1O Hip Hop nos livros didáticos: uma breve análiseHip-hop& sarau: o Capão Redondo como centro da luta cultural índice de autoresíndice de assuntospesquisa de trabalhos
Home Pagelista alfabética de eventos  




ISBN 978-85-60944-38-5 versão on-line

Coloq. Int. Cult. Jovens Afro-Bras. Am., Encontros e Desencontros Abr. 2012

 

Cultura jovem em movimentos alternativos de Teresina-PI

 

 

Edmara de Castro PintoI; Maria do Carmo Alves do BomfimII

IMestranda em Ciências da Educação- Especialidade: Educação de Adultos- Universidade do Minho-Portugal. Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Piauí - UFPI - Brasil. Integrou o Observatório de Juventudes e Violências na Escola- OBJUVE/UFPI. Email: edmaracastro@hotmail.com
IIDoutora em História e Filosofia da Educação pela PUC-SP. Professora Adjunta do Departamento de Fundamentos da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Piauí-UFPI. Email: carmicita@ig.com.br

 

 


RESUMO

Neste trabalho, apresentamos pesquisa desenvolvida juntos a Jovens inseridos em Movimentos Alternativos de Teresina. Objetivou compreender como as práticas culturais que esses jovens exercem, são positivas e constitutivas de suas culturas juvenis. Especificamente, pretendeu identificar como se integram e quais são as práticas culturais que esses sujeitos desenvolvem. Optou-se por investigar dois grupos: Skatistas e Movimento Hip-Hop. Essa pesquisa foi subsidiada pelos estudos de Abramovay (2002), Melucci (1997), Dayrell (2005) Sposito (2006), Bomfim (2006) entre outros. Para a prossecução da pesquisa, como escolhas metodógicas, utilizamos a pesquisa qualitativa, fazendo contatos pessoais e entrevistas semi-estruturadas e questionários com os jovens dos dois movimentos. Constatamos que a maior parte dos jovens pesquisados nos Movimentos Alternativos estão envolvidos por situações de vulnerabilidades e que fazem parte de uma exclusão social acentuada. Contudo, foi uma experiência animadora observar que, mesmo imersos em situações provadoras escolheram alternativas positivas por se agregarem a movimentos alternativos de Teresina-PI que lhes possibilitam visibilidade na sociedade. A juventude, em suas múltiplas faces, carece de políticas públicas voltadas para ela, e atenção da parte dos adultos, necessitam de serem vistos e serem tratados como "gente", como jovem de modo particular, não somente como uma fase transitória para a vida adulta cheia derealizações.

Palavras-chave: Juventudes. Culturas Juvenis. Práticas Culturais.


ABSTRACT

This work presents research carried out together Young Alternative Movements inserted in Teresina. Aimed to understand how cultural practices that young people play, are positive and constitute their youth cultures. Specifically, to identify how they are involved and what are the cultural practices that develop these subjects. We chose to investigate two groups: Skaters and Hip-Hop Movement. This research was supported by studies Abramovay (2002), Melucci (1997), Dayrell (2005) Sposito (2006), Bomfim (2006) among others. For further research, as metodógicas choices, we used qualitative research, making personal contacts and semi-structured interviews and questionnaires with young people of the two movements. We found that most young people surveyed are involved in the Alternative Movement in situations of vulnerability and are part of a marked social exclusion. However, it was an encouraging experience to observe that even immersed in situations provadoras choose positive alternatives by aggregating the alternative movements of Teresina-PI that enable them visibility in society. The youth, in all its facets, lack of public policies aimed at her, and attention from adults, need to be seen and be treated as "people", as a young man in particular, not only as a transitional phase for life adult full of accomplishments.

Keywords: Youth. Youth cultures. Cultural Practices


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

Referências

BECKER, Daniel. O que é a adolescência. São Paulo: Brasiliense.1989

BOMFIM, Maria do Carmo. Alves do. Juventudes, Cultura de paz e violências nas Escolas. Fortaleza: Editora da UFC.2006.

BOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia.- A juventude é apenas uma palavra. Rio de Janeiro: Marco Zero. P. 112-121. 1983.

CALLIGARIS, C. A adolescência. Coleção Folha Explica. São Paulo: PUBLIFOLHA. 2000.

CASTRO et al. Escolas de Paz. Brasília: UNESCO, Governo do Estado do Rio de Janeiro / Secretaria de Estado de Educação, Universidade do Rio de Janeiro, 2001.

DAYRELL, Juarez. A Música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

_______________. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, Set -Dez, 40-52. 2003.

DUBET, François. Sociologia da Experiência. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.

MELUCCI, Alberto. Juventude, tempo e movimentos sociais. In: Juventude e Contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação. São Paulo: ANPED, Número Especial: n. 5: mai/jun/jul/ago e n. 6: set/out/nov/dez, 1997.

PAIS, José Machado. A construção sociológica da juventude - alguns contributos, Análise Social, vol. XXV, n. 105-106, 1990, pgs. 139-165.

_________________. Culturas Juvenis. 2ª Edição. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda. 2003.

PERALVA, Angelina. O jovem como modelo cultural. São Paulo. ANPED:Ação Educativa. Revista Brasileira de Educação, n 5, n 6, 1997.

SPOSITO, Marília Pontes. A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e ação coletiva na cidade. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 5(1-2): 161-178, 1993 (editado em nov. 1994).

TAVARES, Breitner. Geração hip-hop e a construção do imaginário na periferia do Distrito Federal. Soc. estado. [online]. 2010, vol.25, n.2, pp. 309-327. ISSN 0102-6992.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922010000200008.