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Print ISBN 2236-7381

3° Encontro Nacional ABRI 2011 2011

 

Do escudo anti-mísseis à contingência ambiental: a importância do complexo industrial militar na grande estratégia norte-americana no Pós-Guerra Fria

 

 

Hermes Moreira Jr

Professor de Relações Internacionais Universidade Federal da Grande Dourados Pesquisador do INCT-INEU. E-mail: hermesmoreira@ufgd.edu.br

 

 


RESUMO

O objetivo deste texto é identificar a importância que ocupa o chamado Complexo Industrial Militar na Grande Estratégia dos Estados Unidos. Dada as transformações do cenário político mundial ao final do conflito entre Estados Unidos e União Soviética, tomamos como escopo o período pós Guerra Fria, em que tanto a estratégia norte-americana como o objeto em questão - o Complexo Industrial Militar - passam por um processo de reorientação. Através de revisão bibliográfica, pesquisa documental e análise de dotação orçamentária, buscar-se-á verificar a existência de compatibilidade do Complexo Industrial Militar com os interesses norte-americanos na atual ordem global. Nesse sentido, partimos da premissa de que em meio às transformações do cenário internacional contemporâneo e atento às novas demandas do Estado, o Complexo Industrial Militar vem se adaptando às necessidades da Grande Estratégia de política externa dos Estados Unidos, exercendo papel fundamental nos processos de inovação científica e tecnológica, centrais para a manutenção da liderança norte-americana no cenário internacional.

Palavras-chave: Estados Unidos. Grande Estratégia Norte-Americana. Complexo Industrial Militar. Inovação Tecnológica


 

 

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1. Baseada no reconhecimento da estrutura anárquica do sistema internacional, a teoria realista identifica o auto-interesse e a auto-ajuda como condições principais da atuação dos Estados na política internacional Em virtude disso, os realistas estruturais, como Kenneth Waltz, afirmam que a preponderância solitária de uma grande potência se trata de uma fase de transição, que retornará ao equilíbrio assim que uma coligação das outras potências restaurar a balança multipolar. A unipolaridade pode existir como um modo de transição, ou como um "momento unipolar", mas não há lugar segundo, a visão dos realistas, para a exceção unipolar (Waltz, 1979).
2. De acordo com o ex-presidente e ex-veterano das Forças Armadas, Dwight Eisenhower: "[...] nas esferas do governo, devemos nos proteger contra a influência injustificada exercida pelo complexo militar-industrial. A possibilidade do surto desastroso de um poder mal orientado existe e permanecerá. Não devemos nunca permitir que o peso desta coalizão ameace as nossas liberdades ou os processos democráticos".
3. Our economy is in a deep recession that threatens to be deeper and longer than any since the Great Depression. This crisis is neither the result of a normal turn of the business cycle nor an accident of history. We arrived at this point as a result of an era of profound irresponsibility that engulfed both private and public institutions from some of our largest companies' executive suites to the seats of power in Washington, D.C. (O.M.B., 2009).
4. President Obama has requested $147.696 billion for research and development (R&D) in FY2011, a $343 million (0.2%) increase from the estimated FY2010 R&D funding level of $147.353 billion. [… ] Under the President's request, six federal agencies would receive 94.8% of total federal R&D spending: the Department of Defense (DOD, 52.5%), Department of Health and Human Services (largely the National Institutes of Health) (21.8%), National Aeronautics and Space Administration (7.4%), Department of Energy (7.6%), National Science Foundation (3.8%), and Department of Agriculture (1.7%). NASA would receive the largest dollar increase for R&D of any agency, $1.700 billion (18.3%) above its FY2010 funding level. (Sargent Jr., 2011).