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An. 6. Enc. Energ. Meio Rural 2006

 

Cenários para a agricultura mundial e o programa brasileiro de biocombustíveis

 

 

Antonio Carlos Demanboro*; Carlos Alberto Mariotoni**; Jim Silva Naturesa; Joubert Rodrigues do Santos Junior

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Faculdade de Engenharia Civil Arq. Urb. - DRH/FEC. Área de Recursos Hídricos Energéticos e Ambientais. Grupo de Planejamento Energético e Sistemas Elétricos - GPESE. Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético - NIPE

 

 


RESUMO

São elaborados três cenários denominados 'tendencial'; 'desenvolvimento sustentável' e 'busca do equilíbrio'. No cenário 'tendencial' procura-se mostrar como serão levados ao limite as graves questões ambientais, econômicas e sociais, no caso de serem mantidas as tendências atuais. O nível de consciência da população, empresas e governos com relação a gravidade dos problemas ambientais atuais e futuros não é alterado. No cenário 'desenvolvimento sustentável' são introduzidas mudanças econômicas, ecológicas e sociais, visando atingir o desenvolvimento 'sustentável' a longo prazo. Há uma lenta mudança do paradigma econômico atual para o econômico 'sustentável', e também no nível de consciência da população. O paradigma competitivo cede lentamente lugar para o de cooperação comunitária. Algumas tecnológicas do tipo 'end of pipe' e a substituição de tecnologias degradadoras do meio ambiente são introduzidas. No cenário 'busca do equilíbrio' são propostas mudanças profundas na relação do homem com a natureza e do homem com ele próprio. O paradigma econômico atual é alterado para o de estado estável, a médio prazo. O nível de consciência da população aumenta fortemente, acarretando a diminuição de desperdícios, levando a exigência de produtos com maior durabilidade e reparabilidade, e de produtos agrícolas sem agrotóxicos. O paradigma competitivo é alterado para o de cooperação comunitária. Conclui-se que deve-se fazer uma avaliação estratégica do programa brasileiro de biocombustíveis, com base nos resultados dos cenários apresentados.

Palavras chaves: Agricultura, energia, planejamento, biocombustíveis.


ABSTRACT

Three denominated sceneries are elaborated 'tendency'; 'sustainable development' and 'equilibrium'. In the scenery ' tendency' tries to show how they will be mischievous to the limit the serious subjects environmental, economical and social, in the case of the current tendencies be maintained. The level of conscience of the population, companies and governments with relationship the gravity of the current environmental problems and futures are not altered. In the scenery 'sustainable development' changes economical, ecological and social are introduced, seeking to reach the sustainable development in long term. There is a slow change of the current economical paradigm for the economical ' sustainable', and also in the level of conscience of the population. The competitive paradigm gives up place slowly for the one of community cooperation. Some technological of the type ' end of pipe' and the substitution of dangerous technologies to the environment are introduced. In the scenery 'equilibrium' deep changes they are proposed in the man's relationship with the nature and of the man with him own. The current economical paradigm is altered for the one of state stable, medium term. The level of conscience of the population increases strongly, carting the decrease of wastes, taking the demand of products with larger durability and reparability, and of agricultural products without toxic polutants. The competitive paradigm is altered for the one of community cooperation. The main conclusion is that it is necessary to do a strategic evaluation of the brazilian bio-fuels program.


 

 

1) Introdução

A tabela 1 apresenta a produção primária dos quatro principais produtos agrícolas, que são a base para a alimentação de seres humanos e animais - trigo, milho, soja e arroz.

 

 

Já a tabela 2 apresenta parâmetros da produtividade atual da agricultura, por bloco econômico.

A área plantada para as quatro culturas corresponde a aproximadamente metade da área total plantada no planeta.

A Ásia é a maior produtora de grãos, seguida em segundo lugar pelos países ricos da OCDE. A produtividade em termos de toneladas por hectare é muito baixa na África.

Entre países, a China é atualmente o maior produtor de grãos (Meadows, 2000), tendo colhido 395 milhões de toneladas em 1999 (382,5 milhões de toneladas em 1997/98); seguida pelos Estados Unidos que produziu 333 milhões de toneladas de grãos na safra 1999 (388,3 na safra 1997/98). A Índia está em terceiro lugar com uma produção de 185 milhões de toneladas em 1999.

Uma vez que são necessários 1000 m3 de água para produzir 1 tonelada de grãos (French, 2000), são necessários 1525 km3 para produzir os quatro principais grãos, o que corresponde a aproximadamente 60% de toda água utilizada na agricultura no ano 2000 (Demanboro, 2001).

Meadows esclarece que as exportações de grãos dos EUA correspondem a apenas 5% da produção mundial, da ordem de 80 milhões de toneladas, e são utilizadas primariamente para alimentar animais na Europa e Japão. Isto demonstra claramente que os EUA não 'alimentam o mundo', como propagandeado.

Apesar de praticamente todo o arroz (380 milhões de toneladas) ser consumido por seres humanos, 70% do milho (400 milhões de toneladas) e metade da soja (74 milhões de toneladas) é utilizada para alimentar porcos, galinhas e vacas - correspondendo a 37% da produção mundial de grãos. Somente cerca de 10% da soja é comida diretamente por seres humanos, sendo o restante utilizado na produção de 1/3 de todo óleo de cozinha mundial e para produzir metade do farelo de soja que alimentam os animais no mundo (Meadows, 2000).

Brown (2000) comenta que estudos recentes apontam que o número de pessoas subnutridas e sobrenutridas no mundo são surpreendentemente iguais, da ordem de 1,2 bilhões de pessoas. O problema da fome no mundo pode então ser vista em sua real dimensão. Não se trata de haver quantidade insuficiente de grãos para alimentar as populações carentes, e sim de uma grande parte destes grãos ser destinada a alimentação de animais e a parcela da população que está superalimentada.

Além disso, Meadows afirma que a produtividade "per capita", que teve um máximo em 1984, está declinando cerca de 10% anualmente e comenta:

"Os agricultores do mundo não estão conseguindo acompanhar o crescimento populacional. Parece haver três razões para isso: a quebra da produção Soviética, o declínio de produção na África, e a estabilização da produtividade na Europa e EUA."

O relatório OIT (2001) aponta que cerca de 800 milhões de pessoas estão atualmente passando fome no mundo, com o agravante de que a fertilidade do solo agrícola está declinando - aproximadamente 40% das terras agrícolas do mundo estão seriamente degradadas. Além disso, a dependência de pesticidas está aumentando na agricultura, colocando em risco tanto os recursos hídricos como a saúde da população. A produção orgânica vem crescendo rapidamente, mas ainda não representa mais do que 2% da produção mundial.

Halweil (2000) alerta que a globalização está provocando a verticalização das atividades de grandes conglomerados industriais, tornando inviável a subsistência dos pequenos agricultores. Os agricultores que anteriormente tinham o poder de selecionar o que iriam plantar, de quem comprar suprimentos e para quem vender seu produto, tem, atualmente, pequena ou nenhuma escolha. Freqüentemente o agricultor se encontra em um mercado oligopolístico onde há apenas um comprador para a plantação - o mesmo conglomerado que é também o único recurso disponível para a compra de sementes e suprimentos.

Cabe destacar também que a participação dos agricultores na renda proveniente dos alimentos industrializados está declinando em muitos países. Nos EUA, de um total de 40 centavos de dólar que eram repassados ao agricultor em 1950, este valor caiu para cerca de 7 centavos atualmente.

O resultado é que milhares de agricultores estão abandonando suas atividades. Em Nebraska e Iowa, EUA, a população de agricultores caiu drasticamente e espera-se que cerca de um quarto dos remanescentes abandonem as atividades nos próximos dois anos. Na Polônia, 1,8 milhões de agricultores podem desaparecer nos próximos anos. Na Suécia é esperado que metade dos agricultores abandonem suas atividades nesta década. Nas Filipinas, espera-se que meio milhão de agricultores somente da região de Mindanao abandonem a agricultura. Halweil (2000) salienta:

"Como pequenos produtores estão sendo substituídos por maiores e como... (grande parte dos) agricultores (atualmente) estão se tornando subservientes aos conglomerados, a 'rationale' freqüentemente utilizada é a de que os empreendimentos de maior porte são mais eficientes e produtivos. Mas isto é em grande parte um mito. Enquanto uma grande monocultura pode produzir mais recursos por acre do que as pequenas plantações, o pequeno produtor ao fazer a policultura faz uso mais intensivo e eficiente dos recursos e pode produzir significativamente mais comida total por acre."

A tecnologia agrícola que mais cresce é a de plantações geneticamente modificadas, que em apenas quatro anos atingiu o patamar de 100 milhões de acres, a maior parte nos EUA, Argentina e Canadá. O cultivo orgânico representa uma área de apenas 17 milhões de acres em todo o mundo, mas vem crescendo de maneira estável a uma taxa de aproximadamente 20% ao ano. Enquanto as resistências do mercado aos produtos transgênicos implicou em uma redução de área plantada no mínimo 15% menor em 2000 do que em 1999 (Meadows, 2000). Quanto ao uso de pesticidas nestas duas formas de produção agrícola, Meadows comenta:

"O uso de plantas geneticamente modificadas parece ter reduzido sobremaneira o uso de inseticidas no cultivo de algodão e aumentado grandemente o uso de herbicidas no cultivo da soja. O cultivo orgânico, naturalmente, reduz o uso total de fertilizantes e pesticidas."

Com base nessas premissas elaborou-se três cenários, descritos a seguir:

Cenário 1 'tendencial'

Cenário 2 'desenvolvimento sustentável':

Cenário 3 'busca do equilíbrio':

 

2) Metodologia

A metodologia que propiciou os resultados apresentados neste artigo foi desenvolvida por um dos autores e pode ser encontrada em Demanboro (2001).

 

3) Resultados

3.1) Cenário 1 - 'Tendencial'

A tab. 3 apresenta a área agrícola necessária para suprir a população prevista em 2050, ao se adotar a produtividade 5 habitantes por hectare agrícola cultivado.

 

 

Salienta-se que o percentual de 15% da área do planeta corresponde ao valor teórico do total de terras férteis disponíveis no mundo.

Neste cenário a Ásia estará em uma situação agrícola muito difícil e com certeza insustentável ao elevar sua área agrícola para 38,4% de seu território, muito acima do valor "máximo teórico" de 15% previsto para cada bloco. Caso não atinja aquele percentual a Ásia passará a depender fortemente de importações dos demais blocos, principalmente da OCDE.

Deve-se considerar ainda a maior degradação ambiental dos recursos hídricos da Ásia, que além do mais possuirá uma disponibilidade hídrica média de apenas 2268 m3/hab.ano (Demanboro, 2001).

A África terá que dobrar sua área agrícola atual e ficará praticamente no limite da área máxima de 15% do território ocupado com agricultura. A América Latina terá apenas um aumento de 24% na área agrícola para suprir sua população. A OCDE poderá diminuir em mais de duas vezes a área agrícola necessária, ficando em uma situação agrícola muito confortável.

Em termos mundiais a área agrícola atingirá o valor máximo teórico de 15%. A produção de grãos aumentará proporcionalmente ao aumento da área agrícola, de 1,5 bilhão de toneladas para 2,6 bilhões de toneladas, para suprir o aumento da demanda populacional.

A produção agrícola orgânica se manterá em 2% da área total plantada, o que representa 435.120 ha contra 265.292 ha da atualidade, ou seja, cerca de 60% maior, mas ainda muito pequena em relação ao cultivo tradicional que é altamente degradador do meio-ambiente.

É apresentado na tab. 4, o cálculo do número de habitantes que passará a ser alimentado por hectare cultivado, no caso de ser mantida constante a área agrícola atual. Esta forma de abordar a questão da expansão agrícola se justifica em virtude da pressão que as cidades farão sobre a agricultura, ao terem que abrigar uma população de mais de 7 bilhões de habitantes.

Como este cenário não supõe que haja um aumento de produtividade em termos de toneladas por hectare cultivado, ao crescer o número de habitantes por hectare plantado haverá uma diminuição da quantidade de calorias "per capita" disponível. Os cálculos permitem inferir o quanto é necessário aumentar a produtividade da agricultura, principalmente para a Ásia, África e América Latina, se não for possível aumentar a área agrícola cultivada devido a fatores como a expansão das cidades e a concentração fundiária.

3.2) Cenário 2 - 'Desenvolvimento Sustentável'

São apresentadas a seguir as projeções agrícolas para este cenário. Na tab. 5 são apresentadas as áreas agrícolas necessárias para suprir a população.

É esperado que a produção de grãos no mundo aumente de 1,5 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas neste cenário, para suprir o aumento da demanda populacional.

Adotando a produtividade de 5 hab/ha tanto a Ásia como a América Latina estarão com uma área agrícola insustentável, superior a 15%. A África ficará em uma situação melhor que no Cenário 1 e a OCDE praticamente igual.

Mas como neste cenário é esperado um aumento de produtividade agrícola devido a novas técnicas de cultivo, a área para alimentar o montante de 7 habitantes por hectare é apresentada na tab. 6.

A área total cultivada no mundo permanecerá, neste caso, praticamente constante. A América Latina e Ásia ficarão em situação mais sustentável, mas ainda superior a 15% da área total, e serão as grandes responsáveis por 'alimentar o mundo'.

A área agrícola neste Cenário é considerada como atingindo 70% de cultivo não convencional em 2050, que eqüivale a área total de 9,5 milhões de quilômetros quadrados. Isto deverá propiciar uma melhoria significativa em termos de qualidade ambiental, e reverter a situação de degradação do solo e da água do Cenário 1. Espera-se que o consumo de alimentos com menor quantidade de agrotóxicos melhore a saúde da população e auxilie a preservar espécies e ecossistemas em extinção. O menor consumo de fertilizantes e inseticidas também propiciará uma diminuição nas atividades de mineração e no consumo de energia.

3.3) Cenário 3 - 'Busca do Equilíbrio'

Os cálculos para a agricultura são apresentados na tab. 7.

 

 

Como no Cenário anterior, a América Latina e Ásia terão que aumentar sobremaneira a área cultivada. Mas como este Cenário assume um aumento de produtividade, é apresentado a seguir, na tab. 8, o cálculo da área necessária para uma produtividade de 10 hab/ha.

 

 

Esta alta produtividade, difícil de ser alcançada, poderá ser buscada a partir da aplicação de oligoelementos nas plantações e de técnicas de cultivo não convencionais, preferencialmente sem agrotóxicos.

É esperado que a produção de grãos aumente de 1,5 bilhão de toneladas atualmente para cerca de 2,0 bilhões de toneladas, para suprir o aumento da demanda populacional.

 

4) Considerações finais

Tomando como base os três cenários elaborados verifica-se que, devido ao aumento populacional previsto, é esperado que a humanidade se depare cada vez mais com a necessidade de direcionar a agricultura para garantir a alimentação.

Os esforços em ganhos de produtividade agrícola terão que ser enormes e não poderão ser menosprezadas mudanças de paradigmas nas práticas e técnicas agrícolas convencionais que levem a melhoria das condições ambientais.

Assim, considera-se que o programa brasileiro de biocombustíveis pode não ser viável a longo prazo, uma vez que a economia mundial poderá demandar a utilização de terras férteis para produzir alimentos e não energia da biomassa, sob pena de contribuir para aumentar a insegurança alimentar no mundo.

Nesta perspectiva, uma avaliação estratégica em relação aos investimentos a serem realizados no programa nacional dos biocombustíveis são, a nosso ver, oportunas para evitar investimentos a curto prazo em projetos que poderão não ter o retorno esperado, nem garantir a sustentabilidade mundial, que é almejada a longo prazo.

 

Referências bibliográficas

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