguajar muito próximo ao religioso, falando de uso "vocacional" do tempo, com uma ênfase exagerada no "dever", "força moral" e "virtude" que deviam-no marcar, o que acaba por dar um tom panfletário ao texto. Mas o interessante desse texto é apontar que o papel do intelectual é, assim como a arte, desordenar a vida, indo contra a lógica do mercado e das instituições, questionando aquilo que se crê seguro ou conveniente, inclusive em si, chamando-o a examinar suas próprias certezas com a mesma tenacidade com que julga a dos outros.

No segundo texto, "A voz universal que toma partido?", pontua que o intelectual como a voz universal que toma partido morre com Sartre, pois não há mais universalidade valorativa nem audiência universal. Por não existir mais um lugar universalmente reconhecido para o discurso intelectual, ele precisa preocupar-se não somente em enunciar seu discurso como também prever as condições de sua enunciação. Na disputa pelo espaço de enunciação, entra em cena o discurso de jornalistas, comunicadores midiáticos (intelectuais eletrônicos, que estabelecem fortes relações de comunidade com os novos públicos e cuja palavra se vê mais persuasiva, próxima e familiar desse público2), e também o conjunto de circunstâncias que cerca essa enunciação passa a ser mais forte do que as razões do próprio discurso podendo acarretar na sua audibilidade ou não. Enfim, à crise dos intelectuais críticos e das utopias, já presentes no texto de 1993, vem acrescentar a reconfiguração mass-mediática da cultura, com novos cenários e exigindo nova postura.

Nesses novos cenários, o pensamento crítico do intelectual não é mais hegemônico, é mais um dos que são emitidos no embate social, mas nem por isso ele deixa de ser necessário, pois se se esvaíram as soluções utópicas e os problemas são outros, no entanto o discurso crítico "não se esgota na consideração de seus erros passados ou de sua debilidade presente" (SARLO, 2001, p. 212).

Do terceiro texto, "Retomar el debate", Sarlo aponta que o intelectual profeta, detentor do conhecimento e das respostas, sofre uma derrocada e é substituído na perspectiva pós-moderna pelo intelectual intérprete, expressão que ele toma emprestada de Baumann. Nessa perspectiva, restaria aos intelectuais, convertidos em intérpretes, escutar as múltiplas vozes da sociedade e tecer redes de interconexão desses discursos. Eles virariam o que ela ironicamente chama de intelectuais "carteiros", pois, como as pessoas não precisam mais de quem fale em seus nomes, "os intelectuais, se ainda querem fazer algo que ninguém lhes pede, podem colaborar para que os que não se ouvem bem entre si, por razões de distância ou de traduzibilidade, se escutem"(Idem, p.220), o que, para Sarlo não passa de uma utopia, possivelmente um pouco mais amável que a dos profetas.

No último texto do livro, "Contra la mímesis. Izquierda cultural, izquierda política", Beatriz Sarlo aponta os princípios que acredita deveriam constituir a esquerda atual, e que podemos derivar para os intelectuais de hoje. Primeiro, não aceitar como limite objetivo um diagnóstico que leva inscrito em si as condições de hegemonia que o impõe; portanto, resgata aqui o intelectual como aquele que questiona o status quo e as pretensas verdades estabelecidas. O segundo princípio constitutivo seria a sustentação dos direitos humanos e da conservação da vida em condições materiais e simbólicas dignas como pontos nodais, que não se poderia abrir mão, pontos inegociáveis.

Enfim, pensando em si enquanto intelectual, Sarlo afirma que pretende colocar e destacar o seu discurso na rede de discursos sociais, assim como o fazem os especialistas e os midiáticos. "Ser intelectual hoje - para Sarlo - não é ser profeta, mas tampouco ser intérprete que leve simplesmente os valores de um lado ao outro com a esperança de que a gente que acredita em valores diferentes, em lugar de brigar, se compreenda" (Idem, p.220), afinal o intelectual como cidadão é parte desse conflito de valores e ele próprio defende princípios éticos, mas tendo a respeito desses uma perspectiva relativista, contextual.

Cabe ressaltar que a escolha feita por analisar Beatriz Sarlo tem a ver com a forma como ela demonstra construir sua reflexão e também pela sua postura enquanto intelectual. Se formos analisar seus textos, especificamente aqui nos referindo àqueles sobre o intelectual, eles são construídos a partir da sua experiência concreta e estão marcados pelo local de onde vêm: a América Latina, e, em particular, a Argentina. Quando afirma, por exemplo, que o discurso crítico precisa ser autônomo e não estar subordinado à ação política, isso vem marcado pela revisão que, no período de ditadura argentina - anos 70 até meados de 80 -, ela (e boa parte de sua geração) fez do seu passado de militante marxista3. Ou então quando fala que os tempos são outros e que hoje o intelectual precisa não somente proferir o discurso intelectual, mas criar o cenário para sua enunciação ou ocupar os espaços disponíveis, seja no embate social seja no acadêmico, remete-nos, por exemplo, a criação da revista Punto de Vista, que há mais de 20 anos é por ela e seu grupo editada, e também a inserção midiática, sobretudo em jornais e revistas argentinos, que Sarlo conquistou, espaços onde expõe suas análises e coloca o seu ponto de vista. Se nem sempre concordamos com suas idéias e suas análises, não podemos deixar de reconhecer o seu esforço de construir uma reflexão própria, assumir os riscos de um discurso acadêmico e público, normalmente incisivo e apaixonado, mas nem por isso menos perspicaz e contundente, marcado por um compromisso ético com a realidade de onde fala e a partir de valores dos quais não abre mão.

Ao mesmo tempo em que pensa o local e interpela o global, ela é capaz também de questionar o lugar do intelectual e a reflexão acadêmica e teórica produzida por eles hoje. Sua postura nos ajuda a pensar e a questionar qual o locus e o que se espera do intelectual hoje, sobretudo dos latino-americanos. Sarlo busca criar uma pauta de reflexão que passa pela retomada de conceitos como nação e identidade, analisados sob a ótica de países que estão sofrendo na carne o seu esfacelamento, não enquanto opção filosófica, mas enquanto desmonte dos mecanismos que possibilitavam a sua existência. Ela, com a paixão portenha e envolta num espírito tangueiro, propõe-se a discutir o que significa o desmoronamento da nação argentina, ou mesmo da nação colombiana e venezuelana, diante da crise pelas quais passam esses países. E o faz não somente para a esfera pública de seu país, mas também se arrisca a fazê-lo diante de outros intelectuais globalizados, muitos deles envoltos em seus vôos teóricos mirabolantes.

Assumindo os riscos de uma postura pessoal. Assumindo as minhas crenças e pensando o local do intelectual hoje, parece-me que a megalomania de um intelectual como salvador da pátria não mais existe, assim como a figura de qualquer grande herói ou de qualquer grande utopia com pretensões universalistas. O intelectual precisa abandonar o sonho de viver nos píncaros e se acostumar a viver no chão, rodeado por pessoas, por problemas, por um contexto pelo qual é interpelado e, ao mesmo tempo, interpela. Talvez seja essa a principal dificuldade dos intelectuais forjados no calor dos anos 60 ou daqueles que ainda hoje tentam se moldar nesses parâmetros. Saber conciliar os elementos local-global, geral-específico, academia-espaço público se tornaram indispensáveis para a sobrevivência do intelectual, para ele ser ouvido.

Pensar a sua realidade, um pensamento contextualizado; problematizando, mais do que apontando respostas prontas; fazendo perguntas, colocando em xeque as análises que se crêem consolidadas. Eis aí, ao meu ver, hoje, um dos possíveis papéis do intelectual.

O intelectual tem o compromisso ético com a superação da desigualdade, da injustiça - valores se não universais, pelo menos compactuados, elegidos como fundamentais sobretudo se se estiver falando de um locus e situado em um tempo marcado pela desigualdade e injustiça, como é o caso da América Latina. Se ele próprio é fruto desse locus e desse tempo, seu discurso deve trazer à baila a problemática local, colocando-a a dialogar ou a se enfrentar com a realidade mais ampla, a realidade global, consciente de que os questionamentos e as respostas são situados, não têm abrangência universal.

O intelectual fala o seu próprio discurso, não mais fala por alguém, não tem mais essa delegação, ninguém mais quer delegar o poder da fala. Se pararmos e observarmos o que se passa na literatura, no teatro, no cinema e na música hoje em dia, isso fica claro. Se antes tínhamos escritores que escreviam tentando resgatar a linguagem do submundo da violência, dos morros, do tráfico..., hoje são os próprios favelados ou presos que se põem a escrever suas histórias; se antes era necessário que uma patricinha da Zona Sul carioca subisse os morros cariocas e trouxesse de lá o funk para que o asfalto passasse a ouvir esse ritmo, agora são os próprios funkeiros do morro que descem para o asfalto e cantam e dançam e falam; não é mais necessário atores profissionais encenando a vida, sofrimentos, alegrias, dúvidas da favela, pois os próprios adolescentes e crianças favelados são capazes de encenarem, de apresentarem a si próprios, de mostrar seus dramas, sua dança, seu gingado nos teatros da cidade, com qualidade cênica e movimentação de palco dignos de companhias de teatro profissionais.

Ser intelectual hoje supõe a escuta da multiplicidade de vozes e culturas e estabelecer a interconexão entre mundos, espaços, pessoas que não interagem, trocam ou entram em contato. Mas precisa ir além, assumir riscos e voltar a tomar uma posição pública a partir de seu conhecimento e de seu saber acumulado. Não pode falar o discurso do outro, renegando o seu ou imiscuindo-se de emiti-lo. Não fala mais por, mais também não pode passar ao outro extremo de somente repetir ou interpretar a fala do outro. Servir como "carteiro", que transmite a mensagem, mas não se coloca no jogo, não serve, não é suficiente. Do intelectual se pede mais. Ele tem um discurso, o seu discurso, construído a duras penas... Ele precisa ser capaz de colocar esse discurso na arena pública novamente. Não é somente mais ele que fala? Ele não tem a audiência inteira ouvindo-o? O palco tem outros e diferentes atores? O local do discurso não é mais aquele que ele estava acostumado antes? Tem jornalistas, apresentadores de televisão, "bichos" midiáticos que tem um público maior e que falam uma linguagem que chega a mais gente e que consegue calar mais fundo? E aí? Os tempos são outros. É tempo de forjar novos espaços nesse embate. Conquistar o seu lugar. Ele precisa assumir que fala em seu nome, em nome de seu conhecimento, de sua experiência, de seus princípios e assumir os riscos que isso traz. Virar especialista e trancar-se na academia, falando para seus iguais? Mas existe intelectual desvinculado do espaço público? Voltar à arena e assumir o risco de proferir seu discurso, falando em seu nome, assumindo suas posições e deixando claro a que veio, os princípios que defende, e se por e expor, questionando o status quo, desestabilizando as certezas estabelecidas, pensando a realidade em que está inserido e fazendo pensar quem a vive, quem a origina e quem a sofre na pele..., "o resto é perfumaria", como diz Zeca Baleiro.

 

BIBLIOGRÁFIA.

NERCOLINI, M. Beatriz Sarlo: uma voz argentina. Veredas, Rio de Janeiro, v.75, p.14-19, 2002.

____________. Um tango desfigurado (entrevista com Beatriz Sarlo). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 15 dez 2001, Caderno Idéias, capa e p.2.

SARLO, Beatriz. Cenas da vida pós-moderna. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997 (publicado na Argentina em 1994).

____________. Tiempo presente: notas sobre el cambio de una cultura. Buenos Aires: Siglo XXI Argetina, 2001.

____________. Arcaicos o marginales? Situación de los intelectuales en el fín del siglo, Punto de Vista, n.47, ano XVI. Buenos Aires, diciembre 1993. p.1-5.

 

 

1 Tema que Sarlo vai retomar em textos posteriores, mas que está tenazmente exemplificado em sua comunicação feita em Congresso dos Estudos Culturais, em Manchester, em julho de 2002, ''The new latin-americanism: cultural studies'' (inédito).
2 ''Si la autoridad del intelectual se legitimaba en una diferencia de saberes, la autoridad de estas voces nuevas es producto de un efecto de comunidad ideológica y de representación cercana: paradojicamente, las voces más mediatizadas (...) producen la ilusión de una comunidad estrecha'' ( SARLO, 2001, p.203).
3 Ver sobre o tema, duas entrevistas feitas pelo autor com Sarlo: NERCOLINI, 2001 e NERCOLINI, 2002.