1Rito de Passagem contemporâneo: ensino médioAs minas do movimento hip hop do Distrito Federal: a apropriação do conhecimento como o quinto elemento índice de autoresíndice de assuntospesquisa de trabalhos
Home Pagelista alfabética de eventos  




ISBN 978-85-60944-38-5 versão on-line

Coloq. Int. Cult. Jovens Afro-Bras. Am., Encontros e Desencontros Abr. 2012

 

Resistência: considerações sobre a trajetória política de jovens negros no século XXI

 

 

Juliano Gonçalves Pereira

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Relações Etinicorraciais do NEAB-CEFET/RJ Bolsista da Capes. Rua Tarira, 45, Apt: 102. Vicente de Carvalho; Rio de Janeiro/Brasil. Email: juliano.afro@gmail.com

 

 


RESUMO

As análises apresentadas neste texto buscam refletir sobre a trajetória política da Juventude Negra brasileira no século XXI. Tomando como ponto de partida o I Encontro Nacional de Juventude Negra/ENJUNE - realizado em Lauro de Freitas/BA em 2007, e considerando como um marco histórico da organização deste grupo juvenil, este artigo busca responder como este público tem sido tematizado nas políticas públicas contemporânea. Para isso propõe a intersecção dos índices de violência, uso e abuso de drogas e homicídio com os esforços da Secretaria Nacional de Juventude/SNJ juntamente com o Conselho Nacional de Juventude/CONJUVE para resolver a equação que apresenta a Juventude Negra como a mais vulnerável na sociedade. Partimos da hipótese que a cor da pele é determinante para os tratamentos sociais, e nessa dinâmica, a trajetória política da Juventude Negra se mostra promissora, desenvolvida sob resistências étnicas, em busca de acesso aos direitos.

Palavras Chave: Juventude Negra, Juventude, Políticas Públicas, Políticas Afirmativas


ABSTRACT

The analyzes presented in this paper seek to reflect on the political trajectory of the Brazilian Black Youth in the XXI century. Taking as its starting point the First National Youth Black / ENJUNE - held in Lauro de Freitas / BA in 2007 and considered as a milestone in the organization of this youth group, this article seeks to answer as this audience has been thematized in public policy contemporary. For this propose the intersection of the levels of violence, drug use and abuse and murder with the efforts of the National Youth / SNJ with the National Youth Council / CONJUVE to solve the equation that shows the Black Youth as the most vulnerable in society. We start from the hypothesis that skin color is crucial to social treatments, and this dynamic, the political trajectory of Black Youth shows promise, developed under ethnic resistance, seeking access to rights.

Keywords: Black Youth, Youth, Public Policy, Policy Statements


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

BARROS, Geová da Silva. Racismo institucional: a cor da pele como principal fator de suspeição. 2006

________________. Filtragem Racial: a cor da seleção do suspeito.Revista Brasileira de Segurança Pública | Ano 2 Edição 3 Jul/Ago 2008, p. 134 -155.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de oliveira. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 1990.

BRASIL; DECRETO DE LEI 4886. Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Brasília, 2003.

BRASIL; Estatuto da Igualdade Racial; LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.

BRASIL. Ementa 65. Inclusão do termo Juventude na Constituição de 1988.

Cotas raciais: por que sim. Organização: Cristina Lopes. 2 Ed. Ibase: Observatório da Cidadania, 2006.

CONJUVE. Política Nacional de Juventude: diretrizes e perspectivas. São Paulo: Conselho Nacional de Juventude; Fundação Friedrich Ebert, 2006.

DAYRELL, Juarez e GOMES, Nilma Lino. Juventude no Brasil: questões e desafios. 2008.

DOCUMENTÁRIO MV BILL: Meninos do Tráfico. 2009;

DOCUMENTÁRIO ABDIAS DO NASCIMENTO 90 ANOS: Um Afro no Mundo. 2010.

GOMES, Nilma Lino: Ações Afirmativas: dois projetos voltados para a juventude negra. In: SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves; SILVÉRIO, Valter Roberto (org.). Educação e ações afirmativas: entre a injustiça simbólica e a injustiça econômica. Brasília/DF: INEP, 2003, p.24-31.

MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem Conceitual das Noções de Raça, Racismo, Identidade e Etnia. Palestra proferida no 3º Seminário Nacional Relações Raciais e Educação. PENESB-RJ, 05 nov. 2003. p. 27. In: COSTA, D.M., OSÓRIO, A.B. & SILVA, A. de O. Gênero e Raça no Orçamento Municipal: um guia para fazer a diferença, vol. I, Orientações Básicas, IBAM/DES, Rio de Janeiro, 2006

PAIXÃO. Marcelo. Relatório Anual das Desigualdades Raciais 2009 - 2010. Laeser, UFRJ, 2011. Disponível em: <http://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2011/09/desigualdades_raciais_2009-2010.pdf>. Acessado em: 20/03/2012.

SOVIK, Liv. Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: AEROPLANO, 2009.

NASCIMENTO, Abdias. Quilombismo. 2. ed. Brasília/Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares/OR Editor Produtor Editorial, 2002 (1980).

REIS, Marcus Vinícius. Multiculturalismo e direitos humanos. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/sf/senado/spol/pdf/ReisMulticulturalismo.pdf> Acesos em 10 de maio de 2012.

RELATÓRIO FINAL DO ENCONTRO NACIONAL DE JUVENTUDE NEGRA - ENJUNE, realizado em Lauro de Freitas/BA, julho 2007.

SAMPAIO, E. O. Racismo institucional: desenvolvimento social e políticas públicas de caráter afirmativo no Brasil. Revista Internacional de Desenvolvimento Local, v. 4, n. 6, p. 77-83, março 2003.

SPOSITO, Marilia. Algumas hipóteses sobre as relações entre movimentos sociais, juventude e educação. Revista Brasileira de Educação. ANPED, n 13, 2000

WAISELFISZ, Julio Jacobo. O "Mapa da Violência 2011 - Anatomia dos Homicídios no Brasil, no período de 2002 a 2010". Instituto Sangari. São Paulo. 2011.

WERNECK, Jurema. A era da inocência acabou, já foi tarde. In:Racismos contemporâneos. Organização, Ashoka Empreendedores Sociais e Takano Cidadania. Rio de Janeiro: Takano Ed, 2003. (Coleção valores e atitudes. Série Valores; nº 1. Não discriminação).