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ISBN 978-85-60944-35-4 versión on-line

An 9 Col. LEPSI IP/FE-USP 2012

 

Os imperativos da contemporaneidade e o não-lugar da adolescência

 

 

Kaio Adriano Batista FidelisI; Marcelo Ricardo PereiraII

IAutor. Bolsista de Iniciação Científica, financiado pela FAPEMIG. Graduando em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (kaiobfidelis@gmail.com)
IIOrientador. Psicólogo, psicanalista e professor do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (mrp@fae.ufmg.br)

 

 


RESUMO

Em entrevista concedida a Revista Percurso, o psicanalista Jean-Jacques Rassial refere-se a não aceitação dos estudos da adolescência pela psicanálise no passado, e a recusa de algumas escolas psicanalíticas ao seu projeto sobre o tema. Nos últimos tempos, a pesquisa sobre a adolescência ganhou grande atenção no campo psicanalítico, mas a adolescência em si e o adolescente continuam numa espécie de não-lugar, assim como as investigações de Rassial sobre o tema, no início dos anos 80. Relegados mais a uma condição ou fase transitória do que a uma fase temporal, negados o lugar infantil e também a posição de adulto, esses sujeitos não se localizam fixamente, privados das características sólidas e seguras que a infância e a adultez oferecem. Ao mesmo tempo, na sociedade contemporânea, a juventude e, por consequência, a adolescência ganharam um espaço privilegiado, estendendo-se cada vez mais. O ideal cultural que nos incute o auge da vida contemporânea associado à produtividade, performatividade, renovação, tem constrangido a todos uma juventude indispensável. O trabalho pretende fazer uma interlocução entre esses imperativos e a forma como o adolescente se vê preso a um corpo novo e desconhecido e a ideais e identificações diferentes da infância. Nessa instabilidade, consideram-se respostas transitórias, limítrofes e até mesmo sintomáticas, e inerentemente contemporâneas.


 

 

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Referências Bibliográficas

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