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ISBN 978-85-60944-35-4 versión on-line

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

A produção de conhecimento em um caso de psicose

 

 

Izabel Ramos de Abreu

 

 

Gabriel chega para análise aos 12 anos, depois de duas repetências na escola. Sua mãe além das queixas sobre suas dificuldades de aprendizagem e diz que ele tem algumas manias, fala de alguns assuntos esquisitos, o que a faz passar vergonha.

Logo no inicio do tratamento, Gabriel começa a trazer gibis para as sessões. Escolhia uma das historias e a lia para mim. Nas histórias que elegia algo se repete: Cebolinha ou Chico Bento, seus personagens preferidos, levam bronca dos pais ou professores por terem feito algo de errado. No final da nossa leitura Gabriel me perguntava: "Então quer dizer que foi errado aquilo que ele fez? Então quer dizer que o pai ficou bravo?". Gabriel me conta também das "pegadinhas" que assistiu na televisão.

Nessas "pegadinhas", segundo ele, um "folgado" apronta uma pegadinha com um pedestre, que fica sempre muito bravo, xinga ou até bate no tal "folgado". Em seguida traz as mesmas questões: "Foi errado o que o folgado fez?"

A partir disso, Gabriel começa a me contar das broncas que seu pai lhe dá quando ele faz algo de "errado". Assim como o "folgado" das pegadinhas, Gabriel leva broncas e algumas vezes até apanha de seu pai. Depois de contar ele me pergunta:

"Quer dizer, então, que eu tava errado?". As broncas e xingamentos do pai parecem deixá-lo extremamente angustiado e determinam o fato de ele gostar ou não gostar de um dia que passou. Segundo ele, algumas dessas broncas chegam a "estragar" o seu dia, ou até toda a semana. Já quando faz algo "certo", me pergunta: "Quer dizer, então que eu tava de parabéns?". É com essas questões que esse garoto inicia sua análise.

"Folgado", "certo" e "errado" são, portanto, palavras que tem uma importância no léxico de Gabriel. São palavras ganham que um destaque e um uso especial.

A palavra "folgado" parece dizer do seu próprio lugar no discurso do Outro. Gabriel fica colado a este significante, isto é, se identifica com aquele que faz coisas erradas ou inadequadas e esquisitas, como diz sua mãe, e por isso leva bronca e apanha.

Essas palavras em destaque nos dizem ainda do lugar do Outro para Gabriel. O Outro se apresenta como aquele que sempre sabe sobre o que é certo ou errado. Trata-se de um Outro perturbador, que tem um imenso poder de "dar broncas", "machucar" e "estragar seu dia". Quando leva uma bronca o efeito de horror, é na posição de objeto de gozo do Outro que Gabriel se encontra.

Na transferência esse estatuto do Outro também se atualiza. Gabriel o tempo todo fica atento as minhas reações, as palavras que uso, ao meu tom de voz e as mudanças de fisionomia, qualquer indicativo de braveza, parece um sinal de perigo que vem acompanhado da questão: "Foi errado isso que eu falei?", "Será que eu fui estúpido?", "Será que você ficou brava?".

No decorrer do tratamento os dados transferenciais que remetem ao estatuto do Outro, nos fazem pensar na hipótese diagnóstica de uma estrutura psicótica fora de crise.

Devemos considerar que para Gabriel, como é comum na psicose, a linguagem tem um funcionamento particular, como afirma Lacan (1955/56) "trata-se de uma linguagem de sabor particular e freqüentemente extraordinário". Nos chama a atenção não só o destaque que dá a algumas palavras como também o uso singular que faz da língua. Podemos dizer que com a forclusão do significante primordial Nome-do-pai, uma parte da simbolização não se faz. Portando, na psicose o sujeito não está submetido à lei fundamental da simbolização que atravessa a linguagem e, conseqüentemente, as relações sociais. Com isso, o estabelecimento do laço social, tem prejuízos.

O significante paterno Nome-do-pai impõe a cadeia significante à ordenação fálica, o que implica em uma determinada maneira de ordenação do psiquismo e da linguagem. Ou seja, com a operação da metáfora paterna, esse significante primordial que inscreve o saber paterno serve como ponto-de-basta para cadeia significante, possibilitando a significação fálica, isto é, uma produção de sentido orientada pela lógica fálica. Portanto, se na neurose é com esse saber paterno sobre a castração que se conta como eixo da organização psíquica, na psicose o saber não pode ser suposto e, conseqüentemente, não há significação fálica. O sujeito fica à deriva, sem esse saber que faz a função de ponto de ancoragem.

Para os neuróticos, o sentido do certo e do errado está articulado justamente as regras sociais e pertinência ao laço social. Entendemos, portanto, que para Gabriel faltam os parâmetros necessários para compreender esse delicado limite entre o certo e o errado.

A pergunta iniciada por "então quer dizer que..." explicita essa dificuldade de entender o sentido de algumas palavras e de entender como as relações e as regras sociais funcionam. Se em certos momentos eu tive que aprender a língua particular de Gabriel, isto é, compreender a importância e o uso especial que algumas palavras têm para ele, em outros eu era a tradutora dessa língua comum que Gabriel parecia não entender.

Para Gabriel o estabelecimento do laço social está comprometido. Por isso, as palavras "folgado", "certo" e "errado", embora tenham tamanha consistência em sua experiência, já que soam sempre como um saber definitivo sobre suas próprias atitudes, sem que seja possíveis desdobrá-las. Frente a isso, Gabriel inicia em sua análise uma pesquisa a respeito desses termos. Gabriel me conta repetidamente das situações em que levou uma bronca ou apanhou, e em seguida, como quem busca uma constante reiteração, pergunta "quer dizer então que ele ou eu tava errado?" ou "é errado xingar o colega, né?". Deste modo, ele avalia e revê, uma a uma as situações em que ele "levou bronca" ou "estava de parabéns". Além disso, recolhe as cenas dos gibis, das pegadinhas e de novelas em que "broncas" acontecem e traz na sessão para que possa fazer suas perguntas a respeitos delas. De forma metódica e ritualística, Gabriel se envolve numa cuidadosa investigação a respeito das broncas, dos erros e dos acertos.

A partir de sua investigação, ele cria duas categorias rígidas "estava errado" ou "estava de parabéns" a partir das quais passa a dividir seu mundo. Constrói, portanto, um sistema binário que serve para explicar os "estragos" que vive. Qualquer tentativa de flexibilização ou relativização dessas categorias por ele criadas, se apresenta como risco de desorganização, o que lhe mobiliza muita angústia. Se o funcionamento simbólico é marcado pela possibilidade do duplo sentido, a criação de categorias de Gabriel é uma produção imaginária, apoiadas na crença no sentido único, a partir da qual pode se orientar.

Apesar dessa rigidez, a construção desse binário "estar de parabéns"/"estar errado" serve como ponto de referência para Gabriel se situar frente à bronca do Outro. Este trabalho se oferece como uma tentativa de se proteger do encontro com esse Outro que "estraga". Quanto mais puder saber sobre o que é certo e errado, menos arbitrária e assustadora é a bronca.

Na seqüência, Gabriel começa a "fazer calendários". Seus calendários comumente têm 15 meses, podem, por exemplo, iniciar em junho de 2003 e terminar em agosto de 2004. Quando termina de fazer um calendário, ele me conta das broncas que levou e registra os dias estragados. Um dia estragado pode ser localizado, marcado, ou mesmo "apagado" do calendário e ao fazer isso Gabriel se tranqüiliza. Ao "apagar" o dia estragado, Gabriel parece afastar o "estrago" de si, isto é, impede que o estrago aconteça no seu próprio corpo. O conhecimento sobre calendários possibilita a invenção dessa técnica totalmente imaginária, quase supersticiosa, para se defender da invasão do Outro.

A precisão, com que se organizam as semanas, os meses e os anos, serve para Gabriel como um referencial com o qual ele pode contar para se organizar e se situar no mundo. Diante disso, Gabriel se põe a estudar e construir calendários. Esse estudo permite que ele seja aquele quem "sabe de calendários" e possa me ensinar sobre os anos bissextos, os dias na semana de nossos aniversários a cada ano. E possa, ainda, contar o tempo a sua maneira.

Gabriel se utiliza de uma contagem particular do tempo que chama de "dias corridos". Ele me diz "O dia corrido de 30 de janeiro de 2004, contando a partir de 2002, é 760." Em seguida, embora saiba a resposta, me pergunta: "760 é par?" Nas sessões passamos a registrar essas contagens de dias corridos, que ele calcula rapidamente de cabeça, e em seguida eu o certifico da categoria em que esse número resultado se encaixa, par ou impar. Utiliza, portanto, outro binômio: par ou impar. Com isso, sua complexa contagem do tempo, resulta em um novo parâmetro rígido, a partir do qual pode se situar. Assim o certo/errado e o par/impar passam de simples pares de opostos ao estatuto de um conhecimento por ele produzido que serve como ponto de referência.

Gabriel dispõe do calendário, não só para se situar no tempo, mas para seus interesses particulares. Gabriel sabe que os calendário são anuais, mas o arranja de acordo com sua própria necessidade, isto é, de 15 em 15 meses. Além disso, prefere contar os dias corridos, contando um a um os dias que se passaram. Como num neologismo, em que se inventa uma nova palavra, ou um novo uso para uma palavra, Gabriel inventa uma nova organização do calendário e um novo jeito de contar, mas se amparando em referenciais simbólicos como o calendário e o sistema decimal.

Se na neurose é a castração e o não-saber do Outro que move o sujeito na direção do conhecimento, aqui vemos um garoto que teme o estrago do Outro que tudo-sabe e constrói conhecimento à medida que inventa essas categorias e sistemas para explicar e situar as broncas. Gabriel produz conhecimento para se defender do Outro invasivo.

Concomitantemente aos calendários e aos dias corridos, Gabriel passa a falar de seu interesse pelas temperaturas. Analisa atentamente as variações de temperatura de um dia para o outro e num mesmo dia. Conta sobre a temperatura mínima e máxima daquele dia em que nos encontramos para sessão e de dias importantes para ele, ou seja, dias em que "levou bronca" ou "estava de parabéns".

Nas sessões começamos então a escrever as "previsões do tempo", como ele as chama. Na realidade, trata-se de constatações a respeito das variações de temperatura num dia, observadas nos termômetros do Canal 21 e do relógio do Itaú da Avenida Paulista e memorizadas por ele. Nos dedicamos então a sistematização dessas observações diárias. Seu método de análise das temperaturas é o seguinte. Construímos listas dessas "previsões do tempo", sempre organizadas de segunda a sexta-feira, nunca registramos as temperaturas dos fins-de-semana. De maneira ritualística, Gabriel dita e eu escrevo: "Previsão do tempo do Canal 21, do dia 19 a 23 de agosto de 2003. Dia 19/08, mínima 17º C - máxima 23º C." etc... A partir dessas observações ele pode categorizar os dias em "frio" ou "quente". Ao final dos cinco dias, agrupa os dias quentes, separando-os dos frios e diferencia os dias em que o tempo "virou" (estava quente no dia anterior e esfriou). Para que possa categorizar os dias em frios ou quentes, Gabriel, como um cientista que precisa definir alguns parâmetros para desenvolver sua teoria, estabeleceu que: até 24ºC é frio e de 24ºC para cima é calor, negando o caráter um tanto subjetivo da diferença entre o frio e o calor.

Deste modo, Gabriel foi criando padrões para construir essas listas, que foram feitas e refeitas inúmeras vezes, como se uma vez dito e escrito, logo depois já fosse necessário novamente re-dizer e re-escrever.

Como afirma Lacan (1955/56) o lugar do analista na clínica da psicose é o de secretário do alienado. Nesse caso, enquanto "secretária" minha função ali era de escrivã e de testemunha da construção de um extenso relatório sobre as variações de temperaturas numa semana ou até em meses. Esses relatórios parecem servir de subsidio para a construção de um conhecimento sobre as mudanças de clima em São Paulo. Além de testemunhar, cabe a mim, novamente, certificá-lo de suas próprias constatações. Por exemplo, quando ele diz que a máxima foi 17ºC, na seqüência pergunta: "Frio, né? 17ºC para máxima", e exige que eu responda de modo afirmativo.

Esse estudo das temperaturas parece também estar articulado aos efeitos de um Outro não barrado.

Um dia, sou eu quem levo a bronca, Gabriel me diz:

"Porque você está de jaqueta?" "Porque eu tô com um pouco de frio."

"Mas hoje está mais de 24ºC, não é frio."

"Mas mesmo assim eu escolhi por a jaqueta porque eu sou meio friorenta."

Gabriel que em principio estava muito bravo em me ver de jaqueta num dia quente, aceita minha resposta, mas fica meio desconfiado.

Algumas sessões depois, Gabriel me conta:

"Minha mãe me deu uma bronca porque eu saí de bermuda num dia frio. Tá errado sair de bermuda no frio?"

Respondo: "Mas você passou frio?" "Não."

"Às vezes mesmo no dia frio, a gente pode não sentir frio e escolher por bermuda, né? E se você não estava com frio, não tá errado sair de bermuda, né?

Muitas vezes eu me perguntava: De que se trata esse trabalho de listagem de temperaturas? Trata-se de um destino possível para todos aqueles números dos quais parecia não poder esquecer? Em algum momento ele poderia confiar e usar os próprios registros quando quisesse falar das variações de temperatura em vez de termos que re-escrevê-los? Minha principal questão era se a repetição se tratava de seu método de pesquisa, isto é, se a replicação fazia parte do processo para garantir a veracidade do conhecimento ali produzido ou se eu assistia um garoto um "curto-circuito" na sua própria produção. Mesmo sem resposta para essa pergunta, optei pela aposta na amarração que nossas listagens pareciam lhe oferecer.

Hoje as listas já abrangem todas as semanas desde 2003 até o primeiro semestre de 2010. Gabriel, depois de muita repetição hoje se ocupa muito menos dessas listagens e pode se interessar por outras coisas. Talvez hoje Gabriel possa confiar em seu extenso estudo, já que vem sendo mais fácil para ele lidar com o caráter imprevisível do clima de São Paulo e até com a bronca do Outro, sem tanta angústia.

Gabriel contava que seus pais não gostavam que ele falasse de datas, calendários ou temperaturas. Eu lhe dizia que esses assuntos eram importantes para ele e que ali na análise ele poderia falar sobre isso. Depois isso, Gabriel me dizia: "Aqui eu posso falar das coisas que penso com a minha cabeça, né?". Essa possibilidade de pensar coisas com a própria cabeça vem sendo a saída encontrada por Gabriel.

Frente ao estrago real do Outro, Gabriel parece fazer uma escolha pela produção de conhecimento. Minha hipótese é que a invenção de um sistema de organização das variações de temperatura e contagem do tempo se estrutura como um conhecimento que Gabriel construiu e que serve a ele como ponto de referência, como uma amarração que o mantém fora de crise.

O conhecimento é uma produção imaginária. Trata-se de uma alienação ao campo do sentido único e da certeza. Como discute Melman (1991), o conhecimento científico, assim como o conhecimento delirante, busca responder aos porquês tentando unificar os sistemas obtendo, assim, uma causa única capaz de tudo explicar, sem que venha a sobrar nenhum resto de real. Portanto, a diferença entre a ciência ou o conhecimento verdadeiro e o conhecimento delirante não está em sua estrutura, mas na maneira como os outros tomam essa produção. Enquanto o conhecimento verdadeiro tem o assentimento de um grupo, o conhecimento delirante não corresponde às necessidades desse grupo, por isso é tomado como irracional.

Portanto, se na neurose o conhecimento se produz no laço social e no campo da linguagem. Na psicose essa produção se dá, de certo modo, fora do laço social. Gabriel hoje pode contar com referenciais simbólicos, mas os utiliza com uma maior liberdade para invenções, já que não está regido e nem concernido pela lógica fálica. A minha escuta e minhas intervenções, em nenhum momento enfocam a pertinência social daquilo que ele produz, justamente porque entendo que na psicose a produção de conhecimento, ainda que delirante, atende às necessidades particulares do sujeito.

Nesse sentido, o conhecimento produzido por Gabriel é delirante já que não corresponde à racionalidade neurótica atravessada pela lógica fálica. No entanto, serve para fazer frente ao Outro perturbador que lhe causa estragos.

O conhecimento produzido por Gabriel está marcado por uma proliferação imaginária e pela certeza radical. Como percebemos, sua pesquisa o leva a definir parâmetros e criar sistemas inabaláveis. O conhecimento, enquanto produção imaginária, se sustenta pela lógica binária. O significante fálico inscreve o binômio um e zero, isto é, e ter ou não ter o falo. Na psicose não se pode contar com este binômio zero e um. No entanto, o conhecimento produzido por Gabriel o leva a construção de outros binômios como certo/errado, par/impar e frio/calor. Resta a Gabriel uma forma de organização que não toma a negatividade, isto é, a falta, como eixo, mas que lhe permite lidar com a diferença no registro imaginário, a partir desses outros binômios.

Como um pesquisador, Gabriel constrói suas teorias, seus "sistemas de mundo" como nomeia Lacan (1955/56). Seu mundo passa se organizar a partir desses conhecimentos que produz, ou seja, o conhecimento permite uma maior extensão e mobilidade significante e arma uma significação possível para esse garoto, significações não-fálicas. Hoje, pode pensar coisas com sua cabeça, orientado por isso que conhece sobre o mundo.

Esse conhecimento delirante produzido por Gabriel e a elaboração deste sistema binário vai permitindo a tessitura de uma rede, que o proteja do Outro. Essa rede vai sendo tecida pelo cruzamento desses conhecimentos. Por exemplo, as datas do calendário se articulam aos dias corridos, que estão organizados em par ou impar, por outro lado uma mesma data corresponde também a uma temperatura que fria ou quente. O cruzamento dessas informações permite amarrações. Diferente da metáfora paterna que se ofereceria como um ponto de capitonê, um eixo central a partir do qual todas as cadeias estariam amarradas, Gabriel vai produzindo uma rede a partir do cruzamento de cadeias, em alguns pontos específicos. Seus pontos de referência vão se armando sem a pretensão de uma amarração concêntrica como um ponto de capitonê, mas permitindo uma maior mobilidade.

À deriva diante de um Outro que sabe, e sem poder contar de ante mão com o saber paterno, que poderia lhe oferecer alguma amarração psíquica, Gabriel produz alinhavos pelo via do conhecimento.

Deste modo, se como aluno Gabriel inúmeras vezes falha na aprendizagem, isto é, na apreensão do conhecimento verdadeiro ou socialmente validado, como pesquisador Gabriel produz um conhecimento que faz alinhavos e que, ainda que temporariamente, lhe permitem alguma amarração.

 

Referências Bibliográficas

LACAN, J. (1955-1956) O Seminário - livro 3: As psicoses. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.

MELMAN, C. Estrutura lacaniana das psicoses. Porto Alegre: Artes médicas, 1991.