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ISBN 978-85-62480-96-6 versão impressa

Sem. de Saúde do Trabalhador de Franca Set. 2010

 

EDUCAÇÃO E SAÚDE DO TRABALHADOR

 

Uma creche em que, as cuidadoras de crianças também requerem cuidados

 

 

Eduardo Figueiredo de Moraes Rego

Médico do Trabalho especializado em Ergonomia. Mestrando em Saúde Coletiva UNICAMP; Coordenador do Programa de Saúde do Trabalhador da Prefeitura do Município de Santa Maria da Serra SP - DRS X Piracicaba/SP

 

 


RESUMO

O presente estudo analisa o cotidiano de uma creche buscando, compreender seus modos de trabalho para poder transformá-lo preventivamente. As funcionárias perceberam altos níveis de stress, depressão e sobrecarga psíquica, especialmente das monitoras das crianças de dois a sete anos de idade. O "cuidar" por parte das monitoras exige, além do cuidado; o "educar", constituindo as creches na atualidade, em espaços de Educação Infantil

Palavras-chave: Ergonomia, Educação Infantil, Educação Pré-escolar


 

 

1 INTRODUÇÃO

O presente relatório resulta da análise das condições de trabalho da "Casa da Criança de Santa Maria da Serra" buscando, sob o olhar da Ergonomia, compreender seus modos de trabalho para poder transformá-lo (GUÉRIN et al, 1991), estudo este solicitado pelo próprio quadro de Recursos Humanos da Instituição em parceria com a Direção da 'Creche'. A solicitação ocorreu porque as funcionárias perceberam seus elevados e crescentes níveis de stress, problemas de depressão e sobrecarga psíquica, especialmente das monitoras das crianças de 02 a 07 anos de idade. O "cuidar" de crianças por parte das monitoras exige, além do cuidado; a superposição com o "educar", pela ocorrência constante de interação, observação, comunicação, envolvimento e vínculo afetivo, constituindo as creches na atualidade, em espaços de Educação Infantil. O descompasso desta proposta do Ministério da Educação com os modelos tradicionais de creches cuidadoras geram problemas de depressão e sofrimento psíquico nas monitoras da 'Creche', conforme será apresentado. Ao final, são propostas algumas recomendações para resolver os problemas de saúde psíquica das monitoras.

 

2 METODOLOGIA

A metodologia empregada para a análise ergonômica baseou-se fundamentalmente na observação sistemática das atividades e suas conseqüências para as funcionárias (e também para o sistema como um todo), e dos seus ambientes e modos de trabalho; através de uma queixa ou problema inicial.

As observações foram feitas com a convivência no local, em período integral do turno de trabalho, dos comportamentos físico, psíquico e social do quadro de funcionários. Foi concedida autorização pela Administração da Casa da Criança documentada e assinada em Ofício pela Diretora e também pelas próprias funcionárias que compreendiam o estudo como benéfico para elas próprias. O tempo dedicado para observação foi, inicialmente, uma visita semanal à 'Creche' com duração do turno completo. As monitoras sabiam que estavam sendo observadas e, para que a presença do pesquisador não causasse constrangimento à elas; foram realizadas diversas visitas, em média três por semana - como já dito, em período integral desde a chegada das funcionárias e das crianças até a saída das mesmas. Ao final do primeiro mês de estudo, a presença do observador não mais interferia na rotina das monitoras nem das crianças, pois a esta altura, esta presença não mais era "novidade". A observação do cotidiano e das rotinas foi a alavanca do estudo ergonômico posto que sugeriu-se haver uma diferença importante entre o trabalho real e o trabalho prescrito, especialmente no cuidar de crianças, em função das intercorrências do cotidiano. O trabalho real das monitoras foi mapeado e anotado em um diário de campo conforme pode ser observado na crônica que está apresentada nos resultados desta pesquisa. As observações sistemáticas consolidadas pelas "verbalizações" das trabalhadoras foram registradas através da anotação rigorosa dos horários de início e fim de cada tarefa executada pelas monitoras que cuidavam destas crianças. As observações incluíram também os comportamentos e modos de trabalho.

 

3 RESULTADOS

Através da Análise Ergonômica do Trabalho, concluiu-se pelas monitoras das crianças de dois a sete anos de idade como objeto do estudo do sofrimento emocional e depressão, sabendo que, além da redução do volume de trabalho, um suporte e meios são necessários para o bom desempenho do cuidar/educar por parte delas que, sem estes, vêem-se sozinhas em suas tarefas, geradoras de sobrecarga psíquica, com conseqüentes estratégias para a realização de suas atividades.

A Casa da Criança - como é conhecida a creche - pretende oferecer "Assistência Social e Promover" a comunidade, prestando serviços gratuitos e permanentes. (Art 1º, Cap. I). A 'Creche' destina-se para fins assistenciais de crianças até sete anos de idade, divididas em dois setores: "Berçário": até dois anos de idade ( 20 crianças)  e  Setor  de crianças maiores: de dois a sete anos (100 crianças), sendo então a capacidade máxima de 120 crianças de ambos os sexos. A atividade do cuidar das 100 crianças de 02 a 07 anos de idade é realizada por três monitoras, porém no ano estudado, por duas: uma em licença-maternidade e não há outra para substituí-la.

Quanto ao espaço de trabalho, ocupa quase a totalidade do quarteirão (área total = 4.725 m2 = 90.00 m x 52,50m), porém possui apenas um portão de entrada e saída. Tem vasta área livre gramada (1.360m2)  e possui um amplo salão (90.0 m2) que tem a função de entreter as crianças de dois a sete anos. Este salão tem 02 banheiros pequenos (cada um com 4.0m x 5.0m = 20m2) para meninos e meninas respectivamente.

O quadro de funcionários é de 10 trabalhadores formais contratados pelo regime CLT e três informais com contrato temporário de 10 dias, na totalidade do sexo feminino e com faixa etária de 30 a 55 anos sendo a média de 50 anos. O nível de escolaridade predominante é o Ensino Fundamental incompleto e a maioria trabalha no local há mais de 10 anos. nas seguintes funções: duas cozinheiras, uma supervisora, uma assistente social, uma lavadeira, duas monitoras no "berçário" e três monitoras no setor de "crianças maiores", todas com turno das 7 às 17 horas com direito a 2h de almoço. Destaca-se 1 monitora deste setor em licença gestante. As informais executam serviços diversos. Quanto às férias, são em regime coletivo, do dia 08 de dezembro a 17 de janeiro, neste ano de 2004.  As monitoras, a cada 03 meses trocam de setor. Este rodízio foi fundamental para a análise da demanda, pois que as múltiplas queixas predominam nas monitoras passando pelo setor de crianças maiores, conforme as verbalizações das mesmas, a observação sistemática e da descrição à frente, das atividades de um dia real de trabalho.

Ao observar a atividade de cuidar das crianças maiores, diversos recursos foram úteis: o registro das falas ou "verbalizações" das monitoras foi de elevado valor, sejam aquelas obtidas pelas falas espontâneas no decorrer da jornada de trabalho, sejam aquelas obtidas por entrevistas diretas, possibilitando a confrontação da atividade real de cada uma, atividades estas que caracterizam um trabalho real muito distante ou distinto do trabalho temporal prescrito; conforme citado abaixo:

07:00h Chegada e preparo da 'Creche'
07:30h Recepção, preparo e encaminhamento das crianças
08:00h Café da manhã das crianças
08:30h Escovação de dentes das crianças
09:00h Recreação das crianças
09:45h Primeiro banho das crianças
11:00h Almoço das crianças
11:30h Segunda  escovação de dentes das criança
12:00h Recreação das crianças
13:30h Café da tarde das crianças
14:00h Terceira escovação de dentes das crianças
14:30h Recreação das crianças
15:00h Segundo banho das crianças
16:00h Jantar das crianças
16:30h Quarta escovação de dentes das crianças
17:00h Preparo, saída e encaminhamento das crianças
17:30h Saída da 'Creche'.

No Quadro I as tarefas são descritas como: A Casa (A), Condução (B), Café (C), Escovação (D), Recreação (E), Banho (F) e Refeição (G)

A tarefa "A Casa" (A) refere-se à chegada das monitoras e Preparo da Instituição sejam prévios ou posteriores à presença das crianças e à saídas mesmas.

A tarefa "Condução" (B) refere-se à recepção, preparo e encaminhamento das crianças na Instituição pelas monitoras bem como o preparo, encaminhamento e saída das crianças entregando-as aos Responsáveis.

A tarefa "Café" (C) refere-se às refeições intermediárias de manhã e à tarde (lanche)

A tarefa "Escovação" (D) refere-se à Escovação dos dentes das crianças

A tarefa "Recreação" (E) refere-se aos momentos de recreação e lazer das crianças.

A tarefa "Banho" (F) refere-se aos Banhos e vestuário das crianças.

A tarefa "Refeição" (G) refere-se às refeições principais de almoço e jantar.

O Quadro I reproduz graficamente a crônica da atividade das monitoras de dois a sete anos de idade, com base na observação sistemática do rigor do horário de início e fim de cada tarefa, demonstrando tarefas exaustivas tanto em número de crianças/monitora como no cumprimento destas tarefas com exatidão de horário e sem pausas entre as mesmas, exceto o horário de almoço de cada uma, constituindo sobrecarga para a monitora que fica sozinha no Setor. A crônica ainda mostra que, em determinadas tarefas, apesar de estarem as duas monitoras na 'Creche', elas estão sozinhas na execução das tarefas, como no horário de banho devido à separação por sexo das crianças e que em certos momentos a estratégia é solicitar ajuda de alguma outra funcionária da 'Creche'.

Pode-se observar pelo Quadro II, que as tarefas que mais ocupam as monitoras são as categorias de "Higienização", especialmente na sub-categoria "Banho" seguindo-se de "Recreação", "Alimentação", "Almoço" e por último, "Condução" e "A Casa" em iguais proporções, o que mostra a intensidade de sobrecarga produzida pela tarefa.

 

 

Já que chegam na 'Casa' constata-se um estado emocional alterado nas monitoras pela excessiva preocupação de cumprir horários, pois as ações são em cascata e fica claro que existe a sobrecarga. São 100 banhos/dia por monitora em 30 a 45 minutos, em reduzido espaço físico, lembrando que cada banho tenha 04 a 05 esfregações nas costas de cada criança e que são 200 pés para serem calçados, amarrados/dia.

A escovação dos dentes das crianças acontece 04 vezes ao dia, portanto 200 vezes, com horário para começar e terminar. Enquanto estes atos são realizados sob pressão temporal, as monitoras não podem deixar de ter olhos de cuidador do conjunto de crianças, de ter ouvidos para escutá-los, palavras para respondê-los, ânimo para agachar, levantar e carregar crianças no colo, boa vontade e controle para compreendê-los (afinal são crianças), bem estar emocional para acompanhá-las e alegria para transmitir-lhes.

Com base na crônica mostrada no Quadro I, na tabela apresentada no Quadro II e nas observações acima, percebe-se que, na maior parte do tempo e das tarefas, as monitoras têm e dão conta de suas atividades buscando estratégias reais não prescritas, especialmente nos momentos que estão sozinhas seja por almoço delas, seja na distinção do sexo das crianças.

 

4 DISCUSSÃO

Com base nos resultados apresentados e na análise das atividades, somente reduzindo o volume de trabalho ou afastando-as, não eliminaria a sobrecarga psíquica.

A "Creche" construída de 1967 aparenta mais um "Centro Comunitário" do que uma Instituição de Educação Infantil, a qual requer, para um bom trabalho psicopedagógico, adequada organização física e condições de realização das atividades.

A "contenção de despesas" resulta em construções inadequadas e adaptadas. Porém a arquitetura é a materialização do atendimento necessário às crianças. Espaço físico, propostas pedagógicas e atenção às necessidades básicas infantis, não podem ser pensadas isoladamente, assim como a qualidade dos materiais e equipamentos.

Entendendo a 'Creche' com tendo um salão, quarto, cozinha, refeitório,  dois banheiros e pátio pode-se compreender a concepção de "Centro Comunitário" e a inadaptabilidade aos parâmetros que a Educação Infantil hoje preconiza. As monitoras têm concentração de tarefas sempre em um único compartimento para 100 crianças, constituindo-se então, em constrangimento a arquitetura local e sua conservação. A falta de equipamentos também compromete as ações propostas, pois as mesmas mesas nas quais procedem-se as refeições, as crianças executam atividades. A organização da creche deve partir das necessidades e diferenças infantis e não da adaptação das crianças ao que já se tem.

A 'Creche' funciona com um sistema organizativo de extrema rigidez de horário traduzindo-se em forte pressão temporal para as monitoras. Verifica-se que as atividades recreativas estão mais condicionadas ao cumprimento de horários e rotinas estabelecidos, do que às necessidades das crianças. Para serem obedecidas e cumprirem seus horários, a estratégia da voz alta é muito utilizada na tentativa de vencer o elevado ruído produzido pelas crianças. Em um dia de trabalho não há pausas para as monitoras, as quais são fundamentais no processo educativo de pensar, refletir e planejar as atividades psicopedagógicas específicas para cada criança, sendo menino, sendo menina, com dois anos ou sete anos, levando em conta as singularidades de cada criança.

Outro fator causador de sofrimento para as monitoras é o rodízio, agente de desaproximação, em idades em que a formação de vínculo afetivo é fundamental no desenvolvimento. O retorno ao setor gera dor como elas referem, pela perda do vínculo.

As monitoras têm o pico de suas angústias naqueles momentos evidentes na crônica em que, no horário de almoço de 1h e 30min, ela fica sozinha com as 100 crianças.

A crônica mostra que não existem reuniões de planejamento para trabalhar no sentido de uma gestão colegiada, com inserção em dinâmicas que sejam capazes de estimular o pensar e o agir sobre a infância e não acontecem reuniões com os pais e responsáveis.

Quando as interações com as crianças apresentam-se difíceis, as monitoras vivenciam sentimentos que as mobilizam e levam-nas ao choro, segundo elas referido com insônia e depressão como fruto destas angústias pela busca de tantas respostas sem terem.

As monitoras têm nas atividades outra fonte de dor, pois estes momentos são de promoção do desenvolvimento, mas na 'Creche' são momentos que exigem mais cuidar do que educar. Estes existem apenas como recreação, que se referem a brincadeiras livres no parque e/ou brinquedos - situações que o envolvimento das monitoras restringe-se a garantir segurança mas elas têm muitas dificuldades pois as brincadeiras e até as músicas para as crianças de 2 anos são uma e para as crianças de 7 anos são outras, para meninas são uma, para meninos são outras: são aspectos da construção social de gênero. Na recreação as questões de gênero não são consideradas: apenas há distinção por sexo nos momentos de higienização (escovação e banho).

As monitoras nunca participaram de cursos livres ou eventos educativos. O cuidado na creche é diferente do cuidado em casa porque é um cuidado profissional: a experiência das monitoras consiste na maternagem e elas sabem que é diferente ser mãe e monitora.

Por fim, os meios de comunicação constrangem-na mostrando aspectos atuais da Educação Infantil: o papel do profissional de creche precisa ser valorizado. Não se deve esquecer também que, quanto melhores condições salariais e de trabalho os profissionais tiverem, tanto maior o seu comprometimento com a qualidade de atendimento na creche.

 

5 CONCLUSÃO

As condições de trabalho das monitoras da Casa da Criança que assistem as crianças de 02 a 07 anos de idade geram uma sobrecarga psíquica pelas constantes e excessivas auto-solicitações de estratégias compensatórias aos conflitos e sofrimentos emocionais, que, mesmo como tentativa compensatória, traduzem-se como insuficientes e contraditórias. A sobrecarga e conseqüente prejuízo à saúde física, social e em especial à saúde mental é evidente nestas monitoras que apresentam rouquidão da voz, lombalgia, insônia e/ou sono interrompido com sonhos e até pesadelos com as crianças, choro fácil, pouco tempo para suas atividades pessoais e sociais especialmente o convívio com familiares. A observação e registro do comportamento das monitoras confirmam estas informações desde o ato de levar as mãos nas costas, extendendo a coluna até as mímicas faciais de expressão ora de preocupação, ora de tristeza e temor.

Nesse sentido, são propostas diversas recomendações; quanto ao espaço físico, com a adaptação da construção à proposta de Educação Infantil; quanto à organização do trabalho, incluindo PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e do PPRA (programa de Prevenção de Riscos Ambientais); quanto ao cuidar e educar de crianças, com atenção ao Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil e quanto às atividades desenvolvidas com orientação psicopedagógica. Em conseqüência às mudanças, será possível o desenvolvimento de ações de Capacitação das Monitoras. Com estas recomendações espera-se a melhoria das condições de saúde física, psíquica e social das funcionárias da creche, em especial das monitoras das crianças de dois a sete anos de idade.

 

REFERÊNCIAS

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