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ISBN 978-85-60944-35-4 versión on-line

An 8 Col. LEPSI IP/FE-USP 2011

 

KHEÍRON: da relação do professor com o não-saber

 

 

Karen Geisel Domingues; Inês Maria M. Zanforlin Pires de Almeida

Universidade de Brasília (UnB) - Faculdade de Educação (FE)

 

 

Ao iniciarmos, gostaríamos de compartilhar nossa experiência como professora do curso de Pedagogia em uma faculdade particular de Brasília. Tenho experienciado situações de aprendizagem onde parece não existir lugar para o desconhecido,  para o tempo da dúvida ou o para o espaço do não-saber inerente a qualquer atividade humana. Os alunos do curso têm sido orientados diligentemente a lidarem com seu maior receio - o não saber algum conteúdo que venha a ser trazido por seus futuros alunos. Os futuros pedagogos e pedagogas são então "treinados" a responderem o seguinte: ...vamos deixar essa questão para a próxima aula, ainda não chegamos a esse ponto (dando tempo à pesquisa do professor sobre o assunto que não domina) ou, turma, vamos pesquisar o que o fulaninho está nos trazendo e veremos o que cada um achou... para a próxima aula, ou ainda o professor apresenta qualquer resposta de forma complexa a fim de que seus alunos não percebam seu não-conhecimento. Existe o medo crescente, nos alunos do curso, em não cumprirem às expectativas do lugar ocupado pelo professor, o lugar do saber. Nunca, jamais deixe-se possuir por este lugar, este pertence ao aluno!

Outra situação constrangedora para os alunos e, que acaba por afetar o professor, é quando mestre ousa abrir seu não-saber em sala de aula... situação complexa para aqueles que idealizaram a atividade docente. O clima torna-se tenso e logo os alunos começam a desculpar apressadamente a dúvida que brota de seu professor, para logo em seguida alguns passarem a apresentar olhares duvidosos sobre a competência do docente. Recebe-se então a orientação de que "ter domínio sobre o conteúdo" é descobrir que não há espaço para o não-saber do lado de cá das carteiras - o lado do pedestal.

Ao nos propormos pensar sobre o tema deste colóquio, O declínio dos saberes e o mercado do gozo: a psicanálise na educação, deparamo-nos com uma questão pungente em nosso trabalho de pesquisa em formação de professores: será possível reconhecer o não-saber como fonte de formação e informação para professores em uma sociedade configurada pelo gozo do uso do conhecimento?

Pensar a relação do professor com o não-saber na pós-modernidade e seu impacto no trabalho em sala de aula exige de nós algumas reflexões. Voltamos nosso olhar em direção ao meio social e às próprias relações do docente com seus saberes, suas angústias, desejos e defesas diante da falta ou vazio inerentes a qualquer área de conhecimento.

A crescente demanda quanto à formação e trabalho de professores propõe uma adaptação à realidade social, obedecendo à lógica de prática administrativa da otimização de custos e pessoas numa sociedade globalizada de mercado. O professor é forçado a adaptar-se a este princípio e ritmo, mesmo que para tal, seja necessária a repressão de sua vida pulsional. Assim, diante de uma sociedade eminentemente narcisista, o poder e o prestígio do docente acabam por advir do domínio crescente no campo científico, tecnológico ou humanístico no qual ele vem se especializando.

As universidades, ao proporem que seus cursos acompanhem a evolução do mercado de trabalho, podem levar seus professores a uma falsa e forçada adaptação de sua atividade às necessidades de demanda do mercado da educação. Nosso mundo apresenta mudanças tão rápidas que parece ser impossível adotar seu ritmo, imitá-lo, reproduzi-lo em nosso universo pessoal. Percebemos então uma característica: a crescente negação do indivíduo em detrimento às exigências de uma educação globalizante.

Vários cursos superiores parecem não mais refletir as necessidades de formação dos indivíduos, ao excluírem a vida imaginal e simbólica, através de suas propostas de economia pós-moderna. O professor passa a existir, então, para servir às exigências de gozo de uma sociedade que se alimenta cada vez mais intensamente do que possa ser adquirido como bem de garantia de saciedade e paz, mesmo que efêmeras, mas com sabor momentâneo de eternidade e segurança. O sistema econômico-educacional parece excluir a vida psíquica do professor, ao responder às expectativas de demanda da sociedade da informação. O profissional da educação descola-se de sua subjetividade, por esta mostrar-se incompatível à sociedade massificada pelo gozo homogeneizante do conhecimento como fonte de consumo, como valor de mercadoria capaz de qualificar e valorizar indivíduos.

A nossa época carece a função especular social, tão necessária para o sentir-se sujeito: para ser refletido é necessário ser, para ser é necessário ser refletido. Neste momento, aos docentes, o espelho que lhes cabe é a qualificação a fim de que se sintam capazes de existir no mercado educacional, evitando vivenciar o vazio do não-ser e do não-saber. Deles, demandam-se cursos de formação, novas metodologias, títulos e certificados como garantias de reconhecimento da autoridade, ascensão profissional e constituição de identidade capaz de garantir-lhes algum espaço como sujeito.

A cada grupo de profissionais cabe um ideal de ego (FREUD, 1921/2006). Em conflito com a castração - sentimento de falta e incompletude necessários à saúde psíquica, ao professor é destinado o lugar do conhecimento e da resposta, da segurança das certezas, da promoção de atitudes adequadas e idealizadas à sobrevivência social. Além da demanda pela conhecimento, percebem-se envolvidos por demandas de afetos parentais dirigidos a eles em sala de aula. O docente está exposto em sua fragilidade narcísica - revive, em cada situação alheia de finitude, limitação, falta ou carência, a própria história de sua ferida narcísica.

Diante de um eu ideal narcísico convertido em ideal de ego da docência, observamos movimentos pendulares na atuação do professor, ora sentindo-se poderoso frente a alunos carentes de respostas e submissos aos seus desejos, ora sentindo-se solitário e impotente frente a situações em sala de aula para as quais não encontra respostas. Blanchard-Laville (2005) apresenta momentos extremos nos quais esses processos se evidenciam. Por exemplo, em ocasiões, quando um professor vê sua competência didática se dilatar e seus conhecimentos atingirem o topo do Olimpo, em outro extremo, momentos em o professor sente que se torna progressivamente incompetente e impotente didaticamente. No primeiro caso, as projeções idealizantes dos alunos quase fazem o professor elevar-se acima da terra; no segundo, a incompetência docente se manifesta de modo crescente e debaixo de projeções persecutórias que emanam dos alunos. Esses estados extremos designam os dois pólos do eixo narcísico em torno do qual o professor é levado a oscilar. De um lado, ei-lo com a sensação de poder, mesmo de onipotência (p.143); de outro, ele se sente em déficit narcísico, podendo mesmo perder o equilíbrio e ser levado a interromper a aula, ou até mesmo seu magistério.

Essas duas posições extremas podem vir a aflorar, dependendo da relação do sujeito com o não-saber, relação essa incrustada em sua vida, resultado de precipitados de experiências de identificação que vieram a formar sua realidade subjetiva.

Muitos professores talvez se sintam desprotegidos, abandonados, tendo de lutar contra si-mesmos, abafando suas necessidades de realização, de afeto e segurança a fim de moldarem-se e sobreviverem em um determinado modelo atual de ensino. Tal inibição contribui para a uma forma regressiva de segurança e estabilidade, onde o narcisismo aparece provocando a transformação do conhecimento e do saber em instrumento de domínio e de poder para professor.

Percebemos uma troca ou confusão entre conhecimento e saber, aonde o primeiro vem como experiência capaz de tamponar a falta do segundo. Competências técnicas se desenvolvem como membros artificiais capazes de suprir o desamparo frente à impotência do homem em controlar seu mundo. Desta forma, propomos aqui o mito de Kheíron a fim de ilustrarmos como o professor tem vivenciado a experiência da dor crônica de sua ferida: a angústia de nunca atingir o conhecimento pleno, a ilusão de poder substituir o saber faltoso referente a nossa condição de sujeitos do inconsciente, pela fruição constante de novos conhecimentos adquiridos.

Kheíron, centauro considerado primeiro professor na mitologia grega, apresenta-se metade humano metade cavalo, mestre e médico de vários heróis mitológicos. Profundamente ferido em uma das patas por uma flecha envenenada, apesar de não conseguir curar-se, dedicava-se à cura dos homens em suas dores e ignorância. Quanto mais padecia com seu ferimento, mais empenhava-se em orientar o ser humano. O mitologema ilustra o dilema do professor-centauro. Por um lado, a dor em vivenciar o vazio do não-saber - a busca incessante do conhecimento absoluto; por outro, a necessidade do docente em tomar consciência de furos, lugares do não-saber que necessita aprender a conviver, incorporar como experiência do Real. Professor carente de reflexão e de capacidade em tirar partido da brechas do absoluto, em sua atuação como mestre. Reverso da experiência-ferida de Narciso na atualidade pós-moderna, provocadora de ilimitadas fantasias de conquista e consumo, o mito de Kheíron coloca em cheque a função comercial, utilitária e institucional do ensino e da formação do educador em seu valor maior: a constituição do sujeito.

Ao trilharmos a história de constituição da razão e do pensamento, observamos a tendência que o ser humano desenvolveu em associar conhecimento, ciência e vida a estruturas de funcionamento da consciência. Na trajetória da evolução da consciência ocidental, os opostos foram descobertos pelos filósofos pré-socráticos. Os pitagóricos estabeleceram uma tabela de dez pares de opostos: limite - ilimitado, ímpar - par, um - muitos, direita - esquerda, macho - fêmea, repouso - movimento, reto - curvo, luz - treva, bom - ruim, quadrado - oblongo. Hoje, poderíamos acrescentar outros tantos opostos conflitantes: dentro - fora, indivíduo - sociedade, consciente - inconsciente e, a grande cisão final: mente - corpo e razão - emoção. O significado psicológico da descoberta dos opostos dirigiu as futuras ciências exatas e naturais. O mundo fora separado e, entre os opostos apartados, fora criado o espaço, o ambiente para a vida e para o crescimento da consciência (EDINGER, 1999).

A partir da consciência dos opostos o homem parece estar sempre em movimento pendular entre a escolha de um ou outro. Diante dessas alternativas, prefere o que lhe traz segurança e poder. Afinal, o esforço da com-ciência é chegar à correspondência da realidade interna com a realidade externa, decisiva para a satisfação de nossos desejos.

Entre avanços e retrocessos na construção cultural, durante a história da educação e da humanidade, confirmou-se o valor do conhecimento e sua transmissão como forma de assegurar a sobrevivência e desenvolvimento das sociedades. À consciência associava-se o saber, o conhecimento, a autoridade dos dirigentes responsáveis pelo liderança de seu grupo; à não-consciência associava-se o desconhecido, as trevas, o perigo de extinção da comunidade. Ao que não se tinha respostas, havia duas saídas, ou negava-se o tema ou descobria-se algum tipo de solução que poucos ousavam questionar, pois a este questionamento poderia advir o perigo da incerteza, da dissolução da ordem.

Interessante perceber que, apesar do discurso psicanalítico vir desmanchar o princípio de que as instituições educacionais não devem traduzir seu trabalho por meio da relação entre estereótipos idealizados de alunos e professores, percebemos a sociedade vem fortalecendo a hegemonia do trabalho pedagógico contra o tipo de atividade que contemple a diversidade.

A percepção da diversidade vivida nas possibilidades de sujeitos aprendentes, nas formas de transmissão de conteúdos, nas relações interpessoais e relações com o conhecimento parece ameaçar a qualidade e estabilidade do processo educacional. Pede-se então a todos que se unam às regras e ao controle a fim de que haja sucesso e poder. A moda globalizada de diplomas e títulos, de currículos e programas inscrevem sobre professores a marcha da igualdade como modelo de perfeita formação de cidadãos.

A necessidade de controle, segurança e poder de uma sociedade narcisista configura-se na educação em um saber diferente, um saber de vigilância, de exame, organizado em torno da norma que controla os indivíduos em sua falta ao longo de sua existência - este é o gozo do saber-poder. Este saber, em verdade marca um esvaziamento do sujeito. A partir de mais esta falta, acrescenta-se mais exigência de conhecimentos a fim de suturar temporariamente o vazio. Vive-se então um processo de eterno recobrimento do não-saber existencial, refletido em não-saberes diversos.

A homogeneização e a hegemonia das atividades docentes passam a ser uma tentativa de encobrimento do real pelo conhecimento científico. Há um imperativo que eleva-se como o Everest: é preciso saber tudo, inclusive sobre o homem.

Hoje, na sociedade pós-moderna, flutuante, consumista, descartável, o professor vive momentos de extremo desamparo e solidão em termo de formação/constituição de sujeitos. O que lhe é exigido é o poder da resposta, o poder da certeza, vende o que todos desejam: o conhecimento. O professor-centauro é afastado como profissional frágil e pouco preparado. Este, não traz lucro às instituições. Mestre Capaz é aquele que não dói, que não apresenta a si mesmo nem a seus alunos questionamentos, inquietações ou dúvidas - pois esses elementos acabam por explicitar, refletir de forma ameaçadora angústias que assolam a humanidade em todas as épocas.

O mitologema do centauro ferido manifesta a necessidade do docente em ter consciência e compreender que existem feridas, furos em seu saber que irão transparecer e objetivar-se em sua vida acadêmica de variadas formas: conteúdos aos quais não tem total acesso, comportamentos e sentimentos que não tem controle, questões e dúvidas que talvez levem anos até serem parcialmente respondidas, metodologias que não serão aplicadas perfeitamente. Esse lugar do não-saber exigirá do professor um novo aprendizado que não é ensinado em nenhum curso de graduação ou pós-graduação: aprender a conviver com a ferida da incompletude e da limitação. A incorporação desta experiência de falta, como experiência do real, poderá servir para que o mestre ferido cresça em maturidade como sujeito do inconsciente, sabendo diferenciar conhecimento de saber, homem de deuses.

Ao final do mito Kheíron pede para morrer, troca sua imortalidade pela mortalidade dos homens. Aliviado em sua dor, parte em direção à abóboda celeste tornando-se a constelação de Sagitário. Ao abrir mão de sua dolorosa condição divina e imortal, paradoxalmente, é conduzido como luz eterna para além do Olimpo.  Existe a conciliação entre céu e terra.

A psicanálise assinala o perigo do pretenso saber - aquele que advém do de tanto ensinar o conhecido e que provoca nos professores o esquecimento de que seu trabalho não é passar o cristalizado em saber, mas transmitir o fruto do futuro que se abre como vazio, um não-saber que somente pode ser explorado, mas não aprisionado. Devemos aprender que o conflito é inerente à condição humana e é ele que nos alça a níveis mais abrangentes de (in)consciência. A este saber ainda é negado espaço na formação dos futuros professores, pois a instituição educacional está fundada sobre um princípio específico: o de transmissão de legado cultural e esta cultura nega incertezas.

Mas, como no mito de Kheíron, existe uma brecha à conciliação. Entre educação-tradição e psicanálise-transgressão, concorre um novo movimento de relação do professor com o não-saber. Aí ele pode, com a participação de seus alunos, abrir espaço a dúvidas, a interrogações - a falta, pois nela reside o não-saber, gerador de espaços livres de futuros saberes.

Lembrando Barthes (2007) em sua célebre Aula, lembra-nos brilhantemente  de que há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra, em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar. Talvez os professores estejam na hora de crescer e sair da segurança da infância do conhecimento pronto, passando ao momento posterior de maturidade kheironiana, aquela da consciência das dores de sua ferida. O professor-centauro desiste de sua imortalidade-ciência, deixa morrer suas ilusões de onipotência e põe-se a caminho do desconhecido.

Em algumas instituições rompe-se o paradigma do conhecimento pronto e acabado, levantam-se possibilidades de projetos e pesquisas como formas diferenciadas de produção de conhecimento. Para que esta situação se expanda será necessário tempo a fim de que professores e formadores de professores possam acostumar-se a incertezas em seu trabalho, a angustia do eterno não-saber, a vivência de que nenhum saber recobre a falta - experiências da relação do homem com seu mundo.

Na formação de professores, a falta causada pelo não-saber impõe-se ao futuro pedagogo e seu professor, lançando ambos à pesquisa, superando a transmissibilidade que vem se dizendo plena.

Mas, a fim de que haja a migração da associação da consciência com ciência à participação do inconsciente no processo de conhecimento, faz-se necessário um período de transição nas instituições educacionais e nos sujeitos. Propomos um ambiente criativo, capaz de suportar tensões dos movimentos iniciais do processo de integração entre o conhecimento consciente e o não-saber existencial. O atual paradigma emergente, no qual a Psicanálise está inserida, tem nos servido de útero às melhores expectativas quanto a mudanças sobre a crença de que a ciência seja considerada o Pai da humanidade. A psicanálise contesta a ordem ontológica e lógica da sociedade pós-moderna ao formular que o conhecimento é uma construção permanentemente exposta a um mar turbulento de incertezas e não-saberes.

Lacan referia-se à posição do analista como sendo a da douta ignorância (1998), aquela que indica um saber mais elevado, a de conhecer a existência do não-saber. Assim também, os professores - profissionais do saber/conhecimento, mercadores de sonhos e desilusões precisam aprender a plasmar em suas aulas, com elegante humildade, o vazio do não-saber e encorajar seus alunos a adentrarem o campo das possibilidades do desconhecido. Os docentes poderão perceber a importância do espaço do não-saber como fomentador de movimentos e tempos únicos no brotar e florir de um ser humano integral.

Educação e psicanálise unem-se num mesmo intento: a constituição de um sujeito capaz de tornar sua vida em ato, em proposição criativa, por ser ela única e de sua criação. Ser humano deslocado do centro de suas certezas, mas capaz de expressar e comunicar angústias e desejos, capaz de transmitir, a seus descendentes, a aventura do viver.

 

Referências

BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 2007.

BIRMAN, Joel. Mal-estar na atualidade. A psicanálise e as novas formas de subjetivação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

BLANCHARD-LAVILLE, Claudine. Os professores - entre o prazer e o sofrimento. São Paulo: Loyola, 2005.

BRANDÃO, Junito. Mitologia grega. Vol. II. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

EDINGER, E. A criação da consciência - o mito de Jung para o homem moderno. São Paulo: Cultrix, 1984.

FREUD, Sigmund. Psicologia de grupo (1921). Obras completas. Vol. XVIII. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

_____. O ego e o Id (1923). Obras completas. Vol. IXX. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

BRZEZINSKI, Iria. Profissão professor: identidade e profissionalização. Brasília: Plano Editora, 2002.

LACAN, Jacques. Função e campo da fala e da linguagem. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.