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 ISBN 978-85-60944-12-5

An 7 Col. LEPSI IP/FE-USP 2009

 

8/11 - COLÓQUIO-COMUNICAÇÕES LIVRES

 

O discurso científico e o discurso desejante: as marcas do discurso na estruturação do sujeito

 

 

Sergio Lopes de OliveiraI; Erika Parlato-OliveiraII

IPsicanalista – Instituto Langage
IIUniversidade Federal de Minas Gerais – UFMG

 

 


RESUMO

A estruturação da criança é atravessada pela sua relação com o discurso do outro, desviando-se do naturalismo desenvolvimentista presente ainda em parte no discurso científico. A esta tese, se junta o pressuposto de que esta relação se funda através da linguagem, que anima os discursos que são dirigidos à criança e sobre a criança. A constituição do sujeito se faz pela transmissão de um desejo que não é anônimo, envolvendo aquele que transmite, o que recebe e o que é transmitido. Esse trabalho ocupa-se do efeito estruturante que o discurso médico, produz na criança no momento em que esta se encontra em ascensão ao estatuto de sujeito. Este discurso para instituir-se precisa destituir um saber anterior, o do discurso parental, enredando este que apontava para as possibilidades do ser, para se referir a partir de então somente às condições do organismo. O lugar do pai encontra-se em franca transformação na atualidade, gerando instabilidade na forma como este desempenha suas funções. A falência do discurso paterno promove o saber médico científico à condição de único saber sobre a criança. Analisamos assim, as implicações produzidas pelo discurso médico, no ato do proferimento diagnóstico, na relação dos pais com seu filho, e o crescente domínio deste discurso acerca de tudo o que concerne ao saber sobre o outro, instituindo um pai científico e sem face. Este novo pai promove os impasses da constituição do sujeito, que permanece na fronteira de uma organização, oscilando na tentativa de produzir um engajamento estrutural produzindo um estado limite. A Investigação, das correlações entre o dizer e o diagnóstico e suas conseqüências na estruturação da criança, produz no discurso paterno um esvaziamento da predicação desejante e favorece a novas formas de estruturação do sujeito nos limites fronteiriços, resultante das marcas da indecisão entre o saber do desejo parental e o saber científico dos pais do conhecimento.

Palavras-chave: Estruturação do sujeito; teoria do discurso; clínica psicanalítica


 

 

A estruturação psíquica da criança, desde o advento da Psicanálise, é marcada pela sua relação para com o outro, desviando assim, do naturalismo desenvolvimentista presente ainda em parte no discurso científico. A esta tese, constituinte da organização do aparelho psíquico, se junta o pressuposto de que esta relação se funda através da linguagem, criada e mantida entre a mãe e seu filho.

O dizer do outro, seu discurso, porta significação e referências sobre o devir da criança (Bleichmar, 1994; Crespin, 2004), não como orientações pedagógicas, mas sim como marcas que inscrevem possibilidades e limites no aparelho psíquico da criança. Ver-se no outro, no desejo do outro, é a condição do vir-a-ser da criança. Este discurso tece nesta condição um imperativo, impondo uma certa trajetória e uma modalização entre sua condição e o desejo deste outro (Jerusalinsky, 2001).

As marcas do discurso do outro, são produzidas a partir das possibilidades do desejo deste outro, que promove em seu discurso o que vê de si sobre o corpo do outro. A criança serve ao discurso do outro como uma tela onde se projeta o desejo do outro. Assim, a criança pode reconhecer a sua filiação justamente por ocupar um lugar no desejo deste outro ao qual nomeia como mãe e pai, identificando-se com este desejo (Lacan, 1982).

O casal parental apresenta duas ordens de discurso distintas junto à criança. A ordem do discurso materno tem como característica principal uma aceitação incondicional da criança (bebê) e que vislumbra inúmeras possibilidades e realizações, fazendo-se assim, discurso alucinado e reparador das conformidades do corpo ali presentificado, tomando este bebê e desejando-o como complementar da sua própria condição (Freud, 1924). O discurso paterno na sua função limitante inscreve as condições impeditivas da lei, assegurando que ocorra diversidade nos investimentos libidinais, exigindo que a criança seja responsável por executar realizações em sua vida (Lacan, 1999).

"... o indivíduo humano se fixa numa imagem que o aliena em si mesmo, eis ai a energia e a forma donde se origina a organização passional que ele irá chamar seu eu. Essa forma se cristalizará, com efeito, na tensão conflitiva interna ao sujeito, que determina o despertar de seu desejo pelo objeto de desejo do outro." (Lacan, 1998, p.116)

Este processo, como assinala Derrida, 1995 e Lacan, 1997, promove uma escrituração no aparelho psíquico, criando marcas indeléveis, caminhos preferenciais a seguir, como enigmas surgidos de uma maldição que impele a se cumprir. Estes destinos carregarão a marca da impossibilidade da realização, e em torno disto se fará um sujeito. A criança irá representar para os seus pais, como para si mesma uma aposta, e no fracasso desta ela inventará, o que Freud (1905) nomeia, o infantil.

Estes dois discursos, materno e paterno, embora funcionalmente dissonantes são impulsionados pelo desejo e se farão um, o desejo do outro na criança, que agencia o corpo biológico da criança e encarna neste as marcas do discurso, produzindo um corpo da linguagem (Freud, 1915). Este corpo linguagem marca as primeiras representações constituintes do inconsciente e constituirão o núcleo manifestamente ativo do psiquismo (Leclaire, 1986).

O ser se faz pela nomeação que lhe é imputada pelo outro, "ser, é ser nomeado" (Milner, 1987, p. 61), fazendo-se sujeito inculcado por esta nomeação que se torna inominável. A criança passará de objeto do outro a sujeito do desejo por intermédio da nomeação do desejo.

Esta constituição do sujeito se fará pela transmissão de um desejo que não seja anônimo (Lacan, 2003), envolvendo aquele que transmite, o que recebe e o que é transmitido. A marca desta transmissão se faz inicialmente, pela relação possível, instituída pelo espelhamento do eu, do outro e do seu desejo.

"Basta compreender o estádio do espelho como uma identificação, no sentido pleno que a análise atribui a esse termo, ou seja, a transformação produzida no sujeito quando ele assume uma imagem".(Lacan, 1998, p. 97)

A assunção da imagem especular promove a condição de estruturação da criança em sujeito. Esta imagem, porém, pode encontrar-se significativamente alterada, por duas razões: a primeira nomearemos de ordenação ética, parte da posição que ocupa o casal parental, no sentido de não portar as condições mínimas para tal status, de mãe e pai, não se tornando o grande outro primordial para a criança, como sublinha Sauret (1998, p. 87) "Não há necessidade de família para fazer filhos, mas para fazer sujeitos, sim." Encontram-se neste grupo aqueles que outorgam-se apenas o direito de serem nomeados apenas de genitores.

A segunda advém dos problemas de constituição do corpo biológico da criança, a ordenação da falência parental, onde os pais, falidos na sua possibilidade de nomear o que se apresenta aos seus olhos e ao seu desejo, oferecem a criança ao olhar de um Outro, para que este a nomeie para e por eles, extrapolando assim os limites necessários para a organização da criança. Este Outro é o discurso científico, aqui representado pelo discurso proferido no momento da comunicação do diagnóstico.

Embora a primeira problemática seja, cada vez mais emergencial, na medida em que se escasseia a parentalidade, este trabalho ocupa-se da segunda questão, do papel estruturante que o discurso, promovido pelo diagnóstico, produz na criança e na relação desta para com seus pais, em especial no discurso materno.

Este discurso, científico, para instituir-se precisa destituir um saber anterior, o do discurso materno, enredando este que apontava para as possibilidades do ser, para se referir a partir de então somente às condições do organismo. A falência do discurso materno promove este saber à condição de único saber sobre a criança.

Tornar-se sujeito da ciência, em detrimento do sujeito do desejo do outro, é submeter-se a uma ordem formal totalizante que engendra todas as possibilidades nos princípios classificatórios das nosografias diagnósticas (Henry, 1992).

O discurso científico instaura um saber, constrói um objeto novo, como se antes não houvesse nada (Lacan, 1985). O poder de nomear a criança, antes atribuído ao pai, que lhe dava um patronímico, volta-se para este discurso que agora estabelece as fundações, reinaugurando e dando-lhe novas bases para a estruturação da criança, excluindo o sujeito do desejo.

O lugar ocupado pela ciência, muitas vezes encontra-se vago pela inoperância daqueles que deveriam ocupar-se da criança. A crise na família solicita a participação de especialistas que possam atender o apelo destes que não conseguem lidar com as questões que eram pertinentes ao poder doméstico (Costa, 1989). Cria-se a possibilidade de instaurar de forma drástica uma alienação destes seres ante um saber cada vez mais técnico-científico, com conseqüências diretas no discurso, que ao mesmo tempo em que lhes alienam promovem marcas na constituição da criança. (Authier-Revuz, 1998).

"... a sobrevinda do discurso da ciência e, sobretudo, sua realização atual que subverteu profundamente, de uma maneira inédita e freqüentemente desconhecida dela mesma, o equilíbrio até então em jogo na família, cena de elaboração da realidade psíquica do sujeito e caldeirão da vida social, tornou difícil, então, o exercício da função paterna." (Lebrun, 2004, p. 51)

A profusão de saberes científicos que hoje são tornados acessíveis pela banalização mediática favorece a perda do lugar imaginário do pai como outro para a criança, uma vez que esta topologia só existe sustentada pelo discurso simbólico, pois o símbolo do outro não age em nome de nenhuma lógica que não seja em seu próprio nome. O discurso da ciência torna o lugar do pai uma utopia na medida em que "dessimboliza" seu papel imaginário (Dufour, 2005). Sem poder portar o discurso que lhe era atribuído simbolicamente, revela-se a falência. De fálico a falido somente uma letra é trocada, mas seus efeitos são diametralmente opostos.

O diagnóstico representa de forma privilegiada, o lugar da opulência frente à falência do discurso parental, na medida em que oferece a certeza científica respaldada, cada vez mais, em exames objetivos de confirmação de suas convicções imaginárias. Os limites do corpo, diagnosticados por essa precisão, alcançam a criança impondo barreiras que vão além dos impedimentos físicos, pois o olhar e o discurso parental submetem-se agora a um saber que orienta seu fazer, não em nome do desejo, mas em nome do que deve ser feito.

Do exposto, algumas questões emergem diante de situações, cada vez mais freqüentes, de diagnósticos e intervenções precoces nas doenças infantis, possibilitados pelos avanços tecnológicos e o poder a eles conferidos:

Nossos pressupostos, como resposta inicial a esta pergunta, e como forma de dirigir este trabalho, é de que o discurso científico, marca a criança na sua organização psíquica, na sua estrutura como sujeito que deveria advir e que podemos caminhar na proposição de uma constituição de borda da mesma, que hoje nomeamos como estados limites.

Estes, representam os impasses da constituição do sujeito (Rassial, 2000), que permanece na fronteira de uma organização, oscilando na tentativa de produzir um engajamento estrutural, mas produzindo um estado sem limites. Sustentamos esta hipótese de relação entre os estados limites, o declínio da função parental e o apogeu do discurso da ciência a partir das teses desenvolvidas por Freud (1927; 1930[1929]) e Lacan (1985).

Os diagnósticos funcionam como uma declaração de improbidade, numa profecia auto-realizadora que empurram a criança para as bordas da significação, onde não sairá sem produzir em si as marcas da desconfiança, agora presente no discurso do outro, sobre seu destino. Os resultados desta operação encontram-se nas pluralidades depressivas, nas condutas perversas e nas distorções da imagem do corpo verificadas na clínica e que não podem ser reduzidas aos modelos clássicos de neurose obsessiva, psicose, perversão e histeria.

O diagnóstico produz estes efeitos na medida em que ele sidera os pais apontando para um lugar onde o seu saber não alcança e assim se perde (Didier-Weill, 1997). O desejo siderado no saber apresentado pelo diagnóstico faz com que a criança desapareça atrás da objetividade, tornando-se objeto de cuidado, as determinações de objecto cerceiam as possibilidades de subjecto.

A morte da possibilidade do nascimento do sujeito na criança (Julien, 2004) ocorre pela introdução, no discurso que apontava para direções marcadas pelo desejo, de determinações descritivas prefixadas que figuram na paralisação dos enunciados parentais sem que estes ali suponham existir. Doravante, o diagnóstico, a enunciação estará impregnada pelo discurso da ciência, e a criança do nascimento se perde num luto sem fim durante sua existência.

A estruturação da criança estará amarrada no diagnóstico, que se produz através de um discurso assertivo, que repercute na estruturação dos dizeres na medida em que a língua nos habita e nos conforma. Confrontar-se com o dizer do outro permite à criança escutar o inaudito, o não pronunciável, posto que há inconsciente no sujeito da enunciação, e que isso se revela nos seus enunciados.

A análise de discurso proposta por Pêcheux (1981; 1988; 1990) proporciona um instrumento agudo para a análise desta relação triádica, criança-pais-ciência. Este tipo de análise nos remete às dimensões do discurso em que o sujeito revela-se na própria produção discursiva, onde os apagamentos são evidenciados e tomados em seu relevo, e o silenciamento pode ser ouvido no seu ruído revelador de sentidos, e o discurso reportado pelo sujeito apresenta as marcas da heterogeneidade que é posta à mostra ou é constituinte do mesmo. Nele a polissemia e a paráfrase promovem as possibilidades dos deslizamentos dos significantes e as repetições geradoras de múltiplos significados.

A linguagem denuncia o esquecimento que caracteriza a incorporação do discurso do outro pelo sujeito, fazendo com que os portadores do discurso, os pais e a criança, tomem como seus o discurso de outrem, da ciência (Pêcheux e Fuchs, 1997). O enunciador submete o seu dizer à potencialidade desse discurso que fixa os sentidos sem as margens polissêmicas características da linguagem, aproximando-se de uma ordenação parafrástica que busca fazer sinonímias em torno do sentido fixado (Orlandi, 1983). Produz-se um acontecimento (Pêcheux, 1999; Orlandi, 1999) que agora é absorvido pela memória como se nunca houvesse ocorrido. Estas são para Lacan (1985b), as condições para dizer que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, na medida em que aquilo que se revela vai além das possibilidades de enunciação.

"... não há, para o 'ser falante' que é o homem, lugar fora da ordem da linguagem, na qual ele é constituído como sujeito, essa tese se opõe diretamente às concepções de enunciação como utilização do instrumento língua por um sujeito que para comunicar seu pensamento, estaria sempre em posição de, a partir de uma exterioridade do dito pensamento, avaliar e controlar, com domínio real sobre eles, o instrumento e sua utilização." (Authier-Revuz, 1998, p.181)

Para Benveniste (1988), a síntese predicativa da linguagem implica em um mesmo ato o sujeito e seu referente, de tal forma que sua enunciação promove a um só tempo língua, sujeito e objeto. As implicações dos efeitos da linguagem é o que impossibilita o sujeito de ser a causa de si próprio, ele traz consigo, na linguagem, a causa que o divide (Lacan, 1998c). Freud (1891; 1950), já observava que a função da linguagem promovia nos sintomas uma homogeneização entre corpo e palavra, e que o esquecimento do sujeito fazia com que as representações insistissem sobre o corpo, produzindo efeitos de organização da fala e do sujeito.

O caminhar para a estruturação revela a possibilidade da criança tornar-se sujeito na e da linguagem. Esta, por não ser objetiva, não se apresenta transparente, consultável, promove um corpo a corpo que faz o sujeito trabalhar seus processos identificatórios, seus sentidos e seu saber no discurso (Orlandi, 1998).

Os proferimentos diagnósticos realizam uma ação que vai além do simples dizer algo a alguém (Austin, 1990), estabelece condições, marca lugares, promove alterações, ofusca investimentos afetivos, faz algo no outro.

As crianças analisadas que recebem o diagnóstico de baixa-visão dependem, mais ainda que as demais videntes, do falar possível da linguagem, de uma nomeação que rompa com o turvamento produzido por este vaticínio. Mas o impacto promovido no discurso materno, faz com que este não veja mais as possibilidades outrora idealizadas e desejadas na gestação, cria-se um buraco marcado pelo medo, pela incerteza, pelo desconhecido e pelo desajuste das expectativas, advém a angústia frente à morte que este discurso revela, não se trata mais daquele bebê desejado mais de um outro que não era esperado.

A linguagem, como organizadora das experiências e estruturadora do sujeito, exige um exercício que ultrapassa as fronteiras (arbitrárias) das disciplinas estabelecidas e nos impele a recorrer às teorias que tratam da linguagem sem fixar barreiras impeditivas para a compreensão do fenômeno. Esta análise exige que tomemos a linguagem em sua base formal lingüística, na sua formalização lógica, na sua dimensão inter e intradiscursiva e na produção do sujeito.

Investigar as correlações entre o dizer e o diagnóstico e suas conseqüências na estruturação da criança permite vislumbrar novas formas do ser sem os limites de estado do sujeito, permitindo a identificação dos discursos parentais que se tornam esvaziados de predicação desejante, o que nos permite elaborar uma análise que (d)enunciam os mesmos, e fornece elementos para a compreensão dos processos dialógicos constitucionais presentes na relação entre aquele que promove o ato diagnóstico e as famílias de crianças portadoras de agravos à saúde de forma geral.

 

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