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On-line ISBN 978-85-60944-35-4

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

Reciclagem do saber para não ser consumido: os serviços gerais no particular de uma escola1

 

 

Maria Rachel BotrelI; Margarete Parreira MirandaII

IPsicanalista, pesquisadora do Grupo de Pesquisa Caleidoscópio do Projeto de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto, coordenadora do Núcleo de Investigação e Pesquisa em Toxicomania e Alcoolismo do Instituto de Saúde Mental de Minas Gerais da EBP/MG
IIPsicanalista, pesquisadora do Grupo de Pesquisa Caleidoscópio do Projeto de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto, mestre e doutora em Educação pela FAE/UFMG

 

 


RESUMO

A entrada da psicanálise em cada escola produz algo do particular, considerando-se que o sintoma da instituição é localizado e tratado no detalhe do que emerge em cada lugar. Como psicanalistas concernidos pelos problemas que o declínio do saber e o mercado do gozo trazem para os enlaçamentos do sujeito na contemporaneidade, apresentaremos o recorte de uma pesquisa-intervenção que trabalha as peculiaridades de duas escolas de Belo Horizonte. Nestas escolas, uma pública e outra particular, ressaltamos a participação dos funcionários dos serviços gerais nas Conversações, metodologia da psicanálise aplicada à educação e escolhida como estratégia para a condução desse trabalho. Nesse contexto, demonstraremos o possível deslocamento da posição do sujeito, muitas vezes alocado como dejeto, para a posição de adulto responsável pela transmissão das gerações. Interrogamos: Qual a relação dos profissionais dos serviços gerais com o saber que circula pela escola e se transmite às crianças e adolescentes?


 

 

O psicanalista na instituição: que efeitos se produz ali?

Seria provocativa a entrada do psicanalista nas instituições?

Jacques - Alain Miller (2010) disse que tal decisão retira o analista de sua condição passiva, expectante e tradicional de receber as demandas em seu consultório, para suscitá-las nos espaços coletivos, promovendo "provocação institucional" via psicanálise aplicada.

À quem provocaria a psicanálise aplicada? Interessa-nos acrescentar.

Se entendermos a origem latina da palavra, provocare está ligada a chamar, desafiar, ser causa ou motivo de, e podemos então responder que ao analista cabe dar o primeiro passo. Seguir o chamado do que lhe causa, ressoa em seu ser e não o deixa recuar ao confronto com os problemas de nossos dias, sobretudo nas instituições onde os sintomas nem sempre são decifráveis pela escuta clássica. Para isso, posiciona-se como psicanalista concernido, tornando-se disponível para transformar a demanda em trabalho, mantendo-se guardião da responsabilidade clínica que o orienta.

Outro psicanalista atento aos sintomas atuais e sua pertinência social, interroga: "Como fazer escutar o sintoma na instituição?" (BARROS, 2010, p.81). Segundo esse autor tal pergunta equivale querer saber "qual a função e papel do psicanalista na instituição". Ou ainda, ele diz: "De onde deve ele escutar e fazer escutar?" (Idem).

A instituição é definida por Barros como alguma forma de estabilização feita para durar, representada pelos seus objetivos e hierarquia. Contrariamente a essa estruturação, o ato do analista se insere como centelha, como o súbito salto do leão que provoca surpresas e introduz o inesperado. Sua posição não extravia nem denigre os princípios fundadores do ato analítico, mas define que frente ao Outro da contemporaneidade, o analista interroga a massificação e a sujeição aos significantes-mestres. Pretende dissociar o sujeito dos membros da comunidade, para remetê-lo ao despertar da responsabilização subjetiva pelo que afeta cada um, nos lembra Laurent (2007). Nesse sentido, a intervenção do analista descompletaria o imaginário institucional, visando à produção de um novo momento.

"O psicanalista que se endereça à instituição buscará introduzir a singularidade própria a cada um em sua relação com o sintoma coletivo ali revelado", enuncia (LAURENT, Dominique, 2007, p. 47). Se o sintoma segrega algo do sujeito, instalando uma incógnita para ele em sua conotação grupal, ele também sinaliza o fracasso de um projeto civilizatório que impede o laço social. Renegando-se a ocupar o lugar do mestre nas instituições escolares, o analista se orienta pela medida do sintoma que situa as relações do sujeito com os seus problemas.

 

A escola, uma comunidade de vida, pode lidar com o que resta

Outra visão da instituição pode-se recolher no texto de Freud (1910), quando defende o lugar da instituição escolar como um espaço que deveria suscitar a vontade de viver a seus alunos, representando um ponto de apoio e sustentação necessários à época da infância e da adolescência. A inserção no mundo civilizado promove algumas perdas para o sujeito, em torno das quais ele tem que construir um saber, contornando o mal-estar que esse enlaçamento produz. "A escola não deve reivindicar por sua conta a inexorabilidade da vida, ela não deve querer ser mais do que um jogo de vida" (Freud, 1910, p.218). Ao dar entrada em uma instituição escolar, o psicanalista deve se perguntar como está se dando o "jogo de vida" naquele lugar. Se, efetivamente um jogo acontece em prevalência da vida, ou se substancialmente gera inibições escolares pela via do fracasso e da exclusão, porta de entrada no mundo da segregação, como adverte Philippe Lacadée (1999). O jogo pulsional percorre a escola pela via linguagem e pela palavra faz laço social.

Tomamos o texto de Freud de 1930, "O mal-estar na civilização" para dele extrairmos a orientação freudiana frente ao mal-estar inevitável do sujeito em conexão com o social. "Todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo", lembra-nos o pai da psicanálise (1974, p. 103). Nos tempos atuais, Miller (2010) formula que para além da salvação pelos ideais lidamos com a salvação pelos dejetos. Para o psicanalista, o dejeto é "o que é rejeitado e especialmente rejeitado ao fim de uma operação". O dejeto seria o que o simbólico não recobre, o que se evacua, sendo somente uma peça avulsa, ou que se faz desaparecer, um pedaço que cai no encontro com o Outro social.

Fabián Naparstek (2004) chama atenção para que o resto tem a conotação de desperdício, "o desperdício é algo propriamente humano, o que resta de toda operação - simbólica - e cai como aquilo que resta". Refere-se, contudo, ao resto que causa trabalho. Relaciona o resto que gera trabalho a uma causalidade fecunda, como os "restos diurnos" em Freud. Um resto que pode ser "tramitado".

E é nessa direção que Miller interroga: se o ideal trabalha com identificações, como encontrar a via da sublimação do resto, dos dejetos, do que resiste à entrada na linguagem, instrumento privilegiado no enlaçamento humano das trocas? Não pela via dos ideais, ele assegura. O analista poderá oferecer a via do inédito, que embora precária, resgatará o genuíno de cada um, fazendo circular a vida nas instituições, e em nosso foco específico, as instituições escolares.

 

O particular de uma escola

A demanda feita por um Colégio particular de Belo Horizonte se deu a partir da constatação, pela direção, de que a equipe dos serviços gerais não estava realizando seu trabalho de maneira adequada. Os diretores anunciaram aos profissionais que aquela seria a última tentativa feita, por parte da escola, para que eles retomassem o trabalho e, caso não surtisse efeitos, seriam substituídos por profissionais terceirizados.

Em nossa investida pelas escolas dificilmente nos é demandada uma intervenção junto aos "funcionários dos serviços gerais", o que nos fez interrogar: que lugar ocupam na instituição escolar? Entendemos que ninguém melhor do que eles próprios para nos dizerem dos problemas no exercício de sua função. Por isso, lançamos mão do dispositivo das Conversações2, metodologia da psicanálise aplicada à educação, para operarmos sobre os discursos desses profissionais da escola.

 

Da desinserção social e do desperdício ao fazer melhor no lugar da transmissão

Foram realizadas uma série de cinco conversações, com a duração de uma hora e meia cada, para que os profissionais dos serviços gerais se expressassem sobre o que embaraçava o seu trabalho. Em um primeiro tempo das Conversações pudemos recolher suas queixas e localizar os fatores que emperravam o andamento das tarefas que lhes competia desempenharem. Segundo eles, os problemas enfrentados na escola - de interação entre as equipes, com os colegas, professores e alunos - fazia com que gastassem mais energia, do que a realização do trabalho em si. O Outro, naquele momento, era responsabilizado pelo que impedia o fazer produtivo e gerava desperdício: "Não somos respeitadas, as professoras e os alunos nos tratam como domésticas". As conseqüências da interpretação dada ao problema produziam perturbações na comunicação entre os profissionais, prevalecendo os mal entendidos, intrigas e formas truncadas de dizer.

No segundo tempo das Conversações, os participantes começaram a se implicar no problema, percebendo que todos tinham um interesse muito grande nas notícias do dia, nas fofocas que circulavam de boca em boca. Muitas vezes, não ficavam somente na escuta participando ativamente das intrigas, trazendo "reportagens" e "jogando o colega no fogo". Entenderam ser este um modo de agir antigo que sempre produziu excessos, choque, mal-estar e desperdício de atos e palavras. Perdia-se grande parte do tempo sustentando o funcionamento do que nomearam "Rádio Pião". Refletiram que essas práticas levavam ao desrespeito e só poderiam fomentar a terceirização, já que esvaziavam o saber próprio àquela função.

Em um terceiro tempo da Conversação, mais um giro se deu no discurso, em direção à responsabilização daqueles sujeitos pelo seu percurso na instituição: "Qualquer um pode desperdiçar ou limpar", disseram. E desvelaram: "Mas, quando estamos no pátio com os alunos somos mais do que serviços gerais. Às vezes somos professores e até psicólogos". E concluíram: "Somos educadores dos serviços gerais!".

Para sustentar esse novo lugar teriam que enfrentar o desafio de "tratar do desperdício" construindo propostas, tomando algumas decisões e alicerçando mudanças: desligar o excesso - a "rádio pião" -, promover a interação entre a equipe e a integração entre as Coordenadoras. Analisaram: "Eu achei que a melhora começou das duas coordenadoras. Elas se uniram e isso deu segurança pra nós [...] A aproximação das duas aproximou o grupo todo [...] Eu acho que as duas são colunas. A rádio peão fechou; foi à falência".

O dom da palavra opera transformações, e esse é o princípio orientador das Conversações. Os "educadores dos serviços gerais" deram o testemunho de quem fez bom uso da experiência com a palavra: "cada um deveria refletir para melhorar cada dia mais [...] Meu melhor eu posso trazer pra escola".

Tramitar pela instituição em uma posição diferente redimensionou as possibilidades do exercício da profissão. Relataram que participam agora, junto aos professores, trocando idéias sobre como tratar do desperdício nos detalhes do dia-a-dia. Como estarem atentos ao "papelzinho dentro do copo de café que se perde como material reciclável, o uso adequado dos banheiros ou as agressões entre as crianças".

E recolhem os efeitos do que foi transformado:

"Não dá mais choque"

"Eu estou notando uma bela diferença"

"Uma colega está ajudando a outra"

"Houve aproximação das meninas; todas trabalhando com alegria".

"Eu tenho conseguido um retorno melhor das crianças. Pra mim foi bom saber que eu, na minha posição de auxiliar de serviços gerais, posso ensinar como educadora e ter um retorno".

"Se acontecer alguma coisa a gente pode conversar de novo entre nós... Não deu certo dessa vez?".

O diagrama abaixo foi construído junto aos funcionários que participaram dessas Conversações:

 

 

 

O lugar de autoridade no detalhe da escola pública

Apresentaremos, a partir desse item, a análise do material recolhido em duas Conversações com os auxiliares escolares, como são chamados os trabalhadores das escolas públicas do município de Belo Horizonte. A escola pesquisada localiza-se em área de grande vulnerabilidade social desta cidade. O convite feito às psicanalistas previa que fossem trabalhadas "as dificuldades para lidar com os problemas cotidianos" da escola. Na entrevista inicial com a direção e coordenação sobressaiu o nome dos "problemas cotidianos": a questão da autoridade. O que esse sintoma da instituição recobria, que tornava difícil o exercício da função daqueles profissionais?

 

Da sobrecarga que inibia à responsabilização pela palavra do adulto que orienta

As queixas iniciais dos auxiliares escolares expunham sujeitos paralisados e impotentes diante dos impasses com as crianças e adolescentes, no dia-a-dia do transcurso escolar. A função que os colocava em contato direto com os alunos era a de dar conta do "bom funcionamento do recreio". Esse "bom funcionamento" era traduzido como terem que responder pela "ausência de problemas" naquele horário. A ocasião do recreio em uma escola, entretanto, é o momento onde tudo pode acontecer. Identificados ao ter que resolver com eficiência as situações de "materialidade", naquele intervalo, tais como, tratar dos machucados das crianças, controlar o acesso à merenda e o uso dos banheiros, viam-se sobrecarregados e incapazes para dar conta de tanto. Embaraçados, acabavam atribuindo-se tarefas extras, sem se aperceberem disso. Uma funcionária relata a forma encontrada para cuidar de uma criança que, segundo ela, sofria maus tratos e era explorada na comunidade: "trago, escondido, comida de casa para alimentá-la na escola, pois tenho dó". Incumbia-se da tarefa de tentar suprir o que se apresentava como necessidade e urgência da criança. Em outros momentos se eximiam do enfrentamento de situações em que deles era demandado um posicionamento frente ao saber, quando poderiam levar uma palavra esclarecedora às crianças. Outra auxiliar expõe que se calava quando os meninos tentavam com ela conversar sobre questões familiares, por não se ver em condições de orientar os pequenos: "O que dizer a eles? Posso prejudicar sua relação com o pai". Ás vezes se esquivavam de arcar com situações difíceis, por não sentirem confiança e nem clareza de suas competências. O caso relatado por um funcionário demonstra a restrição de sua conduta: "Fico brincando com um menino no recreio, pois ele não consegue interagir com os outros de sua idade. Parece que eles os rejeitam", disse.

As psicanalistas intervinham sobre os dizeres dos participantes daquelas Conversações, interrogando sobre o "bom funcionamento" que os "sobrecarregava". Os próprios colegas confrontavam os dizeres, tornando o espaço das Conversações uma ocasião profícua. Poder perguntar sobre o que "sobrava" e tornava o fazer excessivo, levou-os a querer saber como enfrentar os problemas que as crianças e adolescentes lhes traziam, convocando-os a ocupar o lugar de adulto naquela relação. Inicialmente impotentes para encontrar respostas mais apropriadas quando requisitados pelas crianças, um giro se deu e o novo foi colocando em movimento no exercício da autoridade de saber. Um participante do grupo sugeriu que em vez do colega brincar com a criança segregada pelos outros por ser negra poderia vislumbrar, juntamente com outros profissionais da escola, maneiras de ajudá-la a fazer parte. Questionou-se ainda: "Será que em vez de trazer a merenda para a criança maltratada, não se poderia discutir com a escola e as instituições parceiras (conselho tutelar, promotoria da infância e da juventude), formas de intervir nas situações de violência e exploração em que a criança estava envolvida?". "É uma situação além muros, mas podemos achar um jeito de começar a interferir", argumentou outro participante.

Os auxiliares escolares daquela instituição foram se descolando do sintoma que os aprisionava à impotência, para o exercício da autoridade na relação com os escolares. Buscaram uma inserção que vivificava esse lugar. Afinal, não estavam, até então, segregados dos saberes próprios à sua função?

Relataram, então, uma situação em que a menção ao nome da diretora foi suficiente para regular a atuação dos alunos que, às voltas com questões da sexualidade, se davam ver no horário do recreio. E concluíram que consentir com a autoridade do Outro é consentir com a própria e, com isso, a veiculação da autoridade na educação de crianças e adolescentes poderia ganhar maior fruição.

Ao final, construímos o diagrama:

 

 

Conclusão

Fazer a "oferta da palavra" aos participantes de uma Conversação é promover a possibilidade da emergência do inédito. O analista na instituição é intermediário entre o sintoma que emperra o trabalho, e o deslocamento que afrouxa essas amarras produzindo o novo.

Ao privilegiarmos, nesse artigo, o trabalho com os "educadores dos serviços gerais" fizemos a aposta de que o resto ou dejeto institucional poderia ser reciclado. Na primeira escola relatada, a palavra era usada excessivamente como intriga, retirando o sujeito da responsabilização do laço com o Outro. O desperdício, como resto mal cuidado, mantinha os funcionários na posição de desinserção no espaço coletivo da escola. Poderiam, inclusive, serem substituídos pelos "terceirizados", devido a improdutividade e inoperância em seu fazer.

Em relação aos profissionais da escola pública, entretanto, vimos que a palavra era inibida na comunicação com as crianças e adolescentes, com quem mantinham contato no recreio. Aqueles profissionais não se autorizavam a ocupar a posição de adultos responsáveis pela transmissão de saber aos descendentes de outra geração. Ocupando-se exaustivamente da materialidade, cercavam-se de tarefas para que "nada de ruim acontecesse" naquele tempo. Ao mesmo tempo, retraíam-se de intervenções que pudessem levar um dizer esclarecedor para os meninos.

Pudemos recolher nas duas escolas, a pública e a particular, os efeitos das Conversações como metodologia de pesquisa-intervenção sobre os sintomas escolares. E concluir que, na reciclagem dos saberes pela palavra, pode haver um deslocamento da posição do sujeito, da desinserção para a construção de novas modalidades de laço social no mundo contemporâneo.

 

Referências bibliográficas

BARROS, Romildo Rêgo. Como fazer escutar o sintoma da instituição. In: Opção Lacaniana, 56/57. São Paulo, julho 2009.

BROUSSE, Marie-Hélène. Três pontos de ancoragem. In: Pertinências da psicanálise aplicada. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2007.

FREUD, Sigmund (1910). Breves Escritos. Contribuições para uma Discussão acerca do Suicídio. In: ESBOPC. Rio de Janeiro: Imago, 1970. .

FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização (1930). In: ESBOPC. Rio de Janeiro: Imago, 1974.

LACADÉE, Philippe. Su verdadera necesidad espontánea. Cuadernos del Instituto del Campo Freudiano (Centro de investigaciones del ICBA), Buenos Aires, n.3, p.59-69, dez. 1999.

LAURANT Dominique. O psicanalista concernido In: Pertinências da psicanálise aplicada. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2007.

LAURENT, Éric. O analista cidadão. In: A Sociedade do Sintoma: a psicanálise, hoje. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2007. p 141-150.

MILLER Jacques-Alain. Le salut par les detachets. In: Mental: Clinique e pragmatique de la desinsertion en psychoanalyse, n 24 Clamecy. Abril 2010.

MILLER, Jacques-Alain. Problemas de pareja: cinco modelos. In: ______. La pareja e el amor. Buenos Aires: Editora, 2003a. (Conversación Clínica con Jacques-Alain Miller em Barcelona).

MIRANDA, Margarete Parreira. O mal-estar do professor em face da criança considerada problema: um estudo de psicanálise aplicada à educação. 2010. Tese (Doutoradoem Educação). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

NAPARSTEK, Fabián. Do pai universal ao pai singular. In: Curinga n. 21. Escola Brasileira de Psicanálise - MG- 2005.

 

 

1. O presente trabalho está vinculado ao Grupo de Pesquisa Caleidoscópio do Projeto de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto, que focaliza os estudos do mal-estar docente e os problemas da criança e do adolescente.
2. O dispositivo da Conversação foi formulado por Jacques Alain-Miller em 2003, como estratégia para discutir problemas referentes à psicanálise. Tem sido utilizada pelos psicanalistas, como metodologia da psicanálise aplicada, a partir de então. Em grupo, os participantes da Conversação buscam trabalhar o sintoma que obnubila os saberes em uma instituição, para que o movimento que vivifica aquele espaço e recoloca o desejo em questão, possa ser retomado. Sobre as Conversações no âmbito escolar, ver tese de doutorado de Miranda (2010).