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An. 8. Simp. Bras. Comun. Enferm. May. 2002

 

A importância da comunicação na administração de medicamentos em idosos: uma contribuição da enfermagem

 

The importance of communication in medication administration to elderly persons: a nursing contribution

 

 

Fernanda Garcia BezerraI; Flávia Letícia Trindade RibeiroI; Walter FernandesII

IAcadêmica de Enfermagem do 6º período da graduação da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – UNIRIO
IIProfessor Mestre do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – UNIRIO – Orientador – Endereço para correspondência: Rua Lopes da Cruz, 287 – Amendoeira – São Gonçalo/RJ. CEP: 24746-040. E-mail: fernandabezerra.garcia@bol.com.br

 

 


RESUMO

Este estudo trata da necessidade de se manter uma via de comunicação aberta entre os profissionais de enfermagem e a equipe multidisciplinar, no que se refere a administração de medicamentos em idosos. Tem como objetivos: 1) Verificar se os acadêmicos de enfermagem observaram reações indesejáveis na utilização de medicamentos com pacientes idosos; 2) Despertar sobre a importância da comunicação na administração de medicamentos em idosos. Trata-se de um estudo exploratório com uma abordagem qualitativa. Os sujeitos foram acadêmicos de enfermagem do 5° e 6° períodos de uma universidade pública. Como instrumento para coleta de dados elaboramos um questionário direcionado ao objeto e objetivos do estudo. Observamos que a preocupação dos acadêmicos era relatar as reações esperadas no uso das medicações. Isso nos fez perceber que eles não tinham como uma das preocupações primordiais as reações adversas tão comuns na terapêutica dos idosos. Evidenciamos assim a importância da apropriação de conhecimentos no que se refere a administração de medicamentos em idosos, e a necessidade de se manter um fluxo de informações nos registros de enfermagem e nas passagens de plantões para uma comunicação adequada das reações que possam surgir no uso dos fármacos em idosos, para uma avaliação eficaz da terapia medicamentosa.

Palavras-chave: comunicação, medicamentos, idosos, enfermagem


ABSTRACT

This study deals with the need to maintain an open communication line between nursing professionals and the multidisciplinary team in relation to medication administration to elderly persons. Its aims are: 1) to verify if the nursing students observed undesirable reactions in the use of medication with elderly patients. 2) to point out the importance of communication in administering medication to elderly persons. This is an exploratory study from a qualitative approach. Subjects were nursing students in the 5th and 6th semesters at a public university. For data collection, a questionnaire was elaborated in view of the study object and objectives. We observed that the students were concerned about reporting expected reactions in medication use. This indicated that they are not primarily worried about adverse reactions, which are so common in treating elderly persons. Thus, we demonstrated the importance of adapting knowledge about medication administration in elderly persons and the need to maintain a flow of information in nursing records and shift changes for the sake of appropriate communication about the reactions that may appear in medication use in elderly persons, with a view to an effective evaluation of medication therapy.

Key words: communication, medication, elderly, nursing


 

Introdução

O Brasil vem sofrendo mudanças significativas na sua pirâmide populacional, caracterizada por um aumento progressivo e acentuado da população adulta e idosa. Dentro deste contexto, tem-se desenvolvido uma rápida transição nos perfis de saúde que se caracteriza pelo predomínio das enfermidades crônicas não transmissíveis. (BRASIL. MS, 1999).

Essas enfermidades crônicas são problemas de saúde que vão perdurar 15, 20 ou mais anos e que exigem a utilização de um grande número de medicamentos . As doenças crônicas que acometem o indivíduo idoso têm, na própria idade, seu principal fator de risco. Além disso, pelo próprio envelhecimento, os efeitos adversos dessas medicações representam um problema na saúde dos idosos. Logo, o enfermeiro precisa conhecer as peculiaridades dessa parcela da população e estar imbuído de responsabilidade e conhecimento na administração de fármacos nesses indivíduos.

Nosso enfoque neste estudo trata da necessidade de se manter uma via de comunicação aberta entre os profissionais de enfermagem e a equipe multidisciplinar, no que se refere a administração de medicamentos em idosos, pelo fato deste sofrer inúmeras reações no uso de fármacos. Chiavenato (1987) afirma que a comunicação envolve troca de fatos, emoções, idéias, opiniões, entre duas ou mais pessoas. Nesse sentido entendemos que os registros e as trocas de plantões dependem da comunicação havida entre a equipe e devem envolver a evolução do estado de saúde do cliente idoso e especificamente as reações advindas do uso de medicações. Acreditamos que a importância deste trabalho é justificada, uma vez que necessitamos suscitar discussões sobre tal temática e também despertar o interesse de acadêmicos e profissionais de enfermagem na busca de atualização de seus conhecimentos e de se manter um fluxo de informações nos registros e passagens de plantões, no que se refere a administração de medicamentos em idosos.

O interesse de explorar esta problemática surgiu quando cursávamos a disciplina optativa Enfermagem nas Emergências ao Adulto e ao Idoso (no 5º período do currículo de graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, no 1º semestre de 2001). Neste momento, foi solicitado ao nosso grupo (composto por 10 acadêmicos) a realização de um trabalho com o tema : "Assistência ao Idoso". Ao pesquisarmos e elaborarmos essa atividade, nós, autoras desse presente estudo, nos sentimos incomodadas sobre a administração de medicamentos em idosos, e alguns questionamentos foram surgindo dos quais destacamos:

Frente a esses questionamentos, nos interessamos em conhecer mais para buscarmos respostas que pudessem saciar o nosso desejo de aprendizado, respostas estas fundamentadas em uma metodologia que nos permita refletir a prática, desenvolvendo uma atitude crítica acerca da assistência que prestamos, convertendo os conhecimentos adquiridos numa prática fundamentada e contextualizada.

A administração de medicamentos é uma das responsabilidades mais importantes do enfermeiro e demais integrantes da equipe envolvidos no cuidado ao paciente. As drogas constituem meios primários de terapia para pessoas com alterações na saúde, porém qualquer droga pode ser altamente prejudicial se administrada incorretamente. É de fundamental importância que o enfermeiro esteja imbuído de todos os conhecimentos possíveis sobre medicamentos, compreender os seus efeitos, seu uso ou abuso, dosagens corretas, métodos de administração, sintomas de intoxicação e reações anormais que possam surgir no tratamento de várias condições, monitorizando freqüentemente as respostas do cliente. E essa monitorização se faz possível através dos registros adequados de enfermagem, nos relatos em troca de plantões e nas trocas de informações com a equipe multidisciplinar. Quanto a "passagem de plantão" Camargo et al. (1998) afirmam que é importante estarmos atentos para uma comunicação coerente e objetiva, entre os membros da equipe, com o devido propósito de informar o que realmente foi ouvido e observado, para facilitar a continuidade dos cuidados de enfermagem ao paciente. E em relação aos registros Iyer et al. (1993) ressaltam que ele estabelece um mecanismo de comunicação entre os membros da equipe de saúde, garante uma avaliação do cliente, cria um registro legal permanente de cuidados proporcionados ao cliente. Essa comunicação se faz necessária na busca de uma assistência de qualidade e sem riscos para o cliente.

Nesse sentido, um cuidado responsável e sistematizado precisa ser subsidiado por um conhecimento científico sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica das medicações, especialmente no que se refere aos idosos, além de uma rotina de registros e trocas de plantões, que tornem possível um fluxo de informações sobre a saúde desse idoso. As palavras de Arcuri (1991) corroboram com essa afirmativa quando diz que é responsabilidade do enfermeiro planejar as ações que envolvam a administração de medicamentos fundamentando-se em bases científicas. Isso requer envolvimento e compromisso, condições básicas para a responsabilidade profissional. E os aspectos fundamentais desse compromisso dizem respeito ao conhecimento profundo dos princípios de ação das drogas, sendo sua aplicação vinculada ao uso da metodologia científica, sistematizando ações de enfermagem de alto teor qualitativo para que resultem em bem-estar, recuperação e satisfação do cliente/paciente.

O cuidado de enfermagem no que tange a administração de medicamentos não se restringe apenas a simples administração, mas envolve também a observação por parte do enfermeiro e sua equipe das reações da medicação, sejam elas imediatas ou tardias . Para tanto se torna imprescindível a comunicação entre a equipe, que vai desde os registros de enfermagem até as informações passadas nas trocas de plantão, onde estas devem ressaltar todas as alterações que ocorreram com o paciente, alterações essas físicas e comportamentais, observadas ou mesmo relatadas pelo idoso, para que se torne possível fazer um acompanhamento adequado da eficácia da terapia e suas conseqüências neste indivíduo. Pois há uma tendência em aceitar o uso das drogas como algo comum e sem riscos, não levando muito em consideração as possíveis reações advindas do uso das mesmas.

Duarte (1998) afirma que as drogas utilizadas pelos idosos podem provocar efeitos nocivos tanto de comportamento como físicos, razão pela qual o uso de medicamentos não pode ser feito de forma indiscriminada. As reações desfavoráveis no uso de fármacos gera um dos principais problemas de saúde nos idosos. Alguns dos fatores significantes para esta problemática são as prescrições múltiplas, a presença de doenças crônicas que exigem terapia com vários medicamentos a longo prazo, as dosagens inadequadas e as alterações próprias do envelhecimento (BRASIL. MS, 1999).

O enfermeiro que presta assistência a esses indivíduos precisa estar ciente de alguns aspectos específicos. Para tanto iremos descrever sucintamente sobre a farmacodinâmica, em geral, para então discutirmos como a idade avançada pode favorecer o aparecimento ou ainda potencializar reações indesejáveis.

De acordo com Burnside (1979) a idade parece atuar nos mecanismos responsáveis pela utilização dos fármacos. A instalação, a intensidade e a duração da reação do paciente acham-se na dependência de variações individuais no grau e taxa de: 1) Absorção no local de administração; 2) Distribuição dentro do corpo; 3) Metabolismo; 4) Eliminação para fora do corpo. De acordo com este mesmo autor, há indícios cada vez maiores de que esses fatores mudam com a idade, o que pode acarretar um risco para efeitos indesejáveis. Abaixo seguem alguns fatores fisiológicos dos idosos que irão favorecer a toxicidade (ASPERHEIM, 1994; SMELTZER; BARE, 1999):

Todos esse fatores combinados contribuem para os feitos das superdosagens no paciente idoso. As dosagens dos medicamentos muitas vezes têm de ser reduzidas e o enfermeiro precisa estar atento a qualquer alteração que possa vir a aparecer no paciente idoso. "A enfermagem que combina observação atenta e inteligente com integridade moral e usa bom senso na administração das drogas, sem dúvida alguma trará duradouras contribuições à sua profissão e aos pacientes sob seus cuidados" (ASPERHEIM, 1994, p.45)

Nesse sentido, temos como objetivos desse estudo: 1) Verificar se os acadêmicos de enfermagem observaram reações indesejáveis na utilização de medicamentos com pacientes idosos; 2) Despertar sobre a importância da comunicação na administração de medicamentos em idosos.

O presente estudo torna-se relevante a medida que alerta sobre a importância de um olhar diferenciado pela Enfermagem para com os pacientes idosos submetidos a terapia medicamentosa, levando em consideração: as alterações próprias do envelhecimento, o uso prolongado de medicamentos, as interações medicamentosas na tentativa de prestar um assistência de qualidade e sem riscos para estes pacientes.

 

Metodologia

O presente estudo é do tipo exploratório com uma abordagem qualitativa. Tal modalidade metodológica constituiu-se fundamental para o alcance dos objetivos visto que, segundo Minayo (2000, p.21,22): "..., ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundos das relações, dos processos e do fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis."

Os sujeitos deste estudo foram 20 acadêmicos de enfermagem do 5º e 6º período. A escolha por desenvolver a pesquisa junto a esses acadêmicos deveu-se ao fato dos mesmos já terem vivenciado situações no cuidado a pacientes idosos, em suas experiências nos campos de estágio vinculados a parte prática desenvolvidas nas disciplinas dos referidos períodos. Portanto, tais sujeitos estão aptos a relatar o que está sendo focalizado neste estudo a partir da realidade por eles vivenciada. Atendendo as questões éticas e legais vinculadas à pesquisa o sujeitos foram esclarecidos quanto ao seu anonimato e sua participação voluntária. Como instrumento para coleta de dados elaboramos um questionário (anexo1) composto por perguntas direcionadas ao objeto e objetivos do estudo. A coleta de dados se deu no 1º semestre de 2001, sendo os acadêmicos abordados em meio às suas atividades na escola. Na apresentação dos dados as falas dos usuários foram identificados através de peseudônimos, atribuindo-lhes nomes de planetas.

 

Resultados e análise dos dados

Buscando entender se os acadêmicos de enfermagem do 5° e 6° períodos de uma universidade pública possuíam conhecimentos específicos sobre administração de medicamentos em idosos, com ênfase nas ações / reações esperadas e indesejáveis, partimos para análise de suas respostas procurando pontos que convergissem. Sendo assim, algumas considerações tornaram-se relevantes.

Em relação a utilização de medicamentos na terapia de pacientes idosos, foi constatado que a droga mais utilizada foi a Dipirona®, seguido do Lasix®, AAS®, Diazepan®, Aminofilina® e por último Cedilanid®. Com esses dados, analisamos a 2ª pergunta e observamos que a maioria dos acadêmicos sabiam descrever as principais ações/reações dos medicamentos utilizados, porém, tinham um enfoque maior para as reações esperadas dos medicamentos e não tiveram a preocupação de descreverem as ações indesejáveis ao organismo idoso.

Essa observação é reafirmada com as respostas da 3ª pergunta, com a qual buscamos alcançar o nosso 1° objetivo, que seria saber se os acadêmicos observaram reações indesejáveis na utilização de medicamentos em pacientes idosos, visto que esses pacientes pelas próprias alterações do envelhecimento e o uso múltiplo de medicamentos, estão mais predispostos a sofrer com as reações indesejáveis.

Novamente foi evidente a preocupação dos acadêmicos em relatar as reações esperadas no uso das medicações. Isso nos fez perceber que eles não tinham como uma das preocupações primordiais as reações adversas tão comum na terapêutica dos idosos. Tal afirmativa pode ser confirmada através dos depoimentos que abaixo seguem:

" a reação foi de conforto logo quando a medicação começava a fazer efeito, as queixas desapareciam". (Vênus)

" Com a administração da Dipirona houve redução da febre, ou seja, esta cedeu." (Plutão)

" ... diminuiu o quadro de ansiedade, apresentando-se menos agitado, melhora no quadro de interação e humor estável". (Mercúrio)

Sabemos o quão é importante o enfermeiro estar atento as reações desejáveis do medicamento para poder monitorizar as respostas do cliente, porém, o que nos chamou a atenção, foi que a maioria dos acadêmicos só descreveu o que era esperado. E o que era indesejado? Será que não aconteceu, ou não foi relacionado com o uso da medicação?

Não é nossa intenção fazer um julgamento acerca dessa temática, mas sim propor uma reflexão para os profissionais de enfermagem, para que estes estejam conscientes do seu papel na administração de medicamentos e que busquem se aprofundar nos conhecimentos de farmacodinâmica / farmacocinética, desde a nomenclatura até a composição química, vias de administração, absorção e efeitos colaterais, para a promoção de uma assistência de enfermagem sistematizada, baseada em princípios científicos e com isso uma assistência verdadeiramente de qualidade.

 

Considerações finais

Na construção desse estudo, evidenciamos a importância da apropriação de conhecimentos específicos na assistência ao idoso, e a necessidade de se manter um fluxo de informações nos registros de enfermagem e nas passagens de plantões para uma comunicação adequada das reações que possam surgir no uso de fármacos em idosos, para uma avaliação eficaz da terapia medicamentosa.

É preciso conhecer as peculiaridades dessa parcela da população que necessita de um olhar diferenciado para a promoção de uma assistência de enfermagem de qualidade, livre de riscos, desenvolvendo ações de saúde junto aos idosos com vistas a manter sua independência e autonomia. Os acadêmicos de enfermagem e enfermeiros que prestam cuidados a pacientes idosos têm um espaço importante para atuar com autonomia, sistematizando um corpo de conhecimentos específicos. Acreditamos que um cuidado de qualidade, no que se refere a administração de medicamentos fundamenta-se no compromisso com a qualidade de suas ações, o que requer conhecimentos específicos sobre os fármacos e suas implicações no organismo idoso para a preservação da sua integridade, sendo necessário que cada profissional tenha interesse em atualizar seus conhecimentos. Por fim acreditamos que é de fundamental importância o desenvolvimento de pesquisa nesta área um vez que a produção científica de enfermagem é escassa.

 

Referências bibliográficas

ARCURI, E. A. M. Reflexões sobre a responsabilidade do enfermeiro na administração de medicamentos. Rev. Esc. Enf. da USP, v.25, n.2,p.229-237, agosto 1991.

ASPERHEIM, M. K.. Farmacologia para enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 7. ed, 1994.

BRASIL. Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1999.

BURNSIDE, I. M. Enfermagem e os idosos. São Paulo: Organização Anchei , 1979.

CAMARGO, A. T. et al. Passagem de plantão como instrumento de comunicação em instituição hospitalar. In: CARVALHO, E. C. de (org.). Comunicação em enfermagem: relatos de pesquisas do 6º Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem. Ribeirão Preto: Fundação Instituto de Pesquisa em Enfermagem, 1998.

DUARTE, M. J. R. S. O envelhecer saudável: auto-cuidado para qualidade de vida. Rev. de Enf. da UERJ, Rio de Janeiro, v.6, n.1, p.293-307, jun.1998.

IYER, P. W. et al. Processo de diagnóstico em enfermagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

MINAYO, M.C. de S. Pesquisa qualitativa: teoria, método e criatividade. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner & Sthurdart/Enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 8. ed, 1999.

 

 

ANEXO