8Entre a letra e o nome: impasses subjetivos presentes no processo de alfabetizaçãoProliferação de objetos e empuxo ao gozo: impactos do discurso capitalista na educação índice de autoresíndice de materiabúsqueda de trabajos
Home Pagelista alfabética de eventos  




ISBN 978-85-60944-35-4 versión on-line

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

A inversão da demanda: "de que serve a psicánalise à educação?"

 

 

Mônica Fujimura LeiteI; Cleide Vitor Mussini BatistaII

IPsicóloga, especialista em Psicanálise, especialista em Transtornos Globais do Desenvolvimento, Mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Londrina, atua em clínica dos Distúrbios Globais do Desenvolvimento (DGD).
IIPsicopedagoga, Pós-doutora em Psicologia pela USP, orientadora, atua em clinica dos DGD.

 

 

O percurso clínico-institucional num centro de tratamento e estudo dos Distúrbios Globais do Desenvolvimento (DGD), atravessado pela Psicanálise, despertou em nós questões acerca da transmissão da mesma aos educadores que se dispunham (ou indispunham) a trabalhar com as crianças atendidas por nós. Considerando a importâcia da vida escolar para qualquer criança, e mais ainda para nossos pacientes, temos como hábito a prática de de ir até a escola ouvir as angústias dos professores1 e falar a eles acerca da constituição psíquica, a partir da crença de que, se eles soubessem mais sobre isso diminuiriam sua angústia e poderiam atuar de forma mais autônoma com as crianças. Nossa questão inicial era a de como levar o saber psicanalítico até a escola, de modo que ela pudesse compreendê-lo e utilizá-lo. Ao longo do mestrado em Educação, nos deparamos recorrentemente com a pergunta: "mas de que serve este saber à Educação?", quando então o óbvio caiu e nos demos conta de que saberes não lhes faltavam, eles tinham os deles.

A partir disso passamos a dar a devida importância ao que Voltolini (2006) fala, quando denuncia o risco do narcisismo de considerar que nós é que temos o que eles precisam. Ainda mais, a entrada da Psicanálise no campo Educacional poderia ser um saber paralisante, que desorganizaria um sistema pautado no esquecimento (recalque). Tratando-se de um saber esquecido, não ignorado, não se resolveria com mais saber (Coutinho, 2006; Voltolini, 2006).

Assim, antes de nos propor a falar, escutei a questão dos professores invertemos a demanda e perguntamos se a Psicanálise teria alguma serventia a quem não se propôs a ser psicanalista. Tornamos esta uma questão ética, pondo na conta o risco que se corre ao falar de algo fora de seu contexto, e estando advertidas, a partir de Freud (1914/2006) da responsabilidade que isso implica, ao considerar que aquele que ouve, o faz a partir de sua própria subjetividade, provocando desvios. Esta pesquisa (realizada a partir de levantamento bibliográfico) partiu então desta pergunta.

Voltolini (2002) traz que Lacan afirmava que a transmissão da Psicanálise possui uma especificidade ímpar com relação a todos os outros saberes, implicando na mudança de posição subjetiva do sujeito, ao atuar diretamente no desejo. O professor não tem essa especificidade em sua atuação.

Porém, a partir de um extenso levantamento biblográfico de diversos pesquisadores experientes no assunto, e de nossa própria experiência enquanto clínica e na prática de interlocução da clínica com as escolas (onde oferecemos um espaço de escuta e discussão com a equipes pedagógicas), pudemos ir verificando que a Psicanálise tem sim algumas contribuições à Educação. Para que isso se efetue, Kupfer (2010) considera necessário encontrar um ponto ótimo em que o professor pudesse ser beneficiado pelo saber psicanalítico sem ter que renunciar de sua posição pedagógica.

Ainda, por mais que nossa experiência se baseie em crianças com DGD, nos inspiramos na autora (2007) para afirmar que por mais que se trate de Educação Especial, seus princípios deveriam ser os mesmos de qualquer educação, uma vez que seu objetivo último é a tentativa de bordejar o real por meio do simbólico.

Consideramos que esta contribuição possível seria advertir o professor da Castração. Dado que este não é um assunto fácil, seria necessária uma volta, fazendo o percurso por alguns conceitos, objetivando que ele se dê conta da importância de sua posição diante do ensino e da criança, ao mesmo tempo desimaginarizando esta relação, tirando dele sentimentos persecutórios ou de impotência.

 

Impossível

Freud (1925/2006; 1937/1006) considera que a Psicanálise está na mesma situação que a Educação, pautando-se no impossível, por suas práticas se darem na imprevisibilidade da relação ao outro. Porém Voltolini (2002, 2006), Amorim (2006), Kupfer (2010), Martins (2005, agosto), E.A. Monteiro (2006) e F.T.P. Monteiro (2008) dizem que cada uma delas responde de forma diversa a este fator, o professor com uma imagem ideal de homem e o psicanalista vendo por trás dela, a partir da consideração do Inconsciente. A Educação, ao manter essa postura, nega o impossível, que a leva à impotência quando se depara com o limite, o qual é transferido do educador ao aluno, à política escolar, ao social, (e assim sucessivamente, na busca de um culpado pelos fracassos). A Psicanálise propõe estabelecer uma relação produtiva com o impossível, ao invés de negá-lo. Saber da impossibilidade de se controlar o Inconsciente pode trazer um posicionamento ético importante, uma vez que coloca o sujeito frente à dialética da falta e do desejo. Isso possibilita uma mudança de posição subjetiva de cada um que participa do processo, de modo a responsabilizar-se e implicar-se naquilo de que participa.

 

Transmissão

O Inconsciente se faz presente o tempo todo na relação do professor com o aluno. Freud (1914/2006) coloca que certo dia se deu conta de que sua ideias não haviam se originado nele, mas sido transmitidas por seus mestres, sem que eles tivessem conhecimento disso. A partir disso, Voltolini (2009) diz que a transmissão seria a ideia que passa de um sujeito a outro, dentro de um campo comum, sendo então a autoria desconhecida e irrelevante.

Então, mais importante do que o que se ensina é o que o sujeito toma para si. A autoria não é uma construção solitária, mas definida pela apropriação e implicação, não pela originalidade. Assim, a partir deste conceito, seria possível aos professores compreenderem porque não é possível saber ao certo tudo o que é transmitido ao aluno, o processo de construção do saber passa por vias que ele ignora. Isso é importante para que caia o ideal pedagógico do controle e da previsibilidade.

Por outro lado, o objetivo da Educação é a transmissão de conteúdos, e dizer-lhe que não adianta se esforçar, que a aprendizagem está além de seu controle, não basta. A Psicanálise pode ainda ajudar a pensar, diante da impossiblidade, o que é possível. A partir do que Pinto (2010, maio) nos apresenta, para que algo se transmita é necessário que agite a causa no outro. Mas, perguntamos, o que é necessário para que isso aconteça?

 

Desejo e Constituição do Sujeito

Para que uma criança aprenda é necessário que ela tenha o desejo de aprender, mas não é possível obrigar uma criança a desejar. Diante deste impasse, Lajonquière (2002) propõe que a psicanálise possibilita alencar o que poderia vir a atravancar o desejo, dificultando a educação.

A partir disso, consideramos importante que os professores saibam que é necessário ter-se cumprido algumas etapas lógicas para que a criança esteja apta à aprendizagem. Kupfer (2010) diz que a Psicanálise poderia transmitir à Educação uma noção do desenvolvimento da criança. Freud (1905/2006) diz que o desejo de saber surge no momento em que a criança se questiona do amor privilegiado dos pais e da descoberta da diferença sexual anatômica, a partir do Complexo de Édipo, culminando nas "teorias sexuais infantis". Pela dificuldade em avançar, os esforços infantis são abandonados e recalcados ao final do processo. A investigação sexual é o primeiro passo de autonomia da criança, desprendendo-se da subjetividade adulta. A criança entra no período de latência, no qual aparecem forças contrárias, que desviarão a energia dos alvos sexuais, por meio da sublimação, mas que continuam impelindo a criança a perguntar.

Por outro lado, uma vez que o professor também passou por este processo de constiuição subjetiva, é um ser desejante. A partir da consideração de Lacan (1985) de que o desejo do sujeito é primeiro o desejo do Outro e de Lajonquière (2002) de que o conhecimento só é passível de ser transmitido através do desejo, se o professor quer manter o do aluno direcionado para os objetos que se propõe a ensinar, deve ter seu desejo implicado neles, e em sua transmissão.

É importante então ao professor saber da importância de se posicionar enquanto castrado, trazendo a marca da falta (de saber), portando um conhecimento que não lhe pertence, que também herdou de seus mestres e ao qual está submetido. Isso, em última instância, traz a questão do próprio desejo do professor com relação a sua profissão e, se ele for com relação ao saber, propicia a identificação e permite aparecer o desejo do aluno (Bilate, 2010; Kupfer, 2002, 2007; Martins, 2005; Mendonça Filho, 1998; Nunes, 2004; Pereira, 1998; Souza, 2007, janeiro). Assim, o educador transmite um estilo.

 

Estilo

Almeida (2006, dezembro) e Kupfer (2007) afirmam que o estilo de um sujeito se estabelece a partir dos efeitos do encontro dele com o simbólico. Apropriar-se do que herdou permite ao sujeito imprimir sua marca pessoal, a partir de seu desejo, e esta comparece no modo de ele agir no mundo. Ao transmitir um estilo, o educador fala de sua sua resposta frente ao desejo do Outro e como lida com sua dívida contraída com ele, (na medida em que um dia também aceitou receber esta transmissão). Importa ele saber disso para estar advertido que sua relação de amor deve ser com o saber, não com a criança. Assim, o ensino passa a ser motivado por uma dívida.

 

Dívida

Lajonquière (2002) diz que o mestre ensina por dever, o que ele ensina é uma tradição que comporta um saber acerca do que fazer com a vida, pautadas nos ideais ou no simbólico. Tal dívida não pode ser quitada, apenas reconhecida, o que implica em aceitar que de fato o saber não lhe pertence, aceitando com isso a própria castração. O ensino é uma tentativa de quitá-la, repassando-a.

O professor, tendo seu desejo implicado em seu trabalho, transmite aos seus alunos os objetos de conhecimento que lhe são tão caros. Assim, o que o professor transmite é sua posição diante do objeto de conhecimento e do próprio ato de ensinar.

É importante aos professores saberem disso uma vez que, segundo o autor, na atualidade a educação está referida a um psiconaturalismo que pressupõe uma estimulação metódica e cientificista de potências psíquicas. A criança é colocada como objeto, sendo impossível reconhecer o desejo que anima o ato educativo, uma vez que os sujeitos se excluem do processo. Esta postura implica em um estreitamento da oferta cultural, retirando a dimensão terceira da relação professor-aluno, deixando-os em posições similares. Atrelada à ilusão de uma suposta superação do mundo adulto, educa-se não a partir do passado, mas em nome das supostas necessidades futuras.

Lajonquière (2002) considera que o professor deve endereçar-se à criança em nome de seu dever Simbólico, abrindo para ela a possibilidade de vir a saber quem é na série transgeracional da humanidade. Tendo como referência a Lei do Desejo, a partir da diferença estabelecida entre eles, ordena o mundo para a criança. Esta, por sua vez, assujeita-se em nome da promessa de no futuro ocupar o lugar do adulto. Reconhecer-se numa história passada permite recuperar para si o desejo recalcado dentro da série histórica de seus antepassados, e apenas a partir dele é possível projetar um futuro.

Agindo desta forma o professor está apto a ser ouvido pelo seu aluno, posicionando-se enquanto representante da cultura e das normas sociais (Ferrari, 2010; Kupfer, 2010; Palhares, 2006), em outras palavras, está em relação transferencial com o aluno.

 

Transferência

Kupfer (2010) diz que a transferência se dá quando o desejo de saber do aluno se enlaça a algum elemento particular do professor, passando este a adquirir um poder de influência sobre aquele. O professor não precisa saber exatamente que lugar é este, apenas que sua posição, conforme foi falado, seja de desejante com relação ao saber e à transmissão. Importa ao professor saber que para que a transferência se estabeleça é necessário que a criança deposite sobre ele a suposição de um saber ("suposto saber") (Lacan, 1990). Outro aspecto importante é ele saber que não é direcionado a ele, mas conforme Monteiro (2008) e Mrech (1997, abril) apontam, o lugar que ele ocupa.

 

Para que serviria este saber?

Assim, a partir disso, nos questionamos: estar advertidos disso tudo implicaria em mudanças na postura do professor? O que vai se passar a exigir dele? ? importante considerar que o professor não vai passar a ser clínico, e exigir uma mudança dele poderia vir a comprometer sua atuação. Bacha (2003) questiona: o professor, ao tomar de empréstimo os conceitos da psicanálise, teria condições de fazer uso deles?

De acordo com Kupfer (2010); Monteiro (2008); Palhares (2006) e Petri (2003), o professor saber do Inconsciente implicaria em possibilitar a ele respeitar o aluno em sua singularidade e considerar que sua subjetividade marca o que ele transmite. Kupfer (2010) ainda diz que esta é a única contribuição possível da psicanálise e esperar mais do que isso seria ser incoerente com o que ela própria propõe. De posse do saber psicanalítico o professor pode não se desesperar frente a sua impotência diante destes fatos e nem tentar reprimi-los, e ainda admitir que isto é importante para o desenvolvimento intelectual de seu aluno.

Ainda de acordo com a autora, ao ouvir falar do Inconsciente, professor continua sem saber como controlá-lo ou atingi-lo, mas aprende a levá-lo em conta. Reconhecer os limites que a psicanálise impõe permite a ele criar um estilo próprio a partir da marca de seu desejo.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir de todas estas considerações, pode-se pensar que um bom professor seria aquele que mobiliza o desejo do aluno para as questões de aprendizagem. Por outro lado, não é possível promover, nem direcionar o desejo no outro. Saber disso permite ao professor não se identificar ao saber que pretende ensinar, não se colocar como portador dele, mas como transmissor. Assim, trazendo a dimensão de que os objetos de conhecimento são o acúmulo de uma construção cultural, abre para a dimensão da provisoriedade dele. E do quanto o conhecimento é uma tentativa de o simbólico revestir o real (conforme diz Lacan (1990), mas que este nunca será possível de ser recoberto por inteiro. Assim ele coloca o conhecimento não como um fato consumado, mas é capaz de interrogá-lo, dando notícia assim da Castração. Uma outra dimensão importante que se amarra à primeira é a importância de o professor posicionar seu desejo com relação ao conhecimento e não à criança, uma vez que apenas a primeira propicia o surgimento de um sujeito de desejo.

Chegando ao final de nosso percurso, solitário, mas muito bem acompanhado, depois de muito nos debater com a pergunta inicial e a angústia de não realizar uma constatação empírica que implicasse em uma mudança da realidade, nos demos conta de que uma mudança fôra realizada, em nossa realidade. Sendo o instrumento de trabalho do psicanalista ele próprio, o investimento não é em equipamentos, nem em estudos teóricos. Todo ele só tem sentido se vier para aproximá-lo de seu desejo e deixá-lo advertido dele. Tendo aprendido a escutar a si mesmo, adquire a ética necessária para escutar o outro e até lhe transmitir algo. Assim, após esta longa caminhada, se não foi possível o planejado no início, uma vez que, sendo planos, só têm sua concretude no ideal, ao menos isso ficou de resto: um saber construído acerca de nossa possibilidade de ser uma transmissora da psicanálise.

Aprendemos que muito mais que conceitos, o que se transmite é a ética. Ou seja, se no início de nossa pesquisa nossa preocupação era acerca da seleção do conteúdo a ser transmitido, hoje sabemos que mais vale a posição do analista frente ao que se propõe a fazer. Que não tem realmente como falar de Psicanálise sem vivenciá-la em si mesmo. Se a palavra carrega o desejo, este a transcende e a transmissão se dá para além dela.

Por outro lado, conforme estamos dizendo aos professores, por mais que se estude e pense acerca da transmissão, nunca será possível prever e ter controle do que ficará para aqueles que ouvem, como serão afetados e que desdobramentos este saber terá sobre a prática dos professores, e até sobre suas vidas, uma vez que o conhecimento da Psicanálise implica em afetar a subjetividade. Consideramos esta a grande questão da transmissão da Psicanálise, e pelo que vamos verificando, mais uma vez o que pretendíamos falar ao outro serve a nós mesmas: nos deparamos com a nossa Castração.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, S.F.C. Transmissão da psicanálise a educadores: do ideal pedagógico ao real da (trans)missão educativa. Estilos da Clínica - rev. Da infância com problemas, 11 (n.21, São Paulo, dezembro 2006). Recuperado em maio, 2010 de http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1415-71282006000200002&script=sci_arttext.

Amorim, W. O que a psicanálise nos ensina, como transmiti-lo aos educadores? Estilos da Clínica - Rev. da infância com problemas (An 6 Col. LEPSI IP/FE-USP 2006). Recuperado em abril, 2010 de . http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000032006000100073&script=sci_arttext.

Bacha, M.N. Psicanálise e educação: laços refeitos. (2a ed). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. 261 p.

Bilate, D. Contribuições da psicanálise à educação. Revista Filosofia Capital, 5 (10a ed.), Rio de Janeiro. pp. 31 - 40. 2010. Recuperado maio, 2010 de www.filosofiacapital.org/ojs-2.1.1/index.php/.../article/.../107.

Coutinho, A.B.V. A inserção da psicanálise no campo educacional: apropriações de um discurso. Estilos da Clínica - Rev. da infância com problemas (An 6 Col. LEPSI IP/FE-USP, 2006). Recuperado em junho 2010 de http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032006000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.

Ferrari, R.F. Considerações psicopedagógicas da relação vincular professor-aluno. Recuperado em junho, 2010 de www.sicoda.fw.uri.br/revistas/artigos/1_5_59.pdf.

Freud, S. A sexualidade infantil. Cap II Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. (1905). In: ______. Edição Standard das Obras Completas de Sigmundo Freud. Um caso de histeria, três ensaios sobre a sexualidade e outros trabalhos (Vol. 7). Rio de Janeiro: Imago, 2006. pp.163-189.

______. A História do movimento psicanlítico (1914). In: ______. Edição Standard das Obras Completas de Sigmundo Freud. A História do movimento psicanalítico, artigos sobre a metapsicologia e outros trabalhos (Vol. 14). Rio de Janeiro: Imago, 2006. pp. 15-73.

______. Prefácio à juventude desorientada, de Aichhorn (1925). In: ______. Edição Standard das Obras Completas de Sigmundo Freud. O Ego e o id e outros trabalhos (Vol. 19). Rio de Janeiro: Imago, 2006. pp. 305-308.

______. Análise terminável e interminável (1937). In: ______. Edição Standard das Obras Completas de Sigmundo Freud. Moisés e o monoteísmo, Esboço de Psicanálise e outros trabalhos (Vol. 23). Rio de Janeiro: Imago, 2006. pp.222-270.

Kupfer, M.C.M. Educação para o futuro: psicanálise e educação (1999) (3a ed). São Paulo: Escuta, 2007. 155p.

______. Freud e a educação: o mestre do impossível (1989) (3a ed). São Paulo, Scipione, 2010. 103p.

Lacan, J. O Seminário Livro 2: O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 1985.

______. O seminário Livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990. 269 p.

Lajonquière, L. Infância e ilusão (psico)pedagógica: escritos de psicanálise e educação (1999) (3a ed). Petrópolis: Vozes, 2002. 204 p.

Martins, M.R.R. (Im)possibilidades de conexão entre psicanálise e educação. Guia de Psicologia Sobresites (Psicologia, Notícias, Agosto 2005). Recuperado em abril, 2010 de http://www.sobresites.com/psicologia/noticias/impossibilidade-de-conexao-entre-psicanalise-e-educacao.htm.

Mendonça Filho, J.B. Ensinar: do mal entendido ao inesperado da transmissão. In: LOPES, E.M.T. A psicanálise escuta a educação. Minas Gerais: Autêntica, 1998. pp.73 - 106.

Monteiro, E.A. Estilo: a psicanálise na formação de educadores. Estilos da Clínica - Rev. da infância com problemas (An 6 Col. LEPSI IP/FE-USP 2006). Recuperado em junho, 2010 de http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032006000100030&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.

Monteiro, F.P.T. (2008). Fracasso escolar: o discurso do sujeito que fracassa: fracassa? Dissertação de Mestrado. Fac. Educação UNICAMP. Campinas, SP, Brasil.

Mrech, L.M. Um sintoma na cultura: a falência na transmisão na relação professor-aluno. Trabalho apresentado no VII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano - As Novas Formas do Sintoma - Clínica - Ciência - Sociedade. São Paulo, 18 a 20 de Abril de 1997.Recuperado em abril, 2010 de http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=155:um-sintoma-na-cultura—a-falencia-da-transmissao-na-relacao-professor-aluno&catid=9:psicanalise&Itemid=20.

Nunes, M.R.N. Psicanálise e educação: pensando a relação professor-aluno a partir do conceito de transferência. Estilos da clínica - Rev. da infância com problemas (An. 5 Col. LEPSI IP/FE-USP 2004). Recuperado em abril, 2010 de http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php.

Palhares, O.Transmissão e estilo: o que define a singularidade na relação professor-aluno?. Estilos da Clínica - Rev. da infância com problemas (An 6 Col. LEPSI IP/FE-USP 2006). Recuperado em junho, 2010 de http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032006000100058&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.

Pereira, M.R. O relacional e seu avesso na ação do bom professor. In: LOPES, E.M.T. A psicanálise escuta a educação. Minas Gerais: Autêntica, 1998. pp. 154 - 193.

Petri, R. Psicanálise e educação o tratamento da psicose infantil: quatro experiências institucionais. São Paulo: Annablume: FAPESP, 2003. 136p.

Pinto, T.M.C. Palestra de abertura do curso Psicanálise Conceitos Fundamentais de Freud a Lacan Faculdade Pitágoras - União Metropolitana de Ensino Paranaense Ltda. Londrina. Proferida em 29 de Maio de 2010.

Souza, R.T. Mal estar na escola: uma leitura psicanalítica. Convergencia - movimiento lacaniano por el psicoanalisis freudiano (Jan. 2007). Recuperado em janeiro, 2010 de www.convergenciafreudlacan.org/.../II_MAL-ESTAR-NA-ESCOLA-doc-197.doc.

Voltolini, R. As vicissitudes da transmissão da psicanálise a educadores. Estilos da Clínica - Rev. da infância com problemas (An. 3 Col. LEPSI IP/FE USP 2002). Recuperado em junho 2010 de http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000032001000300036&script=sci_arttext.

_______. A educação como "fato inconveniente" para a psicanálise. Estilos da Clínica - Rev. da infância com problemas (An 6 Col. LEPSI IP/FE-USP 2006). Recuperado em junho , 2010 de http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032006000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.

 

 

1. O editor do texto "Explicações, aplicações e orientações" de Freud (1933) explica que a palavra almeã que Freud utiliza para educação é mais ampla que educação escolar, dizendo respeito à criação da criança de forma geral. Em nosso trabalho preferimos manter a terminologia "professor" para designar a população à qual nossa transmissão é destinada, uma vez que se trata de uma classe específica de educadores, que escolheram o ensino como profissão. Já a referência à "educador" será aplicada de modo mais amplo, conforme a palavra original.