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On-line ISBN 978-85-60944-06-4
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An. 5 Col. LEPSI IP/FE-USP 2004
Reich, prevenção e educação infantil
Reich, prevention, and childhood education
Paulo Albertini
Professor do Instituto de Psicologia da USP e integrante da mesa 1, "A infância, a Escola e os Adultos", no V Colóquio do LEPSI
RESUMO
Este estudo investiga as idéias do psicanalista dissidente Wilhelm Reich associadas ao tema da prevenção da neurose por meio da educação infantil. Ao contrário de Freud, que depois de algum aceno inicial não mais apostou no potencial preventivo da educação, Reich, ao longo de sua obra, nunca deixou de trilhar por esse caminho. Duas orientações centrais do projeto preventivo desse autor foram abordadas: a) a concepção de neurose como uma doença de massa produzida por determinado contexto sócio-cultural; b) o foco no domínio sexual da educação infantil.
Palavras-chave: Wilhelm Reich, educação infantil, sexualidade, psicanálise.
SUMMARY
This study aims at investigating the ideas of dissident psychoanalyst Wilhelm Reich associated to the theme of preventing neurosis through childhood education. Contrary to Freud, who after some initial disposition at it no longer credited the preventive potential of education, Reich, throughout his work, never ceased treading the paths of this investigation. Two main orientations of this author's preventive project have been dealt with: a) the conception of neurosis as a mass disease produced by a determinate sociocultural context; b) the focus in the sexual domain of childhood education.
Keywords: Wilhelm Reich, childhood education, sexuality, psychoanalysis.
O austríaco Wilhelm Reich (1987-1957) foi um homem de múltiplos interesses científicos e com uma intensa participação no panorama político-cultural da primeira metade do século passado. Cinco anos antes da sua morte, em1952, ele concedeu uma longa entrevista a representantes dos Arquivos Sigmund Freud (Higgins & Raphael, 1979) focalizando, principalmente, a sua relação com Freud e os anos em que esteve vinculado ao movimento psicanalítico (de 1920 até 1934). Num determinado ponto do encontro, o entrevistador formulou a seguinte questão: "Dr. Reich. Gostaria de interrogá-lo acerca do movimento de higiene mental1 no qual desempenhou um papel importante. Penso mesmo que lhe deu origem." (p.79). Em resposta, Reich afirmou:
Não, não dei origem à idéia do movimento de higiene mental ou ao fato dos movimentos de higiene mental. A única coisa que eu de fato introduzi foi o problema da prevenção das neuroses de massas. Há muito tempo que havia um movimento de higiene mental, mas o reconhecimento das neuroses como um problema social, neuroses de massas, foi o que introduzi no movimento de higiene mental... (p.79).
A fim de buscarmos os primórdios da idéia de prevenção na trajetória deste autor se faz necessário retroceder no tempo até por volta de 1920. Segundo o relato de Reich (1942/1978), em 1918, no congresso psicanalítico de Budapeste, Freud apontou para a necessidade de fundar clínicas destinadas a atender pessoas que não podiam pagar um tratamento psicanalítico convencional e indicou que, nestas clínicas, a psicanálise deveria ser mesclada com a terapia por sugestão. Em 1920, sob a direção de Karl Abraham, uma clínica nesses moldes foi criada em Berlim. No ano de 1922 uma outra foi fundada em Viena, nesta Reich trabalhou por oito anos: "... desde o dia da sua abertura ...[até];no fim, como diretor eleito." (p. 72). Vejamos a comovente descrição do cotidiano na Clínica Psicanalítica de Viena:
Os horários de consulta viviam apinhados de gente. Havia industriários2, funcionários de escritórios estudantes e trabalhadores rurais. A afluência era tão grande que nós não dávamos conta, sobretudo depois que a clínica se tornou conhecida entre o povo. Cada psicanalista concordou em oferecer gratuitamente uma sessão diária. Mas não foi o suficiente. Precisávamos destacar os casos mais passíveis de análise. Isso nos obrigou a procurar descobrir os meios de avaliar as possibilidades de tratamento. Mais tarde, convenci os analistas a dar uma contribuição mensal... Uma coisa se tornou logo clara: a psicanálise não é uma terapia para aplicação em massa. A idéia de prevenir neuroses não existia – e ninguém sabia o que dizer a respeito. [Itálicos do autor] (Reich, 1942/1978, p. 72-73).
Para o jovem psicanalista com profunda preocupação social3, a experiência nessa clínica psicanalítica popular, além de revelar os limites do atendimento individual convencional, trouxe o tema da prevenção da neurose. Enquanto esse trabalho prático era desenvolvido, Reich, no plano teórico, foi se afinando com uma série de conceitos freudianos relacionados com o chamado ponto de vista econômico - como as noções de estase da libido e neurose atual -, além de certa perspectiva crítica do artigo Moral sexual ‘civilizada’ e doença nervosa moderna (Freud, 1908/1976),4 que questionava a moral sexual vigente. Cabe também registrar que Reich adota uma tese básica deste texto, aquela que supõe que o comportamento sexual seria o protótipo das demais reações perante a vida.
Esse caminho presente em escritos mais iniciais da bibliografia freudiana, em Reich acaba por desembocar numa análise crítica da estrutura social e, mais particularmente, das instituições responsáveis pela formação sexual do homem – a família, a escola, as entidades religiosas.... Segundo essa orientação, as dificuldades neuróticas eram produzidas socialmente e seriam, em boa parte, evitadas a partir de transformações sócio-culturais que implicassem em modificações no campo da sexualidade. Assim, por exemplo, no livro Psicologia de massa do fascismo (Reich, 1933/1974)5 a repressão sexual é vista como uma espécie de matriz que prepara o indivíduo para a aceitação das demais repressões. Em termos mais específicos, a inibição sexual tenderia a gerar pessoas impotentes para com a vida e, com conseqüência, potencialmente aderentes a ideologias autoritárias; como a nazi-fascista, que, sob o manto da moralidade, aliava proteção e satisfação de impulsos sexuais e destrutivos.
Com essa compreensão, a chamada revolução sexual proposta por Reich teria efeitos que ultrapassariam, em muito, a esfera da luta pelo direito ao amor sexual, ela se insere num amplo projeto de transformação das estruturas sociais e humanas.
Além do trabalho na Clínica Psicanalítica de Viena, caracterizado pela possibilidade da população mais pobre de Viena ter acesso a alguma forma de atendimento psicanalítico, Reich, agora já buscando uma maior intervenção social, fundou em 1928, ainda em Viena, a Associação Socialista para Consulta e Investigação Sexual. Com a participação de psicanalistas, como Annie Angel, Edmund Bergler e Annie Reich6, oito médicos e um advogado7, essa Associação contou com, espalhados por bairros de Viena, seis centros de aconselhamento. No livro People in Trouble (Reich, 1953/1976), assim o autor recorda o início dos trabalhos:
Espalhamos a notícia de que sexólogos especialistas tinham formado uma organização para fornecer, em vários bairros de Viena, conselhos gratuitos sobre problemas sexuais, educação de crianças e higiene mental em geral...A sociedade assumiu a posição de que a miséria sexual era causada, essencialmente, pelas condições enraizadas na ordem social burguesa e de que ela não poderia ser removida inteiramente, mas que podia ao menos ser aliviada com a ajuda às pessoas. (p. 107-108).
Segundo Reich (1953/1976), logo os centros se tornaram superlotados e as principais atividades neles desenvolvidas eram o aconselhamento individual, as palestras sobre sexualidade de acordo com os princípios da economia-sexual8 e o fornecimento de informações sobre métodos contraceptivos. Boa parte da procura era feita por mulheres com gravidez indesejada, nestes casos a orientação era a de privilegiar o estado emocional da mulher e, muitas vezes, ocorria o encaminhamento para médicos que, sem autorização legal, faziam o aborto. Sobre a visão política desta Associação, deve-se pontuar que Reich, desde de 1927, era membro do Partido Comunista Austríaco e em 1929 publicou o livro Materialismo Dialético e Psicanálise (1929/1977).
Em 1930, basicamente buscando uma maior inserção no movimento social, Reich mudou-se para a Alemanha9, mais especificamente para Berlim, e filiou-se no Partido Comunista Alemão. No ano seguinte fundou a Associação Alemã para uma Política Sexual Proletária, a Sexpol, organização ligada ao Partido Comunista. Assim ele se referiu à amplitude do movimento em Berlim:
Quando fui para Berlim, discursei em reuniões de massa perto de – não sei – quatro ou cinco vezes por semana. Tive reuniões com duas e três mil pessoas. Havia reuniões que padres católicos tinham que responder a perguntas sobre problemas de higiene mental, etc. Era extraordinário. Não havia movimento organizado em Viena, mas em Berlim havia cerca de cinqüenta mil pessoas no primeiro ano. (Higgins & Raphael, 1979, p. 82-83).
Numa apreciação global, pode-se dizer que a Sexpol deu continuidade ao trabalho desenvolvido em Viena pela a Associação Socialista para Consulta e Investigação Sexual, mas, também, transformou significativamente o seu rumo. Ao invés de clínicas de aconselhamento e informação sexual, agora a proposta era a de politizar a questão sexual e vincula-la, profundamente, à revolução comunista. No livro O Combate Sexual da Juventude (Reich, 1932/ 1978), espécie de texto norteador da Sexpol, a título de ilustração, vários exemplos da articulação entre a luta contra o capitalismo e as modificações almejadas no domínio sexual da cultura poderiam ser citados. Fiquemos com o seguinte:
As condições fundamentais de uma auto regularização da vida sexual poderão dar-se no capitalismo? Não, porque a educação sexual capitalista destrói sistematicamente a capacidade de satisfação sexual, e o processo de trabalho capitalista, de exploração desenfreada e de cadências infernais, destrói as forças corporais. (p.93).
Após essa breve jornada pelo campo dos principais trabalhos de intervenção social reichianos, passemos, a seguir, a focalizar um domínio particularmente privilegiado do projeto preventivo desse autor: a educação infantil.
A PREVENÇÃO POR MEIO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Sobre os escritos reichianos endereçados à área da educação infantil, de início, alguns pontos balizadores necessitam ser mencionados: a) Reich fala da educação no sentido amplo, como criação, e não especificamente da educação formal, escolar; b) a sua orientação está vinculada com a esfera da saúde e não com o domínio afeito aos pedagogos, o que ele não era; c) a preocupação com a educação da criança é constante e crescente na obra reichiana.
Fruto do trabalho na Clinica Psicanalítica de Viena, Reich publicou, em 1925, o livro The Impulsive Character: A Psychoanalytic Study of Ego Pathology (1925/1975). Neste estudo há todo um tópico abordando aspectos da educação parental que, possivelmente, favoreceriam o desenvolvimento do caráter impulsivo. A partir de casos de impulsividade por ele investigados supõe que determinada incoerência no processo educativo - ausência de frustração pulsional numa fase precoce, seguida por extrema frustração posterior - tenderia a contribuir para a construção da maneira impulsiva de se colocar no mundo. Algo ainda incipiente no que diz respeito à idéia de prevenção, porém a forma da educação exercida aparece como uma variável importante do campo da psicopatologia.
No ano seguinte, Reich tornou público o seu primeiro artigo inteiramente dedicado à educação infantil, Os pais como educadores: a compulsão a educar e suas causas (1926/1975). Numa apreciação global, pode-se dizer que neste trabalho o autor alerta para possíveis erros cometidos pelos pais na educação da criança – interferir demais e, freqüentemente, por motivos alheios às necessidades do processo educativo. Se os pais, dado suas dinâmicas inconscientes, muitas vezes, não se constituem em bons educadores, só resta apostar mais no potencial auto-regulador da criança, é assim que Reich conclui o estudo; na verdade uma crítica ao exagero educativo do período.
Neste artigo também merece destaque a delicada articulação que o autor procurar costurar entre suas emergentes formulações e o referencial freudiano. Assim, por exemplo, ao mesmo tempo em que trabalha com as idéias freudianas da pulsão de morte, do conflito inevitável e da impossibilidade de prevenção da neurose, Reich encaminha o texto de forma a supor que, como já assinalado, vale a pena investir no potencial auto-criador da criança.10 Assim, pode-se considerar que este artigo ainda não abraça plenamente a proposta preventiva por meio da educação infantil, mas, da mesma forma que o tópico sobre educação do livro The Impulsive Character, deixa pistas no sentido deste rumo.
Antes de seguirmos com a exposição das elaborações reichianas associadas à educação da criança, vale a pena mapear a relação do pensamento deste autor com a sua matriz freudiana, agora, particularmente, no que diz respeito às proposições para a educação. De maneira geral, assim como para a teoria como um todo, a abordagem reichiana possui afinidades com trabalhos mais iniciais do seu mestre. Nestes, Freud chegou a namorar com a idéia de que uma educação infantil psicanaliticamente orientada poderia desempenhar algum papel psicoprofilático - estamos nos referido aos escritos Introdução a The Psycho-Analytic Method, dePfister (1913/1976a) e O interesse científico da Psicanálise (1913/1976b). Já no artigo Prefácio a Juventude desorientada, de Aichhorn (1925/1976) e na Conferência XXXIV, Explicações, Aplicações e Orientações (1933/1976), o caminho anteriormente esboçado é completamente abandonado.11
Segundo a nossa interpretação, Reich, a partir de 1927, afastando-se cada vez mais da orientação freudiana do período e adotando a noção de auto-regulação12 como eixo central, vai assumir claramente a perspectiva preventiva e entender a educação infantil como um fórum privilegiado deste projeto. Deve-se ainda dizer que, de forma coerente com toda a elaboração teórica em curso, o foco da análise reichiana vai se voltar, em especial, para o domínio sexual da educação.
Um escrito paradigmático desta postura é Sobre o onanismo (Reich, 1929/1980). Neste material é possível encontrar orientações preventivas a respeito de como o educador deve proceder ao se deparar com a masturbação infantil. Vejamos, a título de ilustração, um exemplo: "Que fazer quando um menino de dois anos brinca com seu membro?... Deixe que o menino se masturbe tranqüilamente... Proibir o onanismo poderia unicamente lançar as bases para sucessivos transtornos sexuais..." (p. 37).
A partir de meados da década de 1940 o investimento na criança vai assumir progressivamente um espaço maior no projeto psicoprofiático reichiano. Sobre essa ampliação, na entrevista citada, Reich foi enfático:
...quero que compreenda que a terapia individual não vale a pena. Não vale a pena. Ah, sim, para fazer dinheiro e ajudar aqui e ali, vale a pena. Mas do ponto de vista do problema social, do problema da higiene mental, não vale a pena...Só as crianças valem a pena. É necessário recuar até o protoplasma não afetado. [Itálicos do autor] (Higgins & Raphael, 1979, p. 55).
Nessa etapa do pensamento reichiano os escritos vão enfatizar a importância do bom estado emocional do educador infantil e as medidas psicoprofiláticas passam a envolver ações cada vez mais precoces - desde a preparação da gestante, parto e primeiros cuidados13. Em linhas gerais a proposta almeja tentar evitar o processo de encouraçamento14 da criança.
OBSERVAÇÕES FINAIS
Este estudo procurou mostrar o massivo investimento reichiano na possibilidade de prevenção da neurose por meio da educação infantil. Ao contrário de Freud, que depois de algum aceno inicial não mais trilhou por esse caminho, Reich foi progressivamente ampliando sua atuação. Duas teses básicas fundamentaram o projeto reichiano: a) a neurose concebida como uma doença de massa produzida por determinado contexto social e que, além de tratada, poderia ser prevenida; b) o trabalho de prevenção desta enfermidade deveria privilegiar a maneira como a cultura lidava com o tema da sexualidade.
No que diz respeito especificamente à educação infantil, deve-se pontuar que a ótica reichiana sempre atrelou o domínio da educação ao da saúde. Assim, não se trata de uma produção que tenha identidade própria ou autonomia, na verdade Reich escreveu e se envolveu, de forma constante e crescente, com a educação visando alimentar o seu projeto preventivo. É por isso que, desde os seus escritos mais iniciais, há uma preocupação em diagnosticar maneiras potencialmente patogênicas de se educar crianças - incoerentes, autoritárias, com uma visão negativa da exuberante sexualidade infantil...
Com o intuito de tentar alterar as condições sócio-culturais, em última instância, geradoras da neurose, Reich, nos anos finais da década de 1920 e início dos anos 1930, se envolveu profundamente com a luta política, associando-se a partidos comunistas e lutando contra o nazi-fascismo. Já mais ao final da vida, longe da política partidária e não mais investindo no atendimento terapêutico individual, dedicou-se intensamente a projetos associados ao cuidado com a criança. Em testamento deixou a maior parte de seus bens para a Fundação Wilhelm Reich de Proteção à Infância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1 Sobre o movimento de higiene mental, consultar Boarini (2003).
2 Linguagem reichiana do período para se referir aos operários.
3 Numa anotação de diário do dia três de janeiro de 1921, Reich registrou "... tenho dois pacientes particulares enviados pelo próprio Freud! E virão mais; e depois? Escreverei comunicações e monografias, muito boas, sim, claro. E depois? Se a situação do trabalhador não fosse tão desoladora! Política, oh, política! (1990, p. 162-163).
4 Uma exposição mais completa das raízes do pensamento reichiano em Freud pode ser encontrada em Albertini (2003).
5 Texto de 1933, ano da ascensão de Hitler ao poder, que procura entender porque boa parte do proletariado alemão, contra os seus próprios interesses de classe, apoiou o partido nazi-fascista. Ver sobre o assunto Ramalho (2001) e Albertini e Watrin (2004).
6 Primeira mulher de Reich e com quem teve as filhas Eva e Lore.
7 Dados sobre esta Associação podem ser obtidos em Reich (!953/1976) e em Higgins & Raphael (1979). Deve-se registrar que há pequenas discordâncias entre as informações constantes nas duas fontes. Por exemplo, no que se refere ao número de advogados, dois em Higgins & Raphael (1979, p. 81) e um em Reich (!953/1976, p. 108).
8 Denominação que Reich progressivamente passa a empregar para se referir à sua abordagem teórica.
9 Sobre o conjunto de motivos que precipitaram essa mudança, ver Albertini (1994).
10 Uma análise mais completa de Os pais como educadores: a compulsão a educar e suas causas (Reich, 1926/1975) e de The Impulsive Character: A Psychoanalytic Study of Ego Pathology (1925/1975), pode ser encontrada em Albertini (1994).
11 Sobre os escritos freudianos para a educação, consultar Filloux (1999). A respeito da relação entre as idéias freudianas e reichianas endereçados à educação, ver Matthiesen (2003).
12 Uma exposição aprofundada sobre esse conceito pode ser encontrada em Bellini (1993).
13 Sobre essas medidas psicoprofiláticas, ver Reich (1950/1983).
14 O conceito de couraça em Reich supõe a presença de defesas crônicas, automatizadas.