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ISBN 85-86736-12-0 versión on-line

An. 4 Col. LEPSI IP/FE-USP Oct. 2002

 

Des-ilusão tem futuro? Artistagem da infância

 

 

Sandra Mara Corazza

Doutora em Educação, Professora do Departamento de Ensino e Currículo e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

 

 


RESUMO

Este trabalho discute, a partir principalmente do texto: O futuro de uma ilusão, as vicissitudes do caminho pautado pela ilusão da infância. Propõe um re-educar e um artistar a infância como alternativas para lidare com as crianças sem requerer a ilusão como proteção

Palavras chave: ilusão, arte; re-educação


 

 

É... e por que é?

A infância é uma ilusão. Seguindo a Lição XXXV de Freud (1932), encontramos que "a origem da concepção religiosa do Universo": "radica na necessidade de proteção da criança indefesa e débil"; "deriva os seus conteúdos dos desejos e necessidades do período infantil"; "é determinada pela situação de nossa infância"; possui "um caráter infantil". Pode-se, daí, fazer uma espécie de palíndromo, e afirmar que a infância: radica na necessidade de proteção religiosa; deriva os seus conteúdos das necessidades e desejos religiosos; tem uma natureza religiosa e, portanto, ilusória.

Na mesma Lição, Freud diz que "o homem religioso representa a criação do mundo ao modo da sua própria gênese". Quando criança, deve a sua existência ao Pai, que o vigia e protege; adulto, reconhece que é mais forte, embora, conheça melhor os perigos da vida; deduz que, no fundo, continua frágil e exposto; não renuncia à proteção daquele Pai da infância, mesmo que saiba, agora, que ele também é desprotegido. Recorre, então, à imagem sobre-valorizada desse Pai e faz dela a Divindade, situando-a no presente e em sua realidade. Energizado afetivamente por essa imagem, vive na fé em Deus, para sentir-se seguro.

No item VII, de O futuro..., após argumentar que as doutrinas religiosas são ilusões, Freud (1927) indaga se, na cultura, não funcionarão outras ilusões; dentre as quais, aponta as premissas das instituições estatais e as relações entre os sexos. Esses viáticos nos possibilitam conceitualizar a infância como uma ilusão, no sentido freudiano, ou seja: como uma crença engendrada pelo impulso à satisfação de um dos desejos mais intensos e prementes do humano ocidental. O segredo da força e da duração dessa crença pode ser encontrado na força desse desejo. Porém, de qual desejo se trata? Penso que do inesgotável desejo humano de infinitude que, na Modernidade, coloca o Adulto no lugar de Pai-Imortal.

Desde a nova matriz da finitude, o mundo deixa de ser ordenado por Deus e o humano queda exilado dos outros seres vivos. Humano sem divindade, desamparado e só, ambíguo e limitado. Contingente, finito, temporal, determinado pela vida, trabalho e linguagem (mostrou Foucault, 1966), não pode mais ser pensado pela negatividade metafísica do infinito. Órfão no vazio, necessita se positivar como sujeito e próprio objeto de conhecimento. Prisioneiro dos limites, toma o lugar de Deus-Pai, reivindica o conhecimento total, estatui a condição e a natureza humanas.

Quando esse humano descobre que o seu corpo adoece, pelo estado mórbido; que a sua razão esmorece ou se aliena, pela desrazão ou pela loucura; que o trabalho não sustenta a sua sobrevivência, pela exploração; que a sua linguagem não representa as coisas, por afasia filológica e gramatical – é aí, nessa finitude, que o Adulto descobre que as crianças vivem, para além da morte de seus pais e mães.

Para que a infância entrasse nesse devir ilusório, muitas vezes, delirante, foi preciso que nascesse da morte divina e do medo terrível do humano, em face de seu desamparo. Novas figuras ilusórias, na paisagem cultural, os infantis recordam a cada um o nada de sua existência, emblematizam a contingência, tematizam a temática do fim. Mas, a um só tempo, funcionam como escudo contra a finitude. Nelas, o humano ilusiona se perpetuar, participar da infinitude e driblar o Derradeiro. A infância-ilusão torna-se, assim, uma crença animada pelo desejo infinito de um humano que se descobrira finito (Corazza, 2000).

O Deicida, independente de ser ou não religioso, sofre a nostalgia de um Pai-Imortal e vê aumentada a necessidade de proteção contra as conseqüências de seu ato, que lhe barram a certeza de amparo e gozo final. Como defesa, faz um Humano-Deus, e também um Humano-Diabo (Corazza, 2002b; Freud, 1922), ou seja, cria a si mesmo como um poderoso Pai-Adulto, que constrói a cultura, na qual, prolonga a existência a uma vida futura e infinita, por meio de seus filhos, dos filhos dos filhos, e assim por diante.

Desse modo, funda a experiência religiosa da infância moderna, cultuada nos templos da Família e da Escola, e mantida pela doutrina dos saberes adultos. Nessa espécie de religião, a infância passa a ser uma ficção-prática, inventada por um humano carente de imortalidade, enquanto o infantil integra as suas representações supra-humanas e, de algum modo, também supra-terrenas.

Religião-da-infância, que joga com intensas emoções adultas; orienta opiniões e ações; satisfaz a ânsia de saber sobre origem e finalidade; traça uma teleologia bem-aventurada de continuidade e progresso; estabelece salvaguardas contra o aniquilamento meramente orgânico, por elidir o retorno ao inanimado. Em suas orações, o Adulto parece rezar: – Meu filho sobreviverá à minha morte, e eu continuarei vivo nele, embora, mais evoluído, mais perfeito! Aí, então, serei totalmente realizado e feliz!

 

Sentimento oceânico

Não conseguindo suportar nem um pouco de insegurança, o humano relaciona-se com essa infância ilusória, por meio de um sentimento-oceânico, ao modo de todos os dogmas. Talvez, por considerar a religião como apenas uma moral em linguagem religiosa (seguindo Einstein), ou, para não correr muito perigo, prudentemente inscreve a infância nas medidas da Razão, no trabalho da Verdade e nas tecnologias de Poder. Erige, assim, os pilares da polis, realizando uma anátomo-política do corpo infantil e uma bio-política da população, agora dividida entre infantil e adulta.

Inscreve essa ilusão coletiva, em seus códigos morais, compostos por valores e regras de ação e operados por instituições disciplinares. Inscreve-a, também, na moralidade de seus comportamentos efetivos, nos modos como obedece ou resiste às interdições e proibições. E a faz ingressar, ainda, nas práticas de si, pelas quais adquire uma natureza moral e se constitui como sujeito moral de suas ações (Corazza, 2001b).

Se, na educação pública da infância, trocamos o catecismo por um tratado dos direitos e deveres do cidadão; se, ministramos Educação Sexual, ao lado da Matemática e do Português, como Freud (1907) aconselhara, no começo do século XX; se trocamos a metanarrativa da Religião pela das Ciências da Educação, nenhuma dessas trocas incidiu sobre o caráter ilusório da infância. Fizemos, apenas, com que ela trocasse de Senhor. Pois, prosseguiu sendo ilusionada, como infância científica, sexual, psicológica, ou política, tendo apenas valor afetivo, embora, atribuída do estofo de naturalidade, univocidade, verdade, eternidade.

 

Des-ilude...

Como todo remédio contra o desamparo humano, também o da infância-ilusão pode ser visto como um indecidível, ao modo do pharmacon platônico, relido por Derrida (1991), ou seja, ao mesmo tempo, como remédio e veneno. Uma ilusão que não é um erro, já que, as ilusões são totalmente "genuínas", disse Freud. Uma ilusão que também não é um delírio, já que este contradiz a realidade, enquanto aquela não é necessariamente falsa, isto é, irrealizável ou contrária à realidade.

Só que, em função de sua porção venenosa, talvez, hoje, estejamos migrando da ilusão ao delírio-de-infância. Talvez, essa ilusão moderna não seja mais realizável e prescinda de qualquer relação com a realidade atual da infância, por efeitos de nossas próprias práticas culturais. Realidade expressa pela pedofilia e escravidão, prostituição e pornografia, orfandade e crianças aidéticas, desnutridas e abandonadas, exploradas e usadas pelos Impérios da Guerra, do Tráfico de Drogas e do Mercado Global.

Talvez, a infância-ilusão prescinda de toda garantia real, tendo em vista as Políticas de Morte dirigidas à infância atual, que traçam Geografias e Lógicas do Medo, recitam Alfabetos de Dor, desenham Estéticas da Crueldade, declinam Sintaxes de Sangue. Erguem reinos infantis de corpos deslocados, na barbárie carnal-discursiva dos campos de refugiados. Operam máquinas de rotina e submissão ao trabalho. Narram fábulas espaciais de sede, fome, doenças. Portam a sua morte como insígnia e máxima destes tempos do mundo de agora (Corazza, 2002a).

Sendo assim, todos os consolos prometidos pela ilusão-da-infância não são mais confiáveis. Freud (1932) já alertara: "nossa experiência ensina que o mundo não é, em nada, um jardim-de-infância". Todas as ilusões falham: não compensam os sofrimentos e privações de seus iludidos; não exorcizam os terrores da Natureza, nem concretizam um além-mundo melhor; não afastam a crueldade do Destino, nem satisfazem todas as necessidades; não corrigem as imperfeições da cultura, nem conectam moral e felicidade.

Como todas as ilusões, a infância de hoje des-ilude. Porém, como as outras, é difícil constatar esse seu caráter ilusório. Como fazer da infância um objeto de questionamento, se ela nos é tão preciosa e útil? Como problematizar esse tempo-espaço excepcional da vida, que só deve ser resgatado, protegido, fortalecido? Como criticar a infância, se é expressão de nossos sentimentos mais profundos, se faz o mundo tolerável e torna a vida mais digna de ser vivida? Como desconstrui-la, se nossos antepassados acreditaram nela e nos legaram provas da sua efetividade? Como reconhecer a sua origem puramente mortal e não-transcendental? Como aceitar que é coisa-feita, coisa fabricada por nós, motivados apenas por necessidades biológicas e psicológicas, movidos por razões humanas, demasiado humanas?

 

Artistar

Se Freud (1932) tem razão ao dizer: "No fundo, não achamos senão o que necessitamos, nem vemos mais do que aquilo que queremos ver", será que não "podemos fazer outra coisa"? Faltará, sempre, em nossa relação com a infância, o critério da verdade, ou seja, a coincidência com o mundo exterior e o dos nossos desejos? E se destituíssemos essa ilusão e instalássemos, em seu lugar, uma ciência, uma filosofia, uma psicanálise, uma política da infância? Estaríamos simplesmente criando outras ilusões, como já criamos, desde que à infância continuasse a ser atribuído um caráter ilusório.

Deixar de tomar a infância como ilusão... Não é perigoso para a educação dos infantis? O mundo da Educação não ruiria? O que faríamos nós sem essa ilusão? Como educaríamos, sem desfigurar quimericamente o mundo infantil e desprestigiar o valor de sua vida? Como suportar não ter mais a satisfação narcísica, baseada no orgulho dos ganhos obtidos, com que essa ilusão nos brinda? Podemos prescindir do embotamento anestesiante da ilusão e, mesmo assim, continuar educando a infância?

Parece que chegou o tempo de des-iludir radicalmente essa ilusão e ir em direção à arte. Parece que já temos, como comunidade de educadores, uma longa tradição e ferramentas conceituais (Corazza, 2002c) que nos possibilitam produzir artisticamente a infância, artistar a infância, criar uma arte-da-infância, que jamais seja irrefutável como a ilusão e cuja única satisfação seja intensificar as forças criadoras do nosso educar

Arte artistada por aqueles educadores que renunciam a seus desejos infantis e sabem que algumas de suas esperanças não podem ser senão ilusões. Arte que, se acabar resultando numa ilusão, ao menos, saberemos o que é: só uma ilusão. Daí, poderemos imitar Freud (1927) e dizer: – Não, nossa arte-da-infância não é uma ilusão. Ao contrário, ilusão seria crer que podemos obter em outro lugar aquilo que ela não nos pode dar.

Para artistar a infância e sua educação, é necessário fazer uma docência à altura, isto é, uma docência artística. Modificar a formação do intelectual da Educação, constituindo-o menos como pedagogo, e mais como analista da cultura, como um artista cultural, que já tem condições de pensar, dizer e fazer algo diferente para educar uma infância des-iludida.

Docência que, ao exercer-se, inventa. Re-escreve os roteiros rotineiros de outras épocas. Desenvolve a artistagem de práticas, que desfazem a compreensão, a fala, a visão e a escuta dos mesmos sujeitos e saberes, dos antigos problemas e das velhas soluções. Dispersam a mesmice e fazem diferença ao educar as diferenças infantis.

Uma artistagem de ordem poética, estética e política, derivada dos sobressaltos e alegrias de trabalhar nas fronteiras entre as disciplinas, os sujeitos e os não-sujeitos, os sentidos e os sem-sentidos. Docência de um artista, que promove o auto-despreendimento, implicado no questionamento dos próprios limites, que renova e singulariza o seu educar.

Docência artística, portanto, que nos convoca a trabalhar na materialidade da cultura. Educar, artistando. Diferenciar, arriscando-se. Usufruir do prazer de criar, sem nos considerar nunca uma obra de arte acabada. Assumir o risco de educar, sem deixar que as ilusões fechem os horizontes sociais, nos empurrem para o conservadorismo, ou violentem a heterogeneidade da infância (Corazza, 2001a).

 

Re-educar

Entretanto, para artistar a infância, há uma tarefa prévia: aproveitar, na educação dos educadores, a formulação de Freud sobre uma "educação para a realidade". Realizar uma re-educação para a realidade da infância, que enfrente a impossível conjunção de nosso bem-estar e do desejo de educar, que nos leve para além do princípio do prazer, à superação do decalque narcisista, à desfragmentação do Eu único, centrado e soberano.

Re-educação que nos distancie dos saberes derivados da ilusão-de-infância, manifestos no "ideário pedagógico hegemônico", que coage nossa atividade e curiosidade intelectual em relação à infância real. Re-educação, que extermine a "adequação natural entre a intervenção educativa e os estados espirituais infantis", e que nos impeça de educar uma infância essencializada por um "fundamentalismo psiconaturalista", como propõe Lajonquière (1999).

Re-educar os educadores para a realidade da infância atual implica dessacralizar a infância salvadora e aperfeiçoadora do humano. Trans-avaliar todos os valores da moral com que a educamos, até então. Atribuir à infância a condição que ela sempre mereceu: a de ser uma produção histórico-cultural, datada e localizada, imanente à superfície social, derivada da nostalgia de um Pai-Morto, animada pelo desejo de infinitude.

Educar a infância seria, assim, nos relacionar com os infantis de modo não-ilusório, mesmo sabendo que não há correspondência, analogia nem equivalência, mas, apenas figurações do recalque de nossa própria infância ilusória. Seria renegar o discurso pedagógico totalitário, seja à moda Schreber, à moda Freire, à moda Piaget, ou mesmo, à moda Freud-Pedagogo, que só inibe o pensamento e nos faz repetir, ecolalicamente, as suas crenças-de-infância. Seria nos descolar de todas as identificações com os infantis-ilusórios, deixar de demandar que sejam a nossa superpotência imaginária, deixar de nos atrapar nesse gozo, que os deixa, e a nós próprios, sem possibilidade de outridades criadoras.

Re-educar para essa realidade é, também, reconhecer que a infância-ilusão existe e funciona, porém, lembrando Lacan, dizer que nela não acreditamos mais. Desobturar a dimensão ética de nosso ato educativo, por interpelar o desejo que o vivifica. Por meio da des-ilusão da infância, levar a nossa experiência de educadores a liberar, definitivamente, os céus apenas para os pardais e os anjos (Heine apud Freud,1927).

 

Novos saberes

Essa re-educação e artistagem vão nos levar, certamente, à incerteza subjetiva e à não satisfação de nossa vontade de saber sobre uma infância, agora, desconhecida. A diagnosticar os saberes ilusórios da infância, em seus impasses, limites e aporias. Saberes que, se não são ultrapassados, vêm perdendo a sua fecundidade e potência explicativas, por não conseguirem mais interpretar as novas formas de ser infantil hoje.

Os novos saberes adultos sobre a infância des-iludida só poderão ser produzidos por uma contra-linguagem, por uma linguagem de transgressão e de ruptura, em relação àquela ilusória, que descreveu, à exaustão, a infância-ilusão. Uma linguagem, a um só tempo, falante e silenciosa, resposta que interroga e questão que responde. Até que surja, das práticas humanas, uma outra linguagem que fale das novas ilusões criadas por ela, para que a sua tarefa atual esteja concluída.

 

Vida longa...

Feito isso, talvez, possamos continuar educando a infância, de modo a transformar a nossa miséria neurótica de educadores em apenas uma infelicidade banal. De modo mais alegre e leve: não residente na angústia ou na tristeza; nem resultado de compensação, queixa, ressentimento; tampouco, solução moral para a dor e a nostalgia de infinito.

Aí, ao invés de escolas, poderíamos propor, aos novos Governos eleitos, que criassem milhares de lugares para se viver e educar-artistando, gostaria Maud Mannoni (1978). Lugares, onde não existissem mais crianças nem educadores ideais, cópias degradadas nem simulacros-infantis, muito menos, Modelos-Adultos. Mas, onde vivessem e se educassem múltiplos outros-vindo-a-ser artistas.

Porém, se tudo isso fracassar, como é de se esperar, teremos então de repetir com Freud (1927) o que disse sobre a sua proposta de uma educação não-religiosa: "Se a tentativa fracassar, [estaremos] dispostos a renunciar a toda reforma e aceitar o juízo, puramente descritivo, de que o [humano] é um ser de inteligência débil, governado por seus desejos instintivos".

E é nada além disso que continuaremos sendo. Aliás, mesmo porque, para nós, humanos, nenhuma das des-ilusões já tentadas e vividas teve vida longa. Nenhuma tem um futuro garantido...

 

Referências bibliográficas

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