2, v.3Aldo Pellegrini y el surrealismoEl Poder como simulacro: Una lectura de La fiesta del chivo, M. Vargas Llosa índice de autoresíndice de assuntospesquisa de trabalhos
Home Pagelista alfabética de eventos  





An. 2. Congr. Bras. Hispanistas Out. 2002

 

A dor e a alegria na contística de Horacio Quiroga

 

 

Sara Araújo Brito

UNIGRANRIO - Duque de Caxias – RJ

 

 

A vida e a contística quiroguiana

O escritor saltenho, Horacio Quiroga, em sua contística, demostra as grandes riquezas que possui a literatura hispano-americana, através das temáticas que aborda, além de revelar a luta do ser humano contra a morte e também a inexorabilidade do destino. O autor trabalha em sua obra vários temas que demarcam o rico estilo da sua produção literária. O conhecimento da selva e os problemas que nela ocorrem despertam no autor uma preocupação também com os problemas sociais do início do século XX.

A questão da dor e da alegria é uma das características da contística desse autor uruguaio, que revela a inesgotável busca pela identidade do homem hispano-americano.

Quiroga, como escritor, nasce da experiência conturbada que vive e, como forma de protesto social demonstra o conflito que existe entre o ser humano e a natureza, na tentativa do homem de domá-la, revelando assim a rebeldia e características marcantes dos seus relatos selváticos. Sua grande paixão é a linguagem incisiva e crítica dos seus contos, e a selva, apesar de seus rigores e limitações, é um meio de inspiração que ele mesmo crê ser uma forma de realização dos seus anseios pessoais na ficção dos seus relatos. Os detalhes que tanto nos impressionam e enriquecem sua narrativa são frutos de experiências reais decorrentes da sua estada na região selvática e primitiva de Misiones, que, uma vez sedimentadas, passam à emoção, como o próprio escritor registra em seu Decálogo del perfecto cuentista: ''no escribas bajo el imperio de la emoción. Déjala morir y envócala luego.''

A vida de Quiroga levou-o a uma renúncia dos grandes centros para viver nas fronteiras, ou seja, conduziu-o ao ambiente da selva, à paisagem periférica da natureza, onde escolheu seu próprio mundo marginal, desassistido, violento e selvagem para justificar as oscilações pessoais vividas, colocando-se, muitas vezes, em posição igual à da personagem de seu conto ''A la deriva'', isto é, à deriva da sociedade. O escritor uruguaio escolhe a paisagem selvática e híbrida da América Hispânica, oscilando entre a cidade e a selva – dois mundos distintos – demonstrando assim suas características de homem de fronteiras.

Levando-se em consideração a tríade, amor/ loucura/ morte, que caracteriza a vida e também a obra do escritor saltenho, vê-se o quanto é importante e significativa a temática sobre a dor e alegria na contística quiroguiana. São fatos reveladores da angústia e da dor humana que caracterizam o homem hispano-americano do início do século passado.

 

A dor e a alegria: um contraste na via do amor

O complexo temático que envolve o contraste entre a dor e a alegria é representado sempre por via do amor. Este, como elemento fundamental em vários contos quiroguianos, aparece de forma a atenuar os sentimentos que são gerados por sua causa. Os contos1 onde estão presentes esta temática, como por exemplo ''La gallina degollada'', ''Una estación de amor'', ''La muerte de Isolda'', ''El almohadón de plumas'', entre outros, são importantes porque marcam a sua relevância no caráter realista do autor. Nesses contos encontramos relações intensas entre o amor e as dores, que culminam com a morte. O amor é sempre excessivo e marcado pela fatalidade, tomando um aspecto de compulsão do desejo, como no conto ''El solitario''. Às vezes, essa fatalidade revelada através de acontecimentos maléficos, pode apontar para outro campo temático que dentro da literatura se denomina ''fantástico''2. O desfecho do amor será sempre na morte pela paixão que leva a personagem a passar por acontecimentos maléficos gerando a dor, mas que não se deixa superar, não desistindo até a chegada da morte, a grande dama que fecha a ação.

No início do século XX, sobretudo nas artes, eram comuns esses sentimentos mórbidos, perversões eróticas, inclusive nas novas tendências literárias. Essa característica da literatura da época deve-se à influência decadentista francesa, que ecoou na América Latina. A produção de Horacio Quiroga destacou-se nesse contexto, já que o escritor privou com movimento decadentista na França. Entre seus contos, ''La gallina degollada'' (1909) tem uma importância especial quando nos referimos à questão da dor e da alegria, principalmente porque nos retrata uma crítica social contra a rejeição paterna e materna: a compreensão, o respeito e o amor deveriam ser fatores fundamentais para o fortalecimento dos laços familiares. Neste relato, uma maldição toma conta do casal apaixonado: nascem sucessivamente quatro crianças problemáticas, com retardamento mental, e os pais, embora absorvidos pelo amor, passam por intemperantes discussões. A alegria de ter a filha sadia é compartida com a dor e o sofrimento de ter as crianças doentes e colocadas à margem. Passado alguns anos, depois da tristeza da doença dos filhos, resolveram ter outro bebê. A filha Bertita nasceu com saúde e foi crescendo sempre por perto dos pais. Toda atenção era voltada para essa filha e os outros quatro ficaram reservados aos cuidados da empregada; ''si aún en los últimos tiempos Berta cuidaba siempre de sus hijos, al nacer Bertita olvidóse casi del todo de los otros.'' (QUIROGA, 1997, p. 92) Neste trecho, o autor revela-nos duas sensações: a alegria e a dor. É uma relação de alegria pela filha sadia e de dor pelos quatro filhos doentes. Sob esse olhar, Horacio Quiroga retrata a convivência entre vários sentimentos na sujeição da personagem em defrontar-se com diversos tipos de emoções como a alegria, o sofrimento e a dor. A violência do amor conturbado se faz transparente quando o autor nos revela, ao final do conto, a morte cruel e perversa da menina. Os quatro irmãos doentes fazem com Bertita o mesmo que viram a empregada fazer com a galinha:

Uno de ellos le apretó el cuello, apartando los bucles como si fueran plumas, y los otros la arrastraron de una sola pierna hasta la cocina, donde esa mañana se había desangrado a la gallina, bien sujeta, arrancándole la vida segundo por segundo (QUIROGA, 1997, p. 95).

O horror da situação das personagens descrito com habilidade mostra-nos o realismo cruel da obra quiroguiana. Embora durante todo o decorrer do conto este reflita um estreito contato com o desespero, com o sofrimento e com a morte, o pai tenta ocultar da esposa o quadro sangrento do que aconteceu com a filha no final do relato, tentando preservar a esposa:

Pero al precipitarse en la cocina Mazzini, lívido como la muerte, se interpuso, conteniéndola:
– ¡ No entres! ¡ no entres!
Berta alcanzó a ver el piso inundado de sangre. Sólo pudo echar sus brazos sobre la cabeza y hundirse a lo largo de él con un ronco suspiro (QUIROGA, 1997, p. 95).

Dessa forma o autor oculta a cena final do leitor, poupando-o assim de uma descrição sangrenta da morte. Além disso, demonstra também a expressão do amor que sente o casal e o sofrimento pela morte brutal. A filha sadia representa uma imagem de alegria e, ao mesmo tempo, reflete a dor e a tristeza pela morte que a tomou. Sobre o amor dos pais paira um descontentamento com o destino inexorável, que não lhes permitiu uma felicidade plena.

Encontramos, também, esta relação de dor e alegria no conto ''Una estación de amor'', onde Nébel, apaixonado por Lídia, não tem a permissão do pai para se casar, porque a mãe da amada levava uma vida fácil.

Hicieron efectivamente el viaje juntos, y durante él Nébel llegó al más alto grado de pasión que puede alcanzar un romántico muchacho de dieciocho años que se siente querido. [...] No tengo ninguna idea de ofender a tu novia, y creo, como te he dicho, que no está contaminada, aún por la podredumbre que la rodea (QUIROGA, 1997, p. 11)

Os desencontros vividos pelas personagens refletem a dor e o sofrimento que o casal viveu, ''¡Su felicidad, su dicha reconquistada un día antes, perdida de nuevo y para siempre!'' (QUIROGA, 1997, p. 20) A separação não impediu a sobrevivência do amor, ''¡Ah! ¡Si pudiera verla algún día, decirle de qué modo la he querido, cuánto la quiero ahora, adorada de mi alma!...'' ( QUIROGA, 1997, p. 21) Depois da morte da mãe de Lidia, quando poderiam estar juntos, o destino os separa: ''El tren partió. Inmóvil, Nébel siguió con la vista la ventanilla que se perdía. Pero Lidia no se asomó.'' ( QUIROGA, 1997, p.28) O amor, a dor e o sofrimento estão sempre presentes na contística de Quiroga.

Outro conto que se agrupa nessa mesma temática amorosa, de sofrimentos e problemas é ''La muerte de Isolda''. A personagem Padilla vê Inés no teatro depois da apresentação de Tristão e Isolda e, embora flertando com muitas mulheres, se apaixona por Inés. No decorrer do conto há um jogo cíclico de ida e volta. Vários encontros e desencontros, quando Padilla abandona Inés e depois quer voltar. Retorna, e mais uma vez ela não o aceita. Desesperado, humillado, crucé por delante de la sala, y la vi echada sobre el sofá, sollozando el alma entera entre sus brazos, [...] – No, no... – me respondió -. ¡Es demasiado tarde! (QUIROGA, 1997, p. 38) Este conto expressa o romantismo das grandes paixões, o tempo dos sonhos, das alegrias incontidas. Reflete também o sofrimento e as dores que o amor sempre leva consigo, principalmente no trágico final, quando o autor faz referência à obra Tristão e Isolda. Já no conto ''El almohadón de plumas'', a morte se apresenta como resultado da união do amor e da dor, presentes em todo o relato. A conotação maléfica, simbolizada pelo animal que suga o sangue da recém casada, pode desdobrar-se outra vez em agente do destino inexorável. A alegria do casamento se uniu à dor e o desenlace foi a morte trágica, resultado de um relato fantástico.

A oscilação entre a vida e a morte, entre a alegria de casar-se e a dor do sofrimento, encontrada no conto, transparece na narrativa detalhada que o autor faz do estado de saúde da personagem Alicia. No decorrer do conto a jovem senhora, vitimada pela enfermidade, fica prostrada nos seus aposentos; coloca-se, então, em estado de deriva, oscilando entre as melhoras e as pioras:

fue ese el último día que Alicia estuvo levantada. Al día siguiente amaneció desvanecida. [...] Al día siguiente Alicia amaneció peor. [...] Pronto Alicia comenzó a tener alucinaciones [...] Alicia fue extinguiéndose en subdelirio de anemia.[...] Perdió luego el conocimiento.

O autor descreve minunciosamente o sofrimento de Alicia demonstrando dessa forma o percurso da dor até atingir o ápice da narrativa fantástica que é a morte trágica e cruel, ''Alicia murió, por fin''.

Depois da morte de Alicia a arrumadeira vai para o quarto e ao trocar a fronha do travesseiro vê manchas de sangue: ¡Señor! – llamó a Jordán en voz baja -. En el almohadón hay manchas que parecen de sangre. (...) –Parecen picaduras – murmuró la sirvienta después de un rato de inmóvil observación. Imediatamente, pegaram a fronha e sentiram um peso enorme. Cortaram e abriram-na para verificar o que havia dentro do travesseiro. Para surpresa de todos um animal:

Sobre el fondo, entre las plumas, moviendo lentamente las patas velludas, había un animal monstruoso, una bola viviente y viscosa. Estaba tan hinchado que apenas se le pronunciaba la boca.

O ser vivo encontrado nas plumas do travesseiro reflete uma característica quiroguiana quando o autor se utiliza de animais maléficos, para expressar o destino inexorável da vida e, conseqüentemente, a morte.

Fatos raros marcam a contística desse escritor de Salto. O amor presente na vida das personagens transforma-se em dor. O imaginário transforma-se em real literário. E a criação revela-se fantástica.

 

Conclusão

Horacio Quiroga, em sua trajetória literária, demonstrou as várias facetas da problemática que viveu o homem do início do século XX, quando a questão da identidade com seres híbridos e heterogêneos surge como espaço de reflexão, discussão e crítica. A contribuição do contista de Salto foi grande para a formação do pensamento crítico literário, pois sua obra nos mostra com clareza as dificuldades e as questões sociais por que o homem do início do século passava e que se refletem ainda hoje.

O momento histórico em que viveu Quiroga tornou-se de grande relevância e possibilitou a abertura de espaço para as discussões literárias. Com isso, podemos destacar o lugar merecido que ocupa o escritor uruguaio. Ele conquistou, através de sua contística, uma nova forma de expressão na língua espanhola, a expressão da paisagem americana no processo de criação literária com características avassaladoras.

Sua obra parece palpitar sentimentos antes desconhecidos de uma atormentada existência, cujas emoções se manifestam de forma criativa e talentosa, destacando o sofrimento e a morte como características próprias do seu estilo.

A natureza, em todas as suas dimensões, sobrepõe-se ao homem, atraindo-o não para acolher, mas para destruí-lo. São dois opostos: a poderosa natureza e a fragilidade do homem. Entretanto, para o escritor uruguaio, esta assertiva não se concretiza: mostra-nos através de sua vida pessoal e da sua contística que estes opostos são passíveis de convivência. A natureza, na obra de Horacio Quiroga, não só revela a saga do homem na luta contra a morte, mas também a inexorabilidade do destino, este destino avassalador que impede a resistência. É um destino, na acepção da cultura grega antiga, que tragicamente se apodera do caminho vital das pessoas. Um destino que perseguiu tanto as personagens da obra quiroguiana quanto a própria vida do autor.

A paisagem, a preferência por alguns adjetivos, o amor pela selva, a natureza refletida através das personagens, fizeram de Quiroga um homem que retratou uma realidade obscura, fronteiriça e buscou sempre a verdade na procura de encontrar a si próprio e ao outro no universo cultural hispano-americano.

A dor e a alegria que permeia toda a existência de Quiroga o levou a integrar-se num mundo só seu, o do seu imaginário literário, e permitiu o reconhecimento pela sua produção escrita deixando para os séculos seguintes um exemplo de fidelidade do homem hispano-americano, sempre em busca de sua identidade.

 

Bibliografia:

ALONSO, C. J.. Muerte y resurrecciones en Horacio Quiroga. In: PUPO-WALKER, Enrique (coord.) El cuento hispanoamericano. Madrid: Castalia, 1995 p. 191-210.

BACCINO PONCE DE LEÓN, N. Nota filológica preliminar. In: QUIROGA, Horacio. Todos los cuentos. Edición crítica. Napoleón Baccino Ponce de León e Jorge Lafforgue (coord.). Colección Archivos: 1ª reimp. Madrid: ALLCA XX Scipione Cultural, 1997.

BELLINI, G. Historia de la literatura hispanoamericana. 2. ed. Madrid: Castalia, 1986.

BULLRICH, S. Reputación del «Decálogo del perfecto cuentista». In: PACHECO, Carlos & BARRERA LINARES, Luis (compilación). Del cuento breve y sus alrededores. Aproximaciones a una teoria del cuento. 2. ed. Caracas: Monte Ávila, 1997. p. 373-377.

CAMPRA, R. América Latina: la identidad y la máscara. México: Siglo XXI, 1987.

CASTILLO, A. Liminar: Horacio Quiroga. In: QUIROGA, Horacio.Todos los cuentos. Edición crítica. Napoleón Baccino Ponce de León e Jorge Lafforgue (coord.). Colección Archivos: 1ª reimp. Madrid: ALLCA XX Scipione Cultural,1997. p. XXI-XXXIII.

CELLA, S. Historia crítica de la literatura argentina. La irrupción de la crítica. Buenos Aires: Emecé, 1999, v. 10.

DELANEY, J. J. Evocación de Horacio Quiroga. In: Revista Proa, Buenos Aires, 61-6, sep. - oct., 1999.

EKSTROM, M. V. La tierra indiferente en los cuentos de Quiroga y Rulfo. In: Cuadernos de ALDEEU – ''El paisaje en la literatura hispánica''. (Tomo I, nº 2-3): 211-18, mayo – octubre, 1983.

EZQUERRO, M. Los temas y la escritura quiroguianos. In: QUIROGA, Horacio.Todos los cuentos. Edición crítica. Napoleón Baccino Ponce de León e Jorge Lafforgue (coord.).Colección Archivos: 1ª reimp. Madrid: ALLCA XX Scipione Cultural,1997. p. 1379-1414.

FLEMING, L. Introducción. In: QUIROGA, Horacio. Cuentos. Madrid: Cátedra, 1991. p. 11-109.

FRANCO, J. Historia de la literatura hispanoamericana. A partir de la Independencia. Barcelona: Ariel, 1999.

GOIC, C. História y crítica de la Literatura Hispanoamericana. II - Del Romanticismo al Modernismo. Barcelona: Crítica, 1990.

IÑIGO M. Luis. Historia de la Literatura Hisoanoamericana. Del Clasicismo al Modernismo. Tomo II. Madrid: Cátedra, 1999.

LAFFORGUE, J. Actualidad de Quiroga. In: QUIROGA, Horacio. Todos los cuentos. Edición crítica. Napoleón Baccino Ponce de León e Jorge Lafforgue (coord.).Colección Archivos: 1ª reimp. Madrid: ALLCA XX Scipione Cultural, 1997. p. XXXV-XLIV.

LAZO, R. Selección, Estudio Preliminar y Notas Críticas. In: QUIROGA, Horacio. Cuentos. 16. ed. México: Porrúa. 1990.

LEANTE, C. Un cuento perfecto. Cuadernos Hispanoamericanos. Cincuentenario de Horacio Quiroga. n.443, Madrid: ICI, mayo - 1987. p. 89-97.

LEÓN HAZERA, L. La novela de la selva hispanoamericana. Nacimiento, desarrollo y transformación. Estudio estilístico. Bogotá: Instituto Caro y Cuervo XXIX, 1971.

LOPRETE, C. A.. Literatura Hispanoamericana y Argentina. Buenos Aires: Plus Ultra, 1984.

PASTEKNIK, E. L.. Horacio S. Quiroga y su tiempo. In: --- El mito en la obra de Horacio Quiroga. Buenos Aires: Plus Ultra, 1997. p. 98-103.

______________________. La personalidad del escritor según sus contemporáneos. In: El mito en la obra de Horacio Quiroga. Buenos Aires: Plus Ultra, 1997. p. 225-240.

QUIROGA, H. El manual del perfecto cuentista. In: PACHECO, Carlos & BARRERA LINARES, Luis (compilación). Del cuento breve y sus alrededores. Aproximaciones a una teoria del cuento. 2. ed. Caracas: Monte Ávila, 1997. p. 327-339.

_________________. Los mejores cuentos de Horacio Quiroga. Colección Tobogán. Buenos Aires: Orión, 1988.

_________________. Todos los cuentos. Edición crítica. Napoleón Baccino Ponce de León e Jorge Lafforgue (coord.). Colección Archivos: 1ª reimp. Madrid: ALLCA XX Scipione Cultural,1997.

ROMANO, E. Horacio Quiroga, ¿Primer escritor rioplatense de vanguardia? Cuadernos Hispanoamericanos, ICI - Madrid, (529/30): 20-32, Julio-Agosto, 1994.

_______________. Trayectoria inicial de Horacio Quiroga: del bosque interior a la selva misionera. In: QUIROGA, Horacio.Todos los cuentos. Edición crítica. Napoleón Baccino Ponce de León e Jorge Lafforgue (coord.). Colección Archivos: 1ª reimp. Madrid: ALLCA XX Scipione Cultural,1997. p. 1305-1339.

SAMBRANO URDANETA, O. & MILANI, Domingo. Literatura Hispanoamericana I. Caracas: Monte Avila Latinoamericana, 1994.

_______________________________________________________. Literatura Hispanoamericana II. Caracas: Monte Avila Latinoamericana, 1994.

 

 

1 Todos os contos citados neste trabalho foram extraídos do livro QUIROGA, H. Todos los cuentos. Edición crítica. Napoleón Baccino Ponce de León e Jorge Lafforgue (coord.). Colección Archivos: 1ª reimp. Madrid: ALLCA XX Scipione Cultural,1997.
2 É evidente que não podemos deixar de citar que o autor Horacio Quiroga tem essa característica marcada em muitos dos seus contos. Certamente foi o primeiro contista do gênero fantástico na América Hispânica.