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ISBN 85-86736-12-0 versión on-line

An. 4 Col. LEPSI IP/FE-USP Oct. 2002

 

Ódio, paixão e (a)normalidade: olhares em nós

 

 

Regina Maria de Souza

Mestre em Psicologia Clínica, doutora em Lingüística, chefe do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação (Universidade Estadual de Campinas).

 

 


RESUMO

Tomando a questão do racismo em consideração este texto discute numa interface das teorias foucaultiana e psicanalítica, a problemática da anormalidade e as consequências que ela dispara para o laço social. Problematiza a partir deste percurso a idéia de educação inclusiva.

Palavras chave: racismo; olhar; estádio do espelho


 

 

"Não notaste que, quando olhamos o olho de alguém que está diante de nós, nosso rosto se torna visível nele, num espelho, naquilo que é a melhor parte do olho e a que chamamos pupila, refletindo, assim, a imagem de quem olha?"

Sócrates

 

A partir de minha última publicação para a Revista Educação e Sociedade (Souza & Gallo, 2002), e afetada por ela, decidi discutir o racismo como efeitos do olhar em um duplo sentido: no que de especular reconhecemos do Outro e, conseqüentemente, os afetos ambivalentes que reeditam em nós; e naquilo que fazem traduzir em termos das práticas de disciplinamento a que estamos sujeitos historicamente. Portanto, a tese defendida é que as práticas de normalização a que submetemos os anormais se mantêm, e são reproduzíveis, porque põem em ação um conjunto de mecanismos psíquicos em nós, que se conformam entre si (em nós/laços) e nos fazem conformar a elas.

A assunção de tal recorte para análise se deve à influência das tentativas que venho realizando de manter um certo diálogo entre as abordagens foucaultiana e psicanalítica. Em Souza e Gallo (2002), defendi que as práticas disciplinares, tais como tratadas por Foucault (1991, 1994, 1998, 2000, entre outros), mantinham-se insidiosas e perseverantes entre nós também porque, de algum modo, nos eram afetivamente necessárias para que nossos inconfessos e interditados desejos se mantivessem sob controle (externo/interno) – condição necessária ao convívio qualificado como civilizado.

Todavia, apontei que essa contenção haveria de ter um preço: a fermentação do racismo, como uma espécie de traço, ou de memória paradoxalmente colocada sob esquecimento, do que foi interditado em nós. A interdição simbólica à posse do outro faria com que a energia ligada ao desejo refluísse, retornando ao eu-mesmo, tingido, agora, de amor e ódio – amor e ódio pelo objeto interditado e por sua interdição; amor e ódio pela parcela do eu-mesmo alienada nele. No rastro dessa premissa, as tentativas de normalização/correção do anormal teriam uma contraparte afetiva nossa: seja porque nele identificamos algo que em nós já tivemos que negar (mas que nos habita em estado de esquecimento) seja por uma certa necessidade de não suportamos ver no outro uma possibilidade de existência possível de nós mesmos.

No rastro dessas idéias, decidi me inspirar em uma análise belíssima realizada por Cesarotto (1996) a respeito das (in)felicidades em que se meteu Natanael no fascinante conto O homem da areia, obra do alemão Ernst Theodor Hoffmann (1776-1822), escrito em 1817. Essa mesma peça literária inspirou Freud (1919) a discutir as origens daquelas perturbações estranhas que se produzem diante do retorno especular e perturbador de nossa própria imagem – unheimlich. A interpelação freudiana poderia ser assim posta: o que tais momentos especulares de confronto com o outro/Outro revelariam de nosso inconsciente, do estrangeiro que somos para nós mesmos?

Natanael ofereceu a Freud interessantes pistas no ensaio de respostas a tal questão. A seguir, o recorte do conto que interessa para efeito do presente estudo.

Natanael, aturdido com lembranças de seu passado, decide escrever para Lotário, amigo de infância e irmão de sua amada, Clara. Em sua missiva, relata o modo como sua mãe levava a ele e aos irmãos para a cama. A interdição materna vinha sob a forma de advertência: todas as crianças deveriam dormir antes da chegada do Homem da Areia. Certo dia, Natanael perguntou-lhe quem era, afinal, esse personagem tão atemorizador. Ela, então, respondeu-lhe:

"Não existe nenhum Homem da Areia, meu querido, quando eu digo que o Homem da Areia vem vindo, quero apenas dizer que vocês estão sonolentos e não conseguem manter os olhos abertos, como se alguém tivesse jogado areia neles." ( Hoffmann, 1817, tradução em Cesarotto, 1996, ps. 18-19)

Talvez por crer que a mãe não lhe tinha sido de todo fiel, Natanael refez a pergunta à governanta da irmã, que lhe deu uma outra resposta:

"Pequeno Natanael você ainda não sabe? É um homem mau que se aproxima das crianças quando elas não querem ir pra cama e lhes joga punhados de areia nos olhos; estes então saltam sangrando da cabeça e ele os coloca num saco e os leva para a Lua, a fim de alimentar suas criancinhas, que lá ficam no ninho e têm bicos retorcidos como corujas, com os quais comem os olhos das crianças travessas." (Idem, p. 19)

Natanael acabou por associar esse personagem lendário a um homem que, de vez em quando, almoçava em sua casa. Tratava-se do advogado Coppelius, de aspecto que lhe era repugnante (mãos ossudas, cheias de pêlos, usava uma peruca que mal lhe cobria a calvície etc). Chamava as crianças da casa de "bestas" e lhes impedia de estar com o pai que, quando Coppelius chegava, retirava-se com ele a uma espécie de laboratório onde realizavam alquimias. Certo dia, durante uma dessas experiências, o pai de Natanael morreu. O menino creditou a responsabilidade de sua morte a Coppelius e, desde então, passou a odiá-lo. Escreveu a Lotário pois acreditava ter reencontrado Copellius na cidade em que estudava, sob o nome de Giuseppe Coppola que, supostamente, estaria se fazendo passar por um fabricante de instrumentos físicos e matemáticos, especificamente, de toda sorte de olhos falsos: lunetas, monóculos, binóculos, óculos, próteses oculares etc.

Entre Coppelius e Coppola parece haver, de fato, uma certa identidade marcada pela etmologia: Coppelis alude à coppella que faz remessa a cadinho, material usado em laboratórios e em experiências alquímicas; Coppola se ligaria à palavra coppo que traria consigo as idéias de órbita e de cavidade orbital (Essa discussão é feita em Freud, 1919/1976, p. 288).

Durante todo o conto, o leitor se embaralha com a narrativa – não sabe, senão no final, se ambos os personagens se referem à mesma pessoa ou se são frutos da loucura de Natanael.

De qualquer modo, para a finalidade deste trabalho, basta assinalar a reativação do terror que o aparecimento de Coppola provocou em Natanael, a tal ponto de fazê-lo procurar o consolo de Lotário. Entretanto cometeu um ato falho: ao endereçar a carta, escreveu o nome de Clara, a amada.Clara recebeu a carta e a respondeu, tentando pacificar os medos do amado. Vale lembrar que Clara/Hoffman redigiu o fragmento a seguir pelos idos de 1817 e que Freud escreve o famoso artigo Das Unheimliche, inspirando-se exatamente no Homem da Areia, mais de cem anos depois, em 1919. Dito isso, vamos à resposta de Clara.

Nela, a amada expressou a opinião de que se há uma força obscura que nos põe medo (caso de Coppolla), não é por outro motivo senão que

"havendo tal força, então, esta deve se tornar, dentro de nós, o que nós somos, transformando-se em nosso próprio eu (...). Também é certo, acrescenta Lotário, que a obscura força psíquica, caso nos entreguemos a ela, atrai para nosso íntimo estranhas formas que o mundo exterior põe em nosso caminho, de maneira que nós próprios damos vida ao espírito que, acreditamos numa espantosa ilusão, parece falar por intermédio destas formas. É o fantasma de nosso próprio eu, cuja estreita afinidade com nosso íntimo, e profunda influência que exerce sobre ele, nos lança ao inferno ou nos transporta aos céus." (Ib., p. 27, negrito de Clara, sublinhado meu)

Digna de nota, em primeiro lugar, é a sensibilidade de Clara em apontar Coppelius/Coppolla como um duplo do amado, portanto, um fantasma de si mesmo. O termo fantasma, inescapavelmente, alude às idéias de morte, de acabamento e de ocultamento do ser/objeto morto, seja por sepultamento seja por incineração. O mais instigante, entretanto, é que se enterramos o morto não é por outro motivo senão porque ele nos é familiar (heim), e portanto, em algum momento de nossa vida pregressa, conviveu conosco e fez parte dela. O fantasma a que Clara se refere é, pois, este retorno de Natanael ao território sombrio dentro dele, mas que deveria estar enterrado, esquecido e dominado de algum modo.

Para discutir a natureza desse retorno especular, que convoca uma imagem outra, a da alteridade, julgo ser necessário distinguir os termos que outro e o Outro tem para a psicanálise de inspiração lacaniana.

Segundo essa abordagem, o Outro se refere à presença de um terceiro, isto é, do inconsciente. Lacan (1957), em La psychanalyse et son enseignement, dirá que o "inconsciente é o discurso do Outro no qual o sujeito recebe, sob a forma invertida que equivale à promessa, sua própria mensagem esquecida" (Lacan citado por Roudinesco e Plon, 1997, p. 559). Portanto, o Outro é aquilo de que se trata na função da fala. A partir de tal premissa, a linguagem não pode ser mais ser entendida como instrumento mas como a condição mesma de produção de qualquer forma de comunicação. Em 1975, Lacan ao discutir a diferença sexual, no seminário Mais, ainda, afirmará que homem e mulher se distinguirão entre si em relação a um significante de diferença: entre função fálica do gozo para o homem e o gozo suplementar feminino. O Outro, aqui, passa também a ser entendido como o lugar onde se inscreve a diferença irredutível para cada sujeito. O Outro não equivale, pois, ao outro - o espaço desse último é o da pura dualidade conforme a psicologia usualmente lhe inscreve. Na teoria lacaniana, a alteridade é pensada a partir da noção de alienação à imagem especular - o outro - e de designá-lo como um si-mesmo, ou como uma representação do eu marcada pela prevalência da relação dual com a imagem do semelhante.

A metáfora do espelho se vincula, assim, ao olhar – o sujeito apenas se constitui como tal à medida que se espelha em outrem. O olhar, entretanto, não se reduz ao órgão da visão embora possa aludir a ele. O espaço de captura é o do Outro; daí porque o que se diz aqui se aplica, igualmente, a quem não pode ver com os olhos.

Segundo Lacan (1949), o estádio do espelho é o momento identitário inaugural em que a criança pôde reconhecer a si mesma, o que lhe exigiu a alienação de si à própria imagem refletida e, ao realizá-la, tornou a figura, que antes lhe mirava como se fosse um estranho, em si mesma. O psicanalista francês deixa claro, assim, que, "o que constitui o sujeito é justamente aquilo que o aliena, já que a formação do eu passa pela imagem do outro. O acesso da criança à sua imagem especular unificadora, totalizante, deve passar, inelutavelmente, pelo outro" (Koltai, 2000, p. 100). O drama que esse momento lhe guarda é que esse outro deve ser eliminado, em sua estrangeiridade, para que possa (re)conhecer sua própria imagem.

Como a consciência da falta desse outro é apagada, o que se tem é a falta da falta. Disso decorre que toda ausência pode ser recoberta por um postiço do objeto, por um simulacro que alude a ele. Daí tem-se também a paixão ou, como se diz , os casos de amor à primeira vista. Quem poderíamos amar senão a nós mesmos nesses casos? Ou, como afirma Cesarotto (1996), "a duplicação é a tentativa de superar, pela via do excesso, o nada ao que somos condenados" (p. 122).

Em sentido oposto, talvez pudéssemos aplicar a mesma lógica de raciocínio a situações que mobilizam a dor, a raiva e/ou o medo. Não seriam formas espectrais de nós mesmos a antipatia à primeira vista; o incômodo, sem razão aparente, diante dos mutilados, deformados ou daqueles forasteiros que, vindo dos extremos da norma, se impõem aos nossos olhos? Não seria o racismo também efeito desse regresso fantasmagórico do reprimido em nós pela via do outro? Segundo Cesarotto (idem), na

"repetição, a passagem do conhecido ao estranho ocorre porque, no retorno inesperado do semelhante, o que devia ser uma identidade mostra-se diferente. Se o que era entranhável aparece depois como alheio, é porque essa imagem que se vê agora, já foi vista antes, sendo desprazeroso vê-la novamente". (p. 134)

A situação perturbadoramente estranha pode não ter sido familiar, mas ser anunciadora de um futuro possível ou, mesmo, inescapável. Para ilustrar, transcrevo a fala de uma mulher idosa, personagem de um filme do qual assisti parte, em uma emissora paga:

"O que vocês não suportam ver no velho não é o velho ele mesmo, esse ser que está em frente de seus olhos. É a velhice a que todos vocês estão fadados. Quantos de nós já não nos deparamos dizendo diante de um velho em final de vida: ‘Deus meu! Não permita que eu chegue neste estado! Prefiro morrer antes!’". (ênfase minha)

Essa personagem endossa a sensação desconfortável, e mesmo repulsiva, que o olhar pode causar. Nesse caso, a antevisão de um acontecimento – a morte – a que todos estamos inescapavelmente fadados, momento impossível de elaboração afetiva: dele não se pode falar depois.

Essa passagem me remete a uma outra, em que Pontalis (1991) responde a uma provocação endereçada a ele pelo geneticista Albert Jacquard.

"Jacquard: Volto ao meu ponto de partida: para a genética contemporânea, a noção de raça humana não existe mais. O racismo, por sua vez, devasta. Como compreender isto?" (p. 37)

A resposta de Pontalis vem mais adiante:

"O racismo encontra suas fontes na oposição entre o próprio e o estrangeiro (...) mas para expulsar é preciso antes ter ingerido. Só se vomita o que se engoliu. Não há corpo estranho a não ser dentro do próprio corpo." (p. 39-40)

Ódio e repulsa que mascaram atos, que se quer redentores, de colonizar o estrangeiro ou de trazer para o espaço da norma àqueles que, antes, fabricamos como anormais. Entretanto, vale repetir, a anormalidade é (também) um terreno em nós – apreensível nas formas que adquire nos momentos insanos de paixão ou de ódio a que nos levou o Outro.

Sobre a relação especular com o outro, Cesarotto (1996) considera que a

"relação visual implica, de fato, uma parceria, com alguém agindo como suporte do olhar. Ainda que esta alteridade seja o próprio sujeito, duplicado pela mediação do espelho." (p. 134-135)

O fato de o sujeito se oferecer como suporte de olhar o torna alvo de conhecimento pela alteridade. Isso compreenderia um jogo de possível captura recíproca. Se, de fato, os olhos são um dos sentidos mais importantes de acesso ao exterior, de apreendê-lo, conhecê-lo e, a partir do que aprendemos ser "verdadeiro", "ético" ou "moral", também de classificar ou rotular o outro, é igualmente razoável que aquele que se deixa olhar corra os mesmos riscos, ou seja, o de ser (re)conhecido.

Expor-se, sem todavia, se deixar cativar pelo outro, pode anunciar a existência de um duplo temor: o medo do (auto) naufrágio, como o que sofreu Narciso, e o da subversão da lei ou da ordem "natural" das coisas. Para me valer de outra alegoria, parece ter sido esse o efeito da ruptura de Lúcifer com Deus. De acordo com o padre Antonio Vieira, citado por Pécora (2002), Lúcifer teria se encantado tanto com a própria visão no espelho que nele se alienou. Nesse momento, teve que se haver com o desejo contido de ser, ele mesmo, Deus. "Por que Ele, e não Eu, é Deus?", deve ter o anjo transgressor se questionado. Subverteu, assim, a ordem canônica, toda a lei divina de supremacia absoluta, todas as normas que regulavam as relações celestiais entre arcanjos, anjos e a divindade. Lúcifer criou, com seus seguidores, as normas de seu próprio império: da luxúria, do desejo, do ódio por aquele que o submeteu a uma ordem outra que não a de seus anseios e urgências. Deixou-se arrastar por toda uma sorte de manifestações que o supereu poderia ter contido se Lúcifer fosse humano...

O supereu, como sabemos, é justamente esta instância psíquica sempre vigilante que nos faz cativos do mundo civilizado, de suas verdades, dos valores morais mutáveis apenas na superfície e nos impõe, implacavelmente, a culpa pelo desejo sentido, mesmo se não realizado.

No rastro de tais considerações, parece-me que aquilo que não podemos ouvir, ou ver, não é senão, nesta óptica, o nosso próprio desejo e/ou o ódio que o outro faz desvelar do Outro em nós. Desse modo, o racismo, tal como sombras siamesas, se contorce no inconsciente, entendido pela psicanálise, como nossa própria mensagem esquecida, forma de discurso que denuncia nossa incompletude, que faz retornar o ódio das recusas que sofremos ou a memória dos futuros que interditamos. Formas diversas de felicidade e/ou de ser humano que o outro me faz (re)ver. Talvez, e também por isto, os diferentes/anormais nos perturbem tanto e nos seja (quase) impossível compreendê-los. Escutar ou vê-los seria nos permitir ser afetados por eles, o que poderia pôr em cheque toda a estrutura escolar, familiar e de governo que construímos para eles.

Se estarmos incluídos em nossa própria morada é uma tarefa impossível, seria a educação inclusiva uma tarefa possível? Talvez, no limite, um trabalho hercúleo (quase) possível se, e apenas se, estivermos dispostos a nos movimentar e a nos deixar interpelar pelo outro que desejamos ver incluídos. Nesse processo, talvez possamos (re)encontrar nossa própria face infantil, o jorro e o riso da criança, a ousadia do adolescente e um maior prazer pela vida adulta no reencontro (sempre parcial) com esse território esquecido que somos nós para nós mesmos.

 

Referências Bibliográficas

Cesarotto, O (1996). No olho do Outro. São Paulo: Iluminuras.

Foucault, M. (1991). Vigiar e punir. (L. M. P. Vassallo, trad.), 9ª edição, Petrópolis: Vozes.

Foucault, M. (1994). Doença mental e psicologia. (L. R. Shalders, trad.), 5ª edição, Rio de Janeiro.

Foucault, M. (1998). Microfísica do poder. (R. Machado, trad.), 13ª edição, Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (2000). Em defesa da sociedade. (M. E. Galvão, trad.), São Paulo: Martins Fontes.

Freud,. S (1919). O Estranho. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. (j. Salomão, trad.) (Volume 17, ps. 273-318). Rio de Janeiro, R.J.: Imago, 1976.

Koltai, C. (2000). Política e psicanálise: o estrangeiro. São Paulo: Escuta.

Lacan, J. (1949). Le stade du miroir comme formateur de la fonction du Je telle qu’elle nous est révélée dans l’expérience psychanalytique. In Écrits, Paris: Seuil, 1966.

Lacan, J. (1975) Mais, ainda. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

Pécora, A. A. B (2002). O demônio mudo. In: A. Novaes (org.). O olhar. 9ª reimpressão, São Paulo: Companhia das Letras.

Pontalis, J.B. (1991). Perder de vista. Rio de Janeiro: Zahar.

Roudinesco, E.; Plon, (1997). Dicionário de Psicanálise (V. Ribeiro, trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Souza, R. M.; Gallo, S. (2002) Porque matamos o barbeiro? Reflexões preliminares sobre a paradoxal exclusão do outro. Educação e Sociedade, n. 79, p. 39-64.

 

 

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