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An. 8. Simp. Bras. Comun. Enferm. May. 2002

 

A comunicação verbal e não-verbal do pessoal de enfermagem e suas implicações na qualidade das amostras de escarro para o diagnóstico da tuberculose pulmonar

 

The nursing workers’s verbal and non-verbal communication and implications for the quality of sputum specimens for diagnosing pulmonary tuberculosis

 

 

Maria Cristina Mazzaia

Enfermeira, Mestre em Saúde Pública - Doutoranda pela F.S.P. USP - Profª Escola de Enfermagem ABC "Myrthes Silva" Rua Rui Barbosa, 73 São Bernardo do Campo-SP

 

 


RESUMO

No Brasil a baciloscopia direta do escarro permanece como medida prioritária para o diagnóstico da tuberculose pulmonar pelo PNCT (Programa Nacional de Controle da Tuberculose) do Ministério da Saúde por ser um método rápido, seguro e de baixo custo. Colaborando com trabalhos anteriores este teve como objetivo identificar aspectos da comunicação verbal e não-verbal do pessoal de enfermagem no momento da orientação do paciente para a colheita da amostra de escarro, através de uma pesquisa não-experimental na forma de estudo descritivo, que utilizou recursos da análise qualitativa para seu desenvolvimento. Para tanto, foi elaborado um roteiro de observação contendo itens relacionados à comunicação verbal e não-verbal. A observação não-participante foi utilizada como recurso para a coleta dos dados. Os resultados deste estudo demonstram que o pessoal de enfermagem não observa o uso de habilidades interpessoais durante o atendimento, dificultando o desenvolvimento das ações do PNCT.

Palavras-chave: habilidades interpessoais, amostras de escarro, orientação


ABSTRACT

In Brazil, direct bacilloscopy of the sputum continues being a priority measure recommended by the PNCT (National Tuberculosis Control Program) from the Brazilian Ministry of Health for pulmonary tuberculosis diagnosis, due to being a fast, safe and cheap method. As a sequence of previous studies, this research aims to identify aspects of nursing workers` verbal and non-verbal communication when they orient the patient for obtaining the sputum specimen, using non experimental research in the form of a descriptive study by means of qualitative analysis recourses. For this purpose, an observation script was elaborated, which contained verbal and non-verbal communication items. Participant observation was used for data collection. The results of this study show that nursing workers do not use interpersonal skills during care, which makes the development of PNCT actions more difficult.

Key words: interpersonal skills, sputum specimens, orientation


 

 

Introdução

No Brasil, a tuberculose continua sendo um problema de saúde pública, atingindo as camadas sociais mais produtivas da população. O País ocupa a 6a posição mundial em relação à notificação de casos; aproximadamente 86.000 foram notificados em 1992 e 73.000 em 1993. No Estado de São Paulo, houve uma incidência de 18.165 casos em 1993 e 17.609 casos em 1997, com um coeficiente de incidência para este último de 50,67/100.000 habitantes, sendo o maior número de casos concentrados na Grande São Paulo, no litoral e nas grandes cidades do interior (SES, 1999; BRASIL.MS, 1995).

A Coordenação Nacional de Pneumologia Sanitária do Ministério da Saúde (CNPS-MS) preconiza que o diagnóstico da tuberculose pulmonar deverá estar fundamentado no exame bacteriológico (exame microscópico direto e cultura), e que o método bacteriológico preenche totalmente condições de ordem epidemiológica, econômica, social e técnica exigidas pelo PNCT e deverá ser considerado como medida diagnóstica prioritária (NIERO 1977; BRASIL.MS, 1989, 1992, 1995).

A implantação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) exige recursos materiais, humanos e econômicos. Os recursos humanos implicam a habilitação do pessoal, treinamentos e reciclagens contínuos, como estratégias para garantir a consecução dos objetivos almejados (BRASIL.MS, 1995; NIERO 1977). Das ações programáticas estabelecidas para as Us.S (Unidades de Saúde) brasileiras, a baciloscopia de escarro tem sido a mais amplamente difundida e prioritariamente utilizada como uma das estratégias de Atenção Primária à Saúde (APS) (BRASIL.MS, 1992; NIERO et al., 1996).

Com respeito à qualidade de amostras de escarro para a baciloscopia, para que o usuário retorne à U.S. com o material colhido na forma preconizada pelos padrões de qualidade externos ao laboratório, implícita está a necessidade de sua orientação, efetuada pelos profissionais de saúde e sua compreensão (PIOVESAN, 1970; NIERO et al. 1993; NIERO et al., 1996). Do exposto, percebe-se que, independentemente da existência de normas e manuais de procedimentos no PNCT, as ações poderão ou não vir a ser concretizadas.

No que diz respeito aos profissionais de enfermagem, a comunicação entre funcionários e usuários implica educação continuada dos envolvidos nessa dinâmica e deve ser tratada como estratégia educacional específica, pautada na análise crítica da realidade do cotidiano das Us.S., identificando as falhas de atuação existentes ao longo do processo, com vistas a construir ou corrigir formas de desempenho desses profissionais.

Os fatores envolvidos no processo de comunicação e de educação extrapolam as questões meramente técnicas, pois refletem dados subjetivos como as crenças, os valores, as expectativas e as aspirações dos diversos atores sociais envolvidos - técnicos e usuários - eles interferem nas relações que se produzem ,então, permeando o atendimento, desde a chegada do usuário sintomático respiratório à U.S., traduzindo o tipo de abordagem das ações educativas estabelecidas nas atividades preventivas e curativas por parte da equipe até na resposta do usuário a estas atividades (SILVA, 1996).

Levando em consideração a afirmação de Scochi (1989) sobre o trabalho da equipe de enfermagem junto a outras categorias profissionais se caracterizar por "estar em contato direto e permanente com o usuário do serviço e, desta forma, permanecer no meio do que poderia ser chamado uma dupla demanda, ou seja, de um lado as normas e os programas institucionais e do outro a população solicitando agilidade na solução de seus problemas de saúde" – população esta com as características de comunicação que lhe são peculiares – podemos, então avaliar a importância das intervenções dos membros desta equipe no desenvolvimento do PNCT.

Avaliando o panorama de recursos humanos na saúde e a importância das interações pessoal de enfermagem/pacientes com relação à qualidade das amostras de escarro destinadas à baciloscopia para diagnóstico da tuberculose pulmonar, surgiu a curiosidade de saber como se dá a orientação do paciente para a colheita da amostra de escarro.

 

Objetivo

Identificar aspectos da comunicação verbal e não-verbal do pessoal de enfermagem no momento da orientação do paciente para a colheita da amostra de escarro.

 

Metodologia

Foi realizado uma pesquisa não-experimental na forma de estudo descritivo que utilizou recursos da análise qualitativa para seu desenvolvimento.

A observação não participante foi escolhida como forma de obter dados sobre a prática dos componentes das equipes de enfermagem no desempenho de suas funções pois segundo Polit e Hungler (1995) "a observação direta do comportamento é um método de coleta de dados que permite a obtenção de muitas espécies de informações, como evidência da eficácia da enfermagem, ou como indicação de aperfeiçoamento das práticas de enfermagem".

A observação e preenchimento dos roteiros foram realizados pelo próprio pesquisador, de forma discreta, evitando constrangimentos por parte do pessoal de enfermagem enquanto este último procedia à orientação do paciente sobre a forma como deveria colher a amostra de escarro.

Para o estudo, determinou-se que a população alvo seria composta por todos os componentes das equipes de enfermagem, de ambos os sexos, que procedessem ao atendimento dos pacientes do PNCT das Us.S. dos municípios da região do Grande ABC. Devido ao fato de observar-se que alguns componentes das equipes de enfermagem não atendiam aos pacientes do PNCT com pedido médico para o baciloscopia de escarro, foram incluídos na pesquisa os indivíduos que: estiveram em contato direto com pacientes do PNCT executando a orientação dos mesmos para a obtenção da amostra de escarro e concordaram em participar da pesquisa. Por motivos operacionais, optou-se por incluir no estudo apenas um roteiro de observação, preenchido para cada componente da equipe de enfermagem no atendimento de um paciente do PNCT, com solicitação médica da baciloscopia de escarro para diagnóstico da tuberculose pulmonar. Assim, a população foi composta por seis Auxiliares de Enfermagem (AE) e um Atendente (AT).

O roteiro de observação (Anexo1) compreendendo à observação estruturada, compõe-se de ítens elaborados a partir dos estudos de Stefanelli (1993) e Silva (1996), considerando os dois tipos de comunicação: verbal e não-verbal. Seguindo a classificação das autoras citadas, comunicação verbal foi definida por palavras expressas por meio da fala ou da escrita e, comunicação não-verbal, como o que não é expresso por palavras, ocorrendo por meio de gestos, silêncios, expressões faciais, postura corporal entre outros.

Para o ítem — utiliza linguagem de fácil compreensão — considerou-se a não utilização de terminologia técnica como uma linguagem de fácil compreensão para o paciente e para o ítem —valida compreensão da mensagem enviada — considerou-se ítem atendido quando o pessoal de enfermagem solicitou ao paciente repetir a orientação realizada.

A clarificação de termos utilizados pelo paciente, conforme Stefanelli (1993) é uma prática das técnicas de comunicação terapêutica do grupo de clarificação que permite "obter um significado mais explícito da mensagem", e desta forma facilitar a orientação ainda necessária ao paciente.

Com a preocupação de aproximar o pesquisador das equipes de enfermagem e, como o funcionamento da unidade não era do conhecimento do pesquisador, antes de se iniciar o trabalho de observação e, após as apresentações formais e informações sobre o fato de que os dados obtidos fariam parte de uma pesquisa para curso de pós-graduação aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, foram solicitadas aos integrantes das equipes de enfermagem que concordaram em participar do estudo, informações sobre a rotina da área, inclusive para saber se a unidade poderia ser incluída no estudo.

A aplicação do roteiro de observação em dias alternados foi determinada com a intenção de reduzir interferências no estudo do tipo problemas pessoais e técnico-administrativos da unidade de saúde.

 

 

Resultados e análise dos dados

Podemos verificar no quadro 1 que dos sete sujeitos da pesquisa, cinco receberam o paciente pelo nome; três olharam para o paciente quando a ele se dirigiram e quatro às vezes olharam; dois utilizaram gestos durante a orientação e cinco não os utilizaram; cinco utilizaram linguagem de fácil compreensão e dois não utilizaram; seis esperaram pela resposta do paciente e um não esperou; um clarificou termos utilizados pelo paciente, sendo que do estudo um sujeito não utilizou a técnica de comunicação de clarificação do conteúdo expresso pelo paciente e para os cinco outros sujeitos, a técnica de clarificação não foi necessária; apenas um sujeito validou a mensagem enviada ao paciente, sendo que o restante do grupo, seis indivíduos não validaram a mensagem enviada.

Segundo Stefanelli (1993) a comunicação é um processo de compreender, compartilhar mensagens enviadas e recebidas, onde as próprias mensagens e o modo como se dá seu intercâmbio exercem influência no comportamento das pessoas nele envolvidas, em curto, médio ou longo prazos.

O sucesso do trabalho da enfermagem, ou seja, a compreensão da mensagem que enviamos se faz não só pelo conteúdo falado, mas também pelo modo como nos comportamos — comunicação não verbal ao nos dirigirmos ao paciente. Assim, o paciente perceberá se está sendo respeitado ou não, e também, poderá perceber, através do comportamento do profissional que o assiste, se deverá dedicar-se ao que lhe está sendo orientado ou não.

Dirigir-se ao paciente pelo nome, cumprimentá-lo, aproximar-se para atendê-lo, ficar de frente para o paciente, inclinar-se em sua direção, manter contato visual quando a ele se dirige ou quando este se dirige ao profissional; concentrar-se no paciente, manter fisionomia receptiva, conforme Miranda e Miranda (1983), são meios de lhe comunicar disponibilidade através do corpo o que possibilitará ao paciente, também, aproximar-se para se colocar e receber esclarecimentos.

As posturas físicas descritas por Miranda e Miranda (1983) facilitam a observação do paciente por parte do profissional, pois aquele percebe a disponibilidade e acaba por expressar-se trazendo suas dúvidas e recebendo orientações. Estas posturas descritas ainda facilitam e promovem espaço para que o profissional escute e perceba o paciente, uma vez que o profissional se volta para o paciente, mantendo contato visual quando a ele se dirige ou quando este o solicita.

O observado durante a coleta de dados desta pesquisa vem de encontro ao relatado por Mendes (1994), principalmente no que se refere à validação quando afirma que "na atuação da enfermagem não se percebe, ou não se explicita a presença das pessoas dos profissionais, mas só do seu papel. Esta situação determina uma identidade de atos comunicativos que, por sua vez, delineia uma relação profissional mecanizada e despersonalizada", ou seja,

observou-se uma relação mecanizada onde se priorizou a execução das orientações e não sua compreensão por parte dos pacientes.

Observa-se também que o modelo de assistência à saúde adotado no País ao longo destas últimas décadas é um dos responsáveis pelo quadro exposto pois acaba por determinar a forma de organização das atividades das unidades prestadoras de assistência do sistema de saúde (TANAKA, 1994). Este modelo privilegia ações e não pessoas. Ocorre uma preocupação em cumprir o que é determinado e não com o como estas atividades são realizadas.

Muitas vezes, por conta do espaço físico onde este trabalho é desenvolvido, fica difícil conseguir a atenção do paciente para as informações da orientação que lhe é oferecida. Estas situações realmente dificultam o trabalho de orientação do paciente, mas não o impossibilitam, e conforme Miranda e Miranda (1983), não impossibilitam o trabalho, desde que os profissionais estejam preparados para as intervenções do ambiente no seu trabalho, e possuam "disponibilidade para".

Uma preocupação constante com atividades de controle toma grande parte do tempo da enfermagem com o paciente do PNCT, onde os componentes da equipe ocupam-se com atividades como agendamentos de consultas e exames, atualização de fichas de controle de tratamento, atualização de livros de controle de atendimento diário.

foram observadas dificuldades em se conseguir vaga para atendimento médico na procura espontânea dos serviços nas Us.S da pesquisa. Nas Us.S. onde eram agendados dezesseis pacientes para um período de quatro horas, sendo quatro pacientes por hora/médico e, onde o profissional médico iniciou suas atividades no horário programado, o atendimento de enfermagem realizou-se seguindo a demanda da consulta médica, porém nas Us.S. onde os pacientes foram marcados todos para o mesmo horário e o médico não compareceu para atendimento no horário programado, a atividade de enfermagem também foi influenciada pela demanda do atendimento médico e, desta forma, prejudicada pelo fator tempo a ser dispensado a cada paciente. Mais uma vez fica caracterizada não só a importância direcionada para a assistência médica individual já citada por Scochi (1989) como também, em função da importância atribuída à consulta médica, surge a dificuldade da organização das atividades educativas, além da organização das atividades de outras categorias profissionais, porque em geral, o atendimento médico depende do horário em que este profissional chega na U.S.

Conforme os resultados do quadro 1, houve uma preocupação na utilização de uma linguagem de fácil compreensão para o paciente por parte dos integrantes da pesquisa, com exceção de dois sujeitos.

Segundo Piovesan (1970), existem diferenças subculturais entre técnicos de saúde e público, condicionadas pela formação profissional, ligadas à posição social e derivadas da vivência em meio urbano o que pode vir a gerar a incapacidade treinada, ou seja, problemas referente à terminologia técnica, conceitos e valores, ligados à saúde pública. Daí a preocupação de levantar dados referentes à linguagem utilizada pelos indivíduos, pois a qualidade da amostra de escarro está diretamente relacionada ao fato de o paciente entender a mensagem e a linguagem utilizadas pelo pessoal de enfermagem.

Talvez pelo fato de o paciente ser pouco solicitado ou, pelo observado, ter-se-lhe apresentado poucas possibilidades de participação no momento da orientação de enfermagem após a consulta médica, a clarificação de termos utilizados pelo paciente foi considerada como não necessária em cinco intervenções observadas e, em somente duas situações, este item foi uma vez atendido e de uma outra vez, não foi observado. Em contrapartida, em seis situações em que o paciente foi solicitado, esperou-se pela sua resposta antes da introdução de outras questões quanto ao atendimento de enfermagem, como preconiza Stefanelli (1993) ao descrever as estratégias de comunicação terapêutica.

Mendes (1994) nos lembra do momento do paciente quando coloca que, devido à situação de estresse vinculada à condição de doente, o mesmo permanece sob influência de quem exerce algum tipo de autoridade sobre ele e assim sente-se incapaz de influenciar, de modo intencional, o meio em que se localiza. Também é colocada a questão da desconsideração ao paciente pois sendo a pessoa mais interessada em dar opiniões ou manifestar seu acordo ou desacordo, ele não é solicitado pelas equipes de enfermagem a se manifestar.

 

Considerações finais

Avaliando o resultado obtido na observação dos ítens do roteiro de observação, podemos inferir que nem sempre este paciente é orientado pelo pessoal de enfermagem com a atenção necessária visto nem sempre ser mantido contato visual entre o profissional e o paciente nem quando este último é orientado, nem quando solicita orientação; nem sempre se utilizam gestos para facilitar a compreensão do conteúdo da orientação e, principalmente, não se valida junto ao paciente a mensagem enviada, propiciando a propagação da dúvida.

Não poderíamos deixar de mencionar Rouillon (1972) que relaciona a motivação do paciente não tanto às palavras exatas ditas, mas ao modo como elas são ditas, quem as diz, onde e quando serão ditas.

Este estudo nos mostra que lamentavelmente o relacionamento estabelecido entre enfermagem e paciente caracteriza-se por ser distante, formal, impessoal e funcional e que estas caracterísiticas estão longe de contribuir com os objetivos estabelecidos pelo PNCT e muito menos com o que se espera do trabalho da enfermagem. Cuidar é o objetivo da enfermagem e está além do cuidado físico. Cuidar é manter, e ninguém mantém sem conhecer.

Boff (1999) nos lembra que o cuidado inclui duas significações a primeira diz respeito à atitude de desvelo, solicitude e de atenção e a segunda à preocupação, inquietação porque "a pessoa que tem cuidado se sente envolvida e afetivamente ligada ao outro".

São necessárias providências quanto à organização de serviço das unidades de saúde, principalmente dos serviços de enfermagem, além de treinamentos específicos sobre as atividades do PNCT; também faz-se necessário o início de discussões teorias de comunicação e relacionamento interpessoal com os componentes das equipes de enfermagem, uma vez que, durante o desenvolvimento destes temas é possível o questionamento da própria atuação.

Estes resultados convidam Enfermeiros a refletirem sobre a prática da enfermagem e a interdependência das ações programáticas que clamam por posturas e mudanças urgentes.

 

Referências bibliográficas

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Anexo I