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On-line ISBN 978-85-60944-35-4

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

Formar professores a distância – uma outra escuta sobre essa ousadia

 

 

Ricardo Dias Sacco

Faculdade de Educação / USP rids@usp.br

 

 

Há dois anos, durante o último Colóquio do LEPSI, apresentei algumas inferências sobre qual seria a situação da minha pesquisa sobre a prescindência da presença física dos corpos (dos alunos e do professor) na sala de aula de formação de professores e algumas suposições sobre quais rumos ela poderia galgar. Essa era a minha preocupação então. Curiosamente, nesta mesma data, conversando com uma colega, ela me disse que em sua sessão alguém a havia perguntado se a psicanálise interessava-se pelo ensino a distância.

De certo modo, minha pesquisa contemplava a expectativa dessa questão, mas, ao mesmo tempo, não dava conta de responder a todas as formas pelas quais a psicanálise pudesse contribuir para a discussão de se formar, no caso, professores a distância. Além disso, sempre paira sobre quem se aventura pelos escritos de Freud a sombra do alerta de Millot sobre educação e psicanálise, da impertinência de se aplicar uma a outra, de maneira, digamos, literal. Apesar de Freud ter se aventurado por suposições dispertas pela observação de fatos sociais e, muitas vezes, esses mesmos fatos sociais protagonizarem conclusões psicanalíticas.

Nesse cenário, a psicanálise, como ramo do conhecimento humano, sempre incursiona sob uma situação de transferência. Portanto, ela, assim como o analista, precisa de certo manejo que preveja no movimento social traços sutis, porém marcantes, do desejo. Agindo deste modo, a ação social da Psicanálise se aproxima, se não é apenas disso mesmo que ela deve ser composta, de um estilo. Estilo resultante de certa maneira de escutar o discurso social hegemônico.

Destarte, o ensino a distânca, então, poderia muito bem ser analisado como um sintoma social, bastando para tanto se orientar pelos limites dessa intervenção e pelos caminhos que acabam por determinar a constituição do sujeito, pela linguagem, pelo discurso. Foi sob essa crença que encaminhei minha pesquisa1.

O primeiro aspecto que emergiu dessa empreitada diz respeito às diversas formas de delírio sobre os dispositivos educativos contemporâneos. Em defesa da formação de professores a distância, se argumenta que seja ela a principal alternativa aos fatores supostos motivantes da inépcia da educação dita presencial. Porém, ao elencar os supostos fatores, estes indicam, por outro lado, a inépcia de políticas governamentais para a educação escolar dirigidas pelas suposições de que educação presencial sofra de falta de qualidade; de falta de unidade educativa; de altos custos; de tempo inadequado para aprendizagem; de massificação e exclusão de autoditadas e diferentes outras limitações impostas próprias do paradigma dito tradicional.

Frente a tal discurso, torna-se oportuno observar o que Freud apontou como delírio. Para ele, trata-se de mais uma forma inconsciente de velar o recalcado. Sobre os delírios (ou sonhos acordados), afirma: "Ao compreendê-los, eles próprios revelam nas ideias que subitamente lhe ocorrem as soluções dos enigmas finais e mais importantes de sua estranha condição".

A escolha do ensino a distância como solução para os problemas da educação torna-se prioritariamente um mecanismo de desvio da (ir)responsabilidade por (não) dispôr das condições mínimas para formação de professores na escala para a oferta de educação em todos os níveis, travestido exatamente na eficácia em promover o contrário. Por esse motivo, somente o rompimento do discurso viciado por operadores que tornem mais acessível a causação do delírio, como os conceitos da psicanálise, pode buscar interpretações onde elas não estejam manifestas e, portanto, sejam mais surpreendentemente verdadeiras.

Outro aspecto que se torna mais evidente sob essa escuta é a propenção ao afastamento. Característica humana contemporânea, que Baumann (2003), por outros caminhos, percebeu e nomeou de "cool", ou distanciado.

Ao recortar o termo distância dos seus sentidos mais amplos e estipulá-lo a discussões bem delimitadas, os autores que se destinam a equiparar ou sobrejugar o ensino a distância à educação demonstram especial interesse em esconder a polissemia da palavra distância. Como, por exemplo, seu significado tão desconcertante de afastamento voluntário da garantia de realização plena que a palavra educação procura sugerir atualmente. Ou pelo distanciamento do voto de garantia ao fato real, vivido na sala de aula.

Tal contorcionismo da linguagem proporciona aos tutores do ensino a distância estipular uma distância produzida, que se orienta pela substituição daquela simbólica, existente no encontro presencial entre aluno e professor. Ao abrir mão do constrangimento pela presença real dos professores, constitui-se uma tentativa dos alunos ainda os manterem supostamente na condição de portadores de uma saber, sob outra legalidade, ainda não reconhecida. Intenciona ainda a determinação principal da diferença que a distância seja principalmente de estatuto: o tutor na universidade, local de excelência do saber e o aluno em qualquer lugar suposto-longe-do-saber. Tentativa virtual de (re)estabelecimento de uma assimetria simbólica, que se torna, ouso dizer, menos espontânea pela ausência física.

De outra maneira, ainda, a distância (sem crase) também marca uma tentativa de manter a educação livre da ameaça de renúncia que certa determinação do afastamento implicado pela expressão "à distância" (com crase) pudesse sugerir.

A rapidez do hiperdesenvolvimento tecnológico não apenas proporcionou diferentes reações entre gerações, mas também, por motivação da sua oportuna coadunação com a hegemônica força psicologizante na educação e com o primado do discurso unificante dos poderes econômicos e midiáticos sobre o político, resultou em tentar imprimir ao professor um aspecto de distanciada mediação, por questionar a pertinência de sua in(ter)ferência em detrimento da eficiência e economia tecnológica na educação. "Prescreve ao professor um papel de alguém cuja presença deveria primar pelo ‘apagamento'" (VOLTOLINI, 2007, p. 120).

A substituição da disforme presença do professor pela forma proporcionada pelo uso de (novas) tecnologias e o voto de que sejam estas últimas o meio empiricamente atestado de se "intensificar o significado" apontam um risco premente à formação: a crença na promessa de que por meio da suposta simetria, produto do aprimoramento da comunicação, se possa proporcionar ensino mais eficaz do que o fracasso anunciado pela ruidosa presença assimétrica do professor.

Ao se perseguir tal objetivo é comum não se ater ao fato de que, ao mesmo tempo, também há uma tentativa de negação da legitimidade de práticas seculares que, mesmo arcaicas e ineficientes, são esteio da aprendizagem, do aculturamento. Enfim, civilizatórias. Essa transposição, digamos, propositalmente econômica, torna mais verossímeis as promessas de eficiência que pressuponham em sua fórmula o aprofundamento técnico (como a maioria dos textos sobre ensino a distância nunca se deixa esquecer de citar e de propor como novo paradigma da educação).

Um filme recente, que no Brasil foi intitulado "Amor sem Escalas" ("Up in the Air", direção: Jason Reitman, EUA, 2010), baseado no livro homônimo de Walter Kirin, de 2001, procura encenar a sedução do distanciamento nas tarefas em que a ação humana dependam da sujeição física dos envolvidos. No enredo, um exímio profissional especializado no ato de cerimoniar em massa a demissão de pessoas, informá-las frente a frente que deverão arrumar suas coisas e deixar seus postos de trabalho, é comunicado que deverá passar a fazer seu trabalho de forma virtual, por meio de um sistema de videoconferência pelo computador. O fato expõe para o personagem a contradição própria de uma tarefa que não transporta nenhuma garantia de realização em si e por isso precisa ser realizada pelo comungar da humanidade dos interlocutores. Apesar do fato não ser o eixo central do filme ou do livro, todas as convicções do personagem - um sujeito distanciado, que no filme, entre demissões, ministra palestras sobre como os bens materiais, familiares e sociais devem caber no máximo numa mochila - se liquefazem a partir desse momento.

Conforme Benveniste, a diferença entre a linguagem humana e a comunicação biológica é justamente aquilo que distingue a linguagem humana de todas as formas de interação animal: a vocalidade em detrimento da gestualidade; a ilimitada simbologia da mensagem humana, que torna evidente o contraste entre uma mensagem que comporta apenas um dado, com duas variáveis, e a estrutura de morfemas que permite tentar dizer quase tudo a partir de combinações regradas (1976, p. 65-66).

Esse é o limite da comunicação sem a palavra: transmitir uma experiência, uma de cada vez. E as abelhas o fazem mesmo que mudem suas referências. Isso quer dizer que elas não criam referências, não elucubram alternativas ao instinto ou muito menos têm a capacidade própria de desencadear reflexão a partir da matéria transmitida. Tal qual o programa de computador, que trabalha a partir de condições pré-estabelecidas e de ações determinadas.

O conhecimento precisa ser apreendido na/pela malha da linguagem de quem o escuta. Alguém adquire, em ato, um produto de ação educativa realizada por outro e não apenas pela combinação de um sistema lexical e sintático. "Apesar de suporem competências linguísticas, essas práticas não são simplesmente aplicações dessas competências." (CHARLOT, 2001, p. 131).

O termo mediação é reiteradamente citado nas diferentes tentativas de exposição sobre a diferença entre educação presencial (a tradicional, por excelência) e as iniciativas de ensino a distância (GUTIÉRREZ e PRIETO, 1994; MASETTO, 2001; GOMEZ, 2002 et al). As interpretações do que seja mediação ajudam a limitar a confusão entre os termos educar e ensinar ou aprender e conhecer. A mediação do professor está para a educação assim como a mediação de materiais destinados à consulta do aluno está para o ensino (GUTIÉRREZ e PRIETO, 1994, p. 61-62).

Mediação no ensino a distância, portanto, é algo presumível, assim como se espera que um bolo cresça no forno após se ter adicionado fermento em sua receita e desde que "permaneça em fogo médio por certo período". Bédard (2004) aponta, por meio de seu relatório de pesquisa, que as consultas a tutores nos cursos a distância que observou foram muito raras, sendo que a mediação nessa prática ocorre preponderantemente pelo material dito didático ofertado pela instituição de ensino.

A mediação que pressupõe a equiparação da comunicação à educação pouco tem a ver com educação. Pois, quando um signo se encadeia a outro no seio da linguagem, as delimitações do esquema de comunicação podem ser simplesmente deformadas (tal como ao se abrir o forno antes que o bolo esteja assado).

Deste modo, pode-se mesmo pensar inútil a existência da escola, afinal o posicionamento perante a linguagem escolar não é o mesmo exigido pelas demais tarefas do cotidiano e, nesse sentido, a escola não ensinaria para a realidade, ainda mais para a realidade futura do aluno. Isso contradiz diretamente a ideia de que aprender seja aprender com alguém (KUPFER, 1989) ou, como Santo Agostinho afirma, em De Magistro , que "as palavras nada ensinam, mas nada se ensina sem as palavras" (Cf. LOPES, 2003, p. 119).

Consoante à organização do ensino a partir da mediação, que pressupõe o aperfeiçoamento da comunicação como chave para a sua melhoria, procura-se também deliberadamente tornar difusa a docência por meio da crença na equiparação entre professor e aluno. Por meio desse delírio de ideal de comunicação, espera-se que iguais venham a se comunicar melhor. Neste caso, que representa a maioria dos atuais modelos de suposta educação a distância, ao procurar eficiência da técnica (por confundir educação com comunicação), promove-se o desmantelamento do jogo singular entre iniciante (<) e iniciado (>). A senha não é emitida. Seja por criar uma imaginária simetria virtual (< = >), seja por tratar humanos como animais.

Por fim, muitos e conhecidos são os sintomas que se manifestam pelo corpo e que não encontram nos registros de fisiologia humana explicação de suas causações, como: aloestesia, sinestesia, agnosia, apraxia, fantasmas de membros amputados, aloquiria etc. (cf. SCHILDER, 1950). Geralmente são sintomas que alteram a percepção da superfície, da massa, da postura, da dor, da forma etc.

Somente por buscar uma legalidade fisiológica para os diversos sintomas corporais o homem se deparou com a sua transcendência, sugerida pela suposição clássica de um corpo que não funciona coerentemente. Segundo Schilder, "não há experiência psíquica que não se reflita na mobilidade e nas funções vasomotoras do corpo" (1950, p. 150).

A criança recém-nascida encontra seu próprio corpo e o corpo da mãe (fundidos no princípio) como os únicos fatores existenciais. Portanto, para ela todo o mundo externo ao corpo ainda não existe e suas experiências sensoriais se restringem a esse conjunto. Situações de prazer e desprazer, fome e satisfação, audição e demanda pela palavra, são sofridas e realizadas pelo e no corpo.

Os estádios encontrados por Freud para a constituição (infantil) do sujeito (adulto) são, em última instância, libidinais e "inevitavelmente" corporais; originados em sensações de todo e qualquer membro ou pela integridade de todos os membros, físicos ou supostos físicos pela criança (como, por exemplo, a fantasia de brotar um pênis feminino, suposto acontecimento compartilhado pelos pequenos).

Se os órgãos corporais ganham o estatuto de erógenos por meio das sensações experienciais, os aspectos da vida que não possam ser experimentados pelos sensores corporais, pelo contato físico, assim são incorporados pela linguagem. Somente pela linguagem é que uma criança com malformação ou que tenha adquirido paralisia de membros por motivos neurológicos na tenra infância, como exemplos, pode projetar uma imagem integral e "sadia" do seu corpo e do gozo pleno de suas satisfações.

Sob certos contextos, os professores são os substitutos, ou melhor, os sucessores dos pais no endereçamento da libido da criança. O professor é um terceiro, outro que emerge da primazia dos pais. Mas, assim como usamos a mesma palavra, educação, para denominar tanto a educação que ocorre em casa quanto a escolar, este outro é apresentado à criança como alguém que continuará a ocupar a função do Outro na composição de sua imagem corporal. Quer dizer, da incorporação do mundo, tarefa à qual seus pais se dedicam até o momento em que transferem sua continuidade à escola (ao professor).

Um filme tão conhecido quanto o livro acima discutido ajuda a imaginar a impossibilidade dessa hipótese. No enredo mórbido de Festim Diabólico (The Rope 1948, de Alfred Hitchcock, diretor que se tornou célebre pela organização técnica, de origem teatral, que possibilitou uma edição contínua, somente com os cortes mínimos necessários para a troca do rolo da película de gravação), dois jovens recém-formados realizam um plano para assassinar um colega de classe e organizar uma festa para "coroar" o feito. Depois de matar o colega, convidam os pais, o melhor amigo, a namorada e o professor preferido do morto para jantar sobre o baú onde jazia seu corpo.

O engenho deles requer a manutenção do controle dos gestos e da fala, de modo que o grande objetivo é o de, além de cometer o crime perfeito, regozijarem-se sobre o feito de tal maneira que demonstre a perfeição do crime. O jogo cênico deixa claro que, quando procuram controlar os seus corpos, suas falas lhes "pregam peças" e vice-versa.

Em determinada cena, dentre tantas igualmente surpreendentes, um dos assassinos amarra uma pilha de livros de primeira edição, que havia presenteado ao pai do morto, com a mesma corda que usara para o enforcamento da vítima. O outro assassino, que estava ao piano, ao ver a corda presenteada, gagueja ao tentar manter as mãos firmes ao instrumento. Ao final da música, suas mãos se paralisam e ele as esconde. O filme inteiro é uma sequência de desencontros entre a fala e o corpo, justamente numa encenação em que este encontro é essencial para o sucesso do plano sádico. Plano este que se desdobra depois, como masoquista, ao ponto em que há quase uma confissão, justamente pelo e no descompasso entre corpo e fala.

Torna-se plausível questionar se há uma organização lógica para a expressão corporal2. Quer dizer, se o corpo fala justamente quando tenta se calar ou mesmo se ele não fala nada quando se supõe que tagarele.

A economia psíquica objetada pelo acúmulo de capitais e propriedades e pelo controle repressivo do Estado parece ser a causação atual dos sintomas contemporâneos menos toleráveis. Isso sinaliza que vivemos em tempos de deturpação do corpo, de novas castrações imaginárias e simbólicas e, ao mesmo tempo, de cirurgias plásticas (supostamente estéticas, mas que prometem despersonificações consentidas).

O aluno quer saber do professor aquilo que seu corpo sugere mas não fala, quer saber sobre seu desejo de ensinar, e quais sejam suas balizas para realizá-lo. Mas o professor pode, na melhor das hipóteses3, apenas testemunhar seus impedimentos justamente ao tentar encobri-los pela exigência de um método pedagógico, e assim enunciá-los pelo descompasso, pelo deslize. Aí está o espaço onde advém o resultado de uma educação: o aluno procura por algo que o professor porta, mas que não pode simplesmente transmitir comunicativamente. Enfim, trata-se da própria origem etimológica da palavra professor, que se origina em professar ou dar fé pública. Fé de sua sujeição à palavra, de sua humanidade, dos conhecimentos que ensina(rá) e que aprendeu.

Todo autodidata, antes, precisou aprender algo com alguém. O que inspira a questão sobre a preferência da formação a distância pela profissão escolar para além dos problemas político-educacionais de formação já discutidos. Como que se fosse preciso matar o "mal" pela raiz. Isto é, implementar um processo que torna mais difícil a enunciação do professor desde a sua própria formação. Como se já não bastassem as condições que os aspirantes a professor precisam enfrentar por ocasião da depreciação de sua autoridade4. Essa questão, por sua vez, inspira outra questão: quais serão os destinos desses professores?

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAUMAN, Zygmunt. 2003. Comunidade : a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: J. Zahar.

BÉDARD, R. (2004). Ensino a distância (ead): rumo à qualidade. Relatório de Pesquisa – Universidade Federal do Piauí, Centro de Ciências da Educação, Teresina.

BENVENISTE, Émile (1976). Problemas de linguística geral. São Paulo: Edusp.

CHARLOT, Bernard (2001). Práticas linguageiras e fracasso escolar. In: Estilos de Clínica, n. 10, jan.-jun. 2001. São Paulo: IPUSP/Lugar de Vida.

GOMEZ, Margarita Victoria (2002). Educação em rede: o processo de criação de um curso web. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo.

GUTIÉRREZ, F.; PRIETO, D. (1987). Mediação Pedagógica – educação a distância alternativa.Campinas: Papirus.

KUPFER, Maria Cristina Machado (1989). Freud e a educação: o mestre do impossível. São Paulo: Scipione.

LOPES, Eliane Marta Teixeira (2003). A educação (não) é tudo. In: Estilos de Clínica, n. 15, jul-dez 2003. São Paulo: IPUSP/Lugar de Vida.

MASETTO, Marcos Tarciso (2001). Mediação pedagógica num ambiente de EaD. In: ALMEIDA, Fernando José (coord.). Educação a distância. São Paulo: PUC, p. 131-139.

SACCO, Ricardo Dias (2010). O ensino a distância e a educação: o corpo e a imagem professoral. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo.

SCHILDER, Paul (1950). A imagem do corpo as energias construtivas da psique. São Paulo: Martins Fontes, 1981.

VOLTOLINI, Rinaldo (2007). A relação professor-aluno não existe: corpo e imagem, presença e distância. In: ETD – Educação Temática Digital. v. 8, n. esp, Campinas, jun. 2007,  p. 119-139.

 

 

1 dissertação defendida em março de 2010, sob julgamento da banca formada pela Profa. Dra. Elisabete Aparecida Monteiro, Prof. Dr. Rinaldo Voltolini e presidida pelo Prof. Tit Leandro de Lajonquière.
2 Esse questionamento foi brevemente relevante na história da Psicanálise, principalmente durante alguns momentos da década de 1920, por meio da recepção freudiana frente à produção bibliográfica de Wilhelm Reich sobre "a dessexualização da libido em benefício de uma genitalidade biológica, fundada no desenvolvimento de uma felicidade orgástica" (ROUDINESCO, 1998).
3 A tendência de desinvestimento no desejo faz com que a classe de profissionais da educação possa cada vez menos reverter esse círculo vicioso, ainda mais quando formados a distância.
4 Como, por exemplo, a infinita formação continuada, que determina que o professor nunca está suficientemente formado; a sobreposição de metodologias; parâmetros curriculares; referenciais pedagógicos; diretrizes de formação; exigências de titulação e as mais diferentes mudanças de cenário educacional (por meio de resoluções de conselhos e secretarias nacionais, estaduais e municipais, além das mais diversas exigências a que o ambiente escolar precisa se adaptar por recomendação dos ministérios públicos das três esferas). Ainda por cima, acrescenta-se a concorrência dos gadgets eletrônicos privados e dos escolares – que cada vez mais se misturam.