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An. 1 Simp. Internacional do Adolescente May. 2005

 

Representações sociais do corpo humano entre alunos do 7º. ano do ensino fundamental em uma escola estadual de Ribeirão Preto

 

 

Valeria Marta Nonato Fernandes Mokwa; Fátima Aparecida Gonini; Rita de Cássia Petrenas; Rita de Cássia Pereira Lima

Centro Universitário Moura Lacerda (CUML) - SP - e-mail: valeriamokwa@ig.com.br

 

 


RESUMO

O estudo objetivou analisar, com base na Teoria das Representações Sociais (TRS) proposta por Serge Moscovici em 1961, as representações do corpo humano expressas por alunos de 7º. Ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual de Ribeirão Preto. Através de desenhos feitos pelos alunos, a pesquisadora buscou entender as informações, idéias, imagens, noções, ou seja, as representações sociais que eles possuem do corpo humano e da sexualidade. A metodologia é de caráter qualitativo. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo, que permitiu reconstruir os processos e as relações que configuram a experiência que esses alunos têm do corpo humano, buscando compreendê-la e revelar os seus múltiplos significados. Participaram do estudo 24 alunos, com idade entre 12 e 13 anos, sendo 14 meninos e 10 meninas. Foi solicitado a cada um que desenhasse o corpo humano em uma folha de papel. A análise de conteúdo dos desenhos configurou-se em três temas-chave: "Parte Externa do corpo", "Parte Interna do Corpo", "Sexualidade". Todos revelam aspectos relacionados à identidade e consciência que os alunos têm de seu corpo e de sua sexualidade. Em alguns desenhos são privilegiadas as partes externa e interna do corpo, sendo que certos alunos evidenciam os órgãos genitais masculino e feminino. A saúde é vista como fundamental para o bem estar físico do corpo e da célula. Porém, em nenhum momento a sexualidade aparece como parte do corpo, dentro do enfoque biopsicossocial da saúde que inclui um corpo saudável. A análise do material mostrou a necessidade de repensar o ver, o sentir e o agir no que se refere ao corpo e à sexualidade, enquanto dimensões fundamentais da integridade humana. Depreende-se a necessidade de formação dos alunos para lidarem com as questões que se atrelam à sexualidade, ao sexo e ao corpo. Os projetos de pesquisa no campo das representações sociais podem oferecer uma contribuição relevante quanto a conhecer as representações que os alunos têm de seu corpo e de sua sexualidade, para que a escola possa trabalhar a temática no sentido de romper com tabus e barreiras que dificultam a abordagem do tema dentro de um enfoque multidimensional, envolvendo aspectos biológicos, afetivos e sociais, inserindo-se o corpo e a sexualidade no âmbito da articulação entre a individualidade e o coletivo.


 

 

I. CORPO HUMANO E SEXUALIDADE: O OBJETO DE ESTUDO

Este estudo tem como objetivo principal compreender as representações sociais que os alunos possuem do corpo humano. Considera-se que este se constitui por três dimensões articuladas: a biológica, a psicológica e a social. Essas dimensões podem ser observadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que colocam a Saúde, a Orientação Sexual, a Ética, a Pluralidade Cultural e o Meio Ambiente como "Temas Transversais" a serem discutidos e inseridos nos projetos pedagógicos das escolas. Percebe-se a intenção de preparar os educandos de forma emancipatória para que eles possam entender o processo de funcionamento e a saúde plena do corpo humano.

Pretende-se conhecer, através de uma perspectiva biológica, psicológica e social, como os educandos elaboram idéias sobre seus corpos, influenciados pela maneira de pensar de uma sociedade. Esse objetivo remete a uma reflexão sobre a didática efetivada nas salas de aulas, pois os professores também podem ser frutos de uma formação sexual sem orientação e reprimida. Nesse sentido, Melo faz as seguintes colocações:

... Afinal quem educa os educandos? Refletindo sobre o meu fazer específico para a realização desta jornada, pelo mundo vivido, e realizando "plágio do plágio", pergunto: quem educou esta educadora? Quem me ajudou a me tornar a pessoa que sou? Como foi minha inserção como ser no mundo? Junto a outros seres? (2004, p.16)

Partindo dessa colocação, é imperativo um redirecionamento da temática Orientação Sexual concomitantemente com a auto-reflexão e formação do professor para que o mesmo possa alterar sua prática de ensino, melhorando a qualidade em seu trabalho.

O desenvolvimento do ser humano como pessoa plena é um componente curricular fundamental, já que corpo é sensação, percepção, razão, afeto, sentimento, emoção, prazer, saúde, bem estar físico, psíquico, social e espiritual. Estas são partes indissociáveis da estrutura do Ser que se reconhece no mundo com outros Seres. Permitem entender o sujeito inserido socialmente, desvendando uma relação não caracterizada como assexuada ou negada (MELO, 2004).

Costa (1994) se refere ao ser humano como sendo constituído por uma dimensão total que inclui a abordagem biológica referente a um corpo físico, a abordagem psicológica e a social.

Depreende-se, portanto, que o ser humano completo só pode ser entendido quando são satisfeitas suas necessidades físicas e psicológicas e garantidos os seus direitos humanos e a cidadania no exercício de seus papéis. Em uma sociedade democrática, os direitos e deveres são garantidos por lei, inclusive o de exercer a sexualidade independentemente da forma como ela se exterioriza e de receber informações emancipatórias sobre o funcionamento do corpo (COSTA, 1994).

Essas reflexões remetem a pensar sobre como a temática sexualidade é trabalhada na escola, podendo motivar várias pesquisas na área. O presente estudo tem a finalidade de conhecer, imagens, tabus, preconceitos, repressões, relacionados à sexualidade, quando os alunos se expressam sobre o corpo humano.

Para realizá-lo a Teoria das Representações Sociais (TRS), descrita a seguir, foi considerada a mais adequada.

 

II. A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

As representações sociais, de acordo com Serge Moscovici (1961), devem ser vistas como uma maneira específica de compreender e comunicar o que nós já sabemos. Elas fazem parte de uma cadeia de percepções, opiniões, noções. Referem-se a um conjunto de imagens, símbolos e modelos veiculados numa sociedade para caracterizar pessoas, situações, objetos. Correspondem a mentalidades, atitudes, opiniões, imagens que podem exercer uma ação para mudar condutas e comportamentos, permitindo o questionamento e a transformação.

Jodelet (1993) se refere às representações sociais como forma de conhecimento, elaborada e compartilhada socialmente, tendo uma visão prática e concorrendo para a construção de uma realidade comum a um conjunto social. Elas estão ligadas a sistemas de pensamento mais amplos, ideológicos, sociais ou culturais, a um estado de conhecimentos científicos, e à esfera da experiência privada e afetiva dos indivíduos.

Ribeiro (1996) ao citar a perspectiva de Moscovici, menciona que representar não é apenas repetir ou reproduzir, mas reconstituir ou modificar o objeto do conhecimento. É necessário entendê-lo no contexto social em que brota, perpassa e se modifica.

Moscovici, (1978) afirma que as representações sociais estão organizadas de forma muito diferentes, dependendo das classes, das culturas ou grupos, contribuindo para os processos de formação e elaboração de condutas e de orientação das comunicações sociais. Elas se formam principalmente quando as pessoas estão expostas às instituições, aos meios de comunicação de massa, à herança histórico-cultural da sociedade.

Para o autor, a noção de representação social para tentar aferir a integração dos aspectos afetivos, mentais e sociais, considerando as relações mediadas pela linguagem. Segundo Moscovici, a representação social expressa o conhecimento produzido pelo "senso-comum", sempre em relação dialética com o conhecimento científico.

Jodelet (2001) se refere às representações sociais como sendo uma forma de conhecimento, socialmente elaborada, partilhada, com um objetivo prático, e que contribui para a construção de um saber denominado de "senso comum", "espontâneo", "ingênuo" ou "pensamento natural", em oposição ao pensamento científico. Este conhecimento se constitui a partir das interações sociais, mas também de informações, saberes, modelos de pensamento recebidos e transmitidos pela tradição, educação, comunicação social.

No que diz respeito aos desenhos/textos dos participantes dessa pesquisa, é fundamental conhecer suas representações sociais do corpo humano, visto que eles têm sua própria interpretação do que seja o corpo advindo da educação familiar, da sociedade e da cultura.

 

III. A METODOLOGIA DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS

A metodologia utilizada é de caráter qualitativo e tem como base na análise de conteúdo. Essa escolha permitiu reconstruir os processos e as relações que configuram a experiência realizada com 24 alunos do 7º ano, com idade entre 13 e 15 anos, de uma Escola Estadual de Ribeirão Preto/SP. Buscou-se analisar as representações sociais que os mesmos possuem a respeito do corpo humano, tentando revelar os seus múltiplos significados.

Foi pedido para os alunos desenharem como eles vêem o corpo humano, com intenção de relacionar esse conteúdo à sexualidade.

Segundo Bardin (1979, p.42), citada por Minayo (2000, p. 199), a análise de conteúdo pode ser definida como "um conjunto de técnicas de análise de comunicação visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens".

Através dessa metodologia é possível documentar o não-documentado, desvelando os encontros e os desencontros que permeiam as ações e representações dos educandos. Pode-se também, reconstruir sua linguagem, suas formas de comunicação e os significados que são criados e recriados no cotidiano, tentando entender como representam o corpo humano.

Com base nesses princípios, foi realizada uma leitura flutuante dos 24 desenhos/textos. Em seguida foram identificados três temas-chave – " Parte Externa do Corpo", "Parte Interna do Corpo", "Sexualidade" – e inferindas categorias e sub-categorias. Foram construídas tabelas para cada um dos temas. Essa análise e os resultados obtidos serão comentados a seguir.

 

IV – OS RESULTADOS MAIS RELEVANTES: CORPO, SEXUALIDADE E IDENTIDADE HUMANA

De uma maneira geral, os desenhos/textos revelam uma ênfase na dimensão biológica do corpo humano. Porém, alguns alunos, ao expressarem termos como "órgãos sexuais", deixam transparecer o interesse em discutir na escola, temáticas relacionadas "a sexualidade". Esse assunto será aprofundado na discussão dos temas-chave, que se articulam entre si.

Parte Externa do Corpo

Na análise do material pode-se notar categorias referentes às partes externas do corpo, como mostram os dados da Tabela 1:

 

 

Esses dados explicitam uma representação em que o corpo aparece com as partes fragmentadas, nem sempre vistas de forma global. Há ênfase nas partes mais visíveis externamente. O desenho a seguir ilustra essa condição.

 

 

Observa-se a definição de duas sub-categorias: "partes externas do corpo" e "parte do corpo externa mais vestida". Em alguns momentos são mencionadas partes do corpo que se relacionam à sexualidade, como busto, quadril. Porém, a ênfase maior é voltada para um corpo saudável, com músculo, boa alimentação. Alguns textos que acompanharam os desenhos ilustram essa situação: "corpo humano precisa de muitas vitaminas", "para crescer saudável precisa alimentar bem, comer frutas legumes que ajuda crescer e fortalecer os músculos". Fica claro, em algumas falas dos estudantes, que a saúde aparece como fator muito importante para o bem estar físico do corpo: "eu imagino meu corpo assim, com muita saúde e cheio do que faz bem para todos poderem viver bem", "Saúde, alimentar bem", "Esse corpo está muito saudável", "O corpo com muito músculo e muito saudável".

Percebe-se que o educando prioriza o físico, externo, corpo saudável, magro. Há uma estereotipo, ou seja, uma idéia apresentada muitas vezes pelos programas de televisão. Essa imagem fragmentada do corpo é bem expressa por Nunes (1997), quando afirma que a industrialização e a urbanização fizeram a família perder a ancestralidade e a comensalidade. Para o autor, houve a criação de uma nova família, com outra estética, devido às mudanças matériais e do capitalismo selvagem em que nossa sociedade vive.

Essas reflexões são importantes no que tange à mediação emocional que está presente na construção das representações sociais dos educandos, principalmente nos vínculos com seus grupos sociais, sugerindo conteúdos inconscientes nas manifestações emocionais expressas por meio de indefinições da formação e do funcionamento do corpo humano, esboçando partes, pedaços (NUNES, 1997).

Nesse tipo de desenho/escrita dos alunos, percebe-se ausência de uma orientação emancipatória do corpo e da sexualidade, principalmente na fase da adolescência em que esses alunos se encontram, marcada por mudanças e transformações de ordem social, psicológica e biológica. Nota-se a necessidade de uma significação serena sobre a sexualidade e sobre o corpo, requerendo olhar cuidadoso para preparar os estudantes no lidar com sua sexualidade e com seu corpo (NUNES, 1997).

Parte Interna do Corpo

A idéia de corpo fragmento também apresenta-se nos dados ilustrados na Tabela 2, cujo tema são as partes internas no corpo.

 

 

Pode-se observar nos dados acima que as partes internas do corpo, que incluem órgãos, células, tecido, também valorizam o corpo saudável, sarado, dotado de músculo, com uma boa alimentação. O desenho a seguir ilustra esse contexto.

 

 

Observa-se que alguns alunos representam o corpo como um todo, ressaltado a célula como necessária e integradora. Alguns escritos caminham nessa direção: "Eu represento o corpo humano com um todo, que é formado por várias células". Aqui aparece também a idéia da saúde, vista como um fator importante para o bem estar físico do corpo. Alguns exemplos: "Importante para tudo, porque quem sabe se não fosse o corpo o que seria de nós"? "Precisa de todos esses órgãos, porque sem eles nós sofreríamos sem olhos, não enxergávamos etc." É importante salientar que, nesses casos, não aparece a sexualidade como sendo parte integrante do corpo e da saúde do indivíduo.

Sexualidade

Apesar dos dados anteriores não apresentarem explicitamente a temática sexualidade, pode-se notar, na análise do material, que em alguns desenhos/textos aparecem partes do corpo que representam a sexualidade, como mostram os resultados da Tabela 3:

 

 

Nesses resultados estão presentes algumas partes do corpo que remetam à sexualidade, como vagina e pênis. O desenho a seguir pode ilustrar essa análise.

 

 

Alguns desenhos, como o acima, mostraram vagina e pênis, indicando as diferenças dos genitais masculinos e femininos. Mas esses esquemas parecem não apontar a presença de uma consciência do senso de identidade e sim uma representação que mais se ajusta com a cultura sexual construída pela sociedade em que os alunos estão inseridos. Pressupõe-se que a aparição dessa sexualidade em alguns desenhos seja uma forma de requerer ajuda, informação, esclarecimento em relação a essa temática.

Segundo Ribeiro (1996), a atividade criadora da criança, o construir e o reconstruir dinamicamente são subsídios necessários para o desenvolvimento e a criação de algo novo. Qualquer ser humano quando devidamente estimulado, imagina, combina, modifica e cria, em diferentes graus de complexidade. Ele constrói, através dessas fantasias, os significados de uma realidade cotidiana, inserida no seu dia-a-dia escolar, familiar, religioso e cultural.

A partir dessa premissa, os desenhos/textos expressos pelos alunos parecem indicar que sua representação sobre o corpo humano está objetivada em imagens fragmentadas, em partes, e não em um corpo constituído por dimensões mais complexas, que são o biológico, o psicológico, o social e o sexual articulados.

Os resultados mostram que é necessário olhar a questão da formação desses alunos em relação à temática sexualidade. De acordo com Costa (1994), a sexualidade é um componente fundamental de todo ser humano, vinculando-se à intimidade, à afetividade, à ternura, a um modo de sentir e exprimir-se, vivendo o amor humano e as relações afetivo-sexuais. Sua influência está presente em todos os aspectos da vida humana, desde a concepção até a morte, manisfestando-se em todas as fases da vida sem distinção de raça cor, sexo, deficiência. Essa sexualidade precisa ser exercitada de forma a não prejudicar o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e sexual do educando.

O autor ainda destaca que sexualidade não é exclusivamente física e isto faz com que o ser humano acabe tendo grandes dificuldades de lidar com essa questão. A repressão, pura e simples, das manifestações sexuais pode diminuir o equilíbrio interno, contribuir para a angústia vital, favorecendo o isolamento e reduzindo as possibilidades como ser integral.

Importante também aqui salientar, apesar de não se tratar do objeto de estudo do presente trabalho, o papel da família como cúmplice da escola no sentido de orientar satisfatóriamente a questão da sexualidade. O conceito a respeito da família, seu papel dentro da sociedade, as funções paternas e maternas e a adoção de posturas, inclusive sexuais, constituem um elemento importante da compreensão da sociedade e da relação e representação do corpo humano e da sexualidade. Sendo assim, é importante a realização de um trabalho conjunto com família e escola, no sentindo de orientar os educandos, promovendo a saúde de forma integrada, sobretudo no que se refere ao corpo humano.

No contexto escolar, os Temas Transversais (PCNs) se referem a problemas sociais graves e urgentes, cuja abrangência extrapola os limites de uma única disciplina, devendo ser estudados através de todas as áreas do currículo. Assim o tema Sexualidade vem se intensificando nas escolas principalmente a partir da década de 1980, pressionado pelo advento da AIDS e da gravidez precoce. O Tema Transversal "Orientação Sexual" apresenta-se nesta vertente, em que o sexo é uma condição biológica do ser humano e a sexualidade uma forma cultural de se tratar questões de sexo.

Nesse contexto, há necessidade dos educadores reconhecerem a sexualidade como legitima e válida. Os estudos das representações sociais de diferentes sujeitos do universo escolar podem contribuir para que a sexualidade seja vista como prática saudável, prazerosa e segura. Em relação aos desenhos/escrita dos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, pode-se questionar o papel da escola frente às noções a respeito do corpo humano. Em seu conjunto, percebe-se que esses alunos buscam informações e esclarecimentos sobre o seu corpo e sua sexualidade. Uma questão para reflexão pode ser apontada nesse sentido: será que a escola atende a essa demanda e como ela o faz?

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse estudo tentou ressaltar a necessidade de informação quanto a temas relacionados à sexualidade e o papel da escola nesse sentido, enquanto instância socializadora. O uso de desenhos/textos permitiu analisar as representações sociais que os alunos da 7ª série têm do corpo humano, incitando discussões relacionadas à identidade, sexualidade e corpo.

Os resultados mostraram a necessidade de repensar o ver, o sentir e o agir no que se refere ao corpo e à sexualidade, enquanto dimensões fundamentais da integridade humana. Daí depreende-se a necessidade de formação efetiva e adequada de alunos e professores para lidarem com as questões que se atrelam à sexualidade e ao corpo no âmbito escolar.

 

REFERÊNCIAS

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997.

COSTA, R. P. DA. Os Onze Sexos: as múltiplas facetas da sexualidade humana. Editora Gente, 1994.

JODELET, D. (org). As representações sociais. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001. 420p.

LÜDKE, M., ANDRE, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MELO, S. M. M de, Corpos no Espelho: a percepção da corporeidade em professoras – Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004 – (coleção da Sexualidade).

MINAYO, M. C. de S. O Desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde – São Paulo/SP: Hucites; Rio de Janeiro: Abrasco, - 7 ed., 2000.

MOSCOVICI, S. A Representação Social da Psicanálise, Rio de Janeiro: Zahar, 1978 (1961).

NUNES, C.; SILVA, E. A. da. Manifestações da Sexualidade da Criança, Campinas, SP: Século XXI,1997 (Coleção Sexualidade e Educação).

RIBEIRO, P. R. M. Sexualidade e Educação: aproximações necessárias/Paulo Rennes Marçal Ribeiro (org). – São Paulo: Arte & Ciência, 2004, p. 204; 21 cm.

RIBEIRO, C. A fala da criança sobre Sexualidade Humana: FAEPE. 1996

SILVA, R. C. Orientação Sexual: possibilidade de mudança na escola. Campinas, SP:Mercados de Letras, 2002.