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An. 8. Simp. Bras. Comun. Enferm. May. 2002

 

Jogo educativo para mães de bebês prematuros: a criatividade na educação em saúde*

 

Educational games for mothers of pre-term babies: creativity in health education

 

 

Luciana Mara Monti FonsecaI; Carmen Gracinda Silvan ScochiII; Adriana Moraes LeiteII; Maria de Lourdes do Patrocínio KokudayIII; Laise Conceição CaetanoI

IEnfermeiras alunas do Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto–USP
IIProfas. do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto–USP
IIIEnfermeira do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP

 

 


RESUMO

Trata-se do desenvolvimento de um jogo educativo para orientação de mães de prematuros com vistas à alta hospitalar. O conteúdo do jogo baseia-se nas necessidades expressas por quatro mães de prematuros e duas enfermeiras neonatais sobre temas relevantes para esse treinamento. As temáticas levantadas foram agrupadas em: relacionamento familiar, alimentação, cuidados gerais e cuidados especiais. O jogo é constituído de um tabuleiro colorido com percurso figurado (26 caselas); 80 cartas com perguntas sobre estas temáticas; dois dados e marcadores coloridos representando cada jogador (quatro a doze, podendo-se formar duplas). Na dinâmica, cada participante retira uma carta e ao acertar a questão, caminha no tabuleiro o número de casas correspondente à soma de pontos obtida no lançamento dos dados. Ganha o jogo aquela(s) que chegar(em) primeiro ao final do percurso. Estimula-se a participação de outras mães para completar as respostas às questões formuladas, garantindo que as respostas saiam do grupo e a troca de experiência. Esse material didático-pedagógico facilita a comunicação enfermeira-cliente e dinamiza o processo ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: enfermagem neonatal, educação em saúde, jogos educativos, cuidados com prematuro


ABSTRACT

This work addresses an educational game for orientation of mothers of pre-term babies with a view to hospital discharge. The game content is based on the needs expressed by four mothers of pre-term babies and two neonatal nurses concerning relevant themes for this training. The presented themes were grouped into: family relationship, food, general care and special care. The game comprises a colored board with a route consisting of pictures (26 cells); 80 cards containing questions related to the themes; two dice and colored markers representing each player (four to twelve, pairs can be formed). During the game dynamics, each participant draws a card and, if they answer the question correctly, they move forward on the board as many cells as the sum of points obtained in throwing dice. The player(s) who reach(es) the end of the route first is/are the winner(s). Participation of other mothers is encouraged in order to complete the answers to the formulated questions, thus ensuring that the answers arise from the group and that experience is exchanged. This didactic and pedagogical material facilitates nurse-client communication and turns the learning-teaching process more dynamic.

Key words: neonatal nursing, health education, educational games, pre-term care


 

 

INTRODUÇÃO

É sabido que todos os seres vivos aprendem por meio da interação com o ambiente.

Segundo Gadotti e Gutiérrez (1999) um ambiente educativo, cenário de relações educativas, envolve quatro aspectos relacionais: fortalecer permanentemente as relações do cotidiano - aprendizagem do dia-a-dia; promover sempre relações abertas – as quais tem que ser flexíveis, dinâmicas, repletas de sentido, interrogativas e modeladas a cada circunstância; intensificar relações participativas – a participação se fundamenta na necessidade; alcançar e dar sentido às relações – cada um significa a si mesmo quando encontra e dá sentido ao que faz. No processo de se encontrar e de dar sentido, o sujeito coletivo desempenha um papel primordial, no qual entra a criatividade, a incerteza, o entusiasmo e a entrega pessoal.

Se um ambiente pode ser um facilitador do aprendizado, por conseguinte, podemos afirmar que as técnicas pedagógicas também o são. Araújo (1991) afirma que toda técnica de ensino encarna os princípios pedagógicos, instrucionais, educacionais e políticos que a sustentam. É isso que possibilita torná-la concreta, não metafísica. Do contrário, ela seria apenas objeto de formalismos.

O lúdico entra no cenário do educador social, pois cria espaço para que o educando expresse suas vivências, a percepção de si mesmo, sua criatividade, seus valores, suas capacidades e habilidades. Constitui parte de uma estratégia de conhecimento e intervenção que permite ao educador conhecer o educando em sua história, sua condição sócio-familiar, suas atitudes e aptidões (CAMORS; ACOSTA, 1999).

O jogo tem sido usado em diversas áreas como administração, comunicação, educação, sociologia, entre outras, visando incentivar a criatividade, a tomada de decisão, a participação, a interação, a diminuição do estresse ao enfrentar situações reais e o interesse pelo conhecimento, bem como facilitar o aprendizado (MARSHALL et al., l982).

Na enfermagem, estudos apontam que a utilização do jogo no ensino promove interação e envolvimento entre os participantes, estimula interesse em um determinado tópico e provê elementos para mudança de atitude (SILVA; DECK, 1989).

Segundo Ulione (l983) o jogo é um instrumento didático para o ensino de conteúdo específico, como por exemplo, medicação, fases do relacionamento terapêutico enfermeira-paciente, assistência a idosos; pode ser usado também para prover solução de problema ou partilhar informações, de acordo com os objetivos instrucionais.

Sanchez et al. (1988) afirmam que, na cultura chilena, o jogo é usado para entretenimento e faz com que as pessoas deixem de lado, temporariamente, os problemas de vida diária e suas preocupações.

Como enfermeiras educadoras para o autocuidado, estas autoras sentiram necessidade de usar técnicas que pudessem envolver o usuário em todas as etapas do método educativo e, a partir de 1984, começaram a envidar esforços para descobrir e desenvolver jogos educativos, os quais foram incorporados em programas assistenciais do Centro de Diagnóstico para o Autocuidado da Pontifícia Universidade Católica do Chile.

Para Sanchez et al. (1988), o jogo incentiva o diálogo, a participação e a fixação da atenção e estimula, nos participantes, uma competição saudável e amistosa que gratifica tanto usuários como profissionais. Consideram o jogo como uma técnica de educação para o autocuidado. Recomendam que os jogos sejam simples e motivadores, em linguagem compreensível pelos usuários; que seu ritmo seja dado pelo grupo que o joga; que não sejam massificados e que sejam criados para apoiar o desenvolvimento de programas educativos específicos.

Stefanelli (1990) desenvolveu um jogo educativo para o ensino da comunicação enfermeiro-paciente. Através de avaliação dos participantes, constatou que o jogo educativo é válido para várias disciplinas e diferentes tipos de temas e facilita a comunicação entre os elementos do grupo.

A comunicação é o denominador comum de todas as ações de enfermagem e influi decisivamente na qualidade da assistência de enfermagem prestada (STEFANELLI, 1988).

A maioria das mães com as quais atuamos são de baixo nível sócio-educacional, o que acarreta a limitação na utilização de recursos que exijam a habilidade de leitura e compreensão. A formação educacional primária incompleta dificulta a leitura de textos de média e alta complexidade. Muitos dos folhetos educativos, na área da saúde, são complexos requerendo um alto grau de inteligibilidade, e assim, não conseguem atingir os objetivos a que se propõem (DOAK et al., 1996; RANKIN; STALLINGS, 1996).

Os recursos audiovisuais e/ou lúdicos formam uma combinação simples que oferecem melhores contingências para a aprendizagem. A criatividade do educador, aliada à consciência das funções dos componentes da aprendizagem e das características particulares dos diferentes recursos, são os elementos fundamentais para a efetividade da aprendizagem (DOAK et al., 1996; RANKIN; STALLINGS, 1996).

Em estudo descritivo, McKim (1993) investigou as dificuldades de 56 mães de bebês prematuros, no domicílio, na primeira semana após a alta da UTIN, com vistas a utilizar estes dados para melhorar o ensino e o programa de apoio oferecido pelo hospital e por enfermeiras de saúde da comunidade. Os dados foram coletados através de entrevista feita às mães que passaram por uma clínica de seguimento perinatal entre abril e outubro de 1987, em Newfoundland, Canadá. Os resultados mostraram que as mães enfrentaram dificuldades no cuidado do filho prematuro, na primeira semana no domicílio, as quais decorriam das orientações recebidas ainda no hospital, que eram semelhantes às das mães de recém-nascidos saudáveis, portanto, não eram dirigidas às necessidades particulares de seus bebês. O autor constatou que o problema não era a quantidade de informação recebida pelas mães, mas sim o tipo específico que elas receberam. As mães expressaram preocupações sobre a respiração do bebê, ganho de peso, comportamento e alimentação, e não sabiam dar banho, nem a melhor forma de administrar o sulfato ferroso.

Estes dados nos remetem às várias problemáticas existentes nos berçários de prematuros concernentes ao preparo da mãe para a alta hospitalar do seu filho.

Através de nossa inserção na unidade neonatal, percebemos as dificuldades e escassez de materiais didático-instrucionais dirigidos à clientela e que as atividades de orientação e treinamento das mães para a alta hospitalar de seus filhos eram individuais, não havendo a troca de experiências e nem o uso de material de apoio e criativo.

Sabemos das dificuldades e escassez de recursos que vivenciam grande parcela dos serviços de saúde. Por outro lado, não é possível ficarmos imobilizados até que mudanças macro-estruturais e sociais ocorram. Na prática cotidiana em berçário de prematuro, há espaço para o desenvolvimento de atividades educativas, visando a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem.

Preocupados com as estratégias e instrumentos passíveis de uso nas atividades de Educação em Saúde dirigidas às puérperas em alojamento conjunto neonatal, elaboramos como material didático-pedagógico, um jogo educativo contendo perguntas e respostas sobre o banho do recém-nascido a termo, cuidados com o períneo, banho de sol, cólica, choro, uso de chupeta, direitos da mãe que trabalha, curativo do coto umbilical, vestuário, monilíase oral, icterícia, tétano neonatal, teste do pezinho, cuidados com as mamas, traumas mamilares e amamentação materna. Consta de um tabuleiro colorido com percurso dividido em 26 caselas, tendo ponto de saída e de chegada dos jogadores; 50 cartas contendo perguntas sobre as temáticas citadas e, no verso, as respectivas respostas; dois dados e peões coloridos representando cada jogador ou dupla. O número previsto de participantes é de 4 a 12, formando-se duplas caso o número de jogadores seja superior a 5. Na dinâmica, cada participante ou dupla retira uma carta e se acertar a questão, caminha no tabuleiro o número de casas correspondente à soma de pontos obtida no lançamento dos dados. Ganha o jogo aquele(s) que chegar(em) primeiro ao final do percurso (FONSECA; SCOCHI, 2000).

Posteriormente, analisamos as opiniões das mães sobre a vivência em atividade de Educação em Saúde através do uso deste jogo educativo. Ao final das atividades grupais, 30 mães foram estimuladas a expressarem suas opiniões acerca do uso do jogo como estratégia de ensino-aprendizagem. Da análise dos dados apreendemos que o jogo educativo, enquanto nova estratégia para Educação em Saúde, contribuiu para ampliar o conhecimento das mães sobre a relevância do aleitamento materno, o auto-cuidado com as mamas e os cuidados básicos com o recém-nascido. Houve troca de experiências entre as participantes e abertura para discussão de mitos e atitudes de risco para a saúde do bebê. O jogo educativo foi considerado pelas mães como uma estratégia divertida e estimulante, deixando-as mais atentas e soltas, abertas a aprender e a ensinar. Essa experiência possibilitou a execução da atividade educativa de maneira descontraída e criativa, utilizando recurso não usual que estimulou a participação efetiva tanto das puérperas como do enfermeiro (FONSECA et al., 2000).

Com base no exposto, acreditamos ser necessário dinamizar as atividades de Educação em Saúde através do uso de tecnologias e materiais didático-instrucionais que auxiliem na comunicação entre a enfermagem e a clientela, assim, sentimo-nos estimuladas e empenhadas em construí-los.

Em diferentes partes do mundo, o cuidar de pessoas tem inspirado desde adequações de outros produtos existentes, passando pela improvisação de alguns outros, até a resposta mais efetiva de intencionalmente projetar e desenvolver produtos de interesse para a vida e para a saúde (DIAS et al., 1996).

Vislumbrando a possibilidade de desenvolver estratégias criativas na educação em saúde sobre os cuidados com o prematuro, num esforço para o preparo materno mais adequado para a alta hospitalar do bebê, elaboramos um jogo educativo para instrumentalizar nossa prática educativa em unidades neonatais. Pretendemos aqui divulgar este invento enquanto instrumento facilitador da comunicação entre mães e equipe de enfermagem e dinamizador do processo ensino-aprendizagem.

 

O JOGO EDUCATIVO

A elaboração desse material didático-pedagógico inovador baseia-se nas necessidades expressas por quatro mães de prematuros e duas enfermeiras da unidade de cuidado intermediário neonatal do hospital escola, trazendo à discussão temas relacionados aos cuidados com o prematuro, relevantes para o treinamento para a alta. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e as participantes assinaram termo de consentimento livre e informado.

A escolha das participantes teve como critério a experiência no cuidado destas crianças enquanto mães e enfermeiras. Através de entrevistas as enfermeiras foram estimuladas a apontarem os temas relevantes para o preparo materno para a alta hospitalar do prematuro e as mães aqueles que precisariam saber para levar seu filho para casa.

Os conteúdos levantados foram agrupados em quatro temáticas (relacionamento familiar, alimentação, higiene, cuidados gerais e cuidados especiais), contendo questões e dúvidas que as participantes julgaram relevantes para o treinamento materno para a alta hospitalar do prematuro (Anexo 1).

O jogo é constituído de um tabuleiro colorido com percurso figurado (26 caselas); 80 cartas com perguntas sobre estas temáticas; dois dados e marcadores coloridos representando cada jogador (4 a 12, podendo-se formar duplas). O percurso do tabuleiro tem dois extremos, a primeira casela denominada "início" do jogo e a última "saída", final do jogo, representando a saída, não só do jogo, mas do hospital, a alta do filho, o vencer, o estar pronta. O desenho que estas caselas formam, no tabuleiro, é o de um útero.

As cartas são agrupadas em cinco cores diferentes, de acordo com a temática a qual pertencem. Cada carta apresenta uma pergunta, sendo que as respostas deverão ser construídas durante a dinâmica de utilização do jogo educativo através da troca de experiências, entre as participantes, com a mediação do enfermeiro.

Nessa dinâmica, a riqueza das discussões provém de experiências anteriores adquiridas pelas participantes, em diferentes contextos. A aquisição de idéias e ações provém do mundo social, incluindo a família e o círculo de relacionamento. Os conteúdos discutidos durante o jogo e as oportunidades para interações sociais são fatores que dependem basicamente de cada grupo e do profissional que o conduz.

Rosendahl (1974) afirma que é necessário atender às necessidades de aprendizagem do adulto e utilizar estratégias de ensino que aproveitem ao máximo as experiências anteriores das pessoas, dando ênfase à participação e ao envolvimento ativo dos educandos. Assegura que isto é um meio de provocar experiências significativas para o aprendizado. Para a autora, as enfermeiras educadoras devem dar menos respostas e fazer mais perguntas para que o processo intelectual seja estimulado; o jogo é uma estratégia que pode atingir essa finalidade.

Assim, recomendamos que ao usar o jogo educativo que desenvolvemos, o profissional enfermeiro não deve interferir nas respostas, nem dar soluções prontas, nem tão pouco apresentar passos/regras rígidas de cuidado; seu papel é o de moderador, interferindo apenas nas discussões de condutas que representam risco ao bebê prematuro.

Segundo Milet; Marconi (1992), a ação educativa é como um projeto que visa alcançar resultados internos e externos através de um processo participativo dos educandos. Tais resultados correspondem à apreensão e incorporação de capacidades, valores, habilidades e atitudes exercitadas e desenvolvidas individualmente no processo grupal, onde se destacam: compromisso, reflexão, comunicação, confiança, flexibilidade, auto-estima, cooperação, concentração, objetividade, expressividade e criatividade. Na prática, o coordenador, que é o profissional da saúde, tem a função de orientar e facilitar o processo ensino-aprendizagem, de maneira a promover as condições ideais para que os resultados ocorram através de seus conhecimentos sobre a linguagem utilizada, nos vínculos que aí estabelecem, bem como estimular a participação de seus integrantes.

Lewis et al. (1989) estudaram os jogos como estratégia de ensino a ser utilizado pelos enfermeiros educadores. Selecionaram um jogo como estratégia de ensino por considerá-lo um processo interativo que facilita a aquisição e aplicação de conhecimentos e habilidades cognitivas, afetivas e psicomotoras. Segundo os autores, a oportunidade para discussão durante o jogo aumenta o interesse e a motivação, facilita a assimilação de conceitos pela estimulação do processo cognitivo, permite a expressão de opiniões, esclarece conceitos, reforça e suplementa aprendizagem e promove positiva aprendizagem afetiva.

Assim, nas atividades educativas o papel fundamental do enfermeiro é o de estimular a participação da clientela para completar as respostas às questões formuladas, garantindo que as respostas saiam do grupo.

O uso do jogo pode oferecer uma significativa contribuição para a aprendizagem, pois provê uma experiência comum para os membros do grupo: a oportunidade de cada participante aprender com o outro; além disso, promove ativa participação e interação entre os membros do grupo (COOPER, 1979).

Na dinâmica do jogo que elaboramos, cada participante retira uma carta e ao acertar a questão, caminha no tabuleiro o número de casas correspondente à soma de pontos obtida no lançamento dos dados. Ganha o jogo aquele(s) que chegar(em) primeiro ao final do percurso.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O jogo educativo foi construído a partir da necessidade de passar informações de forma dinâmica, com a participação efetiva de enfermeiros e mães de bebês prematuros.

Acreditamos que este material didático-pedagógico dinamiza o processo ensino-aprendizagem através da discussão que este proporciona; aumenta o interesse, a comunicação e a motivação; facilita a assimilação de conceitos pela estimulação do processo cognitivo; permite a expressão de opiniões; esclarece conceitos; reforça e suplementa a aprendizagem e promove positiva aprendizagem afetiva. Neste sentido, sugerimos a utilização do presente jogo educativo na prática assistencial e a realização de estudos sobre o seu impacto no processo ensino-aprendizagem.

Consideramos, ainda, que o presente jogo educativo desenvolvido através de tecnologia simplificada, artesanal, manufatura barata e acessível pode contribuir com o preparo técnico dos profissionais de saúde com vistas à assistência integral e humanizada em berçário de prematuros suscitando o desejo de ousar e de criar.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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* Trabalho vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Enfermagem Neonatal do Dep. MISP-EERP-USP. E-mail lumonti@eerp.usp.br.

 

 

ANEXO 1- Questões contidas nas cartas do jogo educativo