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An. 1 Congr. Intern. Pedagogia Social Mar. 2006

 

A pedagogia libertária: um resgate histórico

 

 

Profa. Dra. Maria Aparecida Macedo Pascal1

 

 


RESUMO

Este trabalho analisa a entrada no Brasil de imigrantes europeus em fins do século XIX como solução para a questão do trabalho. Discute o projeto da elite paulista de criar um modelo civilizatório e uma cidade branca e européia e as resistências encontradas a esta proposta pelos trabalhadores nacionais e imigrantes. Verifica-se a presença desta força de trabalho constituída 90% de estrangeiros, muitos deles portadores de uma visão libertária e de transformação da sociedade. Neste contexto, analisa-se a pedagogia libertária, a educação integral e as experiências escolares criadas na Europa.No Brasil, avalia-se a preocupação libertária com analfabetismo e a criação das escolas modernas nos bairros do Belenzinho e Brás. Discutem-se os métodos adotados, os educadores que se destacaram, dentre eles: João Penteado e Florentino de Carvalho. O trabalho busca recuperar a pedagogia libertária que tinha como projeto reabilitar a humanidade para uma vida coletiva, preservando a igualdade de gênero, garantindo o espírito crítico, abrindo caminho para a transformação social,constituindo-se assim nas raízes da pedagogia social no limiar do século XX.

Palavras-chave: imigração; pedagogia libertária; educação integral; João Penteado; História da Educação.


 

 

A Pedagogia Libertária: um resgate histórico

As grandes desigualdades econômicas impostas pelo capitalismo industrial, levaram muitos pensadores a propor novas formas de organização e práticas de justiça social. Os idealistas do século XIX e início do século XX, pensavam em melhorar o bem estar da sociedade por meios coletivistas e conquistar o máximo de liberdade para o individuo.2

Este dilema coletivismo e individualismo, recebeu especial atenção dos anarquistas. Seus adeptos condenavam todo o governo baseado na força e consideravam o Estado coercitivo como incompatível com a liberdade humana.

A expressão Anarchos vem do grego e significa sem governante. Fato que pode ser entendido como ausência de governo ou que esta ausência seja desnecessária à preservação da ordem.3

O pai do anarquismo foi o inglês Willian Godwin (1756-1836). Neste sentido as teorias de Godwin, Kropotkin, Tolstoi e Max Stiner não tiveram jamais o objetivo de estabelecer o caos, mas os estereótipos desenvolvidos sobre os anarquistas se encarregaram de dar este significado.

Durante a Revolução Francesa, a expressão anarquia era usada de forma negativa, até como insulto por elementos de vários partidos, para difamar seus oponentes.

O girondino Brissot, em 1793, o utilizava contra os jacobinos. O Diretório também o utilizou contra os adeptos de Robespiérre. Nos dois contextos anarquia significava, condenação e crítica.

Proudhon em seu livro O que é a propriedade, dava a palavra anarquia um sentido positivo, referindo-se ao equilíbrio que atuando no interior da sociedade, repudiaria o autoritarismo.

Seus discípulos após o rompimento com Marx, passaram a denominar-se anarquistas. A associação do anarquismo ao Niilismo e a violência não é verdadeira. Tolstoi, Kropotkin e Godwin eram pacifistas e mesmo Bakunin que a aceitava, tinha momentos de dúvida, vendo os resultados da violência.

Bakunin e Kropotkin foram sem dúvida grandes expressões desse pensamento. Homens muito diferentes, embora ambos fossem russos e aristocratas ricos.

 

Anarquistas e o Brasil

Em fins do século XIX, a entrada de imigrantes europeus era vista como uma solução para a questão do trabalho, já que com a extinção do tráfico do tráfico em 1850, a Abolição da escravatura era uma questão inevitável. A idéia da elite paulista era de criar uma cidade branca, com um modelo civilizatório europeu. O imaginário dessa classe social e suas ações favoreciam a política imigratória tendo em vista a expansão da economia cafeeira.

Na Europa, as condições econômicas e políticas contribuíram para o processo de emigração: guerras, unificações, crises econômicas. A propaganda do governo brasileiro no exterior atraia para o Brasil esses imigrantes, que viam em nosso país, a terra das oportunidades.

Vinham alemães, austríacos, poloneses e uma grande maioria de italianos, portugueses e espanhóis (...) Entre 1884 e 1903, o Brasil recebeu mais de um milhão de italianos, número superior ao conjunto de todos os outros imigrantes dos demais países no mesmo período.4

No início do século XX 90% da força de trabalho em São Paulo era formada por estrangeiros. Portadores de um projeto de transformação da sociedade, os estrangeiros libertários, que aqui chegaram, encontraram forte resistência das elites, que com o apoio do Estado, polícia e leis, pretendiam impor uma disciplina baseada nos valores burgueses e mecanismos de controle e vigilância, dentro e fora das fábricas.

Evidentemente, nem tudo se passa como se imagina para realizar estas utopias reformadoras, as classes dominantes enfrentam resistências tenazes de trabalhadores que preservam suas tradições, sistemas de valores e costumes(...) E além disso, que progressivamente aderem às bandeiras de luta levantadas pelos anarquistas e anarco-sindicalistas(...)5

O anarquismo que veio para o Brasil era inspirado nas idéias de Bakunin e sua influência após o rompimento com Marx, era muito forte na península Ibérica e Itália. De lá vieram Erico Malatesta e Oreste Ristori, exilados na Argentina tomaram o destino de São Paulo, aqui fundando o jornal La Battaglia em 1904.

O anarquismo entendia que a propaganda através dos jornais, das revistas, do teatro e das escolas libertárias, era a forma de exercer a ação direta, ou seja a construção de outra sociedade pela própria população, pelas massas que tomariam consciência da realidade social.

Ristori era considerado um grande difusor das idéias libertárias do Brasil, realizou inúmeras palestras, falando na porta das fábricas e fazendas e salões operários. Comparava a situação brasileira com a Europa, nas cidades, o contexto era quase igual (salários e jornada) e nas fazendas terrivelmente pior do que no continente europeu. Gigi Damiani foi grande colaborador de Ristori em La Battaglia. Chegara ao Brasil em 1899, passou pela Colônia Cecília sendo preso pelas idéias anarquistas. Ao sair da prisão morou no Paraná e com a ajuda de companheiros que falavam português, fundou o jornal O Direito, em Curitiba. Em São Paulo, trabalhou com cenários de teatro e colaborando no jornal de Ristori.

Everardo Dias e Florentino de Carvalho, eram imigrantes espanhóis, ainda crianças quando aqui chegaram. Com Ristori, Everardo dirigiu o Livre Pensador, um periódico publicado em 1902. Florentino foi estivador e tipógrafo em Santos, chamada na época, a Barcelona do Brasil. Tornou-se líder sindical e passou a ser perseguido pela polícia. Autodidata, ensinava os operários em seu tempo livre.

Dentre os libertários portugueses destaca-se Neno Vasco, formado em Direito pela Universidade de Coimbra, de família abastada, colaborava em vários jornais operários dentre eles: Terra Livre, que dirigiu com Edgard Leuenroth, publicado em São Paulo e Rio de Janeiro entre 1905 e 1910.

Outro importante jornal anarquista foi A Lanterna cujo diretor Benjamim Mota contava como colaboradores com Ristori, Everardo Dias e Neno Vasco. Edgard Leuenroth o dirigiu entre 1909 e 1916; era tipógrafo, filho de imigrantes alemães foi bibliotecário da União dos Trabalhadores Gráficos.

Dentre os grandes intelectuais filiados ao movimento libertário menciona-se José Oiticica, professor do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Lingüista, filólogo, escritor e jornalista, colaborador do jornal A Lanterna, figura humana inconfundível na defesa dos trabalhadores.

Martins Fontes, médico e poeta, anarquista, ajudou a fundar a Universidade Popular de Ensino em 1904 no Rio de Janeiro, com Fábio Luz, também médico e Rocha Pombo, historiador. Outro aspecto relevante da ação anarquista no Brasil foi a pedagogia libertária.

 

Pedagogia Libertária

A memória da Pedagogia Libertária no Brasil foi sempre deficiente de registros e documentos, até para proteger os militantes, num período de intensa repressão. A pedagogia oficial muitas vezes em função da oposição às idéias anarquistas deixou no esquecimento esta importante contribuição. Por sua vez, como os libertários opunham-se tanto as formas de produção capitalistas como ao comunismo autoritário, contestando a existência do próprio Estado, e propondo a autogestão. A pedagogia libertária neste contexto tinha enorme importância já que contribuía para a consciência e emancipação da classe trabalhadora.

A construção de uma nova sociedade apoiava-se em grande parte nas idéias de uma educação nova, feita em outras bases e valores, tais como o respeito à liberdade, à individualidade e sobretudo à criança.

A pedagogia anarquista denunciava a escola oficial como reprodutora dos interesses da Igreja e do Estado enquanto promovia uma renovação dos métodos e valores.

Educar é tornar o homem mais capaz possível de aproveitar, do melhor modo, as energias física, mental, moral, prática e social. Educação física é o cultivo da robustez não da força, da saúde, da agilidade. Educação mental é a formação da inteligência, seu desenvolvimento racional e harmônico, erudição, cultura, arte.6

O respeito à liberdade nas escolas anarquistas estava configurado nas salas de aulas para ambos os sexos, aberta a todas as classes sociais e ensino racional e integral. Nesta época, isto representava uma contestação à educação do período, baseada em preconceitos, estereótipos e dogmas.

Durante a Comuna de Paris, as propostas libertárias no campo da educação ganharam enorme expressão.

Herdadas das idéias de Proudhon e Blanqui, entre outros , representavam um momento importante na luta pela laicização do ensino, processo iniciado um século antes pela Revolução Francesa e que interessava ao proletariado ampliar.7

O precursor da pedagogia libertária foi o francês Paul Robin. Entre 1880 e 1894, Robin sistematizou suas teses nos congressos da Associação Internacional dos Trabalhadores. No Orfanato Prévost, situado nos arredores de Paris, Robin iniciou a aplicação de seus princípios de educação integral. Considerava que a educação compreendia a formação intelectual e a construção dos próprios saberes a partir das experiências.

A educação física era nesta metodologia uma proposta que não visava a competição, mas a solidariedade. A educação manual se desdobrava numa politecnia e a educação moral se configurava numa preparação para a vida em liberdade, a partir dos relacionamentos entre professores, funcionários e educandos.

Educação moral é o cultivo da vontade, sua direção na realização do bem estar comum. Educação prática é o treino da habilidade técnica ou vocação profissional. Educação social é o aperfeiçoamento da solidariedade como multiplicador de energias.8

Em Barcelona, o professor catalão Ferrer i Guardiã criou a Escola Moderna no período compreendido entre 1901 e 1905. Ferrer desenvolveu o método racional, enfatizando as ciências naturais com certa influência positivista, privilegiando a educação integral. Propõe uma metodologia baseada na cooperação e respeito mútuo. Sua escola deveria ser freqüentada por crianças de ambos os sexos para desfrutarem de uma relação de igualdade desde cedo.

A concepção burguesa de castigos, repressão, submissão e obediência, deveria ser substituída pela teoria libertária, de formação do novo homem e da nova mulher. Ferrer considerava que o cientificismo não era um saber neutro. Aqueles que tem o poder se esforçam por legitimá-lo através de teses científicas.

Em 1909, Ferrer foi preso e condenado ao fuzilamento pelo governo monárquico espanhol. Posteriormente, com a ascensão do fascismo na Espanha em 1939, as escolas criadas por Ferrer foram fechadas. Contudo, suas idéias levaram à criação de outras escolas nas Américas e sobretudo no Brasil.9

Com a morte de Ferrer em 1909 na Espanha, os anarquistas brasileiros criaram o Comitê pró Escola-Moderna com o objetivo de incentivar o mesmo modelo de escola em nosso país. A preocupação dos libertários com o analfabetismo no movimento operário era grande. O jornal O amigo do povo declarava: "É necessário que o povo saiba, aprenda [...] Por isso nós queremos ensinar, principiar no presente a construção do futuro [...] Não há liberdade possível onde está a ignorância, onde assenta o fanatismo, onde se crê em fantasmas, onde reside a torpeza."10

Em 1895, surge no Rio Grande do Sul, a Escola União Operária. Na cidade de São Paulo foram criadas duas escolas modernas. A primeira, em 1912 para ambos os sexos, organizada pelo Prof. João Penteado e situada na Rua Saldanha Marinho. A segunda, no Brás, na Rua Muller. Ambas as experiências tiveram curta duração pela pressão dos setores conservadores. Na construção dessa pedagogia libertária tiveram importante papel João Penteado e outros intelectuais, dentre eles: Adelino de Pinho e Florentino de Carvalho.

Penteado defendia a igualdade de todos livres sobre a terra livre, visão que ia de encontro ao objetivo da escola racionalista, ou seja reabilitar a humanidade para a vida em harmonia e fraternidade.11

No Brasil, as escolas de educação libertária além de contestarem a pedagogia tradicional, constituíam-se numa das poucas opções de educação da classe trabalhadora, tendo em vista a omissão do Estado neste aspecto.

A educação de adultos e o ensino profissional eram atendidas também pelas escolas libertárias.

Os Centros de Cultura Social realizavam cursos, palestras aos domingos e à noite, para atender os trabalhadores. Os jornais eram utilizados em sala de aula, servindo para divulgar as idéias libertárias e conhecer as experiências educacionais desta linha em outros paises.

Nas oficinas a imprensa era uma das possibilidades de profissionalização, tendo como objetivo de todo educando, a educação integral.12

Os trabalhadores haviam abandonado a escola pela fábrica aos seis ou sete anos de idade, daí o analfabetismo.

Por isso, os mais ilustrados tinham que ler os jornais e prospectos em voz alta em grupo nos locais e horas de almoço (...) para que os analfabetos pudessem ouvir, compreender as idéias, os métodos de luta, memorizá-los e assimilá-los.13

Os libertários consideravam que a educação e a profissionalização permitiam estruturar melhor as formas de luta e resistência dos trabalhadores, evidenciando sua importância na revolução social.

Até 1920, pode-se dizer que os libertários fizeram mais pela educação operária e excluídos do que o ensino oficial.

Aproveitava-se todo tempo livre: o horário de almoço, os finais de semana, as noites, todos preenchidos com palestras, debates, teatro,cursos, jornais. Desde a formação do Comitê Pró Escola Moderna, em 1909, previa-se a criação de uma editora para livros escolares que deveriam ser cedidos ou vendidos a baixo preço,.14

A metodologia destas escolas enfatizava a co-educação dos sexos a convivência diferentes das classes sociais, a formação moral, e o ensino não dogmático, baseado nas ciências naturais, fato que gerou uma certa crítica pelo caráter acentuado da teoria positivista.

A transformação da sociedade e o propósito da revolução social alimentavam a educação libertária. O educador João Penteado considerava que algumas instituições eram obstáculos à felicidade do povo e a educação deveria desenvolver a crítica a esta situação, abrindo caminho para a transformação social.

Estas experiências educacionais se repetiram em vários estados brasileiros. Os anarquistas preocupavam-se em atingir todos os segmentos etários da infância à educação de adultos, passando pela Universidade Popular de Ensino, organizada de forma temática, para que os alunos mesmo perdendo algumas palestras pudessem seguir o curso sem graves prejuízos.15

Em São Paulo, as Escolas Modernas foram fechadas pela polícia em 1919, acusadas de propagar perigosa ideologia, num momento em que o movimento libertário sofria extrema repressão do Estado Brasileiro. Combatidos pelo capitalismo e comunismo, consideravam que a educação criando uma nova consciência, mudaria as relações cotidianas e representações sociais, estruturando uma outra sociedade, na qual a hierarquia, as diferenças sociais e formas de poder não sobreviveriam.

O resgate dessas idéias na sociedade atual torna-se importante não só para preservar a memória libertária, mas também para discutir suas propostas que guardam uma impressionante atualidade com os anseios e necessidades da sociedade brasileira contemporânea.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BURNS, E. M. História da Civilização Ocidental. Porto Alegre, Globo, 1971

DULLES, John Foster. Anarquistas e Comunistas no Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1977

KASSICK, Clovis. Os caminhos da ruptura do autoritarismo pedagógico. Tese de Mestrado. Centro de Educação. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 1992

HARDMANN, Francisco Foot. Nem pátria nem patrão: vida operária e cultura anarquista no Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1984

GUIRALDELLI Junior, Paulo. Educação e Movimento Operário. São Paulo, Cortez, 1987

OITICICA, José. A doutrina anarquista ao alcance de todos. São Paulo, Econômica Editorial, 1983

RODRIGUES, Edgar. Os libertários: idéias e experiências anarquistas. Petrópolis, Vozes, 1987

RAGO, Margareth. Do Cabaré ao Lar: A utopia da cidade disciplinar. Brasil 1890-1930. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1997

STEPHANOU, Maria e BASTOS, Maria Helena Câmara. Memórias da Educação no Brasil. Petrópolis, Vozes, 2005

WOODCOCK, George. História das Idéias e Movimentos Anarquistas. Porto Alegre, L&PM Editores , 2002.

 

 

1 Docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie. E-mail: macedop@uol.com.br
2 BURNS,Edward M.- História da Civilização Ocidental- Porto Alegre, Globo 1971- p. 703
3 WOODCOCK,George. História das Idéias e Movimentos Anarquistas, Porto Alegre L&PM Editores,2002, p.8
4 DULLES, John W. Foster- Anarquistas e Comunistas no Brasil- Rio de Janeiro, Nova Fronteira 1977
5 RAGO, Margareth- Do Cabaré ao Lar. A utopia da cidade disciplinar. Brasil 1890-1930. Rio de Janeiro, Paz e Terra 1997, p. 13
6 OITICICA, José. A doutrina anarquista ao alcance de todos. São Paulo, Econômica Editorial Ltda., 1983, p. 90
7 HARDMAN, Francisco Foot. Nem pátria nem patrão. Vida operária e cultura anarquista no Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1984
8 Op. Cit. p. 90
9 STEPHANOU, Maria e BASTOS, Maria Helena Câmara. Histórias e Memórias da Educação no Brasil, vol.III séc.XX, Petrópolis Vozes, 2005 ,p.90
10 Op. Cit. p. 90
11 Stephanou, op. Cit. p. 96
12 KASSICK, Clovis N. Os caminhos da ruptura do autoritarismo pedagógico. Tese de Mestrado. Centro de Educação . Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 1992
13 RODRIGUES, Edgar. Os Libertários idéias e experiências anarquistas. Petrópolis, Vozes, 1987, p.162
14 Idem p. 164
15 GUIRALDELLI Junior, Paulo. Educação e Movimento Operário. São Paulo, Cortez, 1987, p. 122