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On-line ISBN 978-85-60944-06-4

An. 5 Col. LEPSI IP/FE-USP 2004

 

Contribuições da psicanálise na abordagem das falas sintomáticas de crianças

 

 

Viviane Orlandi Faria; Milena de Faria TrigoI

IPUC/SP

 

 

Conforme anuncia o título, este trabalho introduz uma argumentação a favor da presença da Psicanálise na abordagem de falas sintomáticas de crianças. Nesse sentido, ele está organizado em três partes. A primeira retrata a problemática do modo como sintomas na fala infantil são usualmente abordados na Fonoaudiologia. A segunda indica uma direção alternativa de entendimento desses quadros, em que estudos psicanalíticos certamente serão convocados. A terceira consiste numa reflexão sobre possíveis conseqüências, desta nova/outra direção, na Clínica de Linguagem, lugar em que as ações do fonoaudiólogo devem ser orientadas pela discussão teórica empreendida.

Contudo, antes de iniciarmos, um outro esclarecimento se faz necessário. Referimo-nos à abrangência da expressão "fala sintomática", já que sob ela estão desde crianças que não falam e nem "compreendem", até aquelas que, por exemplo, só não falam o fonema /r/ em grupo consonantal. Por conta dessa diversidade de acontecimentos em fala de crianças é que este trabalho irá eleger, para a discussão anunciada, os quadros sintomáticos chamados Distúrbios Articulatórios. A principio, apenas uma razão justificava sua eleição: o fato desse quadro constituir objeto de estudo das autoras desde 1995. No entanto, quando da elaboração deste texto, deparamo-nos com mais uma justificativa, ao nosso ver, mais pertinente à proposta deste Colóquio: "A Psicanálise, as instituições e a infância".

Gostaríamos de chamar a atenção para o parentesco que parece haver entre os Distúrbios Articulatórios e o que nos ocorre quando somos chamados a (re)produzir uma fala infantil. Não seria inesperado um adulto, ao imitar uma criança, omitir e/ou substituir alguns fonemas em sua linguagem. São acontecimentos desse tipo (substituições e/ou omissões de sons) que também caracterizam os Distúrbios Articulatórios – quadro sintomático que guarda semelhanças com a fala em aquisição, ou, dito de outro modo, que insiste em retratar/ (re)inscrever o infantil – lugar de assento das comunicações aqui apresentadas.

Mas, se um parentesco pôde aqui ser ressaltado, entre uma fala em aquisição de outra com Distúrbio Articulatório, imaginamos que uma questão deva ter sido por ele suscitada: qual é, então, a diferença? O que diferencia um "erro", característica de um processo em andamento, de um "sintoma", sinal de que algo vai mal nesse processo? É exatamente essa questão, de máxima importância a um clínico de linguagem, que não tem conseguido emergir das abordagens teóricas e práticas de fonoaudiólogos e lingüistas no estudo dessas alterações de linguagem. É por essa razão que insistimos na necessidade de mudança de rumo – iluminado por aquele (rumo) tomado pela Psicanálise.

 

1. O problema: o desencontro entre a Fonoaudiologia e a fala sintomática

Como conta Figueiredo Neto (1989), foi em 1937, no Congresso de Língua Nacional Cantada (CLNC), que educadores, mobilizados por motivações ideológicas (pelo Nacionalismo), apresentaram os primeiros trabalhos sobre diferenças dialetais e também sobre desvios na fala de crianças. Podemos dizer, nesse sentido, que foram os quadros de Dislalia, como eram então chamados os Distúrbios Articulatórios, que inauguraram a prática fonoaudiológica no Brasil. Também não seria insensato assinalarmos a importância que os mesmos tiveram na constituição da área e na figura do fonoaudiólogo como clínico. Contudo, o emergente "processo de correção", suposto acontecer nas escolas e em atividades suaves/recreativas, logo foi substituído pela clínica e, principalmente, pela idéia de "supressão/ eliminação" por métodos bastante diferentes.

Como bem ressaltou Faria (2003), a passagem do fonoaudiólogo – da escola para a clínica – sinalizou a edificação de um novo perfil de profissional, daquele que se queria clínico. "Desvios na fala" e "clínica" passam a compor um par decisivo na história de nascimento da área. Desse par vimos apontar múltiplas direções da Fonoaudiologia a áreas ditas afins, ou seja, vimos dilatar a interdisciplinaridade que viria a caracterizar/compor o novo campo. Fonética, Medicina e Psicologia são, então, convocadas para a configuração da clínica fonoaudiológica. Note-se que a novidade, em relação às outras clínicas, recaiu na presença da Fonética. Afinal, o problema é na fala!

Entretanto, seu modo de presença (da Fonética) não deixou de ser problemático: dele resultou apenas um manual de produção dos sons da língua a ser utilizado como referência na avaliação e no tratamento dos desvios na fala. O problema que aí vemos está na atitude do fonoaudiólogo frente a esse campo, uma vez que a aplicação de instrumentais descritivos da Lingüística deixa ver a falta de compromisso da Fonoaudiologia com aquilo que lhe concerne, ou melhor, com o que lhe deu origem: desvios na fala. Dito de outro modo, o fonoaudiólogo, neste gesto utilitário, não percebe que apaga a natureza particular de um sintoma na fala ao submetê-lo a instrumentos forjados para a linguagem dita normal. Como já ressaltamos, se há parentesco deve haver diferenças.

Fato é que, assim, a Fonoaudiologia não enfrenta o mistério do porquê um sujeito produz uma fala problemática, já que a tentativa de apreensão positiva do que ocorre nesta fala é insistentemente recoberta por um manual. Pode-se dizer que, no final das contas, o saber da Fonética, ao invés de fazer pensar, é adestrado por um ideal de clínica: aquele característico da Medicina e da Psicologia – pautado no raciocínio causal. Ao nosso ver, é essa dificuldade de nascimento, ou seja, de tecer diferenças, apesar de semelhanças, entre falas ("normais" e sintomáticas) e clínicas (Médica, Psicológica e Fonoaudiológica) que responde pelas confusões que podem ser assistidas na Fonoaudiologia: a isomorfia entre clínica e prática corretiva, a suposição de que a linguagem pode ser ensinada, a redução do sujeito/paciente a organismo, entre tantas outras.

Enquanto a linguagem ocupar, na Fonoaudiologia, a posição de "objeto", conseqüência obrigatória é admitir sua separação e autonomia em relação ao sujeito – a quem se deve, logicamente, atribuir capacidades próprias à espécie que propiciem a suposta internalização da linguagem. Ora, falar em "capacidades" é invocar, irremediavelmente, propriedades do organismo que sustentem a relação do indivíduo frente ao que deverá advir como conhecimento. Nesse enquadre clínico, diz Lier-De Vitto (2003):

"A ‘linguagem’ fica sempre na periferia do corpo e, acima de tudo, das teorizações. Resta a ela como exterioridade, ser aprendida, transformar-se em conhecimento: a perder seu corpo porque perdido fica o corpo falado, que fala" (op.cit.: 237).

Seguir outra direção, a que retira a linguagem da categoria de objeto para atribuir-lhe função na estruturação subjetiva, exige escapar da insistente epistemologia dualista e entender, a partir da Psicanálise, que linguagem e sujeito se corrompem mutuamente. Acreditamos que é nesta nova rota – guiada por estudos psicanalíticos – que podemos vislumbrar a constituição de uma clínica verdadeiramente de linguagem. Mas, antes de prosseguirmos, uma ressalva: como bem alerta Lajounquière (1999), a Psicanálise, numa relação intercampos, "não se faz presente em positivo (...) senão em negativo" (op.cit.: 134). Ou seja, ela deve importar não como uma técnica e sim como efeito de "subversão de um saber e de uma prática" (Mannoni, 1973, apud Lajounquière, 1999: 129).

 

2. Fonoaudiologia e Psicanálise: encontro promissor

Acompanhando Manoel de Barros, "o poeta é um ser extraído das palavras", mas o poeta é homem e, nos ensina a Psicanálise, que todo sujeito é extraído da linguagem. Note-se que nessa perspectiva a linguagem é retirada da condição de objeto: a ela é atribuída força determinante do sujeito. Dito de outro modo, não é o sujeito que "percebe", "analisa" e "interioriza" a linguagem – é ela que o inscreve na ordem do humano. O falante, por isso, não pode controlar aquilo que o determina. É também na clínica das falas sintomáticas que essa premissa ganha mais força. Nesta, como diz Lier-De Vitto (a sair), assite-se:

"ao desconhecimento sobre o porquê uma fala acontece assim, sintomaticamente desarranjada, e à impossibilidade mesma, para o sujeito, de fazê-la ser outra. (...) o sujeito é ou pode ser afetado por sua fala, mas recursos cognitivos não podem ser mobilizados para mudá-la, reformulá-la na direção desejada. Quero indicar, com isso, a necessária implicação da hipótese do inconsciente, introduzida por Freud" (a sair) (grifos nossos).

Nessa direção indicada por Lier-De Vitto, coordenadora do Projeto Integrado Aquisição e Patologia da Linguagem, no qual este trabalho se inscreve, importa chamar a atenção para o fato de que desde Freud, na Psicanálise, refletir sobre a causalidade implica questionar a suposição de uma causa psíquica única. O raciocínio médico/etiológico, tão vigente em outras clínicas, é, nesta área, recuado. Vale lembrar que foi exatamente o reconhecimento da dificuldade/impossibilidade da determinação da origem da histeria que fez emergir a figura do psicanalista e de um outro campo de saber – a Psicanálise. Cabe ainda sinalizar que foi o deslocamento, ou melhor, a "pulverização" da etiologia que deu lugar a um novo olhar para o sintoma.

Se na clínica médica há de se ter uma, e somente uma, causa para um quadro sintomático (sem o que não é possível gerir o tratamento), na clínica psicanalítica este raciocínio é impossível. Nesta, não há uma causa sobre a qual se possa agir para eliminar o sintoma: há um feixe associativo, articulado a um núcleo de representações inconscientes cifradas, que se oferece à interpretação do psicanalista. Por isso, o "tratamento" não pode assentar-se na busca etiológica, como faz o médico. Tal diferença na abordagem da causalidade pela Psicanálise leva à configuração de outra clínica, ancorada na fala e na escuta, não na observação/exame do corpo orgânico.

De fato, a formulação do inconsciente decorre da clivagem entre organismo e sujeito1, o que, conseqüentemente, produz uma clivagem no saber sobre doenças mentais e sobre a clínica. Trata-se de uma mudança de posição de Freud frente ao sujeito: a um sujeito não mais coincidente ou redutível à esfera orgânica. Desse modo, como bem assinalou o psicanalista Osvaldo De Vitto, Freud desvincula "neurose" de "neurônio"2, toma distancia da Neurologia. Essa distância também é indicada pelos sintomas que convocam a Clínica de Linguagem – eles excedem o orgânico, ou seja, "expõem o falante em sua falha" (Lier- De Vitto, 2003:238).

Nesta, corpo e linguagem aparecem irremediavelmente entrelaçados. Nas diversas manifestações sintomáticas na fala (Distúrbios Articulatórios, Retardos de Linguagem, Afasias etc) assiste-se a um modo singular desse enlaçamento que, como diz Lier-De Vitto (2003) "desafia o ideal de sujeito entendido como epistêmico: desafia o dualismo corpo-mente" (op.cit.:238). Em cena está um sujeito/paciente que não pode lançar mão de recursos cognitivos para promover mudanças em sua fala. Ora, é exatamente a impossibilidade do falante modificar sua linguagem fora da clínica que funda (e sustenta) a Clínica de Linguagem. Estranho é, portanto, o gesto do fonoaudiólogo em instrumentalizar-se com vistas a ensinar ou corrigir a fala!

Acreditamos que é a posição ocupada pelo fonoaudiólogo na clínica – complementar a do médico – que o impede de enfrentar a indagação sobre o sujeito convocado pela fala sintomática. Em outras palavras, o impede de implicar a necessária hipótese do inconsciente. Entretanto, se o analista não pode esquecer que o corpo não é apenas matéria, poderia o clínico de linguagem esquecer-se, como diz Lier-De Vitto (2003) do corpo da linguagem que faz corpo com o corpo do sujeito? E ainda: como, a partir disso, enfrentar a natureza particular de um sintoma na fala?

 

3. Clínica de Linguagem: conseqüências da aproximação à Psicanálise – a subversão na relação sujeito e objeto

Tocando brevemente essa questão, diríamos, sobre as entrevistas iniciais, que o delineamento da figura (e da função) do clínico de linguagem está intimamente relacionado a uma discussão sobre sua posição – posição frente ao falante e/em sua fala – e não sobre possíveis fatores etiológicos, como tem sido o caso. Nesse sentido, a analogia empreendida por Freud (vol XII) entre o jogo de xadrez e o manejo do clínico na entrevista pode ajudar essa reflexão. O autor nos diz que saber jogar xadrez é saber marcar posições frente às jogadas do outro (mais do que conhecer as regras do xadrez). Em outras palavras, o modo de condução de uma entrevista decorre "do que se escuta", ou melhor, do efeito de um corpo-teórico (que precisa a noção de "escuta") no corpo-do-clínico – na sua escuta (Lier-De Vitto, 2004).

Queremos dizer que a maneira de proceder é efeito de identificação a um corpo teórico particular. Sem dúvida, o manejo da situação clínica é tributário do compromisso assumido ou, ao menos, da relação que se estabelece com uma discursividade. Pode-se, a partir dessa pontuação, entender porque a direção clínica, que sustenta a importância da busca etiológica, está intimamente relacionada ao raciocínio teórico-clínico que caracteriza a clínica médica. Do mesmo modo, quando se dá importância à imprevisibilidade do acontecimento clínico, produz-se um deslocamento do saber universalizante já instituído. O clínico admite que há falta na teoria e, portanto, que tomar posição frente à "jogada do outro jogador" exige reconhecer que o conhecimento prévio não pode abranger (prever) o inédito de cada caso. Essa é, sem dúvida, uma mudança de posição clínica3.

Se, mudanças ocorrem na posição do clínico de linguagem nas entrevistas, mudança também acontecerá frente à fala do paciente na instância de avaliação da linguagem. O que nos interessa tocar mais de perto aqui remete ao problema da aplicação, à questão de se projetar sobre a fala do paciente, um aparato descritivo ou baterias de testes, ou ainda um manual, como mencionado anteriormente. Trigo (2003), num exercício de análise de dois instrumentos descritivos clássicos, freqüentemente utilizados na clínica fonoaudiológica, ressalta que ambos ignoram a relação imbricada entre os níveis ou componentes lingüísticos, constitutivos de todo e qualquer enunciado e que, por isso, encobrem/reduzem a densidade da fala.

Em outra direção, nossa premissa é a de que toda manifestação na linguagem implica o funcionamento lingüístico-discursivo. Trata-se de uma lente de leitura do material, fornecida por Jakobson, com Saussure, e introduzida por De Lemos no estudo da Aquisição da Linguagem. São essas filiações teóricas que têm favorecido uma outra interpretação das falas sintomáticas. Há de se reconhecer o anúncio de uma posição bastante diferente do fonoaudiólogo na clínica – assentada, não só pelo reconhecimento de uma determinação outra (operações da língua na fala), como também pela singularidade/imprevisibilidade do acontecimento, efeito da não-coincidência do sujeito com a língua e com uma língua.

A questão é, portanto, menos do que "observar" a fala, trata-se de "escutá-la": "de escutar a língua na fala do sujeito e o drama do sujeito com sua fala", como indica Lier-De Vitto (comunicação pessoal). Se há deslocamento de posição, há também deslocamento do estatuto da fala e, certamente, o efeito dela sobre o clínico será de outra ordem. Note-se que, em nossa proposta, avaliar linguagem é diferente da insistente prática de descrição da fala e indicação de uma possível etiologia. Nela, o clínico deve ficar sob o efeito da fala do paciente, sob o efeito do modo como este se posiciona diante da fala do terapeuta e de sua própria fala. São esses efeitos de escuta, escuta tão bem amplificada por corpos teóricos, que deverão conduzir o clínico na avaliação e na formulação de um discurso conclusivo.

O que se deve esperar, portanto, é que, ao adotar uma outra modalidade de raciocínio clínico – esse que coloca o fala-ser no centro e que desloca a posição do clínico – mudanças substanciais ocorram também na terapia, mudanças que implicam a recusa de treinamento, de técnicas de repetições exaustivas do modelo (de sons isolados, em palavras ou em sentenças previamente selecionadas e escolhidas). É a fala "presente" do paciente que interroga e dá ensejo à interpretação do clínico e não um material previamente eleito, que a cala e recobre seu movimento "espontâneo".

Nesse outro trajeto, a condição para legitimar essa clínica enquanto de linguagem é, como assinala Araújo (2002), "discernir o que produz efeito terapêutico, ou seja, o que pode modificar a relação da criança com a própria fala e, assim, retirá-la de uma posição sintomática" (op.cit.: 92). Enfim, à singularidade dessa fala (sintomática), que autoriza a existência da clínica de linguagem, deve corresponder uma posição igualmente singular do fonoaudiólogo junto a ela – posição singular que, como bem indicou Araújo (2002), "não poderá coincidir com a do professor, com a da mãe, do psicólogo, ou com outra posição qualquer" (op.cit.: 118). Trata-se de assumirmos de vez e de fato um compromisso com a singularidade da fala do paciente e com a teoria, ou seja, de traçar diferenças mesmo numa aparente semelhança/equivalência.

 

Referências Bibliográficas:

ARAÚJO, S. M. M. (2002) O fonoaudiólogo frente à fala sintomática de crianças: uma posição terapêutica? Tese de Doutorado. FFLCH/USP: São Paulo.

BARROS, M. Entrevista concedida a André Luis de Barros. www.secrel.com.br/poesia/barros04-htlm/

FARIA, V. O. (1995) Por Entre os Distúrbios Articulatórios: Questões e Inquietações. Dissertação de Mestrado. Programa de Distúrbios da Comunicação, PUC/SP.

________ (2003) Distúrbio Articulatório: um pretexto para refletir sobre a disjunção teoria e prática na Clínica de Linguagem. Tese de Doutorado. LAEL – PUC/SP.

FIGUEIREDO NETO. L. H. (1988) O Início da Prática Fonoaudiológica na Cidade de São Paulo – seus determinantes históricos e sociais. Dissertação de Mestrado. Programa de Distúrbios da Comunicação, PUC/SP.

FREUD, S.(1893/95) Estudos sobre a histeria. In Obras Completas (1969), vol. II. Rio de Janeiro: Imago Editora.

________ (1913) Recomendações aos médicos que exercem a Psicanálise. In Obras Completas (1969), vol. XII. Rio de Janeiro: Imago Editora.

LAJOUNQUIÈRE, L. (1999) Infância e Ilusão (Psico)Pedagógica. Petrópolis: Editora Vozes.

LIER-DE VITO, F. (2003) Patologias da Linguagem: subversão posta em ato. In Nina Virginia de Araújo Leite (org.) Corpolinguagem: gestos e afetos. Campinas: Mercado de Letras.

________ (2004) Sobre a posição do investigador e a do clínico frente a falas sintomáticas. Letras de Hoje, v. 39, n. 3, p. 47-60. Porto Alegre: EDIPUCRS.

________ (a sair) Falas sintomáticas: fora de tempo, fora de lugar. Cadernos de Estudos Lingüísticos.Campinas: Editora da UNICAMP.

MONZANI, L. R. (1989) Freud - o movimento de um pensamento. Campinas: Editora da UNICAMP.

TRIGO, M. (2003) Distúrbios Articulatórios: da articulação de um sintoma à desarticulação de uma fala. Dissertação de Mestrado, LAEL: PUC/SP.

 

 

1 Como dissemos, foi uma mudança de posição de Freud frente às histéricas que originou a postulação do sujeito do inconsciente, ou seja, de um sujeito não coincidente ou redutível à esfera do orgânico. Freud pôde escutar as histéricas e posicionar-se frente ao saber da Medicina.
2 Pontuação feita pelo psicanalista Osvaldo De Vitto.
3 Esclarecemos que se trata de uma discussão que vem sendo encaminhada no Projeto Integrado Aquisição de Linguagem e Patologia de Linguagem (CNPq 522002/97-8), coordenado pela lingüista Dra Maria Francisca Lier-De Vitto.