8O fracasso escolar existe, mas eu não acredito neleMedos no âmbito educacional índice de autoresíndice de materiabúsqueda de trabajos
Home Pagelista alfabética de eventos  




ISBN 978-85-60944-35-4 versión on-line

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

O lugar da Psicanálise na Pesquisa IRDI

 

 

Maria Eugênia Pesaro; Maria Cristina Machado Kupfer

 

 

Dentro da temática do Colóquio do Lepsi "O declínio dos saberes e o mercado do gozo" cabe bem discorrer sobre uma pergunta que permeou a Pesquisa Multicêntrica de Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil - Pesquisa IRDI (Kupfer et al., 2003, Kupfer et al., 2009): ao propor a validação de indicadores por meio de uma pesquisa quantitativa, o Grupo Nacional de Pesquisa (GNP), constituído por psicanalistas, acabou por ceder ao discurso científico hegemônico promovendo o que se pode chamar de uma experimentação da psicanálise?

A resposta a essa pergunta é negativa e, antes de justificar, é importante caracterizar como que se compreende o uso de diferentes métodos na Pesquisa IRDI e fazer uma breve distinção entre os métodos: psicanalítico, clínico e experimental (ou quantitativo), com a ressalva de que na Pesquisa IRDI o método psicanalítico não foi utilizado.

Considera-se que na Pesquisa IRDI o método clínico foi utilizado para a construção dos indicadores, para sua transmissão aos pediatras e nas avaliações psicanalíticas realizadas nas crianças aos três anos de idade para o estabelecimento do desfecho clínico da pesquisa. Em contraposição, o delineamento do estudo e a validação dos indicadores seguiram a metodologia experimental.

Em relação ao tema dos métodos, começa-se por Freud (1912/1976) que definiu o termo psicanálise em três níveis: pelo método de investigação do inconsciente, pelo método psicoterápico na transferência e pelo conjunto da teoria. Estaria vinculada à palavra método, segundo Costa-Pereira (2008) uma aposta freudiana na previsibilidade e na interpretabilidade dos sonhos e, à palavra singular o que ele vai chamar de "umbigo dos sonhos", ou seja, o fracasso de uma tradução integral dos sonhos, algo da ordem do esquecimento, do "não-reconhecido". Posteriormente, será o que Lacan vai utilizar para falar novamente daquilo que constitui o núcleo e a organização do inconsciente.

Lacan (1966-67/2003) entende que a psicanálise pode ser aplicada no sentido próprio apenas como tratamento, ou seja, aplicada a um sujeito que fala e que ouve. Assim, não há modo lacaniano de fazer experimentos ou praticar a observação, porque por esses meios não se encontra o sujeito e sim porcentagens. Para Lacan então, o método psicanalítico é aquele que dá a palavra ao sujeito, leva em conta o efeito de falta introduzido pela linguagem e permite que essa falta fundamentalmente inconsciente seja mantida. O método psicanalítico é constituído pela verbalização (pela palavra), pela escuta, pela transferência e pela intervenção.

O aparecimento do método clínico em psicologia (ou a pesquisa clínica) está associado às psicologias do desenvolvimento e da criança caracterizadas pela observação longitudinal de casos individuais. Um exemplo bem conhecido é representado pelas pesquisas de Jean Piaget decorrentes das observações dos seus próprios filhos (Sauret, 2003). Pode-se tomar a definição de Aguiar (2001) segundo a qual o método clínico pressupõe duas dimensões próprias da clínica psicanalítica: a singularidade do sujeito e a idéia de uma contemporaneidade entre pesquisa e tratamento. Considerar a singularidade do sujeito ou do indivíduo é a marca da psicologia clínica ou do método clínico. Esse princípio da singularidade se opõe à idéia de uma lei.

Já o método experimental ou quantitativo, que é a base da medicina, busca a explicação causal do comportamento das coisas. Seu objeto são os fatos, seu objetivo é o estabelecimento matemático das relações de causa e efeito e sua força está na confiabilidade e na reprodutibilidade dos resultados (Turato, 2005).

Além deste breve esclarecimento quanto aos métodos, deve-se também apontar algumas questões quanto ao uso do termo pesquisa dentro do campo psicanalítico.

Para Freud (1913/1976) a pesquisa era uma dimensão da prática analítica. Ele diz: "(...) a psicanálise faz em seu favor a reivindicação de que, em sua execução, tratamento e investigação coincidem (...)" (p. 152).

Em relação à pesquisa, Lacan (1964), na primeira aula do Seminário XI, faz um comentário elucidativo e claro sobre a sua posição: "o termo pesquisa, eu desconfio dele. Para mim, jamais me considerei um pesquisador" (p. 15).

A relação problemática da psicanálise com a pesquisa advém da seguinte pergunta: o que valem os conceitos da psicanálise transportados para fora do dispositivo da análise?

Para Sauret (2003) pode-se responder a essa pergunta dizendo que há dois tipos de pesquisa: a pesquisa dos psicanalistas que se sustenta no caso a caso e que apresenta resultados a partir do particular. Portanto, é uma pesquisa que não se relaciona com a formulação de hipóteses novas que caberia à abordagem experimental validar. O segundo tipo de pesquisa seria a que se apóia sobre a psicanálise e é orientada por ela. Essa pesquisa de orientação psicanalítica contribui para a incidência da psicanálise no laço social contemporâneo e, na grande maioria das vezes, está associada à universidade.

O próprio Freud era defensor desse tipo de pesquisa em psicanálise. Reconhece-se essa defesa nos seus artigos clínicos elaborados não a partir do material clínico obtido com seus pacientes, mas nos artigos sobre a cultura, como Tobem e tabu, Moisés e o monoteísmo.

Em suma, a pesquisa me psicanálise, efetuada no âmbito da universidade, pode ocorrer na clínica (na situação analítica), pode decorrer dela ou de fora da situação analítica, desde que seu objeto possa ser abordado do ponto de vista da psicanálise. Pode ser ainda uma pesquisa teórica ou histórica (Violante, 2000).

Teríamos, portanto, a partir das concepções acima descritas, pesquisas em psicanálise, pesquisas sobre a psicanálise e pesquisas de orientação psicanalítica.

A partir da problemática do método e da pesquisa, percebe-se que é a relação entre a ciência e a psicanálise que não é tranqüila.

Freud sempre perseguiu a idéia de alçar a psicanálise ao estatuto de ciência. Inicialmente, escreve a partir de um olhar médico, em busca da origem da doença nervosa. Procura, então, a causa do sofrimento ou das perturbações mentais e, suas investigações visavam à construção de uma teoria capaz de explicar o normal e o patológico. Com o avanço dos seus estudos e das pesquisas clínicas, Freud, em 1930, reconhece o caráter conflitivo do psiquismo humano e, com ele, a impossibilidade de uma normalidade.

Para Dor (1993), foi então o reconhecimento da divisão do sujeito (da Spaltung, em Lacan ou Ichspaltung, clivagem do ego, em Freud) que levou a psicanálise a um distanciamento dos demais campos do conhecimento e a uma quase "impossibilidade" de um diálogo com eles. Entende que haveria uma intenção de alienar a psicanálise a outras formas discursivas numa tentativa de submetê-la aos paradigmas e aos conceitos exteriores a ela. A conclusão do autor é que essa forma de "diálogo" leva a qualificar, imprudentemente, a psicanálise como não científica. O correto, segundo ele, seria considerá-la como "a-científica".

Para a ciência, o sujeito que fala deve ser excluído do que diz. Essa é uma das exigências que fundam a objetividade científica.

De outro lado, a relação da ciência com a verdade também é abalada quando se adentra o campo da psicanálise: a noção de verdade tem significados diferentes no campo da ciência e no da psicanálise. A ciência se apresenta como o protótipo do conhecimento verdadeiro ao definir que o discurso do conhecimento é aquele que pode ser declarado verdadeiro (ou falso) e o que é válido é o que pode ser demonstrado. O advento de qualquer ciência é tomado como o procedimento de, primeiro, estabelecer um corpus de descrição e classificação dos fenômenos e num segundo momento, haverá o esforço de evidenciar correlações ou relações causas entre os fenômenos estabelecendo-se o que é verdadeiro. Por outro lado, o discurso analítico supõe ou parte do pressuposto de que a verdade do sujeito não é um fato demonstrável.

A alienação produz, segundo Dor, a desvitalização da psicanálise por meio de sua interpretação em um universo de conceitos, de experiência, de práticas e de discursos que lhe são estranhos. Ou seja, "sujeitar o inconsciente e a psicanálise às redes de uma metodologia que lhes é completamente heterogênea e, por essa razão, anula-se o que constitui sua irredutível originalidade" (Dor, 1993, p.48).

Dor declara não ser possível a conciliação da Spaltung com a estruturação de um discurso que se enuncie como científico. Isso porque qualquer cientificização possível da Spaltung leva à foraclusão do sujeito.

Nesse sentido, compreende-se a transformação da pergunta inicial de Lacan "É a Psicanálise uma Ciência?" em sua segunda pergunta: "Qual a ciência que comportaria a Psicanálise?" (Lacan, 1966). Com essa transformação, Lacan está agora em outra posição discursiva quanto às relações entre psicanálise e ciência, posição na qual a operação psicanalítica é que está em posição de interrogar a Ciência: (...) que ciência poderia comportar a inclusão do real do sujeito? (...) (p. 798).

Se a psicanálise está fora da ciência, se as suas duas noções caras, sujeito do inconsciente e causa do desejo, não são incluídas nas demais áreas do conhecimento, se ela apresenta uma epistemologia própria que "subverteu" as noções de semiologia, de etiologia, de doença e de sintoma, onde se situa a psicanálise?

Segundo Fink (1997), Lacan optaria, no final, por situar a psicanálise num lugar específico fora da ciência, o que não quer dizer fora de rigor.

A proposta de Aguiar (2006) apoiado em Laplanche (1978, 1980), Figueiredo (2004) e Mijolla-Mellor (2004), é situar a psicanálise numa "extraterritorialidade" (termo de Laplanche), ou numa posição marginal em relação às demais áreas do saber e das práticas.

Diante de tal quadro, por que a Pesquisa IRDI foi realizada e qual é a sua sustentação teórica? A psicanálise conserva-se como sua base após essa aventura de se adentrar o campo da ciência, da pesquisa e do método?

Mijjola-Mellor (2004) ajuda ao propor o termo "interações da psicanálise" decorrente das perturbações introduzidas pela noção de sujeito do inconsciente nas relações com as demais disciplinas e áreas do conhecimento. Por "interações" da psicanálise, a autora entende a confrontação dos discursos mantidos por diversas disciplinas de forma a permitir destacar as especificidades de cada uma. Não se trata de buscar uma unidade dialógica, ao seu ver ilusória. Essa também é a posição de Kupfer e Voltolini (2005) quando apontam o limite do diálogo entre as disciplinas.

As "interações da psicanálise" são possíveis, segundo Mijolla-Mellor, ao retomarmos a própria significação do termo psicanálise: (...) um procedimento de investigação e um método aplicável em diversos campos (...) (apud Aguiar, 2006, p. 122). A autora propõe o termo interações e não aplicações, como utilizado por alguns autores, porque salienta que a própria psicanálise está interessada nos diversos outros campos do saber ou da cultura, na medida em que eles são parte constitutiva dela própria.

Considera que as "interações" da psicanálise" são preciosas porque permitem precisar e relativizar o saber analítico e seu método, comparando-os e confrontando-os com outros campos. A universidade seria uma base privilegiada para praticar essas interações, acrescentando à pesquisa "em" psicanálise (metapsicológica e clínica e "sobre" a psicanálise (histórico-epistemológica) a dimensão de uma pesquisa "com" a psicanálise (interações da psicanálise).

Seria essa a filiação da Pesquisa IRDI? Poder-se-ia afirmar que a Pesquisa IRDI realizou uma interação da psicanálise com o rumo da ciência denominado medicina, representado pela pediatria, por meio dos métodos experimental e clínico? Interação essa que poderíamos chamar de frutífera, que manteve os princípios e as noções psicanalíticas, ao mesmo tempo trouxe transformações para o seu próprio campo de pesquisa?

Esta parece ser uma direção possível de resposta à pergunta colocada inicialmente neste trabalho.

A proposta da construção de indicadores para a verificação da instalação do psiquismo manteve a noção de sujeito do inconsciente, apesar de a própria proposta de construir "indicadores" ser considerada algo "avesso" à psicanálise, uma vez que em geral - na pesquisa experimental - os indicadores são signos de uma doença e, nesse campo específico, remetem a uma semiologia psiquiátrica objetivando comportamentos. Na Pesquisa IRDI, os indicadores foram propostos como operadores de uma leitura que permite supor a presença e a singularidade do sujeito. Cada indicador em si não quer dizer nada, só vale por sua relação com outros representando a articulação entre o desenrolar do tempo cronológico e o estrutural no tempo da infância. É a articulação com outros indicadores que lhe confere um valor "significante", um valor de tendência e de indicação do processo de constituição psíquica.

Portanto, a Pesquisa IRDI introduziu uma inflexão sutil no espírito médico psicopatológico com que ele usualmente é utilizado no campo da pesquisa científica. Ela lhes aplicou uma "torção" que apagou deles a dimensão da medicina como leitura de doença.

Freud (1893/1976) sempre utilizou indicadores, uma vez que considera que o inconsciente só pode ser apreendido indiretamente ou por meio dos seus efeitos. Percorre-se o caminho de Freud na descoberta da trilha, dos traços e daquilo que se repete como reminiscências, no paralelismo do uso de indicadores, no estudo sobre a histeria.

A partir dos estudos de Freud, pode-se dizer que a psicanálise sempre trabalhou com sinais ou indicadores indiretos. A Pesquisa IRDI, portanto, não fere a psicanálise e o espírito psicanalítico do uso de indicadores.

O uso de indicadores pode então ser pensado não como uma cientificização da psicanálise, mas como uma tentativa de tradução da psicanálise que a torne transmissível e, com a condição de que essa transmissão se faça na transferência. Por isso, o uso de indicadores está associado a um momento de transmissão teórica de noções ou conceitos de fundamentos psicanalíticos.

A Pesquisa IRDI não é uma experimentação da psicanálise, como alguns alegaram, mas, a tentativa de estabelecer e demonstrar tendências de alguns fenômenos psíquicos para que pudessem ser inseridos numa prática diversa da psicanalítica. Esteve por trás dos objetivos da Pesquisa IRDI a demonstração, para os profissionais da área médica (e porque não dizer para a medicina) de que os mecanismos psíquicos são experiências psíquicas que se distinguem das experiências físicas por possuírem significação e que a primeira dimensão dessa experiência psíquica é intersubjetiva. Junta-se a essa demonstração a sutil, mas fundamental concepção de que não é somente a experiência que antecede a que prepara a experiência que sucede: há uma gênese lógico-estrutural do psiquismo humano (Pesaro, 2010).

É nesse sentido, que a conceituação e os fundamentos da Pesquisa IRDI são psicanalíticos mas, as metodologias utilizadas foram aquelas que possibilitarem a interação da psicanálise com a medicina.

Desta forma, também se tomou o cuidado (por meio da transmissão e da aplicação dos indicadores ao longo do tempo de 18 meses) para que os indicadores não fossem interpretados como uma técnica de verificação da constituição psíquica. A aplicação de uma técnica, diz Vorcaro (2008), pressupõe a detenção de um conhecimento que universaliza o objeto e, consequentemente, apaga sua manifestação singular.

Nesse sentido, os indicadores podem fazer previsões de tendências e sugerir intervenções.

Articula-se às noções de acontecimentos e suas conseqüências, a concepção de sobredeterminação dos fenômenos psíquicos em que se atribui o inter-relacionamento interativo e complexo de numerosos processos no desencadeamento do fenômeno psíquico (Pacheco Filho, 2000).

Pode-se dizer que a metodologia de uso de indicadores na Pesquisa IRDI fez uma mediação entre o método clínico e o experimental sem descaracterizar a psicanálise. Considera-se, portanto, que essa Pesquisa tem o mérito de conseguir uma tradução do fazer psicanalítico sem se curvar à linguagem médica e a sua epistemologia (Pesaro, 2010).

Após o entrelaçamento entre esses dois métodos, a Pesquisa IRDI manteve-se orientada pelos princípios da psicanálise, entendida como uma ciência construída no campo das ciências da linguagem.

Propõe-se, portanto, considerar que a utilização de diferentes métodos não se contrapõe à semiologia psicanalítica, considerada como semiologia da linguagem. A psicanálise não é uma só modalidade de investigação e sua referência metodológica não é única. Essa diversidade e heterogeneidade constitutiva colocam a psicanálise em posição de interagir com as demais disciplinas e progredir por meio dessa diversidade e heterogeneidade de fontes.

Aponta-se o esforço da Pesquisa IRDI para manter um lugar para o sujeito infantil na modernidade, para defender uma forma de cuidar do sofrimento psíquico dos bebês e como uma tentativa de estabelecer e demonstrar tendências de alguns fenômenos psíquicos para que eles possam ser inseridos numa prática diversa da psicanalítica.

 

Referências

Aguiar, F. (2001). Método clínico: método clínico? Psicologia: Reflexão e Crítica, 14(3), 609-616.

Aguiar, F. (2006). Questões epistemológicas e metodológicas em psicanálise. Jornal de Psicanálise, 39(70), 105-131.

Costa Pereira, M. E., & Laznik, M-C (2008). Discussão sobre a articulação entre psicanálise e pesquisa. In Lerner, R., & Kupfer, M. C. M. (Orgs.), Psicanálise com crianças: clínica e pesquisa (pp. 15-48). São Paulo: Escuta.

Dor, J. (1993). A cientificidade da psicanálise. Tomo I - A alienação da psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas.

Figueiredo, L. C. M. (2004). Revisitando as psicologias. Da epistemologia à ética das práticas e discursos psicológicos. Petrópolis: Vozes.

Fink, B. (1997). Ciência e psicanálise. In: Feldstein, R., Fink, B., & Jaanus, M. (Orgs.), Para ler o seminário 11 de Lacan: os quarto conceitos fundamentais da psicanálise (pp. 68-79). Rio de Janeiro: Zahar.

Freud, S. (1976) Sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos: uma conferência. In Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud. (J.Salomão, trad.,Vol. 3, pp. 37-52). Rio de Janeiro: Imago (trabalho original publicado em 1893).

Freud, S. (1976). Sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos: comunicação preliminar (1893). In Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud. (J.Salomão, trad.,Vol. 2, pp. 43-59). Rio de Janeiro: Imago (trabalho original publicado em 1893-1895).

Freud, S. (1976). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud (J.Salomão, trad.,Vol. 12, pp. 147-159). Rio de Janeiro: Imago (trabalho original publicado em 1912).

Freud, S. (1976). Totem e tabu e outros trabalhos. In Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud (J.Salomão, trad.,Vol. 13, pp. 13-191). Rio de Janeiro: Imago (trabalho original publicado em 1913).

Freud, S. (1976). Mal estar na civilização. In Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud (J.Salomão, trad.,Vol. 21, pp. 75-279). Rio de Janeiro: Imago (trabalho original publicado em 1930).

Kupfer, M. C. M. et al. (2003). Pesquisa multicêntrica de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 6(2), 7-25.

Kupfer, M. C. M., & Voltolini, R. (2005). Uso de indicadores em pesquisas de orientação psicanalítica: um debate conceitual. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21(3), 359-364.

Kupfer, M. C. M. et al. (2009). Valor preditivo de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil: um estudo a partir da teoria psicanalítica. Latin American Journal of Fundamental Psychopathology Online, 6(1), 48-68.

Lacan, J. (2003). A lógica da fantasia. In Outros escritos. Rio de Janeiro: Zahar, p. 323-28 (trabalho original publicado em 1966-67).

Lacan, J. (2008). O Seminário, Livro XI: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar (trabalho original publicado em 1964).

Laplanche, J. (1978). La enseñanza del psicoanálisis em la Universidad. In Interpretar [con] Freud y otros ensayos (pp. 97-112). Buenos Aires: Nueva Visión.

Laplanche, J. (1980). Un doctorat em psychanalyse. Psychanalyse à l'Université, 6(21), 5-8.

Mijolla-Mellor, S. (2004). La recherche en psychnalyse à l'université. Recherches en Psychanalyse, 1(1), 27-47. Recuperdo em 21 abril. 2010 de http://www.cairn.info/article.php?ID_REVUE=REP&ID_NUMPUBLIE=REP_001&ID_ARTICLE=REP_001_0027.

Pacheco Filho, R. A. (2000). O debate epistemológico em psicanálise (à guisa de introdução). In: Pacheco Filho, R. A., Coelho Junior, N., & Rosa, M. D. (Orgs.), Ciência, pesquisa, representação e realidade em psicanálise (pp. 15-42). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Pesaro, M. E. (2010). Alcance e limites teórico-metodológicos da Pesquisa multicêntrica de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Sauret, J. M. (2003). A pesquisa clínica em psicanálise. Psicologia USP, 14(3), 89-104.

Turato, E. R. (2005). Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Revista de Saúde Pública, 39(3), 507-14.

Violante, M. L. V. (2000). Pesquisa em psicanálise. In: Pacheco Filho, R. A., Coelho Junior, N., & Rosa, M. D. (Orgs.), Ciência, pesquisa, representação e realidade em psicanálise (pp. 109-17). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Vorcaro, A. (2008). A transferência em avaliações psicanalíticas de crianças: um debate. In: Lerner, R., & Kupfer, M. C. M. (Orgs.), Psicanálise com crianças: clínica e pesquisa (pp. 161-170. São Paulo: Escuta.