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On-line ISBN 85-86736-06-6
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An. 3 Col. LEPSI IP/FE-USP 2002
A psicose paranóica na teoria de Lacan – Uma hipótese explicativa para os distúrbios graves na infância, do lado da mãe.
Jussara Falek Brauer1
A psicose é um ensaio de rigor
Jacques Lacan
Sobre uma terra compacta, a água escorrega.. Ela não entra na terra, não a molha. Sobre uma terra compacta, quando se anda, não se deixa marcas. Não se deixa traços. Enquanto que sobre uma terra fofa e arejada, quando se anda marca-se o passo. Logo o passo marca o passo. E efetivamente pode-se apagar o passo. O som pas, que designa a marca, ao mesmo tempo, ele a apaga. Logo, escreve-se : pas de pas. É exatamente a operação de que falamos a propósito do nascimento da escritura.. Havua o signo e a leitura do signo, « pas « e escritura « de pas « , logo, escreve-se « pas de pas ». Logo, o « pas de pas » escreve que o ser já está em outro lugar.2
Partindo do atendimento de casos de psicose na infância encontrei nos textos de Lacan sobre a Paranóia uma interpretação possível para meus achados.
O que se irá desenvolver são justamente as hipóteses explicativas a que cheguei até o presente momento.
Inicialmente retomo uma citação de Jean Allouch, extraída do livro La psychanalyse: une érotologie de passage citada acima
A letra não é, aqui [na passagem ao ato] como na análise, essencialmente consagrada à circulação da informação, ela é ela própria ato, portanto regramento do gozo, confissão de gozo, manobra, ocasião de gozo.3
A questão central é aqui o atuar da criança para o qual busco desenvolver uma hipótese explicativa.
Em Lacan e a partir dele a psicose é concebida como sendo da ordem do significante e foi em Allouch que encontrei um tipo de formulação, vinculada a uma leitura possível da passagem ao ato, que me permitiu retornar a Lacan nesse mesmo ponto.
Retomemos ainda um fragmento do texto de Allouch antes de ler Lacan no texto De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose.
Resta um resto desta produção formal de um resto. A passagem ao ato é o índice imediatamente presente de que um outro modo de transmissão está em jogo diferente daquele, puramente formal, das ciências exatas. Ainda que nas ciências exatas também, Lacan o notou, não saberíamos passar absolutamente da palavra para apresentar os jogos puramente formais das pequenas letras.4
Allouch frisa aqui que na passagem ao ato psicótica, modelo que experimentei para explicar o atuar das crianças com que trabalhei, que na passagem ao ato é ainda da letra que se trata, mas de uma letra que não está consagrada à circulação de informação, mas que é usada como manobra para regrar o gozo, produzindo um resto. Allouch constrói esta hipótese explicativa a partir de uma releitura original da tese de Lacan sobre a paranóia de autopunição.
Considerar o ato desta forma conduz para uma direção de tratamento em que não se irá silenciar o ato, já que é ele que opera a inscrição da letra. O ato fica concebido assim como forma de superação de um impasse.
Lacan forjou em sua tese de doutorado de 19325 uma nova classificação para a paranóia, que seria a paranóia de autopunição. Sua tese repousa justamente na constatação de que em determinados pacientes internos no ambulatório de Clérambault, que era um manicômio judiciário, o ato que os havia colocado ali tinha um valor de "ato curativo". Algo como se matar ou agredir alguém pudesse ser um caminho de cura para um surto psicótico. Uma idéia sem dúvida complexa, mas sobre a qual Freud já falara em um texto denominado Criminosos por sentimento de culpa:6 , sugerindo aí uma explicação para determinados atos delinqüentes, que aconteceriam como forma de procurar uma punição que aplacasse o sentimento de culpa advindo de fantasias incestuosas.
Lacan explora a idéia em sua tese de doutorado estudando o caso Aimée. Alguns anos mais tarde, no texto De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose7 Lacan escreveria falando então sobre as alucinações do caso Schreber:
Mas não é necessário ter chegado a esse ponto para sentir interesse pela variedade com que se apresentam as alucinações verbais nas Memórias de Schreber, nem para reconhecer ali diferenças totalmente diversas daquelas em que elas são "classicamente" classificadas segundo seu modo de implicação no percipiens (o grau de sua "crença") ou na realidade deste (a "auditivação"): ou seja, diferenças, antes, que se prendem a sua estrutura de fala, na medida em que essa estrutura já está no perceptum.
Considerando o simples texto das alucinações, uma distinção logo se estabelece para o lingüista entre fenômenos de código e fenômenos de mensagem.
Aos fenômenos de código pertencem, nessa abordagem, as vozes que se servem da Grundsprache, que traduzimos como língua fundamental, e que Schreber descreve (S. 13-I) como "um alemão um tanto arcaico, mas ainda rigoroso, que se caracteriza principalmente por uma grande riqueza de eufemismos"...
...Essa parte dos fenômenos é especificada em locuções neológicas por sua forma (novas palavras compostas, mas numa composição conforme às regras da língua do paciente) e por seu emprego...
...Trata-se de algo bastante próximo das mensagens que os lingüistas chamam de autônimas, na medida em que é o próprio significante (e não o que ele significa) que é objeto da comunicação. Mas essa relação da mensagem consigo mesma, singular porém normal, reduplica-se, aqui, por serem essas mensagens tidas como sustentadas por seres cujas relações elas mesmas enunciam, sob modos que se revelam muito análogos às conexões do significante....
....Mas, para retomar nosso fio, passemos aos fenômenos que oporemos aos precedentes como fenômenos de mensagem.
Trata-se das mensagens interrompidas, pelas quais se sustenta entre o sujeito e seu interlocutor divino uma relação à qual elas dão a forma de um challenge ou de uma prova de resistência....
...Dessa estrutura, o sujeito nos fornece os seguintes exemplos (S. 217 – XVI [Memórias..., p. 176]): (1) Nun will ich mich.... (agora eu vou me... ); (2) Sie sollen nämlich ...(Você deve de fato...) ; (3) Das will ich mir...(Nisso eu quero...), para nos atermos a estes, aos quais ele tem que retrucar com seu suplemento significativo, que não lhe traz dúvidas, a saber: (1) render-me ao fato de que sou idiota; (2) quanto a você ser expulso (palavra da língua fundamental) como renegador de Deus e afeito a uma libertinagem voluptuosa, sem falar o resto; (3) pensar bem.
Podemos observar que a frase se interrompe no ponto onde termina o grupo de palavras que poderíamos chamar de termos índice, isto é, aqueles cuja função no significante é designada, conforme o termo empregado acima, por shifters, ou seja, precisamente os termos que, no código, indicam a posição do sujeito a partir da própria mensagem.
Tudo isso exigiria ser transposto com o máximo cuidado para um grafo8, no qual tentamos, nesse mesmo ano, representar as conexões internas do significante na medida em que estruturam o sujeito9.
Recorrendo à lingüística Lacan constrói sua hipótese, e isso permite a ele falar em sujeito na psicose, um sujeito segundo o significante, mas um significante cujas características são particulares. A hipótese do significante se mantém, mas de que tipo de significante? Fenômenos de código e fenômenos de mensagem diz Lacan, ou seja, locuções neológicas onde é o próprio significante o objeto da comunicação e mensagens interrompidas. Esses são os fenômenos que Lacan encontra em posição de significante, já que, diz o autor em seguida, tudo isso exigiria ser transposto com o máximo cuidado para um grafo, que é o grafo do desejo.
Assim, tendo em posição de significante fenômenos de código e fenômenos de mensagem, fica o Nome - do - Pai foracluído dessa posição de significante e o que aparece nesta posição são locuções neológicas cujo objeto de comunicação é o próprio significante, e mensagens interrompidas. O psicótico seria então como que autor de seu próprio nome. Uma questão sem dúvida muito intrincada presente no trabalho junto a esse tipo de paciente, mas que não será tratada aqui.
Fiquemos, no entanto com a explicação de Lacan que permite tanto pensar a psicose em termos de significante, fato importantíssimo da sua teorização por possibilitar um tratamento para esse tipo de paciente dentro da técnica analítica, quanto propor uma incidência outra para o Nome – do - Pai que não na posição de significante, uma incidência no real, dando com isso mais uma indicação do caminho a seguir nesse tipo de tratamento, que deverá comportar por essa razão, necessariamente, uma intervenção no nível do real.
O que a pesquisa demonstra, é que, a partir do ato, da leitura do que aí se escreve, é possível pensar uma intervenção. Tomar assim o ato não mais na sua concretude, na sua realidade, mas como ato que regra o gozo como afirma Allouch, real recoberto pela realidade.
É bem claro que não se trata no caso das crianças que atendemos de uma passagem ao ato psicótica, mas de um atuar que nos casos mais extremos chegou apenas a pequenas agressões a si ou ao terapeuta. Uma vez que a intervenção foi justamente o corte dessas atuações seguida da solicitação de que a criança falasse daquilo que a levava a fazer o que estava fazendo, o que resultou foi o surgimento de palavras que antes não eram pronunciadas pela criança. Vemos nisso uma confirmação daquilo que é proposto por Allouch, a partir de Lacan.
Uma vez que pontuamos, com as palavras forjadas no atendimento à criança, o discurso materno, produziram-se relatos, associações e a rememoração da história familiar e pessoal da mãe e de sua criança. A reconstrução da história feita pela mãe teve por sua vez como efeito uma melhora da criança, na forma do arrefecimento das queixas que a traziam à Clínica.
Pudemos constatar então que o Nome – do - Pai estava presente, retornara do real do ato da criança, ou no cuidado prestado pela mãe à criança, a despeito do fato de médicos e exames afirmarem que nada de objetivo havia para ser cuidado. Assim pudemos constatar que um desdobramento poderia ser feito no que tange à formulação lacaniana da forclusão do Nome – do – Pai. Parece-me hoje mais preciso falar em forclusão do Nome – do – Pai da posição de significante. É assim que Lacan retoma na página 584 do mesmo texto:
Para que a psicose se desencadeie, é preciso que o Nome – do – Pai, verworfen, foracluído, isto é, jamais advindo no lugar do Outro, seja ali invocado em posição simbólica ao sujeito.
É a falta do Nome – do – Pai nesse lugar que, pelo furo que abre no significado, dá início à cascata de remanejamentos do significante de onde provém o desastre crescente do imaginário, até que seja alcançado o nível em que significante e significado se estabilizam na metáfora delirante10.
Lacan deixa subentendido isso no mesmo texto :
Convém ainda insistir em que essa questão não se apresenta no inconsciente como inefável, em que essa questão é um questionamento ali, ou seja, antes de qualquer análise , ela jáestá articulada em elementos discretos. Isso é capital, pois esses elementos são os que a análise lingüística nos ordena isolar como significantes, e hei-los captados em sua função em estado puro, no ponto simultaneamente mais inverossímil e mais verossímil:
- o mais inverossímil, pois sua cadeia que eles formam mostra subsistir numa alteridade em relação ao sujeito, tão radical quanto a dos hieróglifos ainda indecifráveis na solidão do deserto;
- o mais verossímil, porque somente ali pode aparecer sem ambigüidade a função que eles têm de induzir no significado a significação, impondo-lhe sua estrutura11.
E lá estavam os significantes, como hieróglifos ainda indecifráveis na solidão do deserto. Pas de pas, o ser encontrava-se em outro lugar.
Entendemos, portanto que nos casos por nós acompanhados ao longo de nossa pesquisa na transferência deu-se um ato. Algo precisou acontecer ante o olhar do analista.
A opção foi de assumir o desafio, e fazendo semblant de espectador de uma cena que aconteceria quiséssemos ou não, tentou-se introduzir aí alguma intervenção. A clínica mostrou o caminho.
E o que nos permitiu reencontrar?
O Lacan, do texto Observação sobre o relatório de Daniel Lagache12, tecendo comentários sobre o modelo ótico, nossa segunda demarcação teórica para o presente trabalho.
Ele escreve:
Sabemos que essa mola da fala, em nossa topologia, nós a designamos pelo Outro, conotado com um A maiúsculo, e é a esse lugar que corresponde, em nosso modelo, o espaço real ao qual se superpõem as imagens virtuais "por trás do espelho"...
Seria um erro acreditarmos que o Outro maiúsculo do discurso possa estar ausente de alguma distância tomada pelo sujeito em sua relação com o outro, que se opõe a ele como o pequeno outro, por ser o da díade imaginária....
É que o Outro em que o discurso se situa, sempre latente na triangulação que consagra essa distância, não o é a tal ponto que não se exponha até mesmo na relação especular em seu momento mais puro: no gesto pelo qual a criança diante do espelho, voltando-se para aquele que a segura, apela com o olhar para o testemunho que decanta, por confirmá-lo, o reconhecimento da imagem, da assunção jubilatória em que por certo ela já estava.
Mas isso não nos deve enganar no que concerne à estrutura da presença que é aqui evocada como terceiro: ela não deve nada à anedota do personagem que a encarna.
Não subsiste nela senão aquele ser cujo advento só é apreendido a não ser mais. Tal como o encontra o tempo mais ambíguo da morfologia do verbo em francês, aquele que se designa como imperfeito. Ele estava lá contém a mesma duplicidade em que fica suspenso um instante depois, a bomba explodia, onde, na falta do contexto, não se pode deduzir se o acontecimento sucedeu ou não....
....Mas, esse lugar do sujeito original, como haveria este de encontrá-lo na elisão que o constitui como ausência? Como reconheceria ele esse vazio como a Coisa mais próxima, mesmo escavando-o de novo no seio do Outro, por nele fazer ressoar seu grito? Antes ele se comprazerá em encontrar ali as marcas de resposta que tiveram o poder de fazer de seu grito um apelo. Assim ficam circunscritas na realidade, pelo traço do significante, as marcas onde se inscreve a onipotência da resposta. Não é à toa que essas realidades são chamadas insígnias. O termo, aqui, é nominativo. É a constelação dessas insígnias o sujeito o Ideal do Eu.
Já podemos dizer agora que nossa intervenção se situa nesse momento lógico em que está implicado um apelo com o olhar para o testemunho que decanta, por confirmá-lo, o reconhecimento da imagem.
Partindo assim do que é pressuposto, de que a presença do analista é ela própria uma manifestação do inconsciente13, e de que, portanto sua posição é em A, podemos dizer que a posição em que nos colocamos no trabalho de intervenção na díade mãe – criança foi a de fazer as vezes deste espelho virtual através do qual uma imagem real, no sentido de Lacan, pudesse se produzir.
Uma imagem real, que se produz no mesmo plano em que se encontra o objeto, como esclarece Alfredo Eidelstein14, ao explicar a experiência do ramalhete invertido, para mais adiante afirmar: a experiência do ramalhete invertido serve como modelo da gênese e estrutura do eu15.
Com isso uma nomeação, um traço nominativo, pôde se "refletir", um traço que já estava lá, em ato, e foi lido por nós. O acerto da direção que foi impressa por nós na pesquisa que ora relatamos já havia sido confirmado pela própria clínica, uma vez que a iniciativa de fazer ouvir mãe e criança pelo mesmo analista encontrou plena acolhida por parte de todos os pacientes que atendemos, além de produzir mudanças que se pode dizer eram positivas, por tirarem as crianças, em sua maioria, do imobilismo e devolverem-nas ao crescimento que se espera para uma criança.
Para justificar isso teoricamente, colhemos da leitura do texto acima a indicação. A partir de 1960 Lacan inclui no estádio do espelho o papel decisivo da troca de olhares, onde o sujeito se vira em direção ao outro que o assiste diante do espelho.
Neste momento da sua teorização Lacan está articulando no estádio do espelho os três registros: real, simbólico e imaginário.
Podemos dizer então que nosso trabalho vai colher criança e mãe neste momento que ficou "engasgado" em sua história. Neste "encantamento", eu diria, no gozo envolvido na troca pulsional de olhares da criança com sua mãe, que não foi cortado por um terceiro, e que estava presente concretamente diante de nós, na situação de atendimento, onde éramos convocados a ocupar esse lugar. As mães que atendemos não estavam possibilitadas de emitir essa fala que nomeia a criança, pois, nos indica Lacan, elas deveriam suportar o seu subseqüente desaparecimento dessa posição que é de referência para a criança. Essas mães demandavam por uma acolhida neste momento.
Há um terceiro que é evocado por esse movimento da criança e sem dúvida pela busca de atendimento feita pela mãe. Há um traço que se escreve neste movimento, e que pede por leitura. O que faz então com que a mãe convoque outra pessoa para fazê-lo? Que ela silencie sua voz no momento em que deveria reconhecer esse filho?
Vamos caminhar mais um pouco em nossos achados para depois responder a essa pergunta.
Hipotetizamos que, no que se refere ao diagnóstico dos casos a que atendemos, o atraso no desenvolvimento deve ser concebido com maior precisão como sendo uma inibição, e não, portanto como sintoma e nem mesmo como deficiência. Por não disporem de uma imagem egóica acabada, e por essa razão estarem abertas à intrusão materna, ou de um outro qualquer, em seu corpo, essas crianças apelariam para o recurso defensivo extremo da inibição.
Cito Freud e a definição que apresenta para esse termo no texto Inibição, sintoma e angústia:
No tocante às inibições, podemos então dizer, em conclusão, que são restrições das funções do ego que foram ou impostas como medida de precaução ou acarretadas como resultado de um empobrecimento de energia; e podemos ver sem dificuldade em que sentido uma inibição difere de um sintoma, portanto um sintoma não pode mais ser descrito como um processo que ocorre dentro do ego ou que atua sobre ele.16
Restrições das funções do ego, devidas nesses casos a uma espécie de congelamento. Aquilo que acompanhamos quando se trata de crianças que apresentam distúrbios graves, e que se encontra descrito no texto lacaniano como hipótese explicativa para a paranóia, é exatamente isso: este déficit na relação imaginária, em que ao invés de uma exclusão recíproca encontra-se a captura imaginária. O acabamento que falta aí é o acabamento do modelo do outro. Em seu déficit no estabelecimento da relação imaginária a criança encontra-se paralisada em um instante em que troca olhares com a mãe, situação a que assistimos, concretamente, nos atendimentos. Mais que isso, que com nossa presença, pudemos modificar, quebrando a paralisia.
1 Psicanalista; Professora Associada do Instituto de Psicologia da USP.
2 Lethier, Roland Seminário A loucura, uma escritura? Apresentado no Instituto de Psicologia da USP em fevereiro de 1999. Ao traduzir optei por preservar a palavra pas em francês para que a homofonia pudesse ficar mais evidente. Trata-se em português de passo e não, e a tradução literal seria não há passo.
3 Allouch, J. La psychanalyse: une érotologie de passage Cahiers de l'Unebévue, E. P. E. L. Paris, 1998, pg. 81[ STANDARDIZEDENDPARAG]
4 op. Cit. Pg. 45
5 Lacan, J. (1932) De la psychose paranoïaque dans ses rapports avec la personalitéÉditions du Seuil, Paris, 1980.
6 Freud, S. ( 1916 ) - Criminosos devido a um sentimento de culpa In Alguns tipos característicos encontrados no trabalho psicanalítico, Obras completas, Alianza Editorial, Madrid, 1974.
7 Lacan, J. (1957-58) De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose In escritos, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro,1998 pg. 543.
8 O grafo do desejo apresentado à pg. 822 do mesmo volume, no texto Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano.
9 Op.cit. pg. 543;544; 546; 547.
10 Op. Cit. Pág. 584.
11 Lacan, J. De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose In Escritos, Rio de Janeiro, 1998, Jorge Zahar Editor, pg. 556.
12 Lacan, J. Observação sobre o relatório de Daniel Lagache In Escritos, Jorge Zahar Editor, RJ, 1998, pg. 684.
13 Lacan, J., O seminário livro 11, Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise, 1979, Zahar Editores, Rio de Janeiro, pg. 121.
14 Eidelstein, Alfredo, Modelos , esquemas y grafos em la enseñanza de Lacan, 1992, Ediciones Manantial, Buenos aires, pg. 34.
15 Idem, pg. 35.
16 Freud, S. (1925-1926) Inibições, sintomas e angústia in Obras Completas, 1998 Imago Editora, RJ pg. 13