An. 5. Enc. Energ. Meio Rural 2004
Intensidades energéticas nas mesorregiões de Mato Grosso
Otacílio Borges CanavarrosI; Moisés Cândido de MeloII; Ivo Leandro DorileoIII
IEngº químico e Professor Doutor - pesquisador no Niepe
IIEngº químico - especialista em balanço energético - pesquisador no Niepe
IIIEngº eletricista - mestrando em planejamento energético - engenheiro da UFMT
RESUMO
O texto apresenta algumas intensidades energéticas, no âmbito do Estado e em cada uma de suas cinco mesorregiões, as quais estão contidas no documento denominado "Balanço Energético de Mato Grosso e Mesorregiões - período 1995 a 2001", elaborado em 2002 pelo NIEPE - Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético, órgão da Administração Superior da UFMT.
Palavras-chave: 1. Intensidades Energéticas - 2. Relações Energéticas - 3. Consumo Energia
ABSTRACT
The script presents some energétics relations, in state and in each region, that are in the document named "Mato Grosso Energetic Balance and Regions- period 1995 to 2001", produced in 2002 by NIEPE - instrument of the high administration UFMT.
1. INTRODUÇÃO
O citado Balanço foi elaborado em decorrência de um contrato de prestação de serviços, assinado em 30/08/2002 pelos representantes das instituições SEPLAN/MT e Fundação UNISELVA. O trabalho contou com a participação especial do Prof. Dr. Ennio Peres da Silva - Coordenador do NIPE/UNICAMP, na qualidade de consultor, bem ainda com a colaboração do Eng. Químico José Pedro Alves de Andrade, profissional atuante no setor sucroalcooleiro no Estado de Mato Grosso.
2. MESORREGIÕES, MICRORREGIÕES E MUNICÍPIOS
O território de Mato Grosso está dividido em 5 mesorregiões (SEPLAN, 2001).
Mesorregião Centro-Sul (4 microrregiões e 17 municípios):
- Microrregião Alto Pantanal: Barão de Melgaço, Cáceres, Curvelândia, Poconé;
- Microrregião Alto Paraguai: Alto Paraguai, Arenápolis, Marilândia, Nortelândia, Santo Afonso;
- Microrregião Cuiabá: Chapada dos Guimarães, Cuiabá, N. S. do Livramento, Santo Antônio do Leverger, Várzea Grande;
- Microrregião Rosário Oeste: Acorizal, Jangada, Rosário Oeste;
Mesorregião Sudeste (4 microrregiões e 22 municípios):
- Microrregião Alto Araguaia: Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari;
- Microrregião Rondonópolis: Dom Aquino, Itiquira, Jaciara, Juscimeira, Pedra Preta, Rondonópolis, São José do Povo, São Pedro da Cipa;
- Microrregião Primavera do Leste: Campo Verde, Primavera do Leste;
- Microrregião Tesouro: Araguainha, General Carneiro, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Poxoréo, Ribeirãozinho, Tesouro, Torixoréu;
Mesorregião Sudoeste (3 microrregiões e 22 municípios):
- Microrregião Alto Guaporé: Conquista D'Oeste, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda, Vale de São Domingos, Vila Bela da Santíssima Trindade;
- Microrregião Jauru: Araputanga, Figueirópolis D'Oeste, Glória D'Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D'Oeste, Mirassol D'Oeste, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Salto do Céu, São José dos Quatro Marcos;
- Microrregião Tangará da Serra: Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia, Porto Estrela, Tangará da Serra;
Mesorregião Nordeste (3 microrregiões e 25 municípios):
- Microrregião Canarana: Água Boa, Campinápolis, Canarana, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo São Joaquim, Querência, Santo Antônio do Leste;
- Microrregião Médio Araguaia: Araguaiana, Barra do Garças, Cocalinho;
- Microrregião Norte do Araguaia: Alto da Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia, Canabrava do Norte, Confresa, Luciara, Novo Santo Antônio, Porto Alegre do Norte, Ribeirão Cascalheira, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, São Félix do Araguaia, São José do Xingu, Serra Nova Dourada, Vila Rica;
Mesorregião Norte (8 microrregiões e 53 municípios):
- Microrregião Alta Floresta: Alta Floresta, Apiacás, Carlinda, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Paranaíta;
- Microrregião Alto Teles Pires: Lucas do Rio Verde, Nobres, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Santa Rita do Trivelato, Sorriso, Tapurah;
- Microrregião Arinos: Juara, Nova Maringá, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos, São José do Rio Claro, Tabaporã;
- Microrregião Aripuanã: Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Cotriguaçu, Colniza, Juína, Juruena, Rondolândia;
- Microrregião Colíder: Colíder, Guarantã do Norte, Matupá, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo, Terra Nova do Norte;
- Microrregião Paranatinga: Gaúcha do Norte, Nova Brasilândia, Paranatinga, Planalto da Serra;
- Microrregião Parecis: Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Comodoro, Diamantino, Sapezal;
- Microrregião Sinop: Cláudia, Feliz Natal, Itaúba, Marcelândia, Santa Helena, Santa Carmem, Sinop, União do Sul, Vera;
Obs: os municípios em negrito correspondem aos principais da mesorregião, em população e economia.
3. SINOPSE MATO GROSSO - ANO 2000
4. ESTADO DE MATO GROSSO
As tabelas enumeradas de 1 a 1.5, referentes ao Estado de Mato Grosso e a cada uma de suas mesorregiões, mostradas a seguir, possibilitam ao leitor o conhecimento da evolução da estrutura de consumo de energia final por setores da economia estadual e mesorregional, ao longo do período histórico analisado no balanço energético, facilitando assim a compreensão das intensidades energéticas apresentadas neste texto.
4.1 - MESORREGIÃO CENTRO-SUL
4.2 - MESORREGIÃO SUDESTE
4.3 - MESORREGIÃO SUDOESTE
4.4 - MESORREGIÃO NORDESTE
4.5 - MESORREGIÃO NORTE
5. CONCLUSÃO
a - as mesorregiões de Mato Grosso apresentam, em geral, intensidades energéticas bem distintas em razão das mesmas se encontrarem em estágios diferentes de desenvolvimento econômico, social e tecnológico;
b - as mesorregiões nordeste e norte, apresentam os maiores consumos de lenha "per capita" no setor residencial, comparativamente as demais, em razão da oferta regional deste combustível ocorrer a baixo custo;
c - na mesorregião centro sul, a relação consumo de eletricidade no setor residencial por consumidor, é a maior dentre todas as outras, fato este perfeitamente compreensível por se tratar da mesorregião onde a população tem um maior poder aquisitivo;
d - nas mesorregiões sudeste e norte ocorrem elevadas emissões de CO2 "per capita", motivadas pelo acentuado consumo do combustível óleo Diesel no setor agropecuário, em face de se tratarem de regiões com destacada produção de grãos;
e- no contexto do Estado, o consumo de lenha "per capita" no setor residencial, caiu sensivelmente no período 1995 a 2000, tendendo a atingir a quantidade que expressa o consumo"per capita" no âmbito do Brasil;
f - ainda no contexto do Estado, as emissões de CO2 relativamente ao número de habitantes e ao PIB, cresceram acentuadamente no período aludido.
6. REFERÊNCIAS
- BEEMT 2002; SEPLAN/MT; Balanço Energético de Mato Grosso e Mesorregiões - Período 1995 a 2001 -; Cuiabá;Dez.;2002
- BEN 2001; Secretaria de Energia do MME; Balanço Energético Nacional - ANO BASE 2000 -; Brasília; Dez.; 2001
- FIBGE 1997; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Contagem Demográfica ; Brasília;1998
- FIBGE 2001; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Censo Demográfico - 2000; Brasília; 2001
- SEPLAN 2001 - Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - Anuário Estatístico do Estado de Mato Grosso - ano base 2000; Cuiabá;Dez.; 2001
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