8A sociedade da vergonha e a (des)construção da subjetividade docenteExperiências com Acompanhamento Terapêutico em Maceió: reflexões a partir da política da Inclusão, do campo do saber e do campo do gozo author indexsubject indexsearch form
Home Pagealphabetic event listing  




On-line ISBN 978-85-60944-35-4

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

O declínio dos saberes e os métodos de ensino: alguns apontamentos sobre as conexões entre Educação e Psicanálise.*

 

 

Rogério Rodrigues

Docente da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) nas disciplinas: Psicologia da Educação e Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

 

 

O educar como um processo de aplicação dos métodos de ensino

É muito comum no meio educativo apresentarem-se diversos métodos de ensino que possam favorecer o denominado "processo de aprendizagem". Em grande parte, a preocupação daqueles que atuam ou estudam para se tornarem educadores acaba por fazê-los exercitar os chamados "princípios pedagógicos". Os conjuntos desses processos formativos resultam no pensamento de que as técnicas educativas são fundamentais e devem estar presentes nas práticas de ensino. Temos no meio educativo, portanto, uma ampliação de saberes das ciências em educação, as quais instituem as técnicas como elemento central para desencadear o processo de aprendizagem — a metodologia de ensino.

Em entrevistas realizadas com grupo de professores das primeiras séries do ensino fundamental e médio da rede de ensino pública pude constatar que cada educador se apresentava como detentor de alguma técnica que se materializava em práticas no interior do processo educativo. (Cf. Rodrigues, 2008).

Grande parte dos educadores preocupa-se em "adotar o livro", mas o que acontece de fato no campo educativo é o inverso, ou seja, o "professor é que é adotado", pois o livro passa a ser o centro de todo o processo educativo e o professor apenas administra a aplicação do "ponto". Nesta forma de relação com o "livro didático" o professor fica completamente subordinado ao "método de ensino".

No decorrer da entrevista observou-se que grande parte dos educadores aponta para possíveis pontos de ruptura com esta forma de reificação no campo das relações educativas. São momentos em que o educador apresenta-se na condição verdadeiramente humana e passa a reconhecer os "problemas educativos" como parte do seu próprio trabalho em educar.

Assim sendo, importa destacar que "o declínio dos saberes" não seria propriamente a questão da "metodologia de ensino" aplicada e sim a insistência de que somente na utilização da mesma é que se pode apresentar na qualidade de "educador" no sentido de responder cientificamente sobre o "resultado educativo". O sucesso educativo é o apagamento da falta, pois é aquilo que Lajonquière anuncia como sendo a adequação do sujeito em relação a técnica, portanto,

(...) a educação gira em torno da tese da adequação natural, entre, por um lado, o suposto estado espiritual infantil e, por outro, a intervenção do adulto. Pensa-se que o sucesso educativo está em função do grau de adequação da intervenção, sendo o seu grau máximo a realização de uma pretensa e psico/bio/lógica natureza humana. ( Lajonquière, 2000, p. 109).

Paradoxalmente, podemos observar que os resultados das referidas técnicas educativas se apresentam de modo excludente, ou seja, sua aplicação encontra-se somente na premissa do sucesso em educar. Os elementos não favoráveis ao processo educativo apresentam-se como alheios à relação educativa e devem ser desconsiderados. Há, portanto, negação dos sujeitos/alunos que por algum motivo não apresentam eficácia em aprender. Assim sendo, os "métodos de ensino" apresentam-se de modo paradigmático para o educador e este se realiza somente como aquele que melhor consegue aplicar a referida "técnica educativa.

O aplicar a técnica na ordem estabelecida pelo método de ensino mensura-se pelas diversas formas de avaliações instituídas pelos órgãos governamentais, principalmente, pelo órgão do governo, como é caso do "Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira", que "mede" o "Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Nesta lógica educativa o "fracasso escolar" apresenta-se como algum problema a ser "quantificado" para avaliar a aplicação da referida "técnica educativa" e neste ponto ocorre uma situação paradoxal, ou seja, uma ampliação do saber técnico e científico em oposição do saber do sujeito/educador presente na relação educativa.

 

A oposição entre o educar e a aplicação dos métodos de ensino: o processo de ampliação do argumento

Como docente responsável pelo curso da disciplina Psicologia da Educação que é oferecida na licenciatura tenho como premissa básica que os alunos possam se enveredar para análise e, principalmente, crítica sobre as relações entre os sujeitos que se apresentam no campo educacional. Neste caso, o curso de Psicologia da Educação se propõe em analisar o sujeito inserido nas instituições escolares como lugar da realização de relações humanas e, principalmente, vínculos que possam permitir a ampliação da tolerancia para com o outro. Realizar o curso de Psicologia da Educação é algo que se encontra diretamente relacionado com a implicação do sujeito em educar a "si mesmo" e o "outro".

Assim sendo, compreendemos a disciplina Psicologia da Educação como algo que se caracteriza, principalmente, na ampliação do argumento do sujeito sobre os aspectos educacionais, habilitando-o a elaborar sua condição de intelectual no campo da educação escolar.

O argumento permite a instauração de uma verdade provisória que estabelece o diálogo e se constrói na oposição com o "outro". Esse processo da arguição pode destituir o dogma, ou seja, o argumento verdadeiro que permite a dúvida como algo que emancipe o sujeito. A ampliação do argumento de todos é uma condição para que a cultura se realize efetivamente em todo o seu conjunto, pois implica o sujeito numa verdade provisória do seu tempo. O exercício do argumento atualiza, pois o sujeito em sua própria contemporaneidade.

Neste caso, a "formação do educador" apresenta o paradoxo da possibilidade de realizar a "subordinação do sujeito" e/ou a "emancipação do sujeito", pois, de um lado, é instruído no "método de ensino" que o habilita e o instituí com o nome de "professor" como aquele que professa a palavra e que contém a verdade do seu tempo — o mestre argumentador, e, por outro lado, em decorrência de algum motivo qualquer essa verdade instituída pode elevar a consciência crítica do sujeito.

O ideal de escolarização seria um processo efetivo da ampliação da consciência crítica e para tanto é preciso minimizar as "técnicas de aprendizagem" que indicam o saber educar o outro para uma condição de pensar o educar o "sujeito real" no conjunto do "não saber". Neste caso, o "argumento" seria o da tentativa de educar o outro como a decifração do "enigma do sujeito" (Cf. Larrosa, 2004, p. 183-198) que se apresenta na relação educativa em que o educador também se encontra implicado para revelar esse "não saber".

Compreende-se o curso de Psicologia da Educação como uma elaboração teórica e prática no sentido de indicar alguns caminhos possíveis para alcançar essa elaboração do educar o outro destituído das exigências das técnicas educativas que instituem a "ciência da educação" e, problematicamente, coisifiquem o sujeito no campo das relações educativas.

Parte-se do pressuposto de que o campo educacional é um lugar onde ocorrem diversas tendências das ciências da educação que instituem o discurso do saber. O educador na condição de intelectual seria aquele que estabeleceria uma resistência e analisaria as múltiplas determinações do sujeito, principalmente, como uma "invenção artesanal do argumento" no campo das práticas educativas. (Cf. Sennett, 2009).

Essa "invenção artesanal do argumento" presente no campo das relações humanas é o ponto central para a análise do "sujeito educado" e isso poderia permitir ao educador assumir a condição de produzir a emancipação do sujeito e, principalmente, sua condição de também se produzir como intelectual no fazer educativo.

O lugar do exercício e da prática do argumento apresenta-se como uma possibilidade de educar o outro. A intervenção do educador no processo de educar o outro é um elemento fundamental na construção e na produção de subjetividades e isso é o grande motivo pelo qual cada aula se retrate como uma invenção inédita do educar esse outro. Cada aula é um encontro com o desconhecido em que o inédito impulsiona o intelectual a inventar a si mesmo no campo das relações educativas, pois a cada aula realiza-se o encontro que apresenta parte do enigma do outro. Assim o outro se revela em pequenas partes como uma peça do "quebra cabeça" que nunca de fecha numa proposição ou paradigma do sujeito — o mosaico do sujeito.

Essa condição do outro como o "enigma do sujeito" e o intelectual que interpreta a relação educativa construindo o "mosaico do sujeito" é que torna o trabalho do pensamento permanente. A dinamicidade das relações entre os sujeitos no campo educativo torna a função verdadeira do intelectual na instituição escolar como aquele que analisa as questões do sujeito, principalmente, sua própria condição de educador com o próprio argumento inovador do seu próprio pensamento. (Cf. Larrosa, 2004).

 

A educação do sujeito para ampliação do argumento: a ruptura com a "formação do educador" para a condição de "invenção do educador"

O curso de Psicologia da Educação em que trabalho com os alunos da licenciatura apresenta dois momentos para a ampliação do argumento, o primeiro é aquele que denomino como uma filosofia do sujeito, ou seja, a compreensão do sujeito no campo das relações sociais e, principalmente, uma análise do sujeito psicológico como um processo de educação em que se produzem determinadas subjetividades. O segundo momento do curso é voltado para um estudo das teorias educativas hegemônicas e, principalmente, como estas posicionam o sujeito psicológico no campo das relações educativas. Neste caso, partimos da tese de que a condição de educar o outro tem como base uma teoria do sujeito e, principalmente, investigar como o psicológico opera no campo das relações humanas.

É importante destacar que a teoria psicológica de sujeito pode estar em disjunção com o real das práticas educativas, mas não deixa de existir como um discurso teórico e, principalmente, prático do sujeito ou até mesmo, por grande parte dos educadores. Neste caso, o fato dos educadores não reconhecerem a teoria do sujeito psicológico presente — os elementos do psicológico no âmbito das relações educativas — não o impedem de realizar a tarefa de "educar o outro".

Muitos educadores não realizaram o curso de Psicologia da Educação e encontram-se atuando como "professores", pois muitos que trabalham no ensino escolar são leigos, mais propriamente, destituídos da reflexão analítica sobre a ação educativa. No entanto, suas práticas educativas exercem algum tipo de resultado naquilo que apresenta como sendo a "aprendizagem" no conjunto das aplicações de técnicas educacionais.

A Psicologia da Educação somente se realiza na implicância do sujeito em desejar compreender a si mesmo no interior do processo educativo. O processo investigativo não é uma apropriação de alguma técnica e sim a condição de elaborar sua própria prática de educador.

Identificam-se no campo das práticas educativas três grandes teorias hegemônicas que se apresentam com pedagogias modernas, quais sejam: 1) memória conceitual (pedagogia tradicional); 2) memória emocional (pedagogia nova); e por último, 3) memória neural (pedagogia tecnicista).

Nessas teorias educativas baseia-se a idéia de sujeito da consciência que institui as dinâmicas de práticas educativas no campo escolar. O educar no campo dessas teorias educativas resulta, principalmente, do modo como somos educados. Nosso modo de ensinar é algo que se encontra diretamente relacionado com o nosso saber instituído e, aprendemos a "ser sujeito" educando sujeito. O "processo de aprendizagem" apresenta-se, pois como uma verdade na consciência do sujeito e estabelece suas conexões com a cultura — a construção do argumento/sujeito.

Neste ponto em que se estabelecem as conexões entre os sujeitos e a cultura é que seria preciso romper com os processos de reificações em que o sujeito torna-se submetido ao outro (objeto/coisa). Para tanto, os diálogos entre a Psicanálise e a Educação passam a serem elementos de ruptura e inovação que poderão inverter essa lógica do "sujeito objeto/coisa" para o "sujeito do desejo" e, assim, produzir a ampliação do argumento, mais propriamente, a condição de associação a outras formas de pensamento — a invenção do educador e educando como intelectuais.

 

Os pontos de conexões entre a psicanálise e educação: a ampliação do argumento e as rupturas com os saberes técnicos/educacionais

Com a "ampliação do argumento" surge a segunda hipótese, a de que a Psicologia da Educação somente se realiza quando se favorece o processo educativo como a ampliação do "exercício do argumento" e, principalmente, que se possa apresentar a inversão dos "declínios dos saberes", ou seja, a ampliação do "sujeito do desejo" e a diminuição dos saberes técnicos/educacionais.

Esses diálogos em que se apresentam o argumento são os pontos em que se podem permitir as conexões entre a Psicanálise e a Educação, pois neles se encontra uma interpretação do sujeito no campo educativo, principalmente, os paradoxos do desejo em educar o outro — as rupturas do argumento.

Os paradoxos no campo educacional se encontram na suposição de que o "saber educar/técnica" é o elemento primordial para o sucesso educativo e a perda do reconhecimento de que o "não saber" pode ampliar o próprio "desejo de saber".

De modo geral a educação é o lugar do exercício da responsabilidade e dever. O educar funciona como uma "dívida simbólica" em que devemos realizar algo no outro, pois em nós mesmo algo foi realizado em nossa própria educação.

Diríamos que a educação é um processo continuo na existência do sujeito, pois este se compreende na falta em ser e deseja ser algo em sua própria completude. Como educador o seu olhar para com o outro é também o desejo do outro em ser algo que não é. Nessa diferença entre o "ser" e o "não ser" é que se amplia o nosso argumento para a construção do outro. É nesse dialogo que se torna possível romper com as formas de engessamento das "técnicas de aprendizagem", as quais instituem uma verdade dogmática do sujeito.

No campo educional não temos uma oposição em relação as técnicas de aprendizagem, no entanto, as mesmas devem ser apropriadas de maneira criativa permitindo que o sujeito possa se realizar, principalmente, o educador realizar-se enquanto intelectual, mais propriamente, o filosofo da educação. Isso seria algo que de fato poderia permitir a realização das "as conexões entre Educação e Psicanálise".

Essa condição da ampliação do argumento no campo educacional é que permite destituir a idéia que se tem da "formação do sujeito" para o conceito de procedimento para outra qualidade ao analisar o educar como uma prática em que de fato se apresenta apenas a condição de diálogo permanente para a "ampliação do argumento do sujeito".

 

A questão de educar o sujeito na ampliação do argumento: o impossível na educação ou a passagem da consciência reificada para a consciência crítica.

Todo início de curso permite observar a existência de um conjunto de situações que representam a presença da "consciência reificada" ou da "consciência crítica". De modo geral o que prevalece em grande parte no sistema educacional são turmas de alunos/sujeitos com a presença de sujeitos ordenados pela consciência reificada, pois no conjunto do trabalho educativo é possível observar alguns fatos significativos que indicam essa presença, quais sejam:

1) Quando os alunos perguntam o que vai cair na prova ficam subordinados ao pensamento do professor: "Professor! Isso cai na prova?"
2) Na solicitação de trabalho acadêmico os alunos perguntam sobre o número de páginas que devem escrever e a quantidade deseja pelo professor: "Professor! Quantas páginas você quer no trabalho?"
3) Fazem anotações em seus cadernos somente quando o professor escreve algo na lousa, pois somente nessa relação de espelhamento consideram que estejam escrevendo algo: "O professor hoje não deu aula. Ele ficou apenas falando".
4) Perguntam coisas que estão somente diretamente relacionadas com os pontos que "caem na prova", pois o saber se restringe à nota/quantitativa: "Professor! Isso não precisa copiar?"
5) Ficam preocupados com lista de presença como garantia de instaurar-se como aluno que frequenta o curso: "Professor! Hoje você não vai fazer a chamada".
6) Não perguntam nada. A sala fica em completo silêncio como uma modalidade de defesa e resistência para qualquer tipo de avaliação por parte do professor, pois falar seria se expor em palavras e pensamento.

Assim sendo, por um lado, há um conjunto de situações que se apresentam nas relações educativas que indicam as dificuldades de realizar-se como um lugar da experiência humana. No entanto, a "experiência humana" pode favorecer a reflexão de sua própria existência. No caso da consciência crítica ocorre a condição de levantar alguns pequenos pontos que indicam a possível presença da consciência não reificada no campo educativo, portanto, indicativos da emancipação do sujeito, quais sejam:

1) Os alunos procuram o professor para tirar dúvidas de suas leituras, pois estão determinados em saber movimentados pelo próprio desejo.
2) Ao pedir um trabalho acadêmico aos alunos as perguntas que são realizadas estão diretamente relacionadas com o tema e não apresentam preocupação com a avaliação.
3) As anotações são procedimentos particulares e definem o modo de estudar de cada sujeito.
4) Realizam diversas associações com os temas que são trabalhados no curso.
5) Apresentam-se de modo espontâneo para fazer trabalho de pesquisa.
6) Não apresentam preocupação com a lista de presença em sala de aula, pois sua presença está diretamente relacionada com o "desejo de saber".

As oposições entre essas duas listas anteriores que se apresentam de um lado o "sujeito reificado" e de outro lado o "sujeito emancipado" é que tornam possível analisar a tese de que o educar seria o processo de romper com as "manias" que impedem o sujeito pensar a si mesmo e reinventá-lo na condição do "sujeito crítico". Para tanto, as conexões entre a Psicanálise e Educação apresentam-se como um ponto de ruptura da instituição escolar como produtora do "sujeito reificado" para a condição de práticas/intervenções que favoreçam a invenção do "sujeito crítico". Os pontos de conexão entre a Educação e Psicanálise podem colaborar para reverter a situação do educador de coisificar a relação educativa e compreendê-la como uma situação da experiência humana em que o sucesso ou fracasso escolar apenas se apresentam como contingências da própria realidade. Deste modo pode-se perceber na radicalidade o impossível na educação como esperança de se realizar nas próprias contingências do real, fato que todos os educadores deveriam analisar no campo das práticas educativas — o impossível na educação.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lajonquière, L. (2000). Itard Victor!! Ou do que não deve ser feito na educação das crianças. In: L. Banks-Leitei (Org), A educação de um selvagem: as experiências pedagógicas de Jean Itard. (pp. ???). São Paulo: Cortez.

Larrosa, J. (2004). Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. (A. Veiga-Neto, Trad.). Belo Horizonte: Autêntica.

Rodrigues, R. (2008). Projeto de Pesquisa Demanda Universal 2008. Itajubá: Unifei. 2008 (mimeo). (Edital 01/2008 – Demanda Universal SHA – APQ-00070-08).

Sennett, R. (2009). O artífice. (C. Marques, Trad.). Rio de Janeiro: Editora Record.

Ministério da Educação. (2010). Texto recuperado em 02 de agost. 2010: http://www.mec.gov.br

Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos. (2010). Texto recuperado em 02 de agost. 2010: http://portalideb.inep.gov.br

 

 

* Agradecimento ao órgão de fomento a pesquisa FAPEMIG. Parte desse texto é em decorrência doprojeto de pesquisa intitulado "as dinâmicas das práticas educativas e os mitos sobre as causas das dificuldades escolares: os problemas de aprendizagem". (Edital 01/2008 – Demanda Universal SHA – APQ-00070-08).