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An. 8. Simp. Bras. Comun. Enferm. Maio. 2002

 

Inovar através do "agir comunicativo"

 

Innovating through "communicative acts"

 

 

Liliane Belz dos ReisI; Eurides Lavoyer EscudeiroII

IProfessora da Área de Administração do Curso de Graduação de Enfermagem da UFF. Mestre em Administração pela Universidade Federal Fluminense (UFF). R. Dr. Celestino,74 - Niterói - Fone (21) 2719-4411 e-mail: lbelz@nitnet.com.br
IIProfessora da Área de Enfermagem Médico-Crúrgica do Curso de Graduação de Enfermagem da UFF. Mestre em Enfermagem. Diretora de Enfermagem do Hospital Universitário Antonio Pedro

 

 


RESUMO

Este estudo, qualitativo, responde aos questionamentos sobre o ato de criar, utilizando a metodologia da pesquisa bibliográfica que mostra a dinâmica do processo criativo através do "agir comunicativo". As técnicas de estímulo à criatividade são explicadas para que os profissionais da saúde, principalmente o enfermeiro que lidera uma equipe, possa utilizá-las promovendo a inovação na organização.

Palavras-chave: comunicação, criatividade, enfermagem, inovação


ABSTRACT

This qualitative study answers inquiries about the creative act, using bibliographical research methodology, which shows the dynamics of the creative process through "communicative acts". Creativity stimulation techniques are explained to allow health professionals, mainly nurses who lead teams, to use them, instigating organizational innovation.

Key words: communication, creativity, nursing, innovation


 

 

INTRODUÇÃO

Desde acadêmicas de Graduação em Enfermagem ouvíamos referências em relação à necessidade de ser criativa. Hoje como docentes, vivendo um período de novos desafios impostos pela globalização, participamos de discussões onde sempre é mencionada a necessidade do profissional ser criativo.

Se hoje o mercado necessita de um profissional criativo começamos a nos questionar: O que é criar? Porquê criar? Como se processa a criação? Onde nasce a imaginação?

Como um profissional (enfermeiro) que tem uma atividade repleta de técnicas estruturadas e rigor na disciplina, vai conseguir manter o equilíbrio entre: estrutura X espontaneidade e disciplina X liberdade?

Como estimular a criatividade dele próprio e da equipe? Como implementar novas idéias?

Para responder a estes questionamentos foi realizado um estudo com uma abordagem qualitativa, usando a metodologia da pesquisa bibliográfica. Os objetivos deste estudo foram ampliar o conhecimento da dinâmica do processo criativo e buscar técnicas de estímulo à criatividade as quais os profissionais de saúde, principalmente o enfermeiro, como líder de equipe, poderão aplicar através do agir comunicativo. Segundo Habermas (1990, p.77) "o agir comunicativo depende do uso da linguagem dirigida ao entendimento".

 

CRIATIVIDADE

Dreher (1978), professor de filosofia, divide o cérebro em três partes mentais e explica que: no primeiro segmento processa-se o conhecimento sensitivo, o conhecimento dos objetos que o indivíduo percebe com os sentidos; no segundo segmento, onde o conhecimento imaginativo é processado, é a faixa da imaginação e da memória (é o principal auxiliar da criatividade); enfim, no terceiro segmento, é processado o conhecimento intelecto de objetos sensitivos, imaginativos e racionais. Portanto, a imaginação é indispensável auxiliar da inteligência. O autor explica que: a memória propõe, evoca dados havidos e a imaginação compõe dados havidos. Portanto, quando a imaginação compõe, ela pode criar novos objetos, por isso ela é chamada de imaginação criadora. A inteligência, por sua vez, é a parte responsável pelo pensar, formar conceitos.

Confirmando a "anatomia" de Dreher, Nachmanovitch (1993) declara que "a criação espontânea nasce de nosso ser mais profundo e é imaculadamente e originalmente nós. O que temos que expressar já existe em nós, de forma que trabalhar a criatividade não é questão de fazer surgir o material, mas de desbloquear os obstáculos que impedem seu fluxo natural.

Todos nós temos o direito de criar algo novo, o direito à realização e a satisfação pessoal ® o seu eu no mundo. Entretanto, para que o processo criativo evolua na pessoa, existem pré-requisitos que são: a alegria, o amor, a concentração, a prática, a técnica, o uso do poder dos limites, o uso do poder dos erros, o risco, a entrega, a paciência, a coragem e a confiança.

O processo da criação deve ser estudado como a representação do mais alto grau de saúde emocional, a expressão de pessoas normais, no ato de atingir a própria realidade.

A criação traz consigo uma incrível corrente de energia, coerência, clareza, exaltação e exultação. Caracteriza-se por uma intensidade de percepção, por um alto nível de consciência. Existem, até, sinais e sintomas neurológicos que são experimentados no momento criativo: o coração acelera, pressão sangüínea eleva-se, as pálpebras ficam semi-serradas, a visão fica mais intensa e restrita e o apetite diminuído. Essa percepção não está ligada a um objetivo ou a uma vontade consciente, pode ocorrer durante um devaneio ou durante um sonho.

A tarefa do indivíduo é "esticar" esses momentos, prolongá-los até que eles se misturem à atividade do dia-a-dia. Então começará a vivenciar a criatividade como uma atividade normal na vida.

Vida criativa é seguir o próprio curso, sem o molde estabelecido, envolve um frágil equilíbrio entre tradição e liberdade pessoal, um frágil equilíbrio entre apegar-se aos próprios princípios e estar aberto a mudanças. Nesse equilíbrio é que entra o nosso Estilo que é a peculiaridade com que nos expressamos, nossa natureza original.

No desenvolvimento do indivíduo, ele recebe ensinamentos que se solidificam como realidade. Construímos o mundo e o ser por meio de percepção, aprendizado e expectativa. Quando o mundo e o ser se interligam de uma forma harmônica, este ser se torna um indivíduo "bem ajustado". Mesmo assim, tudo o que fazemos e somos são sintomas de nossa natureza original. Portanto, a criação segue as regras de um esquema bastante intrincado, o esquema da nossa individualidade.

A inspiração é a voz viva da intuição. A intuição é uma soma sináptica, em que todo o sistema nervoso equilibra e combina multivariadas complexidades concentricamente.

O pensamento intuitivo tem como base tudo o que sabemos e somos. Num único momento, ocorre a convergência de uma pluralidade de fontes e direções - daí a certeza absoluta que acompanha o pensamento intuitivo. A percepção invadiu o meu consciente à revelia do raciocínio lógico que eu estruturava sobre o assunto. Essa percepção não vem por acaso, ela necessita de um elemento essencial: nosso compromisso. Nasce nos planos do inconsciente, nas áreas em que a nossa preocupação é mais intensa.

Viver segundo a intuição não é apenas ouvir passivamente essa "voz", mas é agir de acordo com ela. O surgimento da intuição vem exatamente no momento de transição entre trabalho e repouso, após um período de trabalho árduo sobre o assunto.

A criatividade brota no divertimento. O divertimento é vital no ciclo de desenvolvimento humano.

A própria técnica nasce da diversão, não apenas por meio da prática.

Brincar expande o campo de ação, possibilita uma maior riqueza de reações e melhora a nossa adaptação. Portanto, o trabalho criativo é divertimento, é a livre exploração dos materiais. A mente criativa brinca com os objetos.

A plena criatividade ocorre quando, por meio do talento e da técnica, o adulto é capaz de entrar em contato com a clara e inesgotável fonte de prazer da criança que existe dentro dele.

Para que a "arte" apareça, temos que desaparecer. Como? É literalmente "ficar fora de", libertar-se da dicotomia da maior parte das atividades humanas, a separação entre sujeito e objeto.

Geralmente ocorre quando o olho ou o ouvido é atraído por alguma coisa, mente e sentido ficam por um momento, inteiramente, presos na experiência. Nada mais existe. O ser e o ambiente se unem, atenção e intuição se fundem. Nos tornamos o que estamos fazendo quando abandonamos nosso apego ao ego, entramos num estado que é ao mesmo tempo de transe e de alerta. Estado chamado de Êxtase. Esse estado mental tem suas raízes na brincadeira. É o momento em que o indivíduo se anula e tudo o que existe é o trabalho. É onde o subconsciente e inconsciente agem em uníssono com o consciente. Não é irracional, é supra-racional.

Para o ato do trabalho criativo o indivíduo precisa ter técnica e libertar-se da técnica e para isso precisamos praticar até que a técnica se torne inconsciente. Uma das armadilhas da criatividade, é que não podemos expressá-la sem a técnica. Mas, se estamos encurralados no profissionalismo da técnica, não conseguimos nos entregar ao ocasional, ao acidente, que é essencial à criação.

Quando a técnica atinge um certo nível não se consegue percebê-la, ela se oculta no inconsciente e revela esse mesmo inconsciente. A técnica deve ser uma extensão do consciente e não uma proteção, um mecanismo de defesa contra a ameaça que o ato criativo representa à ordem e à uniformidade.

A criatividade oriunda do pré-consciente e do inconsciente é importante não só para a pintura, a poesia, a música, mas é essencial à ciência.

Todos os tipos de dogmatismo científico, econômico, moral e político, são ameaçados pela liberdade criativa. Não podemos deixar de sentir angústia ante o fato de todas as pessoas criativas serem os destruidores em potencial dos nossos sistemas bem ordenados.

A criatividade é fruto da destruição das formas habituais de pensar, ou seja, é a manufatura de novas formas de pensar, comunicar e relacionar.

A intuição nos oferece inspiração, mas nos dá também a tarefa técnica de organizar o que criamos, ordenar e jogar com as peças até que elas se ajustem. É essencial que a correção brote da mesma alegria inspirada e do mesmo abandono que existe na livre criação.

O processo criativo também pode se tornar um círculo vicioso. Pode cair no vício ou na procrastinação, na obsessão ou na obstrução, deixando-nos num estado de confusão e dúvida.

Existe uma linha divisória muito tênue entre o patológico e o criativo, entre o vício e a prática saudável.

O ritmo cada vez mais nervoso e agitado da sociedade, encurta cada vez mais os períodos de concentração - criando um círculo vicioso.

O que sustenta o círculo vicioso: medo. Medo de crítica - quando o indivíduo julga seu trabalho antes que haja alguma coisa para julgar ® crítica destrutiva. Existe também a crítica construtiva que ocorre paralelamente no tempo da criação e avalia a qualidade desta criação. Há também o medo de perder meios de sobrevivência, medo de perder a reputação, medo dos estados alterados de consciência, medo de falar em público, medo de "fantasmas", medo de ser considerado arrogante, medo do sucesso.

A solução para sair do círculo vicioso, é a entrega; a entrega não é uma derrota e sim uma porta que se abre para um mundo de prazer e criação.

Esta entrega tem que ser genuína, espontânea, sincera, saber que não tem nada a perder.

Criamos e reagimos a partir desse maravilhoso vazio que é gerado pela entrega.

A livre expressão da criatividade não é a capacidade de manipular arbitrariamente a vida. É a capacidade de viver a vida como ela é.

Nada pode deter o criativo. Se a vida está cheia de alegria, a alegria alimenta o processo criativo, se a vida está cheia de dor, a dor alimenta o processo criativo.

 

MÉTODOS DE ESTÍMULO À CRIATIVIDADE

Paulo Roberto Motta (1997) relaciona alguns métodos que podem ser utilizados para estimular a criatividade. São eles:

Análise morfológica – Divide-se o problema em duas ou mais categorias e, dentro de cada uma, identifica-se as alternativas possíveis. Procede-se a análise comparando as alternativas, duas a duas, ou em associações maiores. Com a combinação das soluções parciais procura-se uma solução global. O desafio é conseguir soluções criativas depois das combinações de soluções.

Diagramas de causa e efeito – Realizar um lista do maior número de causas (remotas e imediatas) do problema. Em seguida, agrupar essas causas por temas específicos e verificar se existem algumas relações mais claras entre os grupos de causas ou se variam independentemente. Estabelecer hipóteses sobre relações de causa e efeito; e usar essas hipóteses para uma discussão aberta sobre soluções e formas alternativas de ação.

Análise do campo de forças através de diagramas – Descrever, de forma direta, clara e concisa, o problema. Descreva a situação como se fosse uma catástrofe ; e descreva a solução ideal. Em uma folha grande, faça um quadro dividido por uma linha central; coloque como título do quadrante esquerdo a situação negativa e no quadrante direito a descrição positiva. A linha central representa a situação presente. Identifique fatores conducentes ao ideal , escreva-os à direita e os fatores impeditivos serão escritos à esquerda. Visualizar as contraposições, ver as reais possibilidades das ações propostas e tentar mover a linha central na direção do futuro desejado (reforçar uma força negativa, enfraquecer uma força negativa ou adicionar uma nova força positiva.

Analogias – Analogia é uma forma de comparação, ou o uso do pensamento metafórico para buscar associações com objetivos ou situações. Na comparação usam-se fatos paralelos: compara-se serviços, empresas e problemas para buscar uma solução. No pensamento metafórico compara-se situações ou objetos díspares. O mundo animal, vegetal e as adaptações já realizadas para alcançar o equilíbrio ecológico oferecem inúmeras idéias sobre soluções já encontradas. "A analogia é uma forma de melhor compreender ou analisar um problema. Analogia não prova nada."

Métodos pictográficos – Este método está baseado na premissa de que gravuras, desenhos e pinturas provocam a mente. Consiste em apresentar gravuras às pessoas (aproximadamente 6) por meia hora e estimular um exercício preliminar e individual de esforço analógico e de produção de idéias. Compartilham-se as conclusões individuais e provoca-se uma discussão confrontando as pessoas com as idéias abstratas, incentivando-as a encontrar uma solução apropriada ao problema.

Provocações ao mundo imaginativo – Manipulação da mente através de combinações entre mensagens recebidas do exterior e as que estão na mente de cada indivíduo. Há duas maneiras de realizar esta manipulação:

a ) reforços ao pensamento positivo – imaginar uma versão positiva da realidade e deixar a mente escapar para um mundo imaginativo. Depois de um devaneio voltar à realidade com uma perspectiva positiva enriquecida como um desafio à criatividade e à ação.

b ) adição de novas mensagens – deixar-se vulnerável a novos hábitos e perspectivas. Praticar o inusitado, procurar caminhos alternativos, modificar, adaptar, adicionar, substituir, amizades novas, inventar novos usos.

Brainstorming – Este exercício tem como objetivo gerar um grande número de idéias ou soluções acerca de um problema, evitando-se críticas e avaliações até o momento oportuno. Fazer um grupo com mais ou menos 15 pessoas e preferencialmente, um terço, destas pessoas, devem estar fora do problema a ser resolvido. O ambiente deve ser agradável, livre, descontraído e alegre. A pessoa que irá liderar a dinâmica não deve ter autoridade hierárquica sobre os participantes. Inicia-se instruindo os participantes que não haverá crítica durante todo o exercício, acerca do que for dito; quanto mais extremada a idéia, tanto melhor: deseja-se o maior número de idéias. O líder apresenta o problema de maneira clara e concisa, sem insinuar qualquer solução. O grupo deve ser estimulado a dar idéias, até mesmo aquelas aparentemente tolas. Estas idéias deverão ser anotadas em um lugar visível a todos os participantes. Quanto maior o número de idéias, melhor. Em seguida deve-se desenvolver critérios para associações, agrupamentos e eliminações da idéia. O objetivo final é alcançar soluções ou propostas criativas e aceitas por todos.

Brainwriting – É uma variação do método anterior. Nesta dinâmica cada participante escreve, individualmente, todas as suas idéias antes de serem compartilhadas com o grupo maior.

 

GERENCIANDO IDÉIAS NOVAS

Toda energia despendida, para gerar novas idéias, não terá nenhum valor se não forem implementadas. Portanto, a inovação deve ser o passo seguinte.

Inovação constitui-se no uso prático de uma descoberta ou invenção, que provoca mudanças positivas na organização. É a aplicação do incomum, é a solução criativa para problemas que vão sendo detectados.

Recomendações de Motta (1995) para adquirir condições organizacionais e individuais favoráveis à INOVAÇÃO:

1 – Transfira acentuadamente poder e iniciativa .

2 – Adote a perspectiva globalista na abordagem de problemas.

3 – Procure alcançar flexibilidade organizacional e administrativa.

4 – Favoreça e mantenha comunicações francas e autênticas.

5 – Crie incentivos e recompensas à iniciativa de mudanças.

6 - Trate com equidade direitos e prestígios individuais.

7 – Considere fracassos anteriores e problemas pendentes.

8 – Destrua a armadilha dos hábitos.

9 – Olhe para frente, aventure sempre, mas devagar.

10 – Reforce e reconstrua sempre uma postura otimista perante a vida.

11 – Procure sentir-se útil diante de problemas; veja o que pode fazer para resolvê-los.

12 – Opte pela ação e pelo desenvolvimento pessoal, para destruir os adversários da

inovação: comodismo e estabilidade.

Quando se fala em inovação é necessário lembrar que, para conseguir sua implementação, deverá haver uma mudança de cultura. Esta mudança não ocorre de um dia para o outro em conseqüência de uma determinação. Uma determinação provoca uma mudança de comportamento por obediência e mudança de cultura é mudança de valores. A mudança de valores ocorre por acreditação. Por isso, é recomendável que a mudança seja iniciada em um setor, após o processo de acreditação este setor será o disseminador desta mudança, pois os efeitos irão afetar toda organização ð é um processo sistêmico. Este processo é entendido por Habermas (1990, p. 79) como "entendimento" onde "um falante entende-se com outro sobre uma determinada coisa. E ambos só podem visar tal consenso se aceitarem os proferimentos por serem válidos, isto é, por serem conformes à coisa".

Segundo Motta (1995) "nunca é demais lembrar que a mudança organizacional, antes de ser um processo técnico, ou simples arranjo organizacional, consiste essencialmente em processo cultural de alterar valores. Mudar produtos, serviços ou organogramas pode significar, em muitas instâncias, uma agressão violenta a um sistema de valores existentes. E quanto maior a desconsideração pelo sistema cultural, maior a reação, a resistência e as inadaptações provocadas pela incorporação de novas idéias. Na gerência da mudança não pode adotar a perspectiva inocente ou simplista de pensar que, introduzida a mudança organizacional – produto, serviço ou procedimento -, a organização naturalmente irá adaptar-se a ela. ... A mudança – muito mais um processo cultural do que um processo tecnológico ou mecânico – exige atenção a significados, símbolos e ritos que a organização atrela aos seus processos administrativos".

O compromisso com a qualidade, a satisfação dos clientes (internos e externos) é uma pré – disposição da organização para que seus colaboradores tenham condições propícias para CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO.

Estamos vivendo um período de novos desafios, a era da globalização. Esta nova situação impõe a necessidade de maior preparo para enfrentar escassez de recursos e uma concorrência mais acirrada. Para que a organização obtenha clientes é imprescindível que preste um serviço qualificado e diferenciado. As organizações públicas, principalmente as de saúde, onde a demanda aumenta e os recursos estão cada vez mais escassos o seu pessoal deverá ter condições de criar alternativas para solução dos inúmeros problemas. É vital para as organizações contemporâneas ter em seu quadro pessoal criativo para produzir "material" necessário às inovações.

O enfermeiro, sendo coordenador de atividades administrativas e assistenciais, deve estar atento e preocupado em estimular seu grupo a ser participativo e criativo. Serão mais elementos contribuindo na busca de uma assistência que atenda às necessidades dos clientes (internos e externos).

 

Referências bibliográfica

CUNHA, José Auri. Filosofia - Iniciação à Investigação. São Paulo: Atual Editora, 1992.

DREHER, Edmudo H. Problemas Filosóficos. 2a. Ed. Curitiba: Editora Gráfica Vicentina Ltda, 1978.

DRUCKER, Peter F. Sociedade Pós-Capitalista. Tradução de Nivaldo Montingelli Junior. 4a. Ed. São Paulo: Pioneira, 1993.

FRITZEN, Silvino J. Exercícios Práticos de dinâmica de grupo. 26a Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.

HABERMAS, J. Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.

HANDY, Charles B. Como compreender as organizações. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

MAY, Rollo. A coragem de criar. Tradução de Anlyde Soares Rodrigues. 8a. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

MOTTA, Paulo Roberto. Gestão Contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 6a. ed. Rio de Janeiro: Record,1995.

MOTTA, Paulo Roberto. Transformação Organizacional: a teoria e a prática. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1997.

NACHMANOVITH, Stephen. Ser criativo - o poder da improvisação na vida e na arte. Tradução de Eliana Rocha. São Paulo: Summus, 1993.

VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Tradução de Luiz Fernando Cardoso. 2a. Ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra S.A.1978.