6Aproximações sobre o tema da deficiência mental no contexto escolarDo plural ao singular author indexsubject indexsearch form
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On-line ISBN 978-85-60944-08-8

An 6 Col. LEPSI IP/FE-USP 2006

 

Marca do caso, transmissão e clínica de linguagem

 

 

Melissa Catrini

melcatrini@hotmail.com

 

 


RESUMO

Na Clínica de Linguagem, o processo terapêutico é inaugurado por entrevistas – momento em que a queixa do paciente é enunciada e que deverá ser transformada em demanda para o clínico que procura – passo simbólico, que o institui como clínico "daquele" caso. Segue-se às entrevistas, a avaliação de linguagem, em que o terapeuta deve produzir um dizer sobre a "fala daquele paciente" e sobre sua "condição singular" de falante. Do diagnóstico depende uma decisão sobre a direção "daquele" tratamento. As ênfases acima vêm para marcar a questão que permeará este trabalho: a singularidade, que está indicada na expressão "marca do caso". Trata-se de "marca", que embora seja um efeito incontornável, ultrapassa a possibilidade de observação e apreensão desse efeito naquele em que a marca se faz. Por outro lado, não só o clínico, mas também a teoria comporta, frente ao singular, falta de saber – um impedimento à previsão ou antecipação de um encontro e de um tratamento clínicos. Diante disso, podemos perguntar: é possível a transmissão da vivência singular de um atendimento? Singularidade e Clínica de Linguagem estão no cerne desta que pretende ser uma discussão inicial sobre o assunto no campo das Patologias da Linguagem. A questão deste trabalho envolve conceitos psicanalíticos (trai du cas é expressão de Lacan, 1968), e tem como solo a reflexão desenvolvida em minha dissertação de mestrado – "A Marca do Caso: Singularidade e Clínica de Linguagem" no LAEL/PUCSP . Além disso, possui como pano de fundo a teorização tecida por pesquisadores e clínicos do LAEL/DERDIC PUCSP orientados por Lier-DeVitto, que coordena o Grupo de Pesquisa Aquisição, patologias e clínica de linguagem (CNPq), do qual participo.

Palavras-chave: clínica de linguagem; singularidade; transmissão.


 

 

Na clínica de linguagem, o processo terapêutico é inaugurado por entrevistas – momento em que a queixa do paciente é enunciada e que deverá ser transformada em demanda para o clínico que procura – passo simbólico, que o institui como clínico daquele caso. Segue-se às entrevistas, a avaliação de linguagem, em que o terapeuta deve produzir um dizer sobre a fala daquele paciente e sobre sua condição singular de falante. Do diagnóstico depende uma decisão sobre a direção daquele tratamento.

As ênfases acima vêm para marcar a questão que permeará este trabalho: a singularidade, que está indicada na expressão "marca do caso"1. Trata-se de "marca", que embora seja um efeito incontornável, ultrapassa a possibilidade de observação e apreensão desse efeito naquele em que a marca se faz. Por outro lado, não só o clínico, mas também a teoria comporta, frente ao singular, falta de saber – um impedimento à previsão ou antecipação de um encontro e de um tratamento clínicos. Diante disso, podemos perguntar: é possível a transmissão da vivência singular de um atendimento?

Em 2003, dei início à continuidade de minha formação em Clínica de Linguagem, percurso iniciado ainda na graduação, quando fui estagiária do Setor de Patologia da Linguagem (DERDIC/PUC-SP)2. Participei de reuniões clínicas e de um ciclo de discussão num curso ministrado no Núcleo de Formação em Clínica de Linguagem (NFCL). Foi em uma delas que, ao fazer uma pontuação sobre "Entrevista", eu disse, a respeito de uma característica de um caso em discussão, que aquela era "a marca do caso", o que marcava aquele caso, o distinguia dos demais. Interessante é que no "só - depois" essa expressão começou ganhar contornos teórico-clínicos para mim. Mas, desde o primeiro momento em que ela foi utilizada, ela já trazia, de forma ingênua, a questão da posição do clínico frente a singularidade de um atendimento, já que a questão era a escuta e o manejo clínicos de uma situação de entrevista e sua seqüência do atendimento.

Um aprofundamento teórico sobre esta temática levou-me ao encontro da Psicanálise, espaço onde pude constatar que a "marca do caso" não fazia referência direta à singularidade do paciente, mas sim da singularidade enquanto um efeito transferencial especial – o qual envolvia a figura do analista. Até onde pude ter notícia, Dumézil (1989/92) e seus colaboradores foram os primeiros e únicos autores a focalizar tal expressão como questão teórico-clínica. Resumidamente, neste livro tecem-se discussões sobre seminários clínicos e os autores dos artigos procuram movimentar a expressão "a marca do caso", de Lacan (1968).

Digamos que há dois modos ou dois sentidos envolvidos na questão da singularidade: (1) um deles nos coloca frente à tomada de decisões clínicas (diagnósticas ou de direção de tratamento); (2) outro sentido é aquele que diz de uma marca no clínico, mas o ultrapassa – "trata-se de um singular inefável, mas que nem por isso é neutro ou inócuo: pelo contrário, deixa traço, faz marca de uma falta (um real) no clínico e no corpo da teoria. Pela razão de não poder se imaginarizada, nem ser simbolizada pela trama teórica, essa afetação insiste e produz movimento: um relato, uma discussão, uma escrita... que não a revela. Assim há transmissão de algo que sempre falta" (Lier-DeVitto, comunicação pessoal)3. Note-se que, mais uma vez, a Psicanálise implica o psicanalista na questão da singularidade.

Dumézil relaciona a discussão de relatos de casos em seminários clínicos com o problema da transmissão da Psicanálise. Quem faz clínica sabe que a prática não é decorrência direta de um puro saber teórico – transmissão envolve transmissão da clínica: seja aquela que advém da experiência como analisante, seja como supervisionado, seja como participante de seminários clínicos4. Se clínica envolve transmissão de experiência, nem todo tipo de experiência, porém, é suficiente ou mesmo desejável. Segundo o autor, sem um dispositivo teórico rigoroso, seminários clínicos não oferecem fundamento para uma formação elaborada: analistas tendem a aderir aos "exemplos clínicos" uns dos outros e a supor que eles sejam transferíveis para sua clínica. Os participantes, observa ele, "tende[m] a preencher plenamente a falta de cada um" e a proceder de forma diferente do que diz Lacan: "o analista existe em virtude de uma falta" (apud Dumézil, p.16).

No campo da Fonoaudiologia, essas modalidades de transmissão, com freqüência, não ultrapassam o período de formação acadêmica – a Supervisão Clínica (ou título semelhante) existe como disciplina nos cursos de Fonoaudiologia. Depois desse tempo, supervisões podem acontecer (mas não são práticas regulares). Talvez porque entenda-se que um fonoaudiólogo é "um profissional" (Clavreul, 1983), que é, então, portador de uma técnica estável e aplicável de modo uniforme em sua clínica. Nesse caso, o imaginário é o de que não há falta na técnica e nem no saber do terapeuta. Essa é uma hipótese, a meu ver, não desprezível, tendo-se em vista os laços que o campo manteve (e em grande medida, mantém) com a modalidade de atendimento e com o raciocínio clínico da Medicina.

Viviane Faria (2003) insiste sobre esse ponto ao mostrar que, mesmo que explicitamente fonoaudiólogos declarem afastamento do discurso organicista, o apelo, por exemplo, à etiologia, faz irromper um modo de abordar a clínica que não encobre o ideal médico de clinicar. De fato, um profissional é "um funcionário" da teoria – ele funciona sob comando como se não houvesse falta... exerce o saber que aprendeu como se ele fosse completo, todo. Entende-se porque novidades teóricas e técnicas são assumidas como progressos, como "mais saber" que supera um saber anterior – só nessas circunstâncias o saber apareceria como faltoso. Esse é o destino do clínico profissional: esperar que o saber se produza para que possa aplicá-lo adequadamente.

Na Clínica de Linguagem, conforme praticada e pensada no Projeto e no Grupo de Pesquisa Aquisição, patologias e clínica de linguagem (coordenado pela Profa. Dra. Maria Francisca Lier-DeVitto), o terapeuta não é "um profissional" – pretende-se que ele possa sofrer o efeito de falta de saber (sobre o paciente e da teoria). Como assinalou Arantes (2001): na clínica sob a forma de "fala sintomática" e, esta, como uma falta empírica e teórica no Saber da Lingüística (Lier-DeVitto, 1999, 2004, entre outros). O clínico de linguagem sente essa dupla falta "em si" e, sob esse aspecto, embora ele não exista "em virtude de uma falta", ela está lá regendo sua posição como clínico de linguagem. Essa não é, contudo, a direção assumida na clínica fonoaudiológica. O respaldo para esta afirmação pode ser encontrado na aproximação da Fonoaudiologia ao modelo médico de clínica, como pude mencionar acima5.

Arantes (2001) em sua tese de doutorado, "Diagnóstico e Clínica de Linguagem", mostra que a clínica fonoaudiológica, colada ao modelo médico, opta pela realização de testagens (seus instrumentos de "observação" e "dissecação" da linguagem) e procura estabelecer a todo custo correlações diretas entre causa e efeito (aspectos cognitivos, ambientais ou emocionais e sintomas na linguagem)6. Se o diagnóstico na Medicina opera em duas direções: (a) no sentido de detectar sinais específicos de doença e (b) remetê-los a quadros nosográficos pré-estabelecidos, entende-se como é forte a certeza do/no Saber: o médico é claramente seu funcionário porque, uma vez que ele "reconhece" sinais, a explicação fica por conta da remissão ao saber nosográfico, redutor ou neutralizador de singularidades.

Qual o problema disso? Vários, mas o que interessa é a dimensão da alienação ao Saber médico, que implica um descompromisso com as falas sintomáticas que, a rigor, são responsáveis pela abertura de um campo: o da Fonoaudiologia, de Speech pathology and therapy, como é conhecido fora do Brasil. De acordo com Arantes, chega a ser embaraçoso observar o movimento de "esquiva", de afastamento do fonoaudiólogo da linguagem, sendo a fala sintomática o mistério a ser tocado. Disso decorre o descompromisso de definir tanto o que venha a ser "sintoma", quanto o enquadre teórico-clínico que singularizaria o campo.

Alguém pode sempre se auto-nomear "clínico de linguagem" e, paradoxalmente, conduzir uma clínica apoiada em manuais, com base em exercícios ou, ainda, "tradutora" (Suzana Fonseca, 1995, 2002 entre outros). Isso não se pode conter. Interessa que ao lado da circulação ingênua dessa expressão, uma teorização vem sendo tecida. Nessa direção, ao lado do esforço de teorização, um "estilo de clínica" se estabelece: há uma modalidade particular de escuta para a fala... sintomática. A constituição dessa escuta é efeito de transmissão: envolve não só formação teórica, mas discussões de materiais clínicos e seminários clínicos7. Sob efeito da linguagem e das relações com a Psicanálise, espera-se que transferência com a teoria se estabeleça, mas não só, também com o imprevisível de cada fala e de cada caso.

No campo clínico, a interpretação tem compromisso com a especificidade de um efeito sintomático da fala, comprometimento com uma escuta que promove a partição normal/patológico, mas, além disso, deve ser comprometida com uma escuta diferenciada, não-leiga, que deve permitir em cena que a interpretação seja terapeuticamente "estruturante", que a fala do terapeuta promova mudanças na tessitura sintomática da fala do paciente e em sua condição de falante.

É o que se pode ler no artigo de Lier-DeVitto e Arantes (1998) intitulado: "Sob o efeito da fala da criança: da heterogeneidade desses efeitos". Este artigo teve como foco de discussão uma distinção fundamental e, por isso mesmo, fundante da Clínica de Linguagem, qual seja, a de alertar para a multiplicidade de efeitos da fala da criança, dentre eles, aquele que realiza "um corte que separa, na generalidade imaginária de ‘a fala da criança’, as categorias ‘normal e ‘patológico’" (p.68). Reconhece-se a singularidade do efeito de uma fala e, conseqüentemente, da interpretação que lhe é oferecida. Assim, fala-se da heterogeneidade de efeitos e de interpretações.

Acredito que os assinalamentos que acabo de fazer a respeito de uma faceta do método que vem sendo construído na Clínica de Linguagem permitam vislumbrar que "por ser tributário do contingente, (ele) não se reduz a um conjunto de técnicas, procedimentos-receitas ou normas de ação" (Fonseca, 2002:212). E, por ser "tributário do contingente", ele abre as portas para questões relacionadas à singularidade. Pode-se dizer que a Clínica de Linguagem coloca-se do lado do compromisso com o enigmático de um acontecimento, de sua imprevisibilidade. Pode-se dizer, também, que o clínico de linguagem "existe em virtude de uma falta" de saber, instituída por uma fala sintomática: não se sabe como virá uma fala, embora se saiba que aquelas que chegam à clínica sejam "falas em sofrimento", como disse Fonseca (1995).

Note-se que, a aproximação da Clínica de Linguagem ao campo da Psicanálise revela o reconhecimento de que há certa convergência entre concepções de linguagem e de sujeito, apesar das tendências diferentes relativamente às verticalizações teóricas. A pertinência do diálogo é evidente quando o que se pretende discutir envolve transmissão e singularidade, aspectos fundamentais em um raciocínio clínico típico, que não é médico e sim psicanalítico em sua origem.

Assim, quando se admite que relatos de atendimento (que se pretende que sejam fontes de transmissão) implicam questões teóricas, clínicas e éticas substantivas, pode-se imaginar os embaraços e exigências implicadas na transmissão da clínica, como assinala Dumézil, que enumera algumas complicações:

(1) Não é possível dizer um caso e, ainda mais, o íntimo não deve ser tornado público.
(2) O disfarce imposto pela discrição não é compatível com um comentário fiel do caso.
(3) O relato pode assumir a forma de uma confissão ou tornar-se lugar de exibição narcisista (prazer do analista em contar e contar-se) e por fim,
(4) O efeito do relato sobre o jogo transferencial pode ser prejudicial para o desenvolvimento da cura, como já havia assinalado Freud (1912/69a), em suas "recomendações".

Mesmo tendo em mente as dificuldades acima, Dumézil, declara que, como "psicanalizar não é ... servir-se de alguma mistura erudita de doutrina e dois dedos de vivência" (p.18), essas dificuldades devem ser enfrentadas e propõe um "dispositivo" para isso. A saída encontrada por este autor no campo da Psicanálise é estenografada na expressão "a marca do caso".

Retomo, neste momento do trabalho, Dumézil para recuperar a questão referente ao efeito de singularidade. Ele diz que "o caso não está do lado do analisante, não é a cura, não é a observação na anamnese, muito menos é o analista. É tudo, um pouco de cada vez"(p. 26) (ênfase minha). O caso é um efeito sobredeterminado, não uma consistência, uma substância – e, acrescenta ele: "esse é o problema da transmissão"8. Poderíamos colocar o problema nos seguintes termos: se todos os casos são singulares, por que nem todos são levados para seminários clínicos ou mobilizam um relato ou escrita da parte do clínico? Essa questão ilumina a importância do "efeito". A "marca do caso" é, portanto um efeito no analista, que o interroga e pode mobilizar uma discussão (um relato ou uma escrita) e transformar a teoria. Entendida desse modo, ela é um efeito interrogante, propriamente significante (não substancializável, mas vivido).

É certo que efeitos da transferência podem ser observados nas mais diferentes relações inter-pessoais: ela não está propriamente submetida à situação de análise. Mas, na situação clínica, ela ganha contornos particulares, "permanece inconsciente", por isso, "[...] só constatamos seus efeitos [...] cuja causa escapa à teorização [...]" (Mannoni, 1982/91: 57) e ao clínico. Há ultrapassagem dos agentes... E disso a Clínica de Linguagem não pode escapar.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARANTES, L. Diagnóstico e Clínica de Linguagem. 2001.182f. (Doutorado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.

CATRINI, M. A Marca do Caso: Singularidade e Clínica de Linguagem. 2005. 100f. (Dissertação de Mestrado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

CLAVREUL, J. A ordem médica: poder e impotência do discurso médico. São Paulo: Brasiliense, 1983.

DUMÉZIL, C. Introduction. In: ______ et. al La Marca del Caso o el Psicoanalista por su Rastro. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión, 1989/1992, p.9-11.

______ Las razones de un seminário... In: ______ et. al La Marca del Caso o el Psicoanalista por su Rastro. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión, 1989/1992, p.15-29.

FARIA, V. O. Distúrbio articulatório: um pretexto para refletir sobre a disjunção teoria e prática na clínica de linguagem. 2003. 150 f. (Tese de Doutorado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

FONSECA, S. C. DA Afasia: A Fala em Sofrimento. 1995. 147f. (Dissertação de Mestrado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem), Pontifícia Universidade de São Paulo.

______ O Afásico na Clínica de Linguagem. 2002. 267f. (Doutorado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem), Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.

LIER-DEVITTO, M. Theory as a ideology and approache to deviant linguistic facts, In: Jeff VERSCHUEREN (ed.) Language and Ideology, Bélgica: IPRA, 1999, vol. 1, p.344-351.

______ Falas sintomáticas: fora de tempo, fora de lugar. Cadernos de Estudos Lingüísticos, Campinas, (no prelo), 2004.

 

 

1 Apresentei um estudo mais aprofundado sobre o assunto em minha dissertação de mestrado – A Marca do Caso: Singularidade e Clínica de Linguagem (LAEL/PUC-SP).
2 Peço licença ao leitor para mencionar o papel fundamental da fonoaudióloga Profa. Dra. Suzana Carielo da Fonseca neste meu trajeto.
3 Importa, como se vê, não perder de vista que há "singularidades e singularidades".
4 Dumézil, como disse, atém-se a problemas de cunho teórico e prático relacionados aos últimos. Uma das deficiências, indicadas por ele, por exemplo, remete ao fato de que seminários clínicos, muito facilmente, acabam funcionando como "grupo de sustentação" para a prática. Muito freqüentemente, contudo, ele se transforma em uma espécie de "reunião social", cuja característica é o "bom humor" e, outras vezes, uma "desordem".
5 Bem, é preciso dizer que muitas são as fontes de inspiração da clínica fonoaudiológica, como a Psicologia do Desenvolvimento, a Pragmática e a Psicanálise (sobre isso ver Arantes, 2001). Neste momento opto por relacionar sucintamente os efeitos e as implicações da inspiração médica no modo de presença do Saber que é tomado enquanto todo, completo.
6 A este respeito ver também Faria (2003).
7 Os pesquisadores do Grupo de Pesquisa Aquisição, patologias e clínica de linguagem, instituíram um núcleo de formação em clínica de linguagem. A meta é, efetivamente, poder sustentar a transmissão.
8 Ibid.