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On-line ISBN 978-85-60944-35-4

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

As contribuições de freud para o debate sobre educação e inibição intelectual

 

 

Maira Sampaio Alencar LimaI ; Profª. Drª. Maria Celina Peixoto LimaII

I(Psicanalista e Mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza)
II(Professora do PPG da Universidade de Fortaleza)

 

 


RESUMO

Freud apresentou diferentes concepções sobre a educação, por vezes, criticando-a como desencadeadora da neurose, ou aproximando-a da psicanálise enquanto profissão impossível. No texto sobre os Três Ensaios sobre a teoria da Sexualidade, Freud lançou os alicerces de temáticas importantes como a sublimação, o desejo de saber e a sexualidade infantil. Nesta obra, ele relaciona as pesquisas infantis à curiosidade sexual entrelaçando desejo de saber e sexualidade. A educação passa a ser citada em diversos textos, ora enquanto prática pedagógica, ora estando relacionada ao campo clínico. Tal aproximação com a clínica destaca a repressão da curiosidade sexual infantil, feita pela educação, como força motriz para a inibição do pensamento. Este trabalho visa: Apresentar o pensamento freudiano sobre a inibição intelectual e destacar a relação entre inibição, educação e sexualidade. Diante desta contextualização é possível concluir que as saídas apontadas para a curiosidade sexual, quais sejam: a inibição neurótica, as pesquisas como uma atividade sexual e a sublimação da libido associada a pulsão de saber, ocorrem de acordo com os desdobramentos do Complexo de Édipo. Tais saídas demonstram uma aproximação entre sexualidade e o desenvolvimento intelectual. Em 1908, Freud afirma que a educação tem um papel fundamental na inibição do pensamento, pois a repressão da sexualidade traz como resultado a debilidade do pensamento. Posteriormente, ele fundamenta tal assertiva ao explanar que a debilidade tem o intuito de causar uma autopunição, evitando o conflito entre o ego e o superego. Assim, observa-se que uma das contribuições da psicanálise para o campo educacional é um novo olhar sobre o problema da debilidade do pensamento, e a relação desta com o desenvolvimento da criança e a sexualidade, o que tira a problemática do campo orgânico e a lança no plano do psiquismo.

Palavras-chave: Psicanálise, Educação, Inibição Intelectual.


 

 

O texto intitulado os “Três ensaios para uma teoria da sexualidade (1905/1976a)” é um marco na obra freudiana devido ao seu caráter inovador que discute as nuances da sexualidade fora do campo moral. Irei considerá-lo também um marco teórico, pois é um texto que abre novas perspectivas de análise das questões relativas ao aprendizado ao entrelaçar o campo do saber e da sexualidade. Isto ocorre quando no segundo ensaio ele define o conceito de pulsão de saber, como descreve:

Sua atividade corresponde, de um lado, a uma maneira sublimada de obter domínio, ao passo que, de outro, ele utiliza a energia da escopofilia. Suas relações com a vida sexual, contudo, são de particular importância, já que aprendemos através da psicanálise que o instinto de saber nas crianças é atraído inesperadamente cedo e intensamente para os problemas sexuais e é, na realidade, possivelmente despertado de inicio por eles (Freud, 1905/1976a, p. 200).

Tal pulsão tem como característica não ser um nos instintos fundamentais, mas estar imbricada na pulsão sexual e estar relacionada às pesquisas sobre a sexualidade. A partir desta conceituação, é possível perceber uma tentativa de Freud para contribuir com as questões relativas ao campo educacional, visto que ao longo do texto ele relaciona alguns problemas encontrados no campo educativo como sendo causados pela exclusão da sexualidade como parte do desenvolvimento da criança. A pulsão de saber teria como destino de atividade a sublimação, como uma tentativa de domínio sobre os impulsos sexuais e a escopofilia como fonte de energia.

Além da pulsão de saber, outro componente que chama a atenção do autor, para aspectos relacionados à educação, é o papel desempenhado pelo período de latência. Após os anos de intensa investigação, a criança entra no período de latência que tem como função construir forças psíquicas que sirvam como limitadoras da tentativa de livre curso da pulsão sexual. Os efeitos deste período são comprovados na amnésia dos adultos em relação à fase da infância, na qual ocorrem as investigações sobre a sexualidade. Freud (1905/1976a) destaca que o papel da educação quando tenta limitar a ação da pulsão sexual, não seria um esforço válido, pois de uma forma espontânea a latência já teria como função restringir o fluxo da pulsão e fazer emergir o sentimento de vergonha, os ideais estéticos e morais entre outros. É possível perceber que no texto dos Três Ensaios, considerado um dos grandes alicerces da teoria psicanalítica, o papel da educação é limitado ao ensinamento de condutas sociais. Porém, destaco a relevância deste texto, pois à medida que Freud fortalece conceitos como o complexo de Édipo e da castração, a posição dele sobre a educação vai se tornando mais delimitada e a formação da neurose fica mais relacionada  à ela.

Em “Moral Sexual Civilizada”, Freud (1908/1976b) discorre sobre os efeitos da repressão da pulsão sexual e as consequências para o sujeito. Embora o homem se diferencie dos animais através da possibilidade de sublimar os desejos sexuais e direcioná-los para outros fins, a saída sublimatória não esgota a energia sexual. Assim, toda a discussão entre Édipo, a sexualidade e a repressão levam Freud a tocar no tema da educação e nos efeitos dela para a subjetividade. O sujeito sai do complexo de Édipo pelo medo da castração e entra no mundo da cultura para enfrentar outras abdicações, a fim de preservar os laços sociais.

Neste momento, Freud (1908/1976b) afirma que a educação tem o papel de limitar o auto-erotismo, para evitar que o sujeito se fixe nele e torne a pulsão sexual fora de controle. Embora a educação vise reprimir as pulsões sexuais, elas não desaparecem por completo, e continuam a existir, mas de forma ‘camuflada’. Assim, as medidas utilizadas pela educação para suprimir a energia sexual são consideras, por ele, como severas e produtoras de neurose, mesmo já havendo o reconhecimento da necessidade de certa repressão - para que a pulsão não saia das fronteiras toleradas socialmente.

Ainda nesse texto, Freud (1908/1976b) expõe algumas considerações sobre a inibição no campo intelectual, contudo tais considerações estão carregadas de dúvidas dele diante da mulher, como ele já havia manifestado ao longo de suas considerações sobre o Édipo feminino. Em suas palavras:

A educação das mulheres impede que se ocupem intelectualmente dos problemas sexuais, embora o assunto lhes desperte uma extrema curiosidade, e as intimida condenando tal curiosidade como pouco feminina e como indicio de disposição pecaminosa. Assim, a educação as afasta de qualquer forma de pensar, e o conhecimento perde para elas o valor. Essa interdição do pensamento estende-se além do setor sexual, em parte através de associações inevitáveis, em parte automaticamente, como a interdição do pensamento religioso ou a proibição de idéias sobre a lealdade entre cidadãos fiéis (Freud, 1908/1976b, p. 182-3).

Assim, Freud afirma claramente que a educação tem um papel fundamental na inibição do pensamento, pois a repressão da sexualidade traz como resultado uma debilidade do mesmo. Para ele, tal debilidade feminina não é fruto da formação biológica, mas sim da inibição do pensamento necessária à repressão sexual. Aqui, o autor faz uma relação direta de causalidade entre repressão sexual e inibição do pensar.

 Não acredito que a ‘debilidade mental fisiológica’ feminina seja conseqüência de um antagonismo biológico entre o trabalho intelectual e a atividade sexual [...]. Acredito que a inegável inferioridade intelectual de muitas mulheres pode antes ser atribuída à inibição do pensamento necessária à supressão sexual (Freud, 1908/1976b, p. 183).

Posteriormente, no caso do pequeno Hans, Freud (1909/1976c) faz uma clara relação entre a capacidade intelectual e a curiosidade sexual ao afirmar que a precocidade sexual tem seu correlato na precocidade intelectual.

Em seguida, ele (1910/1976d) escreve um artigo intitulado: “Leonardo da Vinci e uma lembrança da sua infância, no qual deixa claro o fator primordial, que leva o sujeito a querer saber sobre algo: o desejo de descobrir sobre a origem dos bebês ou sobre outro tema, é sempre de cunho sexual. A fim de que a pulsão sexual se transforme em atividade sublimada, é preciso que, inicialmente, as crianças pequenas atravessem a fase de intensas perguntas, que estão relacionadas ao interesse sexual, mas tais questionamentos nunca são feitas de modo direto. Após esse período, uma forte repressão sexual ocorre devido aos desdobramentos do complexo edípico, e então, Freud (1910/1976d) destaca três saídas para o fim das pesquisas sexuais.

No primeiro caso, a curiosidade sexual fica inibida, bem como a autonomia da atividade intelectual que poderá ser afetada por toda a vida. Freud destaca que a educação pode proporcionar uma inibição do pensamento. A tal processo, ele denomina inibição neurótica, uma característica presente nas neuroses. É importante destacar a menção ao termo inibição que, em 1926, no texto “Inibição, Sintoma e Angústia”, aparece como uma limitação funcional do eu, ocasionada por uma tentativa de evitar a ansiedade ou por uma consequência da diminuição da energia psíquica.

Numa segunda possibilidade, as pesquisas tornam-se uma atividade sexual, decorrentes da antiga associação entre curiosidade e sexualidade, e emergem do inconsciente de forma distorcida, sexualizando o pensamento. Assim como a curiosidade infantil é ilimitada, a saciedade pela busca de uma solução para as pesquisas intelectuais também é inalcançável.

A terceira saída para as investigações infantis é a posição intermediária entre a inibição do pensamento e o pensamento neurótico compulsivo. Nessa modalidade, a repressão sexual existe, mas a libido consegue ser sublimada e se liga à pulsão de saber. Os desdobramentos do complexo de Édipo são fatores determinantes para a ocorrência de quaisquer destas saídas.

É possível observar que a posição de Freud diante da educação até esta fase de sua obra é sempre de reconhecer a educação como primordial para o estabelecimento da neurose, na medida em que ela tem por função reprimir a sexualidade. A neurose aparece como resultado do conflito apresentado na primeira tópica entre consciente e inconsciente, entre a atividade da pulsão sexual e da pulsão de autoconservação. Após a virada metapsicologica dos anos vinte Freud (1920/1976e) restabelece a dualidade pulsional entre pulsão de vida e pulsão de morte e posteriormente (1923/1976f) formula a segunda tópica demarcando as noções de Eu, Supereu e Isso.

No texto, “Inibição, Sintoma e Angústia” (1926/1976g), Freud parte da perspectiva de avaliar a função como fronteira que separa a inibição do sintoma apresentando os efeitos da nova perspectiva de organização psíquica formulada em 1923. Um ponto relevante nesta discussão sobre a educação e psicanálise, é a afirmativa de que as atividades intelectuais podem ser inibidas com o intuito de causar uma autopunição, evitando o conflito entre o ego e o superego. Contudo, este desdobramento entre as instâncias do ego, id e superego só são possíveis a partir do período de latência, no qual o complexo de Édipo se desfaz e o superego consolida-se, criando barreiras éticas e estéticas, além disso, a tentativa de satisfação sexual fica adiada até o ressurgimento na puberdade.

No texto a inibição é ligada à função do ego e é definida como:

No tocante às inibições, podemos então dizer, em conclusão, que são restrições das funções do ego que foram ou impostas como medida de precaução ou acarretadas como resultado de um empobrecimento de energia; e podemos ver sem dificuldade em que sentido uma inibição difere de um sintoma, porquanto um sintoma não pode mais ser descrito como um processo que ocorre dentro do ego ou que atua sobre ele (Freud, 1926/1976g, p. 111).

Autores como Berlinck (Berlinck e Henckel , 2003) concluem que na inibição há, logo de início, um enfraquecimento do eu que evita as situações de conflito com as demais instâncias do aparelho psíquico (id e superego). No sintoma ocorre também um enfraquecimento do Eu, mas como resultado do processo de recalque. O enfraquecimento do Eu, que ocorre na inibição, está relacionado à formação dessa instância. Tal enfraquecimento é encontrado em algumas psicopatologias infantis, como é afirmado:

A inibição pode, então, estar relacionada a graves manifestações psicopatológicas, como o autismo, a psicose, a debilidade, pois estas apresentam-se com um Eu frágil em seu funcionamento pela sua constituição mesma. Tais manifestações indicam problemas na formação do Eu, desde a sua organização implicando um investimento inicial por um agente da função materna, até a construção de possibilidades de diferenciação desse outro. Tem-se, portanto, um Eu frágil no funcionamento pela sua constituição mesma (Berlinck e Henckel, 2003, p. 123).

Esta relação entre a constituição do Eu e as psicopatologias da infância não é aprofundada por Freud, embora ele apresente algumas discussões entre inibição, sintoma e a relação parental ao falar de Hans e sua fobia (1926/1976g). Ao retomar as conclusões do caso Hans, Freud (1926/1976g) consegue ilustrar os efeitos da travessia edípica na formação do sintoma. Ao analisar a fobia apresentada pela criança, ele pôde desvendar o que caracterizava um sintoma e uma inibição. O medo de cavalos era o sintoma apresentado e a impossibilidade de sair às ruas, para não encontrar os animais, era a inibição que o ego impusera numa tentativa de evitar a irrupção da ansiedade. Na realidade, o quadro apresentado por Hans mascarava o conflito típico apresentado no Complexo de Édipo, a ambivalência entre os sentimentos de amor e ódio para com o pai. O impulso hostil pelo pai transformou-se em neurose quando foi transferido para os cavalos, através do sentimento de medo. Freud conclui que a formação sintomática, em última análise, visa evitar uma situação de perigo que gere ansiedade, tal perigo seria o medo castração, ou seja, a perda do objeto fálico investido libidinalmente pela criança.

As discussões que Freud aprofunda sobre a inibição estão relacionadas ao Complexo de Édipo e o desejo de saber. Através da construção teórica sobre o Complexo de Édipo e a sexualidade Freud (1905/1976a) descreveu conceitos cruciais para pensar a relação entre inteligência e sexualidade, como: a pulsão de saber, a sublimação e o período de latência e o papel do superego.  Ao apresentar nos escritos sobre Leonardo da Vinci (1910/1976d) as três saídas para a curiosidade infantil: a inibição, a compulsão e a sublimação, ele apontou outra direção para compreender a debilidade mental. Tal direção seria a inibição da atividade intelectual e da curiosidade sexual ocasionada pela repressão.

Posteriormente, Freud (1926/1976g) definiu a inibição como uma restrição do ego, que é reconhecida por autores psicanalíticos (Lacan 1964/1998; Mannoni, 1991; Henckel e Berlinck, 2003) como originária de psicopatologias infantis, por exemplo, o autismo, a psicose e a debilidade mental. A discussão freudiana (1908/1976b) sobre a inibição girou em torno do desejo de saber, da sexualidade e da repressão ocasionada muitas vezes, pela educação.

Sobre a educação, a postura de Freud mudou diversas vezes acompanhando as mudanças que a teoria psicanalítica sofreu. No início ocorreu uma crítica a postura repressora que a educação faz frente à sexualidade, o que propiciaria a neurose e a inibição (1908/1976b). Anos depois ele acreditou em medidas profiláticas na educação através da formação psicanalítica e da analise dos professores (1932/1976h). Contudo, nos últimos escritos de Freud (1937/1976i) já não havia mais a crença nas medidas educativas profiláticas. Educar retomava o lugar de profissão impossível ao lado de governar e curar. Assim, o conceito de pulsão de morte faz sentir seus efeitos na postura freudiana. A psicanálise poderia ajudar a educação a compreender a criança, mas não teria a pretensão de substituí-la. A partir das considerações entre sexualidade, inibição e educação Freud afasta a psicanálise dos demais saberes ao desconsiderar os limites entre normal e patológico e focar a análise das dificuldades partindo de cada sujeito, da singularidade como cada um é estruturado psiquicamente.

 

REFERENCIAS

Henckel, M.; Berlinck, M. T. (2003). Considerações sobre inibição e sintoma: distinções e articulações para destacar um conceito do outro. Estilos da Clínica: Revista sobre a infância com Problemas. São Paulo, 8 (14), 114 – 125.

Freud, S. (1976a). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 7). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1905).

Freud, S. (1976b). Moral sexual civilizada. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 9). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1908).

Freud, S. (1976c). Análise de uma fobia em um menino de cinco anos. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 11). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1909).

Freud, S. (1976d) Leonardo da Vinci e uma lembrança da sua infância. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 11). Rio de Janeiro, Imago. (Originalmente publicado em 1910).

Freud, S. (1976e). Mais além do principio do prazer. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 18). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1920).

Freud, S. (1976f). O eu e o isso. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 19). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1923).

Freud, S. (1976g). Inibições, sintomas e angústia. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 20). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1926).

Freud, S. (1976h). Explicações, aplicações e orientações. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 22). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1932).

Freud, S. (1976i). Análise terminável e interminável. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 23). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1937).

Lacan, J. (1998). O Seminário: Livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor (Originalmente publicado em 1964).

Mannoni, M. (1991). A Criança Retardada e a Mãe. São Paulo: Martins Fontes.