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An. 6. Enc. Energ. Meio Rural 2006

 

Análise do potencial econômico do aterro sanitário do municipio de Chapecó-SC

 

 

Maricy Moreno Cansian

maricymc@gmail.com - (049) 3328 3424 / 9105 6737

 

 


ABSTRACT

The energy constitutes primordial element to the matter constitution and, to the same time, the force that motions and that preside transformationsin all universe and in all the levels: since sub-atomic particle, to the macro-cosmos, passing in the life mechanisms, by the social relations and all that happen in economic area. The great jump, however, of energy utilization in the industrials process happen to start vapor machine, in England. Since then begun the burns in large scale called mineral coal and consequently furnace effect.
The vapor energy was utilized with sucess initially in the century XVIII, in England, when was used for bomb operate installed for retire water accumulated in coal mines. This vapor machine to retire water was invented in 1712 by Thomas Newcomen and perfected by James Watt in 1769. Who built similar vehicles to locomotives, detachs the english engineer Richard trevithick, starter, in 1803, one vapor machine with 5 ton and 5 km/h of speed. George Stephenson (1781-1848), inglish engineer, was the true breeder of vapor traction in railway. First understand the adherence beginning in plain wheel until plain surface, build in 1813 the "Blucher" locomotive, experienced in July 25th, 1814, pulling 8 railroad car with 3 ton, since Lilligwort to Hetton.. Reference - (Enciclopédia Delta Brasil.
Energy designes all that may be transformed in heat, mechanic work (motion) or light gracefulness one machine (for example, motor, boiler, refrigerator, loudspeaker, lamp), or one live organism (for example muscles). The etymology has your roots in the grece word ergos, that means "work".
Is the capacity of products one effect, and may be transitory or permanent form. The permanent forms includes: internal energy, potential, cinetical, chemist and nuclear. The transitory energies may be, for example, heat, work, mechanical energy, etc. The mineral coal originated in the incoalnization process, wherre, organics substances, overcoat vegetables, were transformed during about 300 millions years. The mineral coal, the petroleum and the natural gas constitute the fossil combustibles, whose accumulate in the subsoil retired of atmosphere great quantify of carbon, that causes furnace effect.
After all, coal is concentrated forest, by natural process- incoalnization - that, eliminating that was useless of vegetables tissue, about energetic point of view, concentrates that is useful and that offer us use, protected acroos millions of years, in the subsoil layers. Reference (www. Brascoo.com.br).
Search a sustentable solution for these problems including the energetic utilization is the main objective of that research. Thus, first of all intend realize


 

 

Introdução

A energia constitui o elemento primordial para a constituição da matéria e, ao mesmo tempo, a força que movimenta e que preside as transformações em todo o universo e em todos os níveis: desde a partícula subatômica, até o macrocosmo, passando pelos mecanismos da vida, pelas relações sociais e por tudo o que acontece na área econômica. O grande salto, porém de utilização de energia nos processos industriais deu-se a partir da invenção da máquina a vapor, na Inglaterra. Foi ai que iniciou a queima em grande escala do chamado carvão mineral e conseqüentemente o chamado efeito estufa.

A energia a vapor foi utilizada com êxito inicialmente no século XVIII, na Inglaterra, quando foi usada para o acionamento de bombas instaladas para retirar a água acumulada nas minas de carvão. Essa máquina a vapor para bombear água foi inventada em 1712 por Thomas Newcomen e aperfeiçoada por James Watt em 1769. Dentre aqueles que construíram veículos similares a locomotivas, destaca-se o engenheiro inglês Richard Trevithick, inventor, em 1803, de uma máquina a vapor com peso de 5 toneladas e velocidade de 5 km/h.George Stephenson (1781-1848), engenheiro inglês, foi o verdadeiro criador da tração a vapor em estrada de ferro. Primeiro a compreender o princípio de aderência de rodas lisas sobre uma superfície também lisa, construiu em 1813 a locomotiva "Blucher", experimentada em 25 de julho de 1814, puxando 8 vagões com 30 toneladas, entre Lilligwort e Hetton.. Fonte - (Enciclopédia Delta Brasil).

Energia designa tudo o que pode ser transformado em calor, trabalho mecânico (movimento) ou luz graças a uma máquina (por exemplo, motor, caldeira, refrigerador, alto-falante, lâmpada) ou a um organismo vivo (por exemplo, os músculos). A etimologia tem suas raízes na palavra grega ergos, que significa "trabalho".

É a capacidade de produzir um efeito, e pode ser de forma transitória ou permanente. As formas permanentes incluem: energia interna, potencial, cinética, química e nuclear. As energias transitórias podem ser, por exemplo, o calor, trabalho, energia mecânica, etc.

O carvão mineral originou-se do processo de incarbonização, no qual, substâncias orgânicas, sobretudo vegetais, foram transformadas durante cerca de 300 milhões de anos. O carvão mineral, o petróleo e o gás natural constituem os combustíveis fósseis, cujo acúmulo no subsolo retirou da atmosfera grandes quantidades de carbono, que causa o efeito estufa.

Afinal de contas, não é o carvão senão florestas concentradas, por um processo natural - o da incarbonização - que, eliminando o que era inútil dos tecidos vegetais, sob o ponto de vista energético, concentra o que é útil e que nos oferece ao uso, resguardado através de milhões de anos, nas camadas do subsolo. Fonte -(www.Brascoo.Com.br)

Buscar uma solução sustentável para esses problemas incluindo o aproveitamento energético é o objetivo principal dessa pesquisa. Assim pretende-se primeiramente realizar um diagnóstico referente a quantidade e diversidade de resíduos gerados por dia enviados ao a aterro sanitário de Chapecó. Após esse levantamento busca-se avaliar a média da produção de gás produzido em metro cúbico pelo aterro. Esse banco de dados procura reunir informações que demonstrem a viabilidade da utilização desta biomassa para fins energéticos.

 

COMPOSIÇÃO LIXO CHAPECÓ - 2005

 

 

JUSTIFICATIVA

A questão ecológica tem sido amplamente discutida na sociedade, através de vários levantamentos da situação atual brasileira e de  perspectiva para o setor.

De uma forma geral este assunto permeou por várias áreas de conhecimento desde o saneamento básico, meio ambiente inserção social e econômica, dos processos de triagem e reciclagem dos materiais, e mais recentemente, ainda de forma insipiente, o aproveitamento dos gases provenientes dos aterros sanitários. Fonte - (www.aguape.org.br!

Este trabalho tem por finalidade avaliar a viabilidade econômica e ambiental do aproveitamento do gás metano (CH4) - biogás - concentrado no fundo das montanhas de lixo do aterro sanitário de Chapecó para geração de energia. O aterro recebe cerca de 80 ton/dia, a grande maioria de origem domiciliar.

Com advento do Protocolo de Kyoto em fevereiro / 2005, faz-se necessário a redução dos níveis de emissão de gases causadores de efeito estufa, fazendo com que países signatários que sejam poluidores, invistam em projetos que realizam o seqüestro de carbono nos países menos poluidores.(wwwp.fc.unesp.br)

A captação e queima do gás de aterro, passa a ser viável economicamente através do Mecanismo do Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto pelo Protocolo de Kyoto.

MDL - O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) caracteriza-se como o único dos mecanismos de flexibilização que permite a participação dos países em desenvolvimento, ou países sem compromissos de redução, como o Brasil. O MDL tem como objetivo, fomentar o desenvolvimento sustentável em países subdesenvolvidos (países não Anexo I) a partir de incentivos financeiros de países do Anexo I que resultem na redução de emissões de GEE's. Assim, os países desenvolvidos que não conseguirem atingir suas metas de redução de emissões em seu território, podem investir em projetos de MDL de outros países, resultando na obtenção de créditos negociáveis (denominados reduções certificadas de emissões RCE), válidos para o cumprimento de suas metas de redução perante o Protocolo de Kyoto. (CEPEA-Centro de estudos avançados em economia aplicada)

 

PROBLEMA DA PESQUISA

O biogás gerado pela decomposição de lixo disposto no aterro Sanitário de Chapecó, tem grande potencial energético, embora ainda não exista projeto consolidado para o seu aproveitamento, este é um recurso energético que precisa o quanto antes ser melhor explorado, de forma inteligente e sustentável.

Problemas encontrados:

1- Pátio de compostagem, não existente, para aproveitamento da matéria orgânica.

2- Não realização de triagem na entrada do Aterro Sanitário, contribuindo para redução da vida útil do aterro.

3- Desperdício do Chorume.

4- Não aproveitamento do Biogás.

5- Incineração do lixo Hospitalar.

 

METODOLOGIA DE PESQUISA

Atualmente no Brasil, o tratamento dos gases em aterros sanitários é praticamente todo feito através da queima de metano com liberação do carbono. Como sabemos esse gás liberado na atmosfera é altamente poluente para o meio ambiente, bem como auxilia na deterioração da qualidade de vida da população.

Os dados correspondentes a população total/urbana/, quantidade lixo produzidos (tn), média de lixo urbano/ano/mês/dia, tanto quanto matéria orgânica e outros foram obtidos da Prefeitura Municipal de Chapecó, com extrapolação de dados.

Considerando a produção "per capita" de resíduos do Brasil (0,5 kg/hab/dia). Fonte - (IPT/CEMPRE).

Para mensurar a quantidade de biogás produzido/ano foi pego quantidade de lixo produzido (ton) ano e multiplicado por *250 m3, que é correspondente a média de 1 ton. Lixo igual a 250 m3 de metano. (Extrapolação de dados)

*Aterro Delta (campinas) - 1 ton. Lixo gera de 350 a 500 m3 de metano. Fonte (CEMPRE).

Aterro do Caju (Rio de Janeiro) - 1 ton lixo gera de 190 a 300 m3 de metano. Fonte - (UFAM).

Aterro EUA - 1 ton lixo gera até 550 m3 metano. Fonte (UFAM)

(Efetuado uma média entre estes valores e o resultado foi de 250m3/ton. Lixo, para menos).

A qualidade de metano como também sua quantidade depende das misturas que vão para o aterro sanitário.

Sabe-se que em média 1m3 de biogás corresponde a 0,44 kg de GLP. Portanto, 30 m3 de Biogás equivalem aproximadamente a um botijão de 13 kg de GLP. Fonte SASSE LUDWIG- (La planta de Biogás)

Partindo-se da produção anual de Biogás e dividindo por 30m3, teremos o volume de gás produzido equivalente a botijão GLP.

Tendo como referência o preço médio de R$ 32,00 do botijão de gás de cozinha, obtido em novembro de 2005, em Chapecó-SC, e multiplicando pelos valores de botijões, teremos a mensuração em reais/ano que o município de Chapecó está deixando de arrecadar ao ano.

 

RESULTADOS DA PESQUISA

Atualmente a preservação da qualidade do ar, é um dos grandes desafios no controle ambiental. A poluição do ar afeta direta e rapidamente a saúde humana e apresenta grande complexidade nos processos químicos e físicos que sofrem a atmosfera.

Este estudo consiste na captação do biogás gerado pela decomposição dos resíduos, sua canalização e aproveitamento energético. O biogás ao invés de ser lançado na atmosfera causando efeito estufa, é aproveitado como insumo energético, contribuindo desta forma para a redução de gases de efeito estufa na atmosfera.

Evitar o lançamento do metano para atmosfera, aproveitando-o energeticamente e substituindo o uso de combustíveis fósseis é uma das principais opções de mitigação do aumento do efeito estufa. Dar uso energético ao metano gerado pelo lixo apresenta uma vantagem adicional.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

As políticas públicas e a parceria com ações sociais, que estão aproximando o setor público e a sociedade civil, devem ser elaboradas visando à manutenção da qualidade de vida. A interdisciplinaridade do conhecimento permite uma relação mais promissora e como um ambiente ecologicamente equilibrado é direito de todos, cabe a cada cidadão, governo e entidades representativas assumir a responsabilidade de proporcionar e manter este direito.

A cooperação, parceria e participação de todos os envolvidos fazem com que o conjunto de ações, planejadas e implementadas, levando-se em consideração toda uma região, tenham maior eficácia.

Contribuindo, positivamente, para a qualidade de vida da população e o bem estar das cidades, a gestão adequada dos resíduos sólidos vem tendo, cada vez mais, uma importância vital, influenciando no padrão de saúde, no desenvolvimento social e na estética das cidades.

O modelo de gestão de resíduo sólido, baseado nas premissas do desenvolvimento sustentável, deve ser concebido em escala regional, de modo a poder atingir plenamente seus objetivos.

A começar pela conscientização e separação dos resíduos domiciliar, a limpeza urbana, desde a coleta do resíduo nas residências, transporte, limpeza de praças e jardins, poda de arvores, varrição e até a pintura do meio fio de vias públicas podem ser planejados em escala local, mas o tratamento do resíduo, sua disposição final..

No contexto regional/metropolitano, os municípios têm de romper antigos conceitos, enraizados nos ideais do desenvolvimento econômico, envolvendo a educação ambiental como o maior incentivo a conscientização das pessoas.

Os interesses regionais e locais devem se articular e interrelacionar, de modo complementar ou integrado. A gestão de resíduo sólido urbano deve ser articulada regionalmente, com a participação de diferentes instâncias e níveis de governo, para elaboração conjunta de diretrizes, considerando o contexto intra-municipal, mas respeitando a necessidade de autonomia local.

As diferenças entre as cidades devem ser reconhecidas, mas as questões sanitárias e ambientais devem fazer parte do planejamento de toda a região, considerando a conturbação das cidades. Também, de fundamental importância, e, até o presente, sem ser considerado, está a questão da necessidade da gestão de resíduo ser independente das alterações político-partidárias dos municípios, ganhando autonomia e garantia de continuidade, independentemente das gestões políticas municipais.

Este é um mercado local a ser explorado pela iniciativa Pública ou Privada, existe a viabilidade da transformação energética dos resíduos em biogás, para posteriormente fazer-se a captação e seqüestro do carbono que hoje é negociado nas bolsas de valores.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALLARIA, O. - O Desperdício - São Paulo. RR. Editores, 1985.

DEMAJOROVIC. J. - Da política tradicional de tratamento do lixo a política de gestão de resíduos sólidos. São Paulo. FGV - p. 83 .93/ 1985.

NUNESMAIA, M. - Lixo - Soluções alternativas. 1997.

SASSE, Ludwig, - La planta de Biogás. P, 37.

DELTA BRASIL - Enciclopédia

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente - Agenda 21 Brasileira - Brasília - 2000