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An. 6. Enc. Energ. Meio Rural 2006

 

Utilização de cerca elétrica solar para confinamento de caprinos na produção familiar do semi-árido Pernambucano

 

 

Heitor Scalambrini CostaI; Guilherme Costa NetoI; Kassia AraújoII; Gerson Flávio Da SilvaII; Karine RaquelII

IUniversidade Federal de Pernambuco, Núcleo de Apoio a Projetos de Energias Renováveis, Av. Hélio Ramos, s/n, 50.740-530, Recife-PE, naper@ufpe.br
IIONG NAPER SOLAR - Centro de Estudos e Projetos, Rua da Aurora, 555 -Cx. Postal 209, 50.050-000, Recife-PE, nsolar@terra.com.br

 

 


RESUMO

O Centro de Estudos e Projetos - Naper Solar, ONG que trabalha com disseminação de energias alternativas no semi-árido nordestino juntamente com a Universidade Federal de Pernambuco, implantou na região do Sertão do Pajeú Pernambucano sistemas de criação de caprinos, em semi-confinamento, utilizando cercas eletrificadas com energia solar. O projeto, foi realizado em parceria com as prefeituras dos municípios de Afogados da Ingazeira e São José do Egito, as ONG´s Diaconia e Casa da Mulher do Nordeste, beneficiou 20 famílias de agricultores familiares de 9 comunidades rurais dos dois municípios, e está sendo desenvolvido com recursos do Programa de Cooperação Técnica entre o Fundo Nacional do Meio Ambiente, do Ministério do Meio Ambiente, e o Governo do Reino dos Paises Baixos. O sistema implantado, contrariamente ao sistema de produção extensivo tradicional, proporciona maior controle sanitário dos animais, minimizando os riscos de contaminação; alimentação mais controlada e balanceada, levando o aumento de peso; além do manejo da pastagem, garantindo sempre a alimentação para os animais. A redução no custo das cercas e no desmatamento são outras vantagens apresentadas pelo sistema. As cercas elétricas utilizadas para a contenção de caprinos são construídas com apenas 4 linhas de arames lisos e fixadas com isoladores em estacas de madeira localizadas a cada 10m uma da outra, contra as 9 linhas de arame farpado usadas nas cercas convencionais, fixadas com grampos em estacas a cada metro de distância. O uso da cerca elétrica em substituição à cerca convencional apresenta redução em até 40% do custo, economia na manutenção, facilidade e rapidez na instalação e no deslocamento para outras áreas. As áreas cercadas variam de 0,5 a 4ha, para criação de 5 a 50 animais. Para eletrificar uma cerca é necessário módulo fotovoltaico, eletrificador, bateria, isoladores (passagem e canto), hastes para aterramento e derivador de raios. Neste trabalho são descritos os componentes da cerca elétrica solar, apresentadas os principais benefícios desta instalação e os custos de instalação e manutenção.

Palavras Chave: Criação de caprinos, tecnologia apropriada, cerca elétrica solar.


ABSTRACT

The Center for Studies and Projects - Naper Solar is an NGO, which works for the dissemination of use of alternative energies resources in the semi-arid Brazilian Northeast in collaboration with the Federal University of Pernambuco. It has implemented caprine raising systems in the Backlands of Pajeú in the State of Pernambuco making use of electrified fences energized by solar energy.This project was executed in a joint effort with the City Halls of Afogados da Ingazeira e São José do Egito and the NGOs Diaconia and the Northeast Woman House and has benefited 20 families of farmers from 9 rural communities. It is funded by a Technical Cooperation Program established between the National Fund for the Environment - Ministry for the Environment and the Netherlands Government. The implemented system, in opposition to the traditional extensive production system, allow for a more animal sanitary control - minimizing the risks of contamination; a more controlled and balanced feeding system - taking into account the weight gaining factor together with pasture management, leading the a guarantee of food supply for the animals. Other advantages of this system include the reduction of fence cost and less deforesting. Electrical fences used in the contention of caprines are built with only 4 straight wires, fixed with isolators on wood posts spaced 10 m from each other, while the conventional fences use 9 barbed-wire lines fixed with clamps on posts spaced 1 m from each other. Therefore, the use of electrical fences instead of the conventional one represent a cost reduction, which can go as high as 40 % of the total cost. Besides that the electrical fences have low maintenance cost, easier and faster installation and relocation. The fenced areas vary from 0.5 ha to 4 ha for the raising of 5 to 50 animals. In the electrification of a fence one needs one photovoltaic module, one electrifier, a battery, isolators (passage and corner), electric ground rods and a thunderbolt deviator kit. In this work the component of an solar electric fence are described together with its main benefits and installation and maintenance costs.


 

 

1. Introdução

As características geográficas do Semi-Árido Brasileiro (SAB) lhe credenciam como a região vocacionada para a produção de caprinos. Não só por apresentar 90% do rebanho brasileiro (tabela I) mas, principalmente, pela importância sócio-econômica que ela representa para a região. Cerca de 50% do rebanho caprino nordestino concentra-se em propriedades com menos de 30ha, sendo que 28,9% entre 31 e 200ha e 21,1% estão localizados em propriedades com mais de 200ha (Couto, 2001).

 

 

Os maiores entraves ao crescimento da atividade, dizem respeito a crédito insuficiente, o baixo nível técnico, a comercialização e as questões culturais. A maioria dos produtores rurais familiares, geralmente de baixo nível técnico educacional, resiste em aceitar novas tecnologias e a diversificar sua produção.

Com os recursos governamentais escassos para oferecer créditos agrícolas e insumos, a saída é a diversificação da produção e a utilização de tecnologias apropriadas. Fatores estes que dependem muito mais de capacitação que de intervenção estatal.

 

2. Características da caprinocultura em Pernambuco

A caprinocultura em Pernambuco, apesar de concentrar o terceiro maior rebanho nordestino (tabela II), é uma atividade desenvolvida de forma amadora por pequenos e médios agricultores do semi-árido. Os animais, cerca de 1,5 milhão de cabeças, são criados no pasto, explorando as áreas de caatinga não cercadas, sem qualquer tipo de suplementação alimentar ou cuidados especiais. Não existe investimento em instalações mais modernas e adequadas a atividade.

 

 

Os problemas enfrentados pela caprinocultura pernambucana são semelhantes aos encontrados no Nordeste e dizem respeito a problemas estruturais e sanitários. A predominância da criação extensiva reduz a produtividade e expõe os animais à vegetação espinhosa da região, comprometendo o aproveitamento do couro. O que se aconselha é a adoção de inovações que permitam aumentar o rebanho, sem que seja necessário ampliar as áreas de pastagem, pela substituição da mata primária. Uma das técnicas de maior facilidade de utilização e elevada eficiência é a divisão das áreas de pasto para rotação no acesso pelo rebanho caprino. Caso contrário, a caatinga pode se transformar numa savana empobrecida.

Com um mercado anual estimado em 7 mil toneladas de carne, e com um aumento anual na demanda estimado em 30%, a produtividade encontrada é baixa, na ordem de 30 quilos/animal. As raças Moxotó e Canindé, típicas do semi-árido, apresentam pouco ganho de peso. Através da seleção genética, tem se procurado utilizar animais de alta conversão alimentar como indutor do aumento da produtividade. Para isso, estão sendo utilizados sêmen das raças ânglo-nubiana e bôer.

A solução mais indicada seria trabalhar com um modelo agrosilvipastoril, onde módulos divididos em lavoura, pastoreiro e reserva (inclusive para madeira) seriam explorados em sistema de rodízio. Estas áreas seriam trocadas de função, o roçado vira pastoreiro, este volta a ser reserva e a reserva passa a ser cultivada. Daí a necessidade de se reforçar junto ao agricultor o confinamento dos animais, através das cercas.

 

3. Cercas tradicionais utilizadas para confinamento

O sistema de criação tradicional de caprinos é o extensivo, onde os animais exploram as áreas de capoeira grossa e fina da caatinga não cercada. Nesse sistema, as cercas destinam-se a proteção de áreas de plantio e armazenamento da água. Verifica-se que o aumento da densidade demográfica da região acarreta o desmatamento para a implantação de novos roçados; e a construção de cercas nas grandes propriedades; estão progressivamente inviabilizando o sistema extensivo de criação.

A persistência em criar estes animais nos moldes tradicionais gera constantes desavenças entre os vizinhos, em função dos prejuízos causados pelas invasões desses animais nas lavouras de subsistência.

Constata-se que apesar de serem eficientes na contenção dos animais, as cercas tradicionais, mostradas na figura 1, demandam uma quantidade de insumos (madeira e/ou arame) que tendem a reduzir progressivamente suas possibilidades de uso pelos produtores familiares do SAB.

 

3. Utilização de cerca elétrica solar

A escolha do modelo de cerca eletrificada a utilizar depende de vários fatores: espécie e categoria de animais a controlar (no caso analisado são caprinos), da superfície do campo, do comprimento das subdivisões a realizar, da fonte de energia disponível, da possibilidade de contato do arame com o capim e do tipo de manejo a realizar.

São benefícios que a cerca eletrificada oferece em relação à cerca convencional:

- Custo inferior ao das cercas convencionais;

- Requerer pouca mão de obra;

- Manutenção fácil e econômica;

- Facilidade na modificação, deslocamento, remoção ou guarda;

- Fácil instalação em locais acidentados;

- Possibilitar a montagem de piquetes provisórios em minutos;

- Permitir o manejo intensivo das pastagens, apenas deslocando a cerca, o que se traduz em baixo custo;

- Diminuir o número de acidentes. Os animais guardam uma distância  e com isso não forçam ou pulam a cerca, evitando úberes dilaceradas, pernas quebradas e couro danificado;

- Menor risco de acidentes. Como todo tipo de cerca, a eletrificada está sujeita a descargas atmosféricas. Porém, como os animais ficam afastados dela, o perigo de serem acidentados/fulminados é bem menor.

A cerca elétrica solar adotada é composta por: módulo solar, bateria, eletrificador, arame liso como fio condutor, isoladores, aterramento e derivador de raios. A figura 2, mostra o poste de fixação do modulo solar, onde também está instalada a caixa de proteção da bateria e do eletrificador.

 

 

Na medida em que alguns destes componentes falham, a eficiência de todo o sistema diminui parcial ou totalmente. Por isso, é importante escolher e definir como prioritária a qualidade, para o melhor desempenho de todos os componentes do sistema. O eletrificador é a peça mais importante do sistema. Sua função é transformar a energia de 12 VCC, com que é alimentado em um pulso elétrico de alta voltagem (+ de 5.000 V) e de curta duração, sem provocar danos físicos ao animal ou ao homem que recebe a descarga ou choque. O eletrificador deve ser de qualidade comprovada, evitando-se o uso de aparelhos de fabricação improvisada ou duvidosa. O alcance dos eletrificadores, estimado em quilômetros, varia com a umidade do solo, crescimento da vegetação em contato com o arame, construção da cerca, diâmetro dos arames (bitola), aterramento, etc. É importante, ao realizar a escolha do eletrificador, considerar uma margem de reserva de energia para ter a máxima segurança da eficácia de funcionamento, assim como facilitar a possibilidade de futura ampliação da área cercada. A capacidade do eletrificador deve superar amplamente o comprimento da cerca eletrificada a construir.

A proposta que vem sendo desenvolvida pelo Naper Solar e a UFPE nas áreas rurais dos municípios de Afogados da Ingazeira e São José do Egito (distante 400 km de Recife), traz além dos benefícios ambientais, os econômicos, pois os custos são mais reduzidos que os da cerca convencional.

A cerca elétrica com energia solar proposta neste projeto, levou em conta as informações existentes sobre cercas para caprinos, dados bibliográficos e consultas junto aos agricultores(as). As questões que foram consideradas levaram em conta:

- As características dos caprinos (pequeno porte, inquietação de viver em ambientes limitados, vivacidade e habilidade em ultrapassar obstáculos) inviabilizam propostas que se baseiem somente na redução de custos. Deve-se considerar a redução das quantidades dos materiais utilizados e dos custos de construção, garantindo a eficiência em termos de contenção dos animais. Isto significou conjugar a cerca a um instrumento que neutralizasse a habilidade dos animais.

- Com relação às cercas em que se utilizam fios de arame farpado se aboliu este tipo de arame optando pelo liso para se manter a integridade da pele do animal na tentativa de escapar. A pele em bom estado tem um preço de venda mais interessante que aquela com seqüelas provocadas pelo arame farpado. Os primeiros 1m a partir do solo são o ponto mais vulnerável. Os caprinos tendem a ter sua habilidade neutralizada quando não conseguem apoiar os membros anteriores no fio de arame, e normalmente não ultrapassam cercas em um único salto. Com isto se reduz a quantidade de arame utilizado através da redução da altura das cercas. Optou-se por diminuir a quantidade de insumos (estacas, arame, isoladores), garantindo assim grande durabilidade (as estacas em madeira de boa qualidade chegam a durar em média 15 a 20 anos) e pouca mão de obra para sua implantação e manutenção. Esta cerca utiliza quatro fios com estacas distanciadas até 10 m uma da outra, reduzindo assim drasticamente os custos.

- A redução da disponibilidade de madeiras nativas, tradicionalmente utilizadas na região para confecção de cercas, é um bom motivo para levar sua substituição pela cerca elétrica.

Portanto, a cerca elétrica adotada (figura 3) está definida para o uso do fio liso zincado. Definiu-se como ponto de partida experimentar quatro fios, modificando os espaçamentos das estacas para aproximadamente 10 metros. A altura definida foi de aproximadamente de 1,10 m, a partir do solo com o primeiro fio a 15 cm do solo (positivo), 20 cm do primeiro ao segundo (negativo), 30 cm do segundo ao terceiro (positivo), 45 cm do terceiro ao quarto fio (negativo).

 

 

4. Custo de instalação e manutenção da cerca elétrica solar

O elevado custo das cercas tradicionais, compostas basicamente por estacas e mourões de madeira e arame farpado, favorece a uma demanda crescente por cercas elétricas como divisórias de pastagem, no processo de intensificação do sistema de produção.

O modelo considerado busca avaliar os custos de uma área cercada de 4ha (200 x 200m), com perímetro total de 800m. O custo de instalação é representado pela soma das despesas com materiais e serviços necessários à instalação da estrutura de captação, conversão e armazenamento da energia solar e sua transformação em energia elétrica, e para a distribuição desta energia na estrutura (cerca). Estão incluídos neste custo os gastos com a construção das cercas e os tratos para manter baixa a vegetação próxima a elas durante o primeiro ano, para evitar a perda de energia pelo contato com os fios eletrificados.

O custo de manutenção é definido como o somatório de despesas necessárias ao bom funcionamento da estrutura construída, incluindo as despesas com proteção e reparos da estrutura de captação, armazenamento e distribuição da energia, a partir do segundo ano.

Na tabela III, está mostrado detalhamento dos componentes de custos para a instalação de cerca elétrica com quatro fios lisos e espaçamento de 10 metros entre as estacas.

 

 

A aceitação da cerca elétrica solar poderia ser bem maior se os produtores levassem em conta a economia de dinheiro e tempo que ela proporciona, pois necessita de menos materiais (fios, estacas, mourões) e menos mão-de-obra. A tabela IV, ilustra um exemplo de custos comparativos de uma cerca eletrificada e uma cerca convencional. O valor exato é difícil de ser calculado, pois depende de muitos fatores, todavia são apresentados valores próximos dos custos reais.

 

 

5. Conclusões

A criação de caprinos é uma atividade básica e generalizada nas propriedades rurais familiares do nordeste brasileiro, revestida de grande importância sócio-econômica.

A produção de caprinos representa uma alternativa na oferta de carne, leite e derivados, favorecendo os aspectos alimentares, especialmente, da população rural. Sendo ela, sozinha, responsável pelo fornecimento de aproximadamente 40% de toda proteína animal consumida.

A produção de peles, de aceitação nacional e internacional, corresponde à cerca de 30% (Souza, 2002) do valor atribuído ao animal abatido, gerando renda para o criador. Conseqüentemente, o negócio envolvendo a caprinocultura atua como mais um atrativo para a criação de empregos para um grande contingente de pessoas, contribuindo significativamente para a fixação, com qualidade de vida, do homem no campo (Roua, 2000).

O trabalho de difusão de novas tecnologias, de educação ambiental e o desenvolvimento de técnicas de manejo de caprinos tem sido implementado pelo governo estadual e por organizações não governamentais.

O barateamento no confinamento de animais, além da diminuição do uso de madeiras nativas, é o aspecto que tem motivado e interessado os agricultores/produtores da região na utilização da cerca elétrica.

A demonstração da viabilidade técnica e econômica da tecnologia de cercas elétricas com energia solar tem proporcionado e garantido que a criação de caprinos se desenvolva e passe a ser uma alternativa sustentável de trabalho e renda para as famílias da região. Isso, viabiliza sua permanência nas terras que ocupam há gerações.

O estímulo ao associativismo e cooperativismo, pode ampliar o poder de negociação das famílias na comercialização de seus produtos originários desta atividade econômica (couro, queijo, leite, etc.), assim como sua capacidade de planejamento e de gerenciamento desta. e de outras, atividades produtivas que venham a ser implantadas nas propriedades familiares.

Com relação às cercas em que se utilizam fios de arame farpado, foi abolido este tipo de arame, optando-se pelo liso para se manter a integridade da pele do animal. A pele em bom estado tem um preço de venda mais interessante que aquela com seqüelas provocadas por arame farpado. O primeiro metro a partir do solo é o ponto mais vulnerável. Os caprinos tendem a ter sua habilidade neutralizada quando não conseguem apoiar os membros anteriores no fio de arame, e normalmente não ultrapassam cercas em um único salto. Com isto, reduz-se a quantidade de arame utilizado devido à diminuição da altura das cercas.

A redução da disponibilidade de madeiras nativas (jurema preta, jurema de imbira, angico, marmeleiro, algaroba, pereiro, canafista), tradicionalmente, utilizadas na região para confecção de cercas convencionais, tende a levar a substituição desse tipo de cerca pela cerca elétrica.

O projeto do Naper Solar com a Universidade Federal de Pernambuco pode ter sua abrangência ampliada, atendendo mais produtores/criadores, e também outras frentes de investimento para aquisição do sistema de eletrificação solar das cercas.

Ainda existe resistência de algumas famílias em participar deste projeto. Ele se confronta com as formas tradicionais de contenção de cabras. Porém, quando os produtores/criadores comparam os resultados práticos obtidos em termos de custos e também pela simplicidade em adotar as mudanças sugeridas, essa resistência é, aos poucos, quebrada.

A viabilidade econômica da cerca elétrica solar é um argumento irrefutável para os produtores/criadores rurais. As vantagens são inúmeras e eles podem verificar na prática, com as 20 unidades demonstrativas já instaladas.

Constata-se que existe uma grande dificuldade de obter recursos para o financiamento desta inovação tecnológica, em instituições financeiras - não há linhas de crédito para essa modalidade de empreendimento.

Um dos grandes desafios da implantação de novas tecnologias em áreas rurais é a falta de assistência técnica. Esta proposta necessita do apoio financeiro de outras instituições governamentais e não governamentais. A idéia de responsabilizar a comunidade na manutenção preventiva é bem aceita pelos beneficiados.

Ampliar o número de instalações com cercas elétricas solares na região é um desafio, para se avançar no processo de geração de renda e garantir a sustentabilidade da atividade econômica de criação de caprinos.

 

Agradecimentos

Ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, do Ministério do Meio Ambiente, e ao Governo do Reino dos Paises Baixos pelos recursos financeiros disponibilizados, as administrações municipais envolvidas e as ONG´s parceiras.

 

Bibliografia

/1/ Couto, F. A. D., Apresentação de dados sobre a importância econômica e social da ovinocapronocultura brasileira. IN: Nizuta, K., Silveira, M. ª, Couto, F.A. D.et al. Apoio a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura brasileira: Relatório Final. Brasília, CNPQ, 2001.

/2/ Souza, W. H., Aquino, D. S. P. B. e Rocha, M. S. L. Avaliação da qualidade de peles de caprinos e ovinos de diferentes genótipos. II Encontro de caprino-ovinocultores de corte da Bahia, 2002.

/3/ Roua, F. C. Internacionalizaccion del producto carneiros y cabras. IN: I Simpósio Internacional sobre caprinos e Ovinos de corte. Anais... João Pessoa, 2000.